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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 10

A viagem de esqui não podia ter vindo um segundo antes. Estava impossível tirar o rolo de Dimitri e Tasha da minha cabeça, mas pelo menos fazendo as malas e me aprontar fez com que eu devotasse 100% do meu cérebro nisso. Ok, mais pra 95%.

Eu tinha outras coisas para me distrair, também. A Academia pode – com razão – ser super protetora quando se trata de nós, mas as vezes isso se traduz para coisas bem legais. Exemplo: A Academia tinha acesso a alguns jatos particulares. Isso significa que os Strigoi não poderiam nos atacar no aeroporto, e também significa que nós vamos viajar com estilo. Cada jato era menor que um avião particular, mas os acentos eram confortáveis e tem muito espaço para as pernas. Elas se estendem para trás tanto que você praticamente pode deixar para dormir. Em vôos longos, nós tínhamos pequenos consoles nos acentos que nos dava a opção da TV. As vezes eles até distribuíam refeições chiques. Eu estava apostando que esse vôo, no entanto, seria curto demais para filmes ou comida substancial.

Nós partimos tarde no dia 26. Quando embarquei no jato, eu olhei ao redor procurando por Lissa, querendo falar com ela. Nós não tínhamos conversado depois do brunch de natal. Eu não estava surpresa de ver ela sentada com Christian, e eles não pareciam querer ser interrompidos. Eu não podia ouvir a conversa deles, mas ele colocou os braços

ao redor dela e tinha aquela expressão relaxada e de flerte que apenas ela podia trazer. Eu continuo convencida que ele nunca poderia cuidar tão bem dela quanto eu, mas ele claramente a fazia feliz. Eu dei um sorriso e acenei para eles enquanto passava pelo corredor até onde Mason estava me esperando. Enquanto eu andava, passei por Dimitri e Tasha que sentavam juntos. Eu sutilmente os ignorei.

“Hey,” eu disse sentando perto de Mason.

Ele sorriu para mim. “Hey. Você está pronta para o desafio de esqui?”

“Mais pronta que nunca.”

“Não se preocupe,” ele disse. “Eu vou pegar leve com você.”

Eu zombei dele e me inclinei contra o acento. “Você se ilude demais.”

“Caras sãos são chatos.”

Para minha surpresa, ele deslizou sua mão sobre a minha. A pele dele era quente, e eu senti minha própria pele formigar onde ele me tocou. Me assustou. Eu estava convencida que Dimitri era o único por quem eu responderia de novo.

Era hora de partir para outra, eu pensei. Dimitri obviamente passou. Você deveria ter feito isso há muito tempo.

Eu entrelacei meus dedos aos de Mason, o pegando de guarda baixa. “Isso vai ser divertido.”

E foi.

Eu tentei ficar me lembrando que nós estávamos aqui por causa de uma tragédia, que havia Strigoi e humanos lá fora que talvez atacasse de novo. Ninguém mais parecia se

lembrar disso, no entanto, e eu admito, eu mesma estava tendo dificuldades em lembrar. O resort era lindo. Era construído de forma muito parecida a de uma cabana, mas nenhuma cabana de pinho teria contido centenas de pessoas em acomodações tão luxuosas. Três andares de madeiras douradas e glamorosas estavam entre os altos pinheiros. As janelas eram altas e graciosamente arqueadas, pintadas para os Moroi. Lanternas de cristal – elétricas, mas brilhantes demais para parecerem tochas – estavam penduradas na entrada dando a construção toda um brilho, quase como de uma jóia.

Montanhas – que meus olhos aprimorados puderam perceber a noite – nos rodeavam, e eu aposto que a vista será de tirar o fôlego quando for dia. Um lado do território levava para a área de esqui, com colinas íngremes e morrinhos de neve, assim como teleférico. O outro lado tinha um ringue de gelo, o que me deleitou já que eu não patinei naquele dia na cabana. Perto disso, montanhas lisas eram reservadas para deslizar de trenó.

Lá dentro, todos os tipos de arranjos tinham sido feitos para satisfazer as necessidades dos Moroi. Alimentadores estavam disponíveis, prontos para servir 24 horas por dia.As pistas funcionavam a noite. Ward e guardiões circulavam pelo lugar todo. Era tudo que um vampiro vivo podia querer.

O salão central tinha um teto de catedral e um enorme lustre pendurado nele. O chão era feito de mármore, e a recepção ficava sempre aberta, pronta para cuidar de todas as nossas necessidades.O resto do alojamento, corredores e

salas, tinham um esquema de cores vermelhas,pretas e douradas. O profundo tom de vermelho dominava as outras tonalidades, e pequenas mesas ornamentais estavam distribuídas por aí. Nelas haviam vasos de orquídeas manchadas de púrpura que enchiam o ar com um cheiro apimentado.

O quarto que eu dividia com Lissa era maior que os nossos dois quartos colocados juntos e tinha as mesmas cores ricas que o resto do lugar. O carpete felpudo era tão fofo eu tirei os sapatos e andei de pés descalços, adorando o jeito que meu pé afundava naquela macieza. Nós tínhamos camas king-size, com cobertores de penas e tantos travesseiros que eu juro uma pessoa podia se perder neles e nunca mais ser vista. Portas francesas abriam em uma espaçosa sacada,o que, considerando que estávamos no ultimo andar, seria legal se não estivesse congelando lá fora. Eu suspeito que o ofurô para duas pessoas seria bom para compensar o frio.

Afundada em tanto luxo, eu alcancei um ponto de sobrecarga em que os outros cômodos começaram a nadar juntas. A banheira com hidromassagem de mármore. A TV de plasma. A cesta de chocolate e outros doces. Quando nós finalmente decidimos ir esquiar, eu tive que praticamente me arrastar para fora do quarto. Eu provavelmente podia ter passado o resto das minhas férias deitada ali e ficaria perfeitamente feliz.

Mas nós finalmente fomos para fora, e quando eu consegui tirar Dimitri e minha mãe da cabeça, eu comecei a me

divertir. Ajudou o fato de o lugar ser tão grande; havia poucas chances de me encontrar com eles.

Pela primeira vez em semanas, eu fui capaz de me focar em Mason e perceber o quão divertido ele era. Eu também fiquei mais com Lissa do que eu ficava há algum tempo, o que me deixou com um humor ainda melhor.

Com Lissa, Christian, Mason e eu, nós fomos capazes de meio que sair em casais. Nós quatro passamos a maior parte do dia esquiando, embora os dois Moroi tivessem uma certa dificuldade em nos acompanhar. Considerando o que Mason e eu passávamos em nossas aulas, eu e ele não tínhamos medo de tentar truques desafiantes. Nossa natureza competitiva nos fez tentar superar um ao outro.

“Vocês dois são suicidas,” observou Christian em um certo ponto. Era noite, e os pontes altos iluminavam seu rosto confuso.

Ele e Lissa estavam esperando na base da colina, assistindo Mason e eu descer. Nós estávamos nos movendo em uma velocidade maluca. A parte de mim que estava tentando aprender controle e sabedoria com Dimitri sabia que era perigoso, mas o resto de mim gostava de abraças aquela imprudência.

Mason ria enquanto derrapávamos na parada, espalhando neve. “Nah, isso é só um aquecimento. Eu quero dizer, Rose foi capaz de me acompanhar o tempo todo. Coisa de criança.”

Lissa balançou a cabeça. “Vocês não estão levando isso muito a sério?”

Mason e eu nos olhamos. “Não.”

Ela balançou a cabeça. “Bem, nós vamos entrar. Tentem não se matar.”

Ela e Christian foram embora, braço a braço. Eu os assisti ir, então me virei para Mason. “Estou bem por mais um tempo. E você?”

“Absolutamente.”

Ele virou para voltar para o topo da colina. Quando estávamos prestes a descer, Mason indicou.

“Ok, que tal isso? Aqueles morrinhos altos ali, então pular sobre aquela cadeia, dar uma virada, desviar daquelas árvores, e paras lá.”

Eu segui o seu dedo que apontava para um caminho irregular nos maiores morrinhos. Eu franzi a sobrancelha.

“Esse é realmente maluco,Mase.”

“Ah,” ele disse triunfante. “Ela finalmente cedeu.”

Eu olhei com raiva. “Ela não cedeu.” Depois de outra analise na sua rota louca, eu concordei. “Ok. Vamos fazer isso.”

Ele fez um gesto. “Você primeiro.”

Eu respirei fundo e saltei. Meus esquis deslizavam sobre a neve, e um vento perfurador atingia meu rosto. Eu dei o primeiro salto limpo e preciso, mas na próxima parte do curso a velocidade aumentou, e eu percebi o quão perigoso era. Naquele segundo eu tinha uma decisão para tomar. Se eu não seguisse em frente, eu nunca tinha ouvido o fim que Mason tinha dito – e eu queria muito mostrar pra ele. Se eu conseguisse, eu podia me sentir muito segura do quão incrível eu era. Mas se eu tentasse e não conseguisse... eu podia quebrar o pescoço. Em algum lugar na minha cabeça, uma voz que parecia suspeitosamente como a de Dimitri

começou a falar sobre a escolha certa e aprender quando a ser moderado. Eu decidi ignorar aquela voz e segui em frente. O percurso era difícil, mas eu fui perfeita, um movimento insano depois do outro. Neve voava ao meu redor a cada perigosa volta. Quando eu cheguei na base segura, eu olhei pra cima e vi Mason gesticulando abertamente. Eu não consegui entender sua expressão ou palavras, mas eu podia imaginar sua torcida. Eu fiz o contorno e esperei ele fazer o mesmo. Mas ele não fez. Porque quando Mason estava na metade do caminho, ele não conseguiu dar um dos pulos. Seus esquis ficaram presos, e pernas viram. Ele rolou pra baixo.

Eu o alcancei praticamente ao mesmo tempo em que o resto do equipe do hotel. Para o alivio de todos,Mason não tinha quebrado o pescoço nem nada. Seu tornozelo parecia torcido, o que provavelmente iria limitar sua possibilidade de esquiar pelo resto da viagem. Uma das instrutoras se aproximou, fúria em seu rosto.

“O que vocês crianças estavam pesando?” ele exclamou. Ela se virou para mim. “Eu não pude acreditar em você quando fez aquelas manobras estúpidas!” Seus olhos fixos em Mason a seguir. “Então você tinha que copiar ela!”

Eu queria dizer que tinha sido idéia dele, mas culpa não importava nesse ponto. Eu estava apenas feliz por ele estar bem. Mas quando entramos, a culpa começou a me corroer. Eu tinha agido de forma irresponsável. E se ele tivesse se ferido gravemente? Visões horríveis dançavam em minha mente. Mason com uma perna quebrada... com um pescoço quebrado... No que eu estava pensando?

Ninguém tinha me obrigado a fazer aquele percurso. Mason tinha sugerido... mas eu não tinha discutido. Só Deus sabe o que eu provavelmente podia. Eu poderia ter que agüentar alguma zombação, mas Mason era louco o suficiente por mim que meus dotes femininos provavelmente impediriam sua loucura. Eu tinha sido pega pela excitação e o resto – como quando eu havia beijado Dimitri – não pensando o suficiente nas conseqüências porque secretamente, dentro de mim, aquele impulsivo desejo de ser selvagem ainda espreitava. Mason também o tinha, e ele o dele me chamava.

Aquela voz mental de Dimitri me castigou mais uma vez.

Depois que Mason voltou seguro para o hotel e tinha posto gelo no tornozelo, eu carreguei nosso equipamento de volta para dentro até o prédio de armazenamento. Quando eu voltei para dentro, eu passei por uma porta diferente que eu normalmente usava. Essa entrada ficava atrás de uma enorme varanda corrimão de madeira ornamentado. A varanda era construída do lado da montanha e tinha uma visão de tirar o fôlego dos outros picos e vales ao nosso redor – se você estava a fim de ficar no frio o tempo suficiente para admirar. O que a maioria das pessoas não estavam.

Eu subi os degraus da varanda, tirando a neve das minhas botas. Um cheiro denso, picante e doce, estava no ar. Algo sobre ele era familiar, mas antes que eu pudesse identificar ele, uma voz de repente falou nas sombras.

“Hey, pequena dhampir.”

Assustada, eu percebi que alguém estava mesmo parado na varanda. Um cara – um Moroi – encostado contra a parede não muito longe da porta. Ele tinha um cigarro na boca, deu uma longa tragada, e então o jogou no chão. Ele pisou na ponta e me deu um sorriso. Aquele era o cheiro, eu percebi. Cigarros de cravo da índia.

Cuidadosamente, eu parei e cruzei os dedos enquanto o deixava entrar. Ele era um pouco mais baixo que Dimitri mas não era tão magro quanto alguns caras Moroi ficam. Um longo, casaco carvão – provavelmente feito de algum cashmere extremamente caro – servia em seu corpo excepcionalmente bem, e os sapatos de couro que ele usava indicavam que ele tinha muito dinheiro. Ele tinha cabelo marrom que parecia ser propositalmente arrumada para parecer um pouco bagunçado, e seus olhos eram ou azul ou verde – eu não tinha luz suficiente para saber com certeza. Seu rosto era bonito, eu suponho, e eu acho que ele é alguns anos mais velho que eu. Ele parecia que tinha acabado de vir de um jantar.

“Yeah?” eu perguntei.

Seus olhos varreram meu corpo. Eu estava acostumada com a atenção dos caras Moroi. Mas normalmente não era tão obvio. E eu normalmente não estava vestida com roupas de inverno e um olho roxo assustador.

Ele deu nos ombros. “Só dizendo oi, só isso.”

Eu esperei por mais, mas tudo o que ele fez foi colocar suas mãos nos bolsos. Dando nos ombros, eu dei mais uns passos para frente.

“Você cheira bem, você sabe,” ele disse de repente.

Eu parei de andar de novo e dei a ele um olhar confuso, o que só fez seu sorriso bobo crescer um pouco mais.

“Eu... um, o que?”

“Você cheira bem,” ele repetiu.

“Você está brincando? Eu suei o dia todo. Estou nojenta.” Eu queria andar pra longe, mas tinha algo que me compelia para esse cara. Como um descarrilamento de trem. Eu não o achava tão atraente por si; ele era apenas interessante de conversar.

“Suor não é uma coisa ruim,” ele disse, encostando suas costas contra a parede e olhando para cima de forma pensativa. “Algumas das melhores coisas da vida acontecem enquanto suamos. Yeah, se você sua muito e fica velho e fedorento, fica bem nojento. Mas numa mulher bonita? Intoxicante. Se você pudesse sentir o cheiro das coisas como um vampiro, você saberia do que eu estou falando. A maioria das pessoas estragam tudo e mergulham em perfume. Perfume pode ser bom... especialmente se você usa um que combina com sua química. Mas você só

precisa de um pouco. Misture 20% disso com 80% de seu próprio suor... mmm.” Ele inclinou sua cabeça para o lado e olhou pra mim. “Muito sexy.”

Eu de repente lembrei de Dimitri e seu pós-barba. Yeah. Isso tinha sido muito sexy, mas eu certamente não ia falar para esse cara sobre isso.

“Bem, obrigado pela lição de higiene,” eu disse. “Mas eu tenho nenhum perfume, e eu vou tirar todo esse suor de mim com um banho. Desculpe.”

Ele puxou um maço de cigarros e ofereceu um pra mim. Ele se moveu mais pra perto, e foi o suficiente para mim sentir o cheiro de outra coisa nele. Álcool. Eu neguei o cigarro, e ele tirou um para si.

“Mal habito,” eu disse, observando ele o acender.

“Um de muitos,” ele respondeu. Ele inalou profundamente. “Você está aqui com a St. Vlads?”

“Sim.”

“Então você vai ser uma guardiã quando crescer.”

“Obviamente.”

Ele expirou fumaça, e eu vi ela ser levada pela noite. Com sentidos avançados de vampiros ou não, era de se admirar que ele pudesse sentir o cheiro de qualquer coisa perto daquele cheiro de cigarro.

“Quanto tempo até você crescer?” ele perguntou. “Eu posso precisar de um guardião.”

“Eu me formo na primavera. Mas eu já tenho um protegido. Desculpe.”

Surpresa apareceu em seus olhos. “É? Quem é ele?

“Ela é Vasilisa Dragomir.”

“Ah.” Seu rosto abriu um enorme sorriso. “Eu sabia que você era problema assim que te vi. Você é a filha de Janine Hathaway.”

“Eu sou Rose Hathaway,” eu corrigi, não querendo ser definida por minha mãe.

“Prazer em conhecer você, Rose Hathaway.” Ele estendeu sua mão para mim e eu hesitante a apertei.” Adrian Ivashkov.”

“E você acha que eu sou problema,” eu murmurei. Os Ivashkovs eram uma família real, uma das mais ricas e poderosas. Eles eram o tipo de pessoa que pensavam que podiam ter tudo que queriam e passavam por cima de qualquer um no caminho. Não era de se admirar que ele fosse tão arrogante.

Ele riu. Ele tinha uma boa risada, rica e quase melodiosa. Me fez pensar em um caramelo quente derramando da colher. “Útil, huh? Nossas reputações nos precedem.”

Eu balancei a cabeça. “Você não sabe nada sobre mim. E eu só sei sobre a sua família. Não sei nada sobre você.”

“Você quer?” ele perguntou zombando.

“Desculpe. Não sou a fim de caras mais velhos.”

“Eu tenho 21. Não sou tão velho.”

“Eu tenho namorado.” Era uma pequena mentira. Mason certamente não era meu namorado ainda, mas eu esperava que Adrian me deixasse em paz se ele achasse que eu já tinha compromisso.

“Engraçado você não ter mencionado isso na hora,” Adrian ponderou. “Ele não deu a você esse olho roxo, deu?”

Eu me senti corar, mesmo no frio. Eu estive esperando que ele não notasse o olho, o que era estúpido. Com seus olhos de vampiro, ele provavelmente notou assim que pisei na varanda.

“Ele não estaria vivo se ele tivesse. Eu o consegui durante... um treino. Eu quero dizer, estou treinando para ser guardiã. Nossas aulas são sempre duras.”

“Isso é bem quente,” ele disse. Ele derrubou seu segundo cigarro no chão e o pisou.

“Me socar no olho?”

“Bem, não. É claro que não. A idéia de ficar duro é quente. Eu sou muito fã de esportes de contato.”

“Estou certa que você é,” eu disse secamente. Ele era arrogante e presunçoso, ainda sim eu não conseguia me forçar a ir embora. O som de passos atrás de mim me fez virar. Mia apareceu no caminho e subiu os degraus. Quando ela nós viu, ela parou de repente.

“Hey, Mia.”

Ela olhou para nós dois.

“Outro cara?” ela perguntou. Pelo tom dela, você pensaria que eu tinha meu próprio arem de homens.

Adrian me deu um olhar questionador e entretido. Eu cerrei os dentes e decidi não me dignificar a uma resposta. Eu optei pela educação não característica.

“Mia, esse é Adrian Ivashkov.”

Adrian acendeu o mesmo charme que ele tinha usado em mim. Ele apertou a mão dela.

“Sempre um prazer conhecer amigos de Rose, especialmente uma tão bonita.” Ele falou como se eu e ele nos conhecêssemos desde a infância.

“Nós não somos amigas,” eu disse. Lá se foi a educação.

“Rose só sai com caras e psicopatas,” disse Mia. Sua voz carregava o desdenho usual que ela utilizava comigo, mas tinha um olhar no rosto dela que mostrava que Adrian claramente tinha a interessado.

“Bem,” ele disse alegremente, “Já que eu sou um psicopata e um cara, isso explicaria porque somos bons amigos.”

“Você e eu não somos amigos também,’ eu disse a ele.

Ele riu. “Sempre bancando a difícil, hun?”

“Ela não é tão difícil,” disse Mia, claramente chateada por Adrian prestar mais atenção em mim.

“Apenas pergunte a metade dos caras na nossa escola.”

“É,” eu respondi, “e pergunte a outra metade sobre Mia. Se você puder fazer um favor para ela, ela vai fazer vários pra você.” Quando ela declarou guerra entre Lissa e eu, Mia tinha conseguido fazer com que 2 caras contassem para todos na escola que eu tinha feito coisas horríveis com eles. O irônico era que ela os conseguiu fazer mentir dormindo com eles. Uma ponta de embaraço passou pelo seu rosto, mas ela se segurou.

“Bem,” ela disse,” pelo menos eu não faço de graça.”

Adrian fez um barulho de gato.

“Você terminou?” eu perguntei. “Já passou da sua hora de dormir, e os adultos gostariam de conversar agora.” A juventude de Mia era uma ferida dolorida para ela, uma que eu gostava de explorar freqüentemente.

“Claro,” ela disse de forma quebrada. Suas bochechas ficaram rosa, intensificando sua aparência de boneca. “Eu tenho coisas a melhor a fazer de qualquer forma.” Ela se virou par aporta, então parou com sua mão a segurando. Ela olhou para Adrian. “A mãe dela foi responsável pelo olho roxo, sabe.”

Ela entrou. Aquela porta chique de vidro fechou atrás dela.

Adrian e eu ficamos ali em silencio. Finalmente, ele pegou outro cigarro e acendeu. “Sua mãe?”

“Cala a boca.”

“Você é uma daquelas pessoas que ou tem almas gêmeas ou inimigos mortais, não é? Nenhum meio termo. Você e Vasilisa provavelmente são como irmãs, huh?”

“Eu acho.”

“Como ela está?”

“Huh? O que você quer dizer?”

Ele deu nos ombros, como se não importasse, e eu tenho que dizer ele estava exagerando nas casualidades. “Eu não sei. Eu quero dizer, eu sei que vocês fugiram... e teve aquele negocio com a família dela e Victor Dashkov...”

Eu me endureci com a referencia a Victor. “E?”

“Não sei. Apenas imaginei que fosse muito para ela, você sabe, lidar.”

Eu o estudei com calma, me perguntando onde ele estava chegando. Tinha havido um pequeno vazamento sobre o estado frágil estado mental de Lissa, mas eu o tinha contido. A maioria das pessoas tinham esquecido disso ou assumido que era uma mentira.

“Eu tenho que ir.” Eu decidi que evitar ele era a melhor tática agora.

“Você tem certeza?” Ele parecia um pouco desapontado. Mas na maior parte ele parecia tão arrogante e entretido como antes. Algo sobre ele ainda me intrigava, mas o que quer que fosse, não era o suficiente para combater o todo o resto que eu estava sentindo, ou arriscar uma discussão sobre Lissa. “Eu pensei que fosse a hora de adultos conversarem. Muitas coisas de adultos que eu gostaria de conversar.”

“Está tarde, estou cansada, e seus cigarros estão me dando dor de cabeça,” eu rosnei.

“Eu suponho que isso seja justo.” Ele fumou mais um pouco e deixou a fumaça sair. “Algumas mulheres acham que ele me faz parecer sexy.”

“Eu acho que você fuma eles para você ter o que fazer enquanto pensa na sua próxima cantada.”

Ele se engasgou com a fumaça, preso entre a inalação e a risada. “Rose Hathaway, não posso esperar pra ver você de novo. Se você tão charmosa assim quando esta casada e irritada e tão linda machucada e com roupas de ski, você deve ser devastadora quando está bem.”

“Se por ‘devastadora’ você quer dizer que deveria temer pela sua vida, então sim. Você está certo.” Eu abri a porta. “Boa noite, Adrian.”

“Vejo você mais logo.”

“Dificilmente. Eu disse a você, não sou a fim de caras mais velhos.”

Eu entrei. Enquanto as portas fechavam, eu o ouvi me chamando por trás, “Claro, que você não é.”

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