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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Capitulo 13


Thomas ficou fascinado ao mencionarem um griever (verdugo).
Era assustador pensar na criatura repugnante, mas ele quis saber,
porque encontrar um deles morto seria uma grande coisa? Nenhum deles
morreu antes?
Alby olhou como se alguém lhe tivesse dito que ele poderia criar
asas e voar. - Não é uma boa hora para piadas, disse ele.
- Olha, respondeu Minho – eu não acreditaria se fosse você. Mas
acredite em mim, eu encontrei. Um griver grande e gordo.
Definitivamente nunca havia acontecido antes, pensou Thomas.
Encontraste um griever (verdugo) morto- Alby repetiu.
- Sim Alby, - disse Minho, com o tom de voz cheio de
aborrecimento. Está a vários quilômetros de distância daqui, perto do
precipício.
Alby olhou para o labirinto e, em seguida para Minho. - Bem …
por que você não o trouxe de volta com você?
Minho riu de novo, meio grunhindo, meio rindo. - Você andou
bebendo o molho do Frypan? Homem, essas coisas devem pesar meia
tonelada. Além disso, não tocaria em um desses nem se me dessem uma
passagem para fora desse lugar.
Alby insistiu em perguntar. - Como o viu? Havia ferrões de metal
dentro ou fora do seu corpo? Se movia ? - Sua pele era úmida?
Thomas estava explodindo com perguntas. Ferrões de metal?. Pele
úmida ? O que demônios? mas absteve-se, não querendo lembrar-lhe que
ele estava lá. E que ao contrário, eles devessem conversar em particular.
- Pare, homem, disse Minho. Você tem de ver por si mesmo. É...
estranho.
- Estranho? Alby, parecia confuso.
- Amigo, estou cansado, faminto e com insolação. Mas se você
quiser capturar ele agora mesmo, nós poderíamos ir lá e voltar antes das
paredes se fecharem.
Alby olhou para o relógio. - É melhor esperar amanhã bem cedo.
- É a coisa mais inteligente que você disse em uma semana. Minho
se endireitou-se apoiando na parede, deu um tapinha no braço de Alby, e
depois começou a caminhar em direção a Homestead. Ele falou sobre seu
ombro enquanto arrastava os pés, parecia que todo o seu corpo estava
sofrendo. Deveria estar de volta ali fora, mas nada. Vou comer algum
ensopado asqueroso do Frypan.
Thomas sentiu uma onda de decepção. Teve de admitir que Minho
parecia merecer um descanso e uma refeição, mas ele queria aprender mais.
Então Alby, em seguida, virou-se para Thomas, o surpreendendo. -
Se você sabe alguma coisa e não está dizendo...
Thomas estava farto de ser acusado de saber das coisas. Não é esse
o problema desde o inicio? Ele não sabia nada. Ele olhou para o garoto
direto na cara e simplesmente perguntou – Por que você me odeia tanto?
O olhar que passou para o rosto de Alby era parte indescritível,
parte confuso, parte com raiva, parte chocado. - Odiar você?
- Garoto, você não aprendeu nada desde que chegou da caixa. Isto
não tem nada a ver com ódio ou amor, ou qualquer outra coisa assim. Tudo
o que importa é a sobrevivência. Largue de mão esse teu lado maricas e
comece a usar seu maldito cérebro, se é que você tem um.
Thomas sentiu como se tivesse levado um tapa. - Mas... por que
você continua acusando-me de...
- Porque não pode ser uma coincidência, slinthead! Você aparece
aqui, então nos traz aquela menina de novo no dia seguinte, uma nota de
louco, Ben tentando te morder,e um griever (verdugo) morto. Algo está
acontecendo e não vou descansar até descobrir.
- Não sei nada, Alby- Era bom para colocar alguma emoção às
suas palavras. Nem sequer sabia onde ele foi há três dias, muito menos
porque um cara chamado Minho encontraria uma coisa morta chamada
griever (verdugo).
- Assim, de uma vez!
Alby inclinou-se ligeiramente para trás, olhava distraidamente,
Thomas por vários segundos. Então ele disse: - Pare, Greenie (Fedelho).
Amadureça e comece a pensar. Não tem nada a ver em acusar ninguém.
Mas se você lembrar de algo, mesmo que você ache algo familiar, é
melhor você começar a falar. Prometa-me.
Não, até que eu tenha uma memória estável, pensou Thomas. Não,
a menos que você queira compartilhar.
- Sim, eu suponho, mas...
- Apenas prometa-me
Thomas fez uma pausa, cansado de Alby e de seu temperamento. -
Seja qual for, disse finalmente. Eu prometo.
E então Alby se virou e foi embora sem dizer uma palavra.
Thomas encontrou uma árvore em Deadheads, um dos melhores na
borda da floresta, com muita sombra. Temia voltar a trabalhar com
Winston o Açougueiro, e sabia que tinha que almoçar, mas não queria estar
perto de alguém tanto tempo quanto pudesse.
Se encostando sobre o tronco grosso, queria uma brisa, mas não a
conseguia.
Apenas sentia suas pálpebras fechando quando Chuck arruinou a
sua paz e tranquilidade
- Thomas! Thomas! Gritou o garoto enquanto ele corria em
direção a ele, agitando os braços,seu rosto se iluminou com entusiasmo.
Thomas esfregou os olhos e gemeu, não querendo mais nada no
mundo que um cochilo de meia hora. Não conseguiu até Chuck parar bem
na frente dele, lutando para recuperar o fôlego, ele finalmente olhou para
ele. - O quê?
As palavras vieram lentamente de Chuck, entre suspiros parou para
respirar. - Ben...Ben... ele não está... morto.
Todos os sinais de fadiga foram lançados para fora do corpo de
Thomas. Pulou para ficar na mesma altura que Chuck.
- O quê?
- Ele não está... morto. Os Baggers foram buscá-lo... a flecha não
atingiu o seu cérebro os Med-jacks... o curaram.
Thomas se virou para olhar para a floresta onde o garoto doente
tinha sido atacado ontem à noite. - Você deve estar brincando. Eu o vi... -
Ele não estava morto?
Thomas não sabia o que sentia mais forte: se a confusão, alívio,
medo de que fosse atacado novamente...
- Bem, eu também, disse Chuck. Ele está envolvido no Slammer
(Amansador), com um curativo enorme que cobre metade de sua cabeça.
Thomas se virou para ver Chuck novamente. – O Slammer
(Amansador)? A que você se refere?
- O Slammer (Amansador). É nossa prisão no norte de
Homestead. –Chuck apontou nessa direção. Eles o jogaram lá tão rápido
que os Med-jacks tiveram de curá-lo lá em cima.
Thomas esfregou os olhos. A culpa o consumia quando ele
percebeu como se sentia, na verdade havia estado aliviado de que bem
estivesse morto, que não teria de se preocupar por ter de enfrentá-lo de
novo. - Então o que você vai fazer com ele?
- Agora, os encarregados se reuniram esta manhã e tomaram uma
decisão unânime, assim parece. Afinal, parece que bem queria que a flecha
houvesse encontrado um lugar dentro de seu cérebro sujo.
Thomas apertou os olhos, confuso com o que Chuck lhe havia dito.
- O que você está falando?
- Ele vai ser banido. Hoje à noite, por tentar matá-lo.
- Banido? O que significa isso? - Thomas tinha que perguntar, mas
sabia não devia ser bom se Chuck pensasse que era pior que a morte.
Então Thomas viu a coisa mais preocupante desde que ele havia
chegado na clareira.
Chuck não respondeu, apenas sorriu.
Ele sorriu, apesar de tudo, apesar do que tinha acabado de
anunciar. Então ele se virou e correu, talvez para dizer alguém mais a
emocionante notícia.
Naquela noite, Newt e Alby reuniram todos os habitantes da
clareira na porta Leste, meia hora perto de ser fechada, os primeiros
vestígios da escuridão com o crepúsculo rastejando pelo céu.
Os runners voltaram e entraram na habitação misteriosa do mapa
ruidosamente fechando o portão de ferro, Minho tinha ido lá antes.
Alby disse aos runners que tinha pressa em seus problemas,e os
queria de volta em 20 minutos.
Incomodava Thomas e Chuck ainda havia sorrido quando disse as
notícias sobre exílio de Ben. Apesar de não saber exatamente o que
significava, definitivamente não parecia algo bom. Especialmente porque
todos estavam de pé tão perto do labirinto.
Será que vão o deixar lá fora? Ele perguntou.
- Com os grievers (verdugos)?
Os outros habitantes da clareira conversavam em voz baixa, uma
sentimento intenso de antecipação horrível rosando sobre eles como uma
marca espessa no nevoeiro. Mas Thomas não disse nada, de pé com os
braços cruzados esperando para o show. Ele ficou em silêncio até que
finalmente os runners deixaram o prédio, todos eles olhando esgotados com
as suas faces sombrias devido a uma profunda reflexão.
Minho era o primeiro a sair, o que significava que Thomas se
perguntava se ele era o encarregado dos runners.
- Traga-o para fora! Alby gritou, tirando Thomas de seus
pensamentos.
Seus braços caíram quando ele se virou, em buscando na clareira
algum de sinal de Ben, o medo crescendo dentro dele imaginou que faria o
rapaz quando o visse.
Do outro lado da cidade de Homestead, três crianças maiores
apareceram, literalmente arrastando Ben pela terra. Suas roupas estavam
destroçadas, mal segurando as pontas, um curativo sangrento com espessura
grande cobrindo metade de sua cabeça e rosto. Recusando-se a apoiar seus
pés, ou ajudar na marcha de alguma forma, parecia tão morto como a
última vez que Thomas o já tinha visto.
Exceto por uma coisa.
Seus olhos estavam abertos e cheios de terror.
-Newt - disse Alby em voz alta, Thomas não teria escutado se não
houvesse estado parado a poucos metros de distância. Traga o Polo
Newt concordou com a cabeça, e caminhou até uma pequena
ferramenta que Sed usava nos Jardins.
Thomas voltou sua atenção de volta para Ben e os encarregados. O
garoto pálido e infeliz ainda não fez nenhum esforço para resistir, deixando
que o arrastasse através do pátio de pedra empoeirada. Quando chegaram à
multidão, eles colocaram Ben sob seus pés na frente de Alby, seu líder, onde
Ben abaixou a cabeça, recusando-se a fazer contato visual com ninguém.
- Que você me pediu isso mesmo, Ben, Alby disse. Então ele
sacudiu a cabeça e olhou o barracão onde Newt tinha ido.
Thomas seguiu seu olhar apenas a tempo de ver Newt percorrer a
porta inclinada. Ele estava segurando um número de bastões de alumínio,
conectando-os as pontas para fazer um raio de cerca de vinte metros de
comprimento.
Quando ele terminou, ele pegou algo de forma estranha em uma
das extremidades e arrastou a coisa toda até o grupo.
Um arrepio percorreu a espinha de Thomas devido à fricção da
haste de metal no chão de pedra enquanto caminhava Newt.
Thomas ficou horrorizado com a coisa toda, não podia deixar de se
sentir responsável, mesmo que ele não tinha feito nada para provocar Ben.
Como poderia alguma coisa dessas ser culpa sua? Nenhuma
resposta veio a ele, mas sentiu a culpa de igual maneira, como uma doença
no sangue.
Finalmente, Newt se aproximou de Alby e lhe entregou a
extremidade da vara que estava segurando. Agora, Thomas podia ver o
estranho anexo. Um laço de couro duro ligado ao metal com um grampo
massivo.
A rachadura de um grande botão revelou que o laço podia ser
aberto e fechado, e que o propósito disso se fez óbvio.
Era um colar.

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