Eu poderia ter ficado de boca aberta se eu estivesse lá. Tanto pelo choque de ver Sydney quanto por ser uma humana á vista na Cortel.
Humanos, na verdade, porque tinha dois outros com ela, um homem e uma mulher. O homem era jovem, só um pouco mais velho do que Sydney, com cabelos e olhos marrons escuro. A mulher era mais velha, com olhar duro e experiente que eu associei á Alberta. A mulher tinha a pele escura, mas eu pude ver a tatuagem dourada que ela e os outros alquimistas tinham. Todos Alquimistas. E era óbvio que esses alquimistas não estavam felizes. A mulher estava colocando em um bom show, mas seus olhos dardejantes deixaram claro que ela preferia estar em algum outro lugar, qualquer outro lugar. Sydney e o cara não ocultaram totalmente seu medo. Sydney podia ter se acostumado com Dimitri e eu, mas ela e seus associados tinham entrado em um covil do mal na medida em que foram provavelmente a causa.
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Os Alquimistas não estavam sozinhos em seu desconforto. Assim que eles tinham entrado, os guardiões não mais consideraram Eddie como a ameaça da sala. Seus olhos estavam todos nos humanos, investigando-os como se fossem Strigoi. Meus amigos pareciam mais curiosos do que com medo. Lissa e eu vivemos entre humanos, mas Christian e Adrian tiveram muito pouca exposição, mais que alimentadores. Ver os Alquimistas no nosso território acrescentou um elemento extra de intriga.
Eu estava certamente admirada de ver Sydney lá tão rápido. Ou será que foi realmente rápido? Horas tinham passado desde que escapamos da casa de Jill. Não tempo suficiente para dirigir até a Corte, mas com certeza suficiente para voar. Sydney não tinha mudado de roupa desde a última vez em que eu a havia visto, e tinha sombras embaixo de seus olhos. Eu tive a impressão de que ela estava ferrada desde o fim de sua captura. O mistério era, por que trazer trazer os Alquimistas aqui para reunião sobre Eddie ter matado o Moroi desconhecido? Havia duas questões completamente diferentes em jogo.
Lissa estava pensando a mesma coisa. — Quem são esses caras? — ela perguntou, apesar de ela ter uma boa ideia sobre quem era Sydney. Ela ouviu descrição suficiente de mim. Sydney deu a Lissa mais uma olhada, e eu suspeitei que ela tinha advinhado a identidade de Lissa também.
— Alquimistas. — Hans disse grosseiramente — Vocês sabem o que isso significa? —
Lissa e meus amigos balançaram a cabeça — O que eles têm que fazer com Eddie e o cara que me atacou? — ela perguntou.
— Talvez alguma coisa, talvez nada — Hans encolheu os ombros — Mas eu sei que tem alguma coisa estranha acontecendo, alguma coisa em que todos vocês estão envolvidos, e eu preciso descobrir o que é. — Ela — Hans apontou para Sydney — estava com Hathaway em Detroit, e eu ainda tenho problema em acreditar que nenhum de vocês sabe nada sobre isso — .
Adrian cruzou os braços e se encostou na parede, a perfeita figura da indiferença.
— Continue acreditando nisso, mas eu não conheço nenhuma dessas pessoas. Os Alquimistas não odeiam a gente? Por que eles estão aqui? — Adrian, ironicamente, era o único dos meus amigos que sabia que eu não estive em West Virgínia, mas você nunca diria por seu comportamento.
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— Porque nós temos uma assassina foragida para lidar e precisamos questionar seu cúmplice em pessoa. — era a responsabilidade decidida de Hans.
Uma negação da minha culpa estava nos lábios de Lissa, mas o outro Alquimista pulou primeiro. — Você não tem prova de que a Senhorita Sage é cúmplice da sua criminosa. E eu ainda acho ridículo que você não vai nos deixar fazer nosso próprio questionamento e deixar por isso mesmo. —
— Em outra situação, poderíamos, Senhorita Stanton, — replicou Hans. Gelo estava se formando entre dois deles. — Mas essa, como você pode imaginar, é um pouco mais séria que outras. Nossa Rainha foi assassinada. —
Tensão se fez ainda mais entre os guardiões e os Alquimistas. Seu relacionamento profissional não era um feliz, eu percebi. Também me ocorreu, que mesmo se os superiores de Sydney pensassem que ela cometeu um crime, eles nunca admitiriam ainda mais para o meu povo — o que significou que a paranóia de Hans não era completamente infundada. Quando nenhum dos Alquimistas respondeu, Hans leu isso como uma aprovação para começar a interrogar Sydney.
— Você conhece esses três? — Ele gesticulou para meus amigos e Sydney balançou a cabeça — Já se comunicou com eles? —
— Não. —
Ele fez uma pausa, como se esperasse que ela fosse mudar a resposta. Ela não o fez. — Então como você se envolveu com Hathaway? —
Ela o estudou atentamente, medo em seus olhos castanhos. Eu não estava certa de que era por causa dele exatamente. Na verdade, ela tinha muitas coisas para estar nervosa agora, como estar aqui agora e a eventual punição que os Alquimistas podiam lhe aplicar. Depois, é claro, tinha Abe. Tecnicamente, ele era a razão pela qual ela estava enredada nessa bagunça. Tudo o que ela tinha que fazer era falar nele, dizer que ele a tinha chantageado. Isso talvez a livrasse dessa — mas provocaria sua ira. Sydney engoliu em seco e forçou um olhar desafiador.
— Eu encontrei Rose na Sibéria. —
— Sim, sim. — disse Hans — Mas como você terminou a ajudando a escapar daqui? —
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— Eu não tive nada a ver com a fuga dela desse lugar! — disse Sydney. Isso era uma meia-verdade, eu supus — Ela me contatou alguns dias depois e me pediu para ajudá-la a chegar até uma casa em Detroit. Ela afirmou que era inocente e que isso a ajudaria a provar isso. —
— Os Alquimistas sabiam até então que ela era uma fugitiva — Hans pontuou — Todos tinham ordens de procurá-la. Você poderia ter entrado na dela —
— Quando eu encontrei Rose pela primeira vez, ela não parecia ser do tipo que mataria — eu quero dizer, exceto por matar Strigoi. O que não é assassinato de verdade — .
Sydney atirou em um desdém Alquimista. Isso foi um toque legal. — Então, quando ela disse que era inocente e podia provar isso, eu decidi ajudá-la. Eu dei a ela uma carona. —
— Nós acabamos de perguntar isso a ela, — Stanton disse irritada — E nós já dissemos isso para você. O que ela fez foi idiota — um ingênuo lapso de julgamento. Isso é algo para nós cuidarmos, não você. Você se preocupa com seu demônio assassino. — Suas palavras eram leves, como se eles fossem levar Sydney pra casa e castigar uma criança birrenta. Eu duvidei que isso fosse ser tão simples.
— Quem eram as pessoas com ela? — Hans perguntou, ignorando Stanton.
O desprezo de Sydney cresceu — Um era o cara... Dimitri Belikov. O que vocês disseram que estava — curado — Eu não sei quem eram os outros. Dois caras e uma mulher. Eles nunca se apresentaram. — Isso era uma mentira bem feita, seu falso desgosto por Dimitri mascarando o seu conhecimento sobre o resto de nossas associações.
Lissa inclinou-se ansiosamente, falando apenas antes que Hans pudesse — O que era em Detroit? Como Rose estava indo limpar seu nome? Especialmente com Jill? —
Hans não pareceu feliz com a interrupção, mas eu sabia que ele tinha que estar curioso sobre Jill e Detroit também. Ele não disse nada, talvez esperando que alguém fosse escorregar e revelar a peça chave do conhecimento. Sydney, porém, continuou jogando distante e fria — Eu não faço ideia. Aquela garota Jill não parece saber também. Rose apenas disse que tínhamos que chegar até ela, então eu a ajudei. —
— Cegamente? — Hans perguntou. — Você realmente espera que eu acredite que você apenas acreditou nela desse jeito? —
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— Ela era minha… — Sidney apenas bateu os lábios no que eu suspeitei que era — amiga. — Ela mudou para seu modo profissional — Tinha alguma coisa acreditável sobre ela, e eu achei que seria um desperdício de recursos se os Alquimistas estivessem ajudando vocês a caçar o assassino errado. Se eu decidisse que ela era culpada, eu poderia simplesmente denunciá-la. E pensei... E pensei que se eu fosse a pessoa a resolver isso, eu teria o crédito e a promoção. — Essa foi uma boa, boa mentira. Uma garota ambiciosa tentando levantar sua carreira? Muito bom. Bem, não para todo mundo.
Hans balançou a cabeça — Eu não acredito em nada de você. —
O cara alquimista deu um passo a frente que fez cada guardião se sentir tenso para pular nele. — Se ela diz que foi dessa maneira que aconteceu, então foi dessa maneira que aconteceu. — Ele tinha a mesma fúria e desconfiança que Stanton, mas aquela parecia ser maior. Um tipo de proteção por Sydney que era tanto pessoal quanto profissional. Lissa foi nessa também.
— Fácil, Ian — disse Stanton, ainda com os olhos em Hans. Sua compostura me lembrou mais e mais de Alberta. Ela não podia estar confortável em uma sala cheia de guardiões, mas não estava mostrando isso. — Não importa se você acredita nela ou não. O ponto é que: Senhorita Sage respondeu suas perguntas. Nós terminamos. —
— Os pais da Jill sabem de alguma coisa? — Lissa perguntou. Ela ainda estava chocada com todos esses desenvolvimentos — sem mencionar preocupada sobre eu estar longe da minha segura cidade na Montanha — mas esse misterioso tiro de limpar meu nome era poderoso. Ela não podia deixar passar.
Sydney mudou para Lissa, e eu podia praticamente ler os pensamentos dos Alquimistas. Ela sabia o quão próximas Lissa e eu éramos e teria gostado de dar a Lissa algum conforto. Mas não havia maneira de Sydney fazer isso com aquelas pessoas naquela sala. Ela apenas tinha que estar ciente do fato de que eu mesma não tinha dito nada a Lissa sobre Jill.
— Não, — disse Sydney — Nós apenas fomos lá, e Rose disse que Jill tinha que ir com ela. Os Mastrano não sabem o porquê. E depois — e depois Rose a levou. Ou Jill foi com ela. Eu não estou certa do que aconteceu. Tudo ficou um caos. —
Nem os Alquimistas nem os Guardiões duvidaram de eu levando Jill, o que me fez pensar que foi uma história que eles pegaram — e aceitaram dos pais de Jill e de Sydney. Isso apenas tinha o suficiente para ser plausível — e explicar o desaparecimento de Jill. Isso não
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mencionou o segredo Dragomir, que por sinal, era o que provavelmente Emily estava mais feliz em deixar quieto por agora.
— Lá, — disse Stanton — Isso é exatamente o que dissemos a você antes. Nós precisamos ir agora — Ele foi em direção a porta, mas os guardiões bloquearam a passagem.
— Impossível, — disse Hans — Isso é um assunto sério, e a Senhorita Sage é a única ligação que nós temos para uma assassina — uma assassina de um membro da realeza. E um sequestro. —
Stanton zombou, e eu me lembrei de Sydney uma vez falando sobre o pensamento dos Alquimistas de que o sistema real Moroi era bobagem. — Ela não parece ser de muito uso para você. Mas não se preocupe — nós estaremos segurando ela. Contate-nos se tiver mais perguntas. —
— Inaceitável, — disse Hans — Ela fica aqui. —
Ian, o outro alquimista, juntou o argumento, movendo-se protetoramente para a frente de Sydney — Nós não vamos deixar um de nós aqui! — . De novo, eu tive aquele sentimento engraçado sobre ele. Uma queda, era isso. Ele tinha uma queda por ela e estava tratando isso como mais do que apenas negócios. Stanton deu a ele um olhar que disse que ela iria lidar com esse assunto. Ele ficou silencioso.
— Vocês todos podem ficar aqui também — disse Hans — Não faz diferença para mim. Nós lhe daremos quartos. —
— Isso é inaceitável — De lá, ela e Hans foram para uma discussão furiosa. Eu não pensei que isso fosse para os golpes, mas os outros guardiões se fecharam em ligeira precaução.
Os olhos de Ian disparavam entre Stanton e Sydney, mas ele não entrou na briga. Uma vez que, seu olhar passou pela mesa onde Hans se inclinou e, de repente Ian fez um dobro ao tomar a fotografia. Isso foi apenas uma breve pausa. Um aumento ligeiro dos olhos, mas Lissa pegou.
Ela deu um passo em direção de Ian e Sydney. Um dos guardiões olhou para o movimento, considerando Lissa segura, e retornaram para olhar Stanton. — Você conhece ele — Lissa murmurou, mantendo sua voz abaixo das mensagens. De fato, estava baixo demais porque ela recebeu olhares em branco de Sydney e Ian. Seus ouvidos não podiam escutar o que um Moroi ou dhampir teriam.
Lissa olhou inquieta em volta, não querendo atrair atenção. Ela levantou um pouco o volume — Você o conhece. O cara na foto. —
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Ian olhou para Lissa. Um pouco de admiração e desconfiança em seu rosto. Ele, sem dúvida, deu essa mesma atitude arrogante para os vampiros, mas as palavras dela o pegaram de guarda baixa. E, mesmo ela sendo uma criatura demoníaca da noite, ela era uma muito bonita.
— Ian? — disse Sidney suavemente — O que é isso? — Tinha uma nota de urgência em sua voz, uma que inadvertidamente brincou com sua queda, eu acho.
Ele abriu a boca para falar, mas depois, a conversa entre os outros embrulhou. Sydney novamente se tornou o centro das atenções. E Ian afastou-se de Lissa.
O compromisso que Stanton e Hans alcançaram era exatamente isso — um compromisso. Nem ao menos estavam felizes com isso. Tinham uma pequena cidade, menos de quarenta e cinco minutos de distância da Corte, e os Alquimistas poderiam ficar lá — com severos guardiões á mão. Isso soou como prisão domiciliar para mim, e a expressão de Stanton parecia concordar. Acho que ela só consentiu porque era uma cidade humana.
Antes de deixar todos irem, Hans perguntou aos meus amigos um último momento, seus olhos estudando cada rosto cuidadosamente.
— E nenhum de vocês — nenhum de vocês conhece essa garota Alquimista ou teve algum contato com ela? Ou sabem sobre seu envolvimento com Hathaway? —
De novo, Lissa e os outros negaram isso, e de novo, Hans não teve escolha senão aceitar relutantemente as respostas. Todo mundo se moveu para a porta, mas Hans não iria deixar Eddie ir. — Você não, Castile. Você vai ficar aqui até outras questões serem resolvidas. —
Lissa engasgou — O que? Mas ele… —
— Não se preocupe com isso — disse Eddie, com um pequeno sorriso — Tudo vai ficar bem, apenas cuide-se. —
Lissa hesitou, apesar de Christian puxar seu braço para que ela fosse. Apesar do fato de Eddie ter defendido a vida de Lissa, ele ainda tinha matado um Moroi. Isso seria impossível de ser tomado de forma leve. Os guardiões tinham que estar cem por cento convencidos de que ele não teve escolha antes de liberar ele. Vendo a força, o olhar calmo em seu rosto, Lissa soube que ele estava preparado para lidar com o que viesse.
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— Obrigada — disse ela passando por ele — Obrigado por me salvar. —
Sua resposta foi um ligeiro aceno, e Lissa entrou no corredor, para se achar em mais caos.
— Onde estão eles? — eu insisti em… Ah —
Meus amigos e os Alquimistas se dirigiam para a saída, enquanto um grupo de guardiões os escoltava. Enquanto isso, alguém tinha entrado no hall e agora estava sendo parado e questionado pelos guardiões. Era Abe.
Ele juntou todas as peças do cenário bizarro em menos de um piscar de olhos, seus olhos passando por Sydney e os Alquimistas como se nunca os tivesse visto antes. Pelos olhos de Lissa, eu vi Sydney empalidecer, mas ninguém mais percebeu. Abe sorriu para Lissa e se esgueirou para sair com ela.
— Aqui está você. Eles te querem para o último teste de monarca. —
— E eles mandaram você? — perguntou Christian cético.
— Bem, eu me voluntariei, — replicou Abe — Eu escutei que tinha alguma, er.. excitação. Assassinato, humanos fanáticos religiosos, interrogatórios. Todas as coisas nas quais estou interessado, vocês sabem. —
Lissa rolou os olhos mas não disse nada até que o grupo tivesse emergido para o prédio. Os Alquimistas e sua não-bem-vinda escolta foram para um lado enquanto Lissa e seus amigos foram para outro. Lissa desejava olhar para Sydney e Ian — e eu também — mas sabia que era melhor continuar seguindo em frente com Abe, particularmente, quando outros guardiões estavam olhando mais do que apenas os Alquimistas.
Assim que o grupo de Lissa estava longe o bastante das autoridades, o sorriso amigável de Abe desapareceu, e ele se virou para meus amigos.
— Que inferno aconteceu? Eu escutei todo tipo de histórias loucas. Alguém disse que você estava morta. —
— Quase — disse Lissa, ela contou a ele sobre o ataque, expressando seu medo por Eddie.
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— Ele vai ficar bem — Abe disse despreocupadamente — Eles não tem nada para segurá-lo. O pior que ele vai ter é uma marca em seu recorde. —
Lissa ficou alividada com a fácil garantia de Abe, mas ainda sentia culpa. Graças a mim, o recorde de Eddie estava estragado. Sua esterlina reputação estava declinando em uma base diária.
— Aquela era Sydney Sage — disse Lissa — Eu pensei que eles estavam em West Virginia. Por que ela não está com Rose? —
— Isso — disse Abe sombrio — é uma pergunta excelente. —
— Porque eles estavam aparentemente sequestrando Jill Mastrano em Detroit — disse Christian — O que é estranho. Mas não a coisa mais maluca que posse imaginar Rose fazendo — Eu apreciei seu apoio.
Abe recapitulou esse novo desenvolvimento também, pelo menos o quanto meus amigos sabiam sobre isso — que era apenas uma fração da história toda.
Abe percebeu imediatamente que tinha sido deixado de lado, e era óbvio pela sua expressão de raiva que ele não gostava de ser deixado no escuro. Bem-vindo ao clube, pai, eu pensei com pequena satisfação. Eu ainda não tinha esquecido de como ninguém tinha me colocado a par sobre o plano de fuga. Minha presunção foi de curta duração, porque eu estava preocupada sobre o que poderia acontecer com Sydney, agora que Abe estava com ela.
— Aquela garota estava mentindo para mim, — ele rosnou — Todos os dias, todos aqueles relatórios sobre como era calmo e chato em West Virginia. Eu me pergunto se foram mesmo para aquela cidade. Eu tenho que ir falar com ela. —
— Boa sorte — disse Adrian enquanto pegava um cigarro e acendia. Aparentemente, na minha ausência, o contrato de namoro que ele de brincadeira fez que dizia que ia — parar — seus vícios não se aplicava. — Eu não acho que seus comparsas ou os guardiões vão deixar você se aproximar dela. —
— Oh, eu vou chegar nela, — disse Abe — Ela tem um monte de respostas. Se ela escondeu daqueles idiotas, bom para ela. Mas ela vai me contar. —
Um pensamento súbito se acendeu na mente de Lissa. — Você tem que falar com o Ian. Aquele cara com os Alquimistas. Ele conhece o homem na foto — aa… eu quero dizer, o cara que Eddie matou. —
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— Você tem certeza? — perguntou Abe.
— Sim — disse Adrian surpreendendo todos — Ian definitivamente teve uma reação. E ele também tem uma queda por aquela garota Sydney. —
— Eu vi isso também — disse Lissa
— Ela parecia meio tensa — Adrian fez uma careta — Mas talvez seu tipo seja aquele. —
— Essa queda pode realmente ser útil — Abe meditou — Vocês mulheres não sabem o poder que exercem. Vocês viram aquele guardião com quem sua tia está saindo? Ethan Moore? —
— Sim. — gemeu Christian — Não me lembre. —
— Tasha é bem quente — notou Adrian.
— Isso não é legal — disse Christian.
— Não fique tão ofendido — disse Abe — Ethan é um guarda do palácio. Ele estava lá na noite do assassinato — o que pode ser muito útil para nós se ela puder mantê-lo interessado. —
Christian balançou a cabeça — Aqueles guardas já testemunharam. Isso não faz diferença. Ethan disse o que sabia —
— Eu não estou certo — disse Abe — Tem sempre coisas que ocorrem no registro oficial, e eu estou certo de que os guardas foram informados com ordens estritas sobre o que podem revelar e o que não podem revelar. Sua tia talvez seja charmosa o suficiente para descobrir algumas coisas pra nós. — Abe suspirou, ainda parecendo muito chateado com com o súbito desapontamento sobre seus planos. — Se apenas Sydney tivesse sido charmosa o suficiente para sair ela mesma de seu interrogatório de forma que eu pudesse interrogá-la. Agora eu tenho que entrar no meio dos Alquimistas e Guardiões para chegar até ela e descobrir onde está Rose. Oh, e você agora tem que ir para o seu teste, princesa. —
— Eu pensei que fosse apenas uma frase que você usou para me encontrar. — Lissa disse.
— Não, eles querem você — Ele deu a ela as direções do teste. Isso era no prédio onde ela teve o segundo teste. — Todos vocês vão juntos e depois arranjem um guardião para acompanhar vocês de volta.
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Não deixem a sala até que Janine ou Tad tenham chegado. — Tad era um dos capangas de Abe — Sem mais ataques surpresa. —
Lissa quis argumentar que certamente não ia se colocar sob prisão domiciliar, mas decidiu que era melhor apenas deixar Abe ir por agora. Ele se apressou, ainda irradiando agitação, e os caras se voltaram para o local do teste.
— Cara, ele está puto — disse Adrian
— Você culpa ele? — Perguntou Christian — Ele só perdeu sua filiação no clube mandante do mal. Seu plano brilhante foi pelos ares e agora a filha dele está desaparecida quando ele pensou que ela estava em algum lugar seguro. —
Adrian ficou claramente em silêncio.
— Eu espero que ela esteja bem — suspirou Lissa, um nó formando-se em seu estômago — E o que nesse mundo Jill tem a ver alguma coisa disso? —
Ninguém tinha uma resposta para isso. Quando eles chegaram ao local do teste, Lissa encontrou uma situação quase idêntica á anterior. Muitos espectadores enchendo o hall. Guardiões bloqueando a porta. Mais do que nunca as pessoas estavam gritando o nome dela enquanto ela se aproximava, alguns eram Moroi — comuns — e outros que eram Moroi da realeza cujos candidatos estavam fora da corrida. Um número de candidatos não haviam passado no teste de medo, então suas famílias estavam mudando de lado na torcida.
Novamente, Lissa foi levada sozinha para a sala. Seu coração começou a bater mais forte quando viu a mesma mulher velha. Que terríveis imagens viriam? Lissa não podia ver o cálice, mas não havia garantia de segurança. Não tinha uma cadeira extra, de forma que Lissa simplesmente ficou em frente a mulher velha.
— Olá — Lissa disse respeitosamente — É bom te ver de novo. —
A mulher sorriu, mostrando aqueles dentes faltando — Eu duvido disso, mas você diz de forma muito convincente. Você tem política no sangue. —
— Obrigado... — disse Lissa, incerta se estava sendo elogiada ou não. — O que você gostaria que eu fizesse para o teste? —
— Apenas escute, isso é tudo. Esse é um fácil. —
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Um brilho nos olhos da mulher fez Lissa pensar que não seria fácil.
— Tudo o que você tem que fazer é responder uma pergunta para mim. Responda corretamente, e poderá ir para a votação. E isso não será divertido. — A mulher pareceu estar dizendo aquelas palavras mais para si mesma do que para Lissa.
— Certo, — disse Lissa — Eu estou pronta. —
A mulher olhou Lissa de cima a baixo e pareceu gostar do que viu. — Aqui está. O que uma rainha deve possuir para governar corretamente seu povo? —
A mente de Lissa ficou em branco por um momento, mas depois um amontoado de palavras surgiu na sua cabeça. Integridade? Sabedoria? Sanidade?
— Não, não. Não responda, — disse a mulher olhando Lissa cuidadosamente — Não ainda, você tem até amanhã, nessa mesma hora, para pensar sobre isso. Volte com a resposta certa, e você terá passado no teste. E... — Ela piscou — Não é nem preciso dizer que você não contará sobre isso a ninguém. —
Lissa balançou a cabeça, esfregando o pequeno local tatuado em seu braço. Ela não teria ajuda de ninguém com a resposta. Lissa saiu da sala repassando a pergunta de novo e de novo em sua mente. Tinha tantas respostas para uma pergunta como aquela, ela pensou. Alguma delas poderiam —
Um movimento na minha realidade me tirou de imediato da cabeça de Lissa. Eu meio que esperava Sonya explodindo em nossa barraca, mas não, não era isso que tinha me chamado a atenção. Isso era um movimento muito menor... e uma coisa infinitamente mais poderosa.
Dimitri estava nos meus braços.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Capitulo 27
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às 17:48
Marcadores: Academia de Vampiros, O Ultimo Sacrifício
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