Denis e seus dois amigos não prometidos, Artur e Lev, ficaram estáticos por eu ser parte da turma. Mas se eles esperavam que eu partilhasse do entusiasmo maluco deles para caçar de forma descuidosa Strigoi, eles ficaram meio desapontados. Na verdade, não levou muito tempo depois que me juntei a eles para eles perceberem que eu não estava caçando do jeito deles. O amigo de Denis, Lev, tinha um carro e nós revezamos em dirigir para Novosibirsk. A viagem foi de cerca de 15 horas, e embora tenhamos passado a noite em um hotel, ainda era muito tempo para ficar num espaço pequeno com três caras que não paravam de falar sobre os Strigoi que eles iriam matar.
Em particular, eles ficavam tentando me arrastar junto. Eles queriam saber sobre quantos Strigoi matei. Eles queriam saber como tinha sido a batalha na academia. Eles queriam saber meus métodos. Mas toda vez que eu pensava nesses tópicos, tudo que eu conseguia pensar era no sangue e no luto. Não era nada pelo qual eu queria me gabar, e levou seis horas na estrada para eles finalmente descobrirem que não iriam conseguir muitas informações comigo.
Ao invés disso eles me contaram sobre suas próprias aventuras. Para ser justa, eles mataram vários Strigoi – mas perderam vários amigos, todos adolescentes, como esses caras. Minhas experiências não eram tão diferentes; eu também perdi amigos.
Mas minhas perdas tinham sido o resultado de estar com menos número. As perdas do grupo de Denis parecia ter tido mais a ver com descuido e agir sem pensar. De fato, o plano deles assim que chegamos a Novosibirsk não era muito sólido. Eles reintegraram que Strigoi gostavam de caçar em lugares que ficavam lotados a noite, como danceterias, ou em lugares remotos como becos, que fazia alvos fáceis. Ninguém notava quando as pessoas desapareciam desse tipo de lugar. Então os planos de Denis na maioria envolviam ir nesses pontos quentes e esperar que nos encontrássemos com algum Strigoi.
Meu pensamento inicial foi imediatamente abandonar o grupo e ir caçar sozinha.
Afinal de contas, meu objetivo principal era simplesmente chegar a Novosibirsk. Com tudo o que eu aprendi, parecia lógico que a maior cidade da Sibéria fosse o melhor lugar para procurar. Então, quanto mais eu pensava, mais eu percebi que entrar na cena de Strigoi sozinha seria tão idiota quanto os planos da gangue não prometida. Eu podia usar o apoio deles. Além do mais, já que eu ainda não sabia onde estava Dimitri, eu tinha que bolar um método de conseguir informação. Eu precisava de ajuda para isso. Chegamos em Novosibirsk no segundo dia. Apesar de ter ouvido sobre o tamanho, eu não tinha imaginado que seria parecido como Moscou ou São Petersburgo. E na verdade, acabou por não ser tão grandes como elas eram, mas era como uma cidade muito completa, com arranha-céus, teatros, viajantes, e a mesma arquitetura bonita.
Ficamos com uma amiga deles que tinha um apartamento no centro, uma Dhampir chamada Tamara. O inglês dela não era muito bom, mas pelo que ouvi, ela era outra não prometida e estava tão ansiosa como todo mundo para livrar o mundo dos Strigoi. Ela era um pouco mais velha que o resto de nós, que era o porque dela ter seu próprio lugar, e era uma morena fofa com sardas. Parecia que ela esperava os caras chegarem na cidade para caçar, o que eu recebi como uma pequena benção.
Pelo menos ela não ia sozinha. Ela parecia particularmente excitada por ter outra garota por perto, mas como os outros, ela rapidamente captou que eu não partilhava do entusiasmo deles.
Quando nossa primeira noite de caça aos Strigoi chegou, eu finalmente tomei a liderança. A mudança repentina de comportamento os surpreendeu no começo, mas eles logo prestaram atenção, ainda apanhados pela minha reputação de super estrela.
“Ok,” eu disse, olhando rosto por rosto. Estávamos na sala de Tamara, sentados em circulo. “É assim que vai ser. Vamos chegar no grupo como um grupo, patrulhando os becos atrás em busca –”
“Espere,” interrompeu Denis. “Normalmente nos separamos.”
“E é por isso que vocês morrem,” eu disse. “Vamos como um grupo.”
“Mas você não matou Strigoi sozinha?” perguntou Lev. Ele era o mais alto do grupo com uma figura longa e magra que era quase como a de um Moroi.
“Sim, mas tive sorte.” Isso, e eu também achava que era melhor lutadora do que qualquer um deles. Me chame de arrogante, mas eu era uma ótima guardiã. Ou quase guardiã. “Vamos nos sair melhor nós cinco. Quando encontrarmos os Strigoi temos que nos certificar de cuidar dele e isolar a área.” Eu não tinha esquecido o aviso de Sydney. “Mas antes de matar eles, eu preciso falar com eles. Vai ser o trabalho de vocês segurar eles.”
“Porque?” perguntou Denis. “O que você tem pra dizer para eles?”
“Na verdade, é o que eles tem pra dizer para mim. Olha, não vai levar muito tempo. E vocês vão matar no fim, então não se preocupem. Mas...” A próxima parte era contra meu plano mestre, mas eu sabia que tinha que dizer. Eu não arriscaria a morte deles pelo bem da minha própria busca. “Se vocês se meterem numa situação onde estiverem presos ou em perigo imediato, esqueçam a conversa e imobilização. Matem. Se salvem.”
Aparentemente, eu parecia confiante e fodona o bastante para eles decidirem seguir o que eu disse. Parte do nosso plano envolvia ir “disfarçado”, por assim dizer. Qualquer Strigoi que estivesse perto ou desse uma boa olhada imediatamente iria nos reconhecer como Dhampirs. Era importante que não chamássemos atenção.
Precisávamos de um Strigoi procurando vitimas que passasse por nós. Precisávamos parecer como os outros humanos freqüentadores de clube. Então nos vestimos de acordo, e fiquei um pouco surpresa com o quão bem os caras se arrumaram. Denis, maluco ou não, estava
particularmente bonito, dividindo o mesmo cabelo dourado e olhos castanhos que o seu irmão Nikolai tinha. Minhas poucas mudas de roupa não estavam nos padrões de festa, então Tamara me emprestou uma roupa. Ela pareceu ficar muito satisfeita em me encontrar coisas para usar. Nós tínhamos um tamanho parecido, o que era meio incrível. Com seu corpo alto e super magro, Lissa e eu nunca fomos capazes de dividir roupas. Tamara tinha meu peso e tinha uma estrutura corporal parecida.
Ela primeiro me ofereceu um vestido curto e apertado que era similar ao que Viktoria tinha usado e eu balancei a cabeça e o devolvi. A memória da nossa discussão ainda doía, e eu não iria reviver a noite ou de forma alguma brincar de me vestir como meretriz de sangue. Ao invés disso, Tamara se conformou em me vestir com jeans preto e uma camiseta preta. Eu concordei em fazer o cabelo e colocar maquiagem, e me olhando no espelho, eu tinha que admitir que ela fez um bom trabalho. Sendo tão vaidosa quanto eu era, eu gostava de ficar bem. Eu especialmente gostei dos caras olhando para mim de um jeito admirador e respeitoso – mas não como se eu fosse um pedaço de carne. Tamara me ofereceu jóias também, mas a única coisa que eu usei foi o nazar ao redor do meu pescoço. Minha estaca exigia um casaco, mas ela encontrou um sexy de couro que não tirou o resto da apelação da roupa.
Perto da meia noite, eu não consegui deixar de balançar a cabeça. “Somos os caçadores de vampiro mais quentes do mundo,” eu murmurei.
Denis nos levou para um clube em que eles já tinham encontrado Strigoi antes. Era também onde, aparente-mente, seus amigos não prometidos tinham sido mortos. Foi em uma parte decadente da cidade, o que acho que acrescenta apelo para os Strigoi. Muitas pessoas de classe média e alta eram jovens, aparentemente atraídos pelo aspecto do “perigo”. Se ao menos eles soubessem o quão perigoso era. Eu tinha feito um monte de piadas para Dimitri sobre a Rússia e a Europa Ocidental estar atrasado dez anos na música, mas quando entramos, eu descobri que a batida da música Techno tocando foi algo que ouvi nos EUA pouco antes de partir.
O lugar estava lotado e escuro, com luzes piscantes que eram um pouco irritantes para os olhos de Dhampir. Nossa visão noturna se adaptava a escuridão e então a luz brilhante aparecia. Nesse caso, eu não precisei da minha visão. Meus sentidos shadow-kissed não sentiam nenhum Strigoi na área.
“Anda,” eu disse para os outros. “Vamos dançar enquanto esperamos. Não tem Strigoi por perto.”
“Como você sabe?” perguntou Denis, me olhando com admiração.
“Eu só sei. Fiquei juntos.”
Nosso pequeno círculo se moveu para a pista. Fazia tanto tempo que eu não dançava, que eu fiquei surpresa por entrar no ritmo tão rapidamente. Parte de mim disse que eu deveria ter ficado para sempre vigilante, mas meu alarme de Strigoi iria me avisar imediatamente se qualquer perigo surgisse. A náusea era meio difícil de ignorar.
Mas depois de uma dança, nenhum Strigoi apareceu. Saímos da pista de dança e começamos a circular pelas pontas do clube, e então saímos para varrer a área também. Nada.
“Tem outro clube por perto?” eu perguntei.
“Claro,” disse Artur. Ele era robusto, com cabeça quase raspada e um sorriso.
“Algumas quadras de distância.”
Nós seguimos ele e encontramos uma cena similar: outro clube secreto escondido em um prédio. Mais luzes brilhantes. Mais multidão. Mais batida de música.
Perturbante, o que começou a me incomodar primeiro foi o cheiro. Tantas pessoas juntas gerava uma grande quantidade de suor. Eu não tinha dúvidas que até os humanos podiam sentir o cheiro. Para nós era inebriante. Tamara e eu nos olhamos e enrugamos o nariz, sem precisar de palavras para descrever nosso nojo.
Fomos para a pista de dança de novo, e Lev começou a sair para pegar uma bebida. Eu soquei ele no braço. Ele exclamou algo em russo que eu reconheci como um palavrão. “Para que foi isso?” ele perguntou.
“Por ser idiota! Como você espera matar algo duas vezes mais rápido que você se estiver bêbado?”
Ele deu nos ombros, sem se preocupar, e eu resisti a vontade de bater na cara dele dessa vez. “Um só não vai fazer nada. Além do mais, não tem nenhum –”
“Quieto!”
Estava passando por mim, aquela estranha sensação no meu estômago. Esquecendo do meu disfarce, eu parei de
dançar, buscando a fonte na multidão. Enquanto estava confiando nos meus sentidos para sentir o Strigoi, ver ele na multidão era um pouco mais difícil. Eu dei alguns passos em direção a entrada, e minha náusea diminuiu. Eu me movi em direção ao bar, e ela aumentou.
“Por aqui,” eu disse a eles. “Ajam como se ainda estivessem na batida da música.”
Minha tensão era contagiosa, e eu vi a antecipação passar por eles – assim como um pouco de medo. Bom. Talvez eles levassem a sério. Enquanto íamos para a direção do bar, eu tentei manter minha linguagem corporal orientada em direção a ele, como se eu estivesse procurando uma bebida. Enquanto isso, meus olhos varriam a multidão.
Ali. Eu achei ele. Um homem Strigoi estava parado no canto, seus braços ao redor de uma garota que tinha mais ou menos minha idade. Na fraca luz, ele quase parecia atraente. Eu sabia que um exame mais de perto iria revelar uma pele pálida e olhos vermelhos que os Strigoi tinham. A garota podia não ser capaz de ver eles no clube escuro, ou o Strigoi podia estar usando compulsão nela. Provavelmente os dois, julgando pelo sorriso no rosto dela. Strigoi eram capazes de compelir outros assim como usuários de espírito como Lissa podia. Até melhor. Diante dos nossos olhos, eu vi o Strigoi levar a garota em direção a um pequeno canto. No fim, eu consegui enxergar uma placa de saída. Pelo menos, eu presumi que era uma placa de saída. As letras eram em cirílico.
“Alguma idéia onde aquela porta vai dar?” eu perguntei aos outros. Os caras deram nos ombros, e Denis repetiu a
pergunta para Tamara. Ela respondeu, e ele traduziu. “Tem um pequeno beco lá trás onde eles colocam o lixo. É entre esse prédio e uma fábrica. Ninguém lá.”
“Podemos chegar lá dando a volta no beco?”
Denis esperou a resposta de Tamara. “Sim. É aberto dos dois lados.”
“Perfeito.”
Saímos do clube pela porta da frente, e eu dividi o grupo em dois. O plano era chegar no Strigoi pelos dois lados e prender ele no meio – desde que ele e sua vitima ainda estivessem lá atrás. Era possível que ele levasse ela para outro lugar, mas eu pensei que era mais provável ele subjugar e pegar o sangue dela ali mesmo, particularmente se era tão deserto quanto Tamara disse que normalmente era.
Eu tinha razão. Assim que meu grupo deu a volta atrás do clube, eu vi o Strigoi e a garota nas sombras perto da lata de lixo. Ele estava inclinado por cima dela, a boca perto seu pescoço, e eu silenciosamente xinguei. Eles não perdiam tempo. Esperando que ela ainda estivesse viva, eu vim correndo pelo beco, e os outros me seguiram. Do outro lado do beco, Denis e Lev também vieram correndo. Assim que ele ouviu nossos passos, o Strigoi reagiu instantaneamente, seus incríveis reflexos agindo. Ele imediatamente soltou a garota, e em um segundo, ele escolheu Denis e Lev ao invés de Artur, Tamara e eu. Não era uma má estratégia. Só haviam dois deles. Porque ele era tão rápido, ele provavelmente esperava incapacitar eles
rapidamente e então virar para nós antes de podermos matar ele.
E quase funcionou. Um golpe poderoso fez Lev voar. Para meu alivio, algumas latas de lixo impediram que ele batesse na parede do prédio. Bater nelas não seria muito bom, mas se eu tivesse escolha, eu preferiria latas de metal do que tijolos sólidos. O Strigoi atacou Denis a seguir, mas Denis se provou ser incrivelmente rápido. Sem ser justa, assumi que nenhum desses não prometidos tinha realmente habilidades de luta. Eu deveria saber mais. Eles tiveram o mesmo treinamento que eu; eles só não tinham disciplina.
Denis desviou do golpe e bateu embaixo, mirando nas pernas do Strigoi. Ele acertou, embora não tenha sido forte o bastante para derrubar ele. Um flash de prata brilhou nas mãos de Denis e ele conseguiu cortar parcialmente a bochecha do Strigoi pouco antes de um golpe desajeitado empurrar o Dhampir na minha direção. Um corte daqueles não seria letal para o Strigoi, mas a prata ia machucar, e eu ouvi ele rosnar.
Suas presas estavam cheias de saliva. Eu desviei de Denis rápido o bastante para ele não me derrubar. Tamara agarrou o braço dele, segundo para que ele também não caísse. Ela também era rápida e mal tinha soltado ele antes de pular no Strigoi. Ele a afastou mas não conseguiu acertar ela com força o bastante para a empurrar para muito longe. Artur e eu estávamos nele naquele ponto, nossa força combinada derrubando ele contra a parede. Ainda sim, ele era forte e prendemos ele brevemente antes dele conseguir se libertar. Uma voz responsável na minha cabeça – que
soava suspeitosamente como a de Dimitri – me avisou que aquela tinha sido minha janela para matá-lo. Teria sido a coisa inteligente e segura a se fazer. Eu tive a abertura, e minha estaca estava na minha mão. Se meu plano louco de interrogatório falhasse, a morte dos outros ficaria na minha mente. Como um, Artur e eu pulamos de novo. “Nós ajudem!” eu gritei.
Tamara se jogou contra o Strigoi, dando um golpe forte no estômago também. Eu conseguia sentir ele começar a se libertar de nós, mas então Denis se juntou também. Entre nós quatro, prendemos o Strigoi de forma que ele ficou deitado no pavimento.
Mas o pior não tinha acabado. Manter ele no chão não era fácil. Ele se mexia com uma força incrível, os membros se virando por toda parte. Eu me soltei, tentando jogar o peso do meu corpo pelo torço enquanto os outros prendiam suas pernas. Outro par de mãos se juntou a nós, e eu olhei para cima e vi Lev ajudando também. O lábio dele estava sangrando, mas o rosto dele estava determinado.
O Strigoi não tinha parado de se mover, mas eu senti satisfação em perceber que ele não iria se soltar tão fácil, não com nós cinco segurando ele. Me movendo para frente, eu coloquei a ponta da minha estaca no pescoço dele. Ele fez uma pequena pausa, mas ele logo voltou a lutar. Eu me inclinei até o rosto dele.
“Você conhece Dimitri Belikov?” eu exigi.
Ele gritou algo incompreensivo para mim que não soou muito amigável. E pressionei a estaca com mais força e fiz um longo corte na garganta dele. Ele gritou de dor, um mal
puro e maligno brilhava daqueles olhos enquanto ele continuava a xingar em russo.
“Traduza,” eu exigi, sem me importar com quem o fizesse. “O que eu falei.”
Um momento depois, Denis disse algo em russo, supostamente minha pergunta já que tinha o nome de Dimitri nela. O Strigoi rugiu em resposta, e Denis balançou a
cabeça. “Ele disse que não vai brincar desse jogo com a gente.”
Eu peguei a estaca e cortei o rosto do Strigoi, aumentando o corte que Denis tinha feito. De novo, o Strigoi gritou, e eu rezei que a segurança do clube não ouvisse nada. Eu dei a ele um pequeno sorriso com malicia o bastante para combinar com o dele.
“Diga a ele que vamos brincar desse jogo com ele até ele falar. De um jeito ou de outro, ele morre hoje a noite. Depende dele isso acontecer rápido ou devagar.”
Eu honestamente não conseguia acreditar que aquelas palavras saíram da minha boca. Elas eram tão duras... tão, bem, cruéis. Nunca na minha vida eu esperei torturar alguém, mesmo um Strigoi. O Strigoi deu as traduções de Denis outra nota de desafio, então continuei com a estacada, fazendo cortes e arranhões que teriam matado um humano, Moroi, ou Dhampir.
Finalmente, ele gritou palavras que não pareciam como os insultos usuais. Denis traduziu imediatamente. “Ele disse que nunca ouviu falar de ninguém com esse nome e que se Dimitri é um amigo seu, ele vai se certificar de matar ele devagar e dolorosamente.”
Eu quase ri do último esforço de desafio do Strigoi. O problema com minha estratégia era que o Strigoi podia estar mentindo. Não tinha como eu saber. Algo na resposta dele me fez pensar que ele não estava. Ele soava como se eu estivesse me referindo a um humano ou Dhampir, não um Strigoi.
“Então ele é inútil,” eu disse. Eu me inclinei e olhei para Denis. “Vá em frente e mate ele.”
Era o que Denis estava morrendo de vontade de fazer. Ele não hesitou, a estaca dele balançando com força passando pelo coração do Strigoi. A luta frenética parou um segundo depois. A luz maligna sumiu dos olhos vermelhos. Nós levantamos, e eu vi o rosto dos meus companheiros me olharem com apreensão e medo.
“Rose,” perguntou Denis finalmente. “O que você está esperando –”
“Esqueça isso,” eu interrompi, me movendo até o corpo da garota inconsciente. Me abaixando, eu examinei o pescoço dela. Ele a mordeu, mas pouco sangue tinha sido tomado. A ferida era relativamente pequena e sangrava apenas um pouco. Ela se moveu levemente e gemeu quando toquei ela, o que eu considerei um bom sinal.
Cuidadosamente, eu a arrastei para longe do lixo e para a luz onde ela seria notada. O Strigoi, no entanto, eu arrastei para o lugar mais escuro que pude, escondendo ele quase completamente. Depois disso, eu pedi emprestado o celular de Denis e disquei o número que mantive no meu bolso na última semana.
Depois de alguns toques, Sydney respondeu em russo. Ela soava com sono.
“Sydney? Aqui é a Rose.”
Houve uma pequena pausa. “Rose? O que está acontecendo?”
“Você voltou para São Petersburgo?”
“Sim... onde você está?”
“Novosibirsk. Vocês tem algum agente aqui?”
“É claro,” ela disse rapidamente. “Porque?”
“Mmm... eu tenho algo para você limpar.”
“Oh nossa.”
“Hey, pelo menos estou ligando. E não é como se livrar o mundo de outro Strigoi seja uma coisa ruim. Além do mais, você não queria que eu te avisasse?”
“Sim, sim. Onde você está?”
Eu pus Denis no telefone brevemente para que ele pudesse explicar nossa localização. Ele entregou de volta o telefone para mim quando ele terminou, e eu disse a Sydney sobre a garota.
“Ela está seriamente ferida?”
“Não parece,” eu disse. “O que devemos fazer?”
“Deixem ela. O cara que está indo vai se certificar de que ela está bem e não vá contar histórias. Ele explica quando chegar ai.”
“Whoa, hey. Não vou estar aqui quando ele chegar.”
“Rose –”
“Estou saindo,” eu disse a ela. “E eu realmente gostaria que você não contasse a mais ninguém que eu liguei – digamos, tipo, o Abe.”
“Rose –”
“Por favor, Sydney. Só não conte. Ou então...” eu hesitei. “Se você contar, não vou mais ligar quando isso acontecer. Vamos derrubar mais alguns.”
Deus, o que vinha a seguir? Primeiro tortura, agora ameaças. Pior, eu estava ameaçando alguém que eu gostava. É claro, eu estava mentindo. Eu entendia porque o grupo de Sydney fazia o que fazia, e eu não iria arriscar exposição. Mas ela não sabia disso, e eu rezei para que ela pensasse que eu era instável o bastante para nos revelar para o mundo.
“Rose –” ela tentou de novo. Eu não dei a ela a chance.
“Obrigado, Sydney. Manteremos contato.” Eu desliguei e entreguei o telefone para Denis. “Anda, gente. A noite ainda não terminou.”
Estava claro que eles achavam que eu era louca por interrogar um Strigoi, mas considerando o quão descuidados eles eram as vezes, meu comportamento não era estranho o bastante para eles perderem a fé em mim. Logo eles ficaram entusiasmados de novo, animados com a idéia da nossa primeira morte nessa viagem. Minha habilidade estranha de sentir os Strigoi me fez ainda mais legal para eles, e eu fiquei confiante que eles iam me seguir em qualquer lugar.
Pegamos mais dois Strigoi aquela noite e conseguimos repetir o processo. Os resultados foram os mesmos. Muitos insultos em russo. Nenhuma nova informação. Quando eu estava convencida que o Strigoi não tinha nada para nos oferecer, eu deixei os não prometidos matarem ele. Eles
amaram, mas depois da terceira vez, eu me encontrei ficando cansada tanto física quanto mentalmente. Eu disse ao grupo que íamos para casa – e então, enquanto estávamos cortando caminho, eu senti um quarto Strigoi.
Nós pulamos. Outra luta ocorreu, mas nós eventualmente conseguimos prender ele tão forte quanto os outros. “Vá em frente,” eu disse a Denis. “Você sabe o que fazer –”
“Eu vou cortar sua garganta!” o Strigoi rosnou.
Whoa. Esse falava inglês. Denis abriu sua boca para começar o interrogatório, mas eu balancei a cabeça. “Eu assumo.” Como o outro Strigoi, ele xingou e lutou, mesmo com a estaca contra o pescoço dele, dificultando para mim falar.
“Olha,” eu disse ficando impaciente e cansada, “Só nos diga o que precisamos saber. Estamos procurando por um Dhampir chamado Dimitri Belikov.”
“Eu conheço ele.” A voz do Strigoi era presunçosa. “E ele não é nenhum Dhampir.”
Sem perceber, eu chamei Dimitri de Dhampir. Eu estava tão cansada que escapou. Não era de se admirar que o Strigoi estivesse tão feliz em falar. Ele assumiu que não sabíamos da transformação de Dimitri. E como qualquer Strigoi arrogante, ele ficou feliz em nos dizer mais, claramente na esperança de nos causar dor.
“Seu amigo foi despertado. Ele anda pela noite conosco, bebendo o sangue de garotas tolas como você.”
Em um segundo mil pensamentos passaram pela minha cabeça. Puta merda. Eu vim para Rússia esperando encontrar Dimitri. Eu tive essa esperança frustrada em sua
cidade natal, o que quase me fez desistir, e eu fui para o outro lado, me resignando à quase impossibilidade de minha tarefa.
A idéia de que eu estava perto de algo era vacilante.
“Você está mentindo,” eu disse.
“Eu vejo ele o tempo todo. Eu matei com ele.”
Meu estômago se retorceu, e não tinha nada a ver com a proximidade do Strigoi. Não pense em Dimitri matando pessoas. Não pense em Dimitri matando pessoas. Eu repeti essas palavras de novo e de novo na minha cabeça, me forçando a ficar calma.
“Se isso é verdade,” eu respondi, “então tenho uma mensagem para você entregar para ele. Diga a ele que Rose Hathaway está procurando por ele.”
“Não sou um mensageiro,” ele disse, brilhando.
Minha estaca o penetrou, fazendo ele sangrar, e ele fez uma cara de dor. “Você é o que eu quiser que você seja. Agora vá dizer a Dimitri o que eu te falei. Rose Hathaway. Rose Hathaway está procurando por ele. Diga.” Eu pressionei a ponta no pescoço dele. “Diga meu nome para que eu saiba que você vai lembrar.”
“Eu vou lembrar para que eu possa te matar.”
Pressionei a estaca com mais força, derramando sangue.
“Rose Hathaway,” ele disse. Mas ele falou num assoviou.
Satisfeita, eu me afastei. Denis me observou com expectativa, a estaca pronta.
“Agora matamos ele?”
Eu balancei a minha cabeça. “Agora deixamos ele ir.”
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Capitulo 16
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às 19:44
Marcadores: Academia de Vampiros, Promessa de Sangue
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