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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Capitulo 21


Thomas se virou para ver o seu perseguidor vindo primeiro,
embora tenha se tornado um pouco mais lento, fechando e abrindo uma
garra de metal como se estivesse zombando dele, rindo.
Ele sabe que eu estou acabado, pensou.
Depois de todo esse esforço, lá estava ele vencido pelos grievers
(verdugos). Ele tinha acabado. Nem mesmo uma semana de memórias, e
sua vida havia terminado.
Quase consumido pela dor, ele tomou uma decisão. Ele iria
continuar lutando.
Preferindo um em vez de três, correu em direção para o griever
(verdugo) que o havia perseguido até lá. A coisa horrível só retrocedeu uma
polegada, parou de mover suas garras, como se estivesse perplexo com a
audácia de Thomas. Levando a sério a pequena hesitação, Thomas
começou a gritar quando ele ia carregar.
O griever (verdugo) voltou à vida,havia ferrões brotando da sua
pele, rolou para a frente, pronto para colidir a cabeça contra o inimigo. O
movimento brusco quase fez Thomas parar, seu breve momento de ira
insana estava desaparecendo, mas ele continuava correndo.
No último segundo antes da colisão, justo quando ele obteve uma
visão mais próxima do seu cabelo refletindo no metal em um sorriso,
Thomas pisou com o seu pé esquerdo e virou à direita.
Incapaz de conter sua velocidade, o griever (verdugo) o passou num
zumbido do seu lado direito até poder parar, Thomas observou que agora a
coisa estava se movendo mais rápido. Com um uivo metálico, rolou e ficou
pronto para se balançar até a sua vítima. Mas agora, já não tinha se rendido,
Thomas teve um caminho claro na sua volta pelo corredor.
Saltou e correu para a frente. Sons de perseguição, desta vez vindo
da parte de todos os quatro grievers (verdugos), o seguiam atentamente.
Certo que estava empurrando seu corpo para além das suas
limitações físicas, ele continuou correndo, tentando se livrar do sentimento
de desespero que era apenas uma questão de tempo para que eles o
capturassem.
Então,correndo por três corredores abaixo de repente, surgiram
duas mãos, que o agarraram e o tiraram para o corredor ao lado. O coração
de Thomas saltou de sua garganta enquanto ele se debatia tentando se
livrar. Ele parou quando percebeu que era Minho.
- Que...?
- Cale-se e siga-me! - Minho gritou, afastando-se e deixando
Thomas até que ele fosse capaz de ficar em pé.
Sem tempo para pensar, Thomas se sentiu aliviado. Juntos,
correram pelos corredores, fazendo volta após volta. Minho parecia saber
exatamente o que ele estava fazendo, para onde estava indo, e nunca parava
pra pensar o caminho por onde devessem correr.
Enquanto na próxima esquina, Minho tentava falar. Entre as
pesadas respirações, ele disse engasgando, - Acabo de ver o movimento que
você fez lá atrás...me deu uma ideia... só temos que tomar... um pouco mais
de tempo.
Thomas não se preocupou em gastar a sua própria respiração, em
perguntas, apenas continuou correndo, seguindo a Minho. Sem ter que
olhar para trás, sabia que os grievers estavam ganhando terreno a uma
velocidade alarmante. Cada centímetro de seu corpo doía, por dentro e por
fora, suas pernas gritavam para ele parar.
Mas ele continuou correndo, esperando que seu coração não parasse
de bater.
Um par de voltas mais tarde, Thomas viu alguma coisa na frente
dele que não registrava em seu cérebro. Isso parecia equivocado.... E a
pouca luz que emanava de seus perseguidores era uma raridade na frente
ainda mais evidente.
O corredor não terminava em outra parede de pedra. Ele terminava
na escuridão.
Thomas estreitou os olhos enquanto corriam em direção à parede
de escuridão, tentando entender do que, eles estavam se aproximando. As
duas paredes cobertas de hera de cada lado dele pareciam interceptar com
nada mais, do que o céu acima deles.
Ele podia ver as estrelas. Quando eles se aproximaram, ele percebeu
que esta era uma gruta... o final do labirinto.
Como? Ele se perguntou. Depois de anos de pesquisa. Como é que
eu e Minho o encontramos com tanta facilidade?
Minho pareceu sentir seus pensamentos
- Não se emocione disse para si, apenas sendo capaz de decifrar as
palavras.
Poucos metros antes do final do corredor, Minho parou,segurando
sua mão sobre o peito de Thomas para ter certeza de que ele também
parara.
Thomas desacelerou, então ele caminhou até o local onde o
labirinto se fazia a céu aberto. Com os sons da avalanche dos grievers
chegando cada vez mais perto, mas ele precisava ver.
Eles tinham realmente encontrado uma maneira de sair do
labirinto, mas como Minho havia dito,isso não era algo pelo que ele devesse
se animar. Tudo que Thomas podia ver em cada direção, acima e abaixo,de
lado a lado, era o ar vazio e estrelas fugazes. Era uma visão estranha e
perturbadora, como se estivessem à beira de um universo, e por um
momento ele esteve superado pela tontura,seus joelhos estavam
enfraquecidos antes que ele pudesse se estabilizar.
O amanhecer estava começando a deixar sua marca, o céu parecia
ser consideravelmente mais iluminado do que tinha sido no último minuto
ou ou coisa do tipo. Thomas observava em total desespero, como isso havia
sido possível. Era como se alguém tivesse construído o labirinto e, em
seguida o tivesse posto para flutuar no espaço para ficar lá pelo resto da
eternidade.
- Eu não entendo, ele murmurou, sem mesmo saber se Minho
pudesse ouvi-lo.
- Cuidado, respondeu o runner. Você não seria o primeiro shank
(trolha) a cair dentro do precipício. Ele agarrou o ombro de Thomas.
Esqueceste-te alguma coisa? Ele acenou de volta para o labirinto.
Thomas lembrou ter ouvido a palavra precipício antes, mas não
conseguiu ter uma definição para o momento. Ver um enorme céu aberto
em frente e debaixo dele, o havia colocado em uma espécie de torpor
hipnótico. Enquanto voltava para a realidade se virou para ver os grievers se
aproximando.
Agora, eles estavam á apenas uma dezena de metros de distância,
em fila indiana, cobrando vingança, movendo-se com uma rapidez
surpreendente.
Então tudo se encaixou, inclusive antes que Minho pudesse explicar
o que tinha vindo para fazer.
- Essas coisas podem ser malintencionadas, disse Minho. Mas elas
são tão estúpidas quanto sujas. Fique ao meu lado, enfrentando eles e...
Thomas o cortou. - Eu sei. Eu estou pronto.
Arrastaram seus pés até que eles ficassem amontoados juntos na
frente deles,em torno do meio do corredor, enfrentando os grievers. Seus
saltos estavam á apenas centímetros da borda do penhasco detrás deles,
nada mais do que ar os estava esperando.
A única coisa que restava era a raiva.
- Precisamos estar sincronizados!
Minho gritou, quase afogado pelos sons ensurdecedores dos
estrondosos ferrões dando contra a pedra - Ao meu sinal!
A razão pela qual os grievers tinham se colocado em linha era um
mistério.
Talvez o labirinto tinham provado, fosse suficiente estreito para eles
viajarem, lado a lado. Mas, um após outro, rolavam pelo corredor de pedra,
gritando e gemendo prontos pra matar.
Centenas de metros tinham se convertido em dezenas deles, e os
monstros estavam á apenas segundos de distância de chocarem-se contra os
garotos.
- Pronto- disse Minho com calma. Ainda não... ainda não...
Thomas odiava cada milésimo de segundo de espera. Ele só queria
fechar os olhos e não voltar a ver um griever (verdugo) novamente.
- Agora! gritou Minho.
Assim quando o braço estendido do primeiro griever (verdugo) se
entendia para os ferroar, Minho e Thomas saltaram em direções opostas,
cada um, para uma das paredes exteriores do corredor. A tática havia
funcionado antes para Thomas e, a julgar pelo som estridente que escapou
do primeiro griever (verdugo), havia voltado a funcionar. O monstro voou
para fora da borda no precipício. Estranhamente, o seu grito de guerra foi
cortado abruptamente e ficava desaparecendo à medida que caia
acentuadamente, em direção a profundidades mais baixas.
Thomas aterrizou contra a parede e virou a tempo de ver a segunda
criatura cair pela borda,sendo incapaz de parar. A terceira plantou um
pesado braço com ferrão dentro da pedra, mas sua velocidade era muito
alta. O som estridente da agulha cortando o solo colocada na borda,
provocou um arrepio através da espinha de Thomas, apesar de um segundo
depois o griever (verdugo) cair no abismo.
Novamente, nenhum deles fez nenhum barulho ao cair, como se
tivessem desaparecido, ao invés de cair.
A quarta e última criatura foi capaz de deter-se a tempo, oscilando
à beira do precipício, um ferrão e uma garra seguravam-no no lugar.
Thomas sabia instintivamente o que tinha de fazer. Olhando para
Minho,que assentiu com a cabeça, virou-se. Ambos os garotos correram em
direção ao griever (verdugo) e saltaram em pé sobre a criatura, chutando-a
com a última força que ainda tinham. Ambos não pararam, até verem o
último monstro mergulhar para a morte.
Thomas rapidamente engatinhava para longe do abismo,
inclinando a cabeça para ver o griever (verdugo) caindo.
Mas, incrivelmente, eles haviam ido ... não houve e nem havia sinal
de nenhum deles no vazio que era abaixo. Nada. Sua mente não conseguia
processar o pensamento de até onde levava o precipício E o que havia
acontecido com as terríveis criaturas. Sua última gota de força havia
desaparecido, e então Thomas caiu como uma bola,exausto no chão. E
então, finalmente vieram as lágrimas.

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