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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 6

Eu estava me sentindo de bem com a vida quando eu me dirigi para o treinamento antes da aula no outro dia. A reunião secreta de ontem a noite tinha sido super divertida, e eu me senti muito orgulhosa por lutar contra o sistema e encorajar Dimitri a ir com Tasha. Melhor ainda, eu tinha encostado pela primeira vez em uma estaca de prata ontem e tinha provado que eu podia lidar com ela. Animada, eu não podia esperar para praticar mais.

Quando eu estava vestida com o minha roupa de pratica usual, eu praticamente sai correndo para em direção ao ginásio. Mas quando eu pus minha cabeça dentro do quarto de pratica, eu o encontrei escuro e silencioso. Acendendo a luz, eu espiei ao redor em caso de Dimitri estar conduzido algum estranho,e secreto treinamento. Não.Vazio. Nada de empalamentos hoje.

“Merda,” eu murmurei.

“Ele não está aqui.”

Eu dei um grito e quase pulei dois metro no ar. Me virando, eu olhei diretamente para os olhos estreitos e marrons de minha mãe.

“O que você está fazendo aqui?” Assim que as palavras saíram da minha boca, eu registrei sua aparência. Uma camita de spandex com manga curta. E Calças de treinamento soltas similares as que eu usava. “Merda,” eu disse de novo.

“Olha o palavreado,” ela repreendeu. “Você pode se comportar como se não tivesse modos, mas pelo menos tente não soar desse jeito.”

“Onde está Dimitri?”

“O guardião Belikovis está dormindo. Ele acabou de voltar e precisou dormir.”

Outro palavrão estava nos meus lábios, e eu o segurei. É claro que Dimitri estava dormindo. Ele teve que levar Tasha a Missoula durante o dia para poder estar lá durante o horário dos humanos. Ele tecnicamente estava acordado durante todo o horário da Academia de noite e provavelmente tinha acabado de voltar. Ugh.Eu não teria o encorajado tão rápido se eu soubesse que o resultado seria esse.

“Bom,” eu disse duramente.”Eu acho que isso significa que o treino foi cancelado –”

“Fique quieta e coloque isso.” Ela me deu algumas luvas de treinamento. Elas eram bem similares a luvas de boxe mas não era tão traiçoeira e volumosa. Eles dividiam o mesmo propósito, no entanto: proteger suas mãos e impedir você arranhar seu oponente com suas unhas.

“Nós estávamos trabalhando com estacas de prata,” eu disse com mau humor enfiando as mãos nas luvas.

“Bom, hoje nós vamos fazer isso. Anda.”

Desejando ter sido atingida por um ônibus quando eu sai do dormitório hoje, eu a segui até o centro do ginásio. O cabelo encaracolado dela estava preso para ficar fora do caminho, mostrando sua nuca. A pele estava coberta de tatuagens. Em cima havia uma linha sinuosa: a marca da

promessa, dada aos guardiões quando eles se formam na academia St. Vladimir e concordam em servir. Abaixo disso estavam as marcas molnija toda vez que um guardião matava um Strigoi. Elas tinham forma de trovões que era de onde o nome dela era tirada. Eu não pude contar o número exato, mas era de se admirar que a minha mãe tinha pescoço suficiente para mais tatuagens. Ela matou muito na sua época.

Quando ela alcançou o lugar que ela queria, ela se virou em minha direção e adotou uma postura de ataque. Meio que esperando que ela me atacasse a qualquer minuto, eu imitei a posição dela.

“O que nós estamos fazendo?” eu perguntei.

“Exercícios básicos de ataque e defesa. Use as linhas vermelhas.”

“Isso é tudo?” eu perguntei.

Ela saltou em minha direção. Eu desviei – por pouco – e tropecei nos meus pés no processo. Com pressa, eu me ajeitei.

“Bem,” ela disse em uma voz que quase soava sarcástica. “Como você parece tão entusiasmada em me lembrar, eu não vejo você há cinco anos. Eu não faço idéia o que você pode fazer.”

Ela atacou de novo, e de novo eu por pouco me mantive na linha para escapar dela. Isso rapidamente se tornou padrão. Ela nunca realmente me deu uma chance para atacar. Ou talvez eu não tivesse as habilidades para atacar. Eu passei o tempo todo me defendendo – fisicamente, pelo menos. Com raiva, eu tive que reconhecer para mim mesma que ela

era boa. Muito boa. Mas eu certamente não ia dizer isso pra ela.

“E daí?” eu perguntei. “Esse é o seu jeito de compensar pela sua negligencia maternal?”

“Esse é o meu jeito de fazer você se livrar dessa postura. Você só meu deu atitude desde que eu cheguei. Você quer lutar?” Seu punho se mexeu e me defendi com o braço. “Então vamos lutar. Ponto.”

“Ponto,” eu agradeci, se afastando para o meu lado. “Eu não quero lutar. Eu só estive tentando conversar com você.”

“Ser grosseira comigo não é o que eu chamo de conversar. Ponto.”

Eu gemi devido ao ataque. Quando eu tinha começado a treinar com Dimitri, eu reclamei que não era justo para mim lutar com alguém que era muito mais alto que eu. Ele disse que iria lutar com Strigoi muito mais altos que eu e aquele velho provérbio era verdade: tamanho não importa. As vezes eu achava que ele estava me dando falsas esperanças, mas julgado a performance da minha mãe aqui, eu estava começando a acreditar nele.

Eu nunca tinha lutado com alguém mais baixo que eu. Como uma das poucas meninas nas aulas dos novatos, eu aceitei que eu praticamente sempre seria mais baixa e magra que meus oponentes. Mas minha mãe era pequena e claramente não tinha nada a não ser músculos em seu corpo.

“Eu tenho um estilo único de comunicação, só isso.” Eu disse.

“Você tem uma ilusão adolescente que você de alguma forma foi prejudicada nos últimos 17 anos.” Seu pé atingiu minha coxa. “Ponto. Quando na verdade, você não foi tratada diferente de nenhum outro dhampir. Melhor, na verdade. Eu podia ter mandado você para viver com meus primos. Você quer ser uma meretriz de sangue? É isso que você queria?”

O termo “meretriz de sangue” sempre me fazia encolher. Era o termo que normalmente era aplicado as mães dhampirs solteiras que decidiam criar os filhos ao invés de se tornarem guardiãs. Essas mulher normalmente tinham casos curtos com os homens Moroi e eram discriminadas por isso – só em pensar que não havia nada que elas pudessem fazer na verdade, já que os homens Moroi normalmente acabavam casando com as mulheres Moroi. O termo “Meretriz de sangue” vinha do fato de que algumas mulheres dhampir deixavam os homens beber seu sangue durante o sexo.Em nosso mundo, apenas humanos doavam sangue.

Um dhampir fazer isso era sujo e pervertido – especialmente durante o sexo. Eu suspeitava que apenas algumas mulheres dhampir realmente faziam isso, mas injustamente, o termo acabava se aplicando a todas elas. Eu tinha dado sangue a Lissa quando nós fugimos, e embora tivesse sido uma atitude necessária, o estima ainda me perseguia.

“Não. É claro que eu não quero ser uma meretriz de sangue.” Minha respiração estava ficando pesada. “E eles não são todos assim. Só tem algumas que realmente são.”

“Elas trazem a reputação para si,” ela rosnou. Eu me desviei do ataque dela. “Elas deveriam estar trabalhando como guardiãs, não continuar a brincar e ter casos com os Moroi.”

“Elas criam seus filhos,” eu resmunguei. Eu queria gritar mas não podia desperdiçar oxigênio.

“Algo que você não sabe nada sobre. Além do mais, você não é o mesmo que elas? Eu não vejo uma aliança no seu dedo. Meu pai não foi só um caso para você?”

Seu rosto ficou duro, o que é dizer algo quando você já está batendo na sua filha. “Isso,” ela disse com força, “é algo que você não sabe nada. Ponto.”

Eu recuei devido a cotovelada mas estava feliz por ter atingido um nervo. Eu não tinha idéia de quem era meu pai. A única informação que eu tinha era que ele era turco. Eu posso ter as curvas da minha mãe e o rosto bonito – que eu podia presumidamente dizer que era mais bonito que o dela hoje em dia – mas o resto vinha dele. Pele um pouco bronzeada e cabelos e olhos escuros.

“Como foi que aconteceu?” eu perguntei. “Você estava em alguma missão na Turquia? O conheceu em um bazar local? Ou foi mais barato que isso? Você deu uma de Darwin e selecionou o cara que poderia passar os genes de um guerreiro melhor para sua prole? Eu quero dizer, eu sei que você só me teve porque era o seu dever, então eu suponho que você teve que se certificar de dar aos guardiões o melhor espécime que você conseguiu.”

“Rosemarie,” ela preveniu com seus dentes cerrados , “uma vez na sua vida, cale a boca.”!

“Por quê? Estou manchando sua preciosa reputação? É como você me disse: você não é diferente de nenhum dhampir. Você só fodeu com ele –”

Tem uma razão para dizerem, “Orgulho vem antes de uma queda.” Eu estava tão distraída com meu próprio arrogante triunfo que eu parei de prestar atenção em meus pés. Eu estava muito perto da linha vermelha. Sair dela era outro ponto para ela, então eu me mexi para ficar dentro da linha e me esquivar dela ao mesmo tempo. Infelizmente, só um desses podia funcionar. Seu punho veio voando na minha direção, rápido e forte – e, talvez o mais importante, um pouco mais alto que o permitido conforme as regras desse tipo de exercício.

Ele me atingiu no rosto com a força de um pequeno caminhão, e eu voei pra trás, atingindo o chão duro do ginásio minhas costas primeiro e depois minha cabeça.E foi fora das linhas.

Merda.

Dor atingiu o fundo da minha cabeça, e minha visão ficou embaraçada e eu via estrelas. Em segundos, minha mãe estava se inclinando para perto de mim.

“Rose? Rose? Você está bem?” Sua voz soava rouca e frenética. O mundo girou. Em algum momento depois disso, outras pessoas vieram, e eu de alguma forma acabei na clinica médica da Academia. Lá, alguém colocou uma luz nos meus olhos e começou a me fazer perguntas incrivelmente idiotas.

“Qual o seu nome?”

“O que?” eu perguntei, desviando da luz.

“Seu nome.” Eu reconhecia a Dra. Olendzki me olhando.

“Você sabe o meu nome.”

“Eu quero que você me diga.”

“Rose. Rose Hathaway.”

“Você sabe o seu aniversário?”

“É claro que eu sei. Porque você está me fazendo perguntas tão estúpidas? Você perdeu meus registros?”

A Dra. Olendzki me deu um olhar exasperado e se afastou, levando a luz irritante com ela. “Eu acho que ela esta bem,” eu a ouvi falar para alguém. “Eu quero mantê-la aqui pelo resto do dia escolar, só pra ter certeza que ela não teve uma concussão. Eu certamente não a quero nem perto das aulas dos guardiões.”

Eu passei o resto do dia dormindo e acordando porque a Dra. Olendzki ficava me acordando para fazer seus testes. Ela também me deu gelo e disse para manter no meu rosto. Quando as aulas da Academia terminaram, ela disse que eu estava bem o suficiente para ir embora.

“Eu juro, Rose, acho que você deveria ter um cartão de paciente freqüente.” Tinha um pequeno sorriso no seu rosto. “Fora aqueles pacientes com problemas crônicos tipo alergia ou asma, eu não acho que tem outro estudante que eu vi aqui com mais freqüência em um período tão pequeno de tempo.”

“Obrigado,” eu disse, sem ter certeza que eu queria essa honra. “Então, nenhuma concussão?”

Ela balançou a cabeça. “Não. Você vai sentir alguma dor, no entanto. Eu vou te dar algo para isso antes de ir.” Seu sorriso sumiu e ela de repente parecia nervosa. “Para ser

honesta, Rose,eu acho que o maior dano aconteceu com, bem,seu rosto.”

Eu levantei da cama. “O que você quer dizer com “o maior dano aconteceu com meu rosto”?”

Ela apontou para um espelho em cima da pia na parte mas distante do quarto. Eu corri e olhei para o meu reflexo.

“Filha da mãe!”

Manchas roxas avermelhadas cobriam a parte superior do lado esquerdo do meu rosto, particularmente perto dos olhos. Desesperada, eu virei meu rosto para ela.

“Isso vai sumir logo, certo? Se eu mantiver o gelo nele?”

Ela balançou a cabeça de novo. “O gelo pode ajudar... mas eu temo que você vai ter um belo olho roxo. Provavelmente estará pior amanha mas deve sumir em mais ou menos uma

semana. Logo você volta ao normal.”

Eu deixei a clinica com uma confusão que não tinha nada a ver com meu ferimento na cabeça. Desaparecer em uma semana mais ou menos? Como a Dra. Olendzki podia falar tão calmamente sobre isso? Ela não se deu conta do que estava acontecendo? Eu vou parecer um mutante no natal e na maior parte da viagem de esqui. Eu tinha um olho roxo. Uma merda de um olho roxo.

E minha mãe era responsável por ele.

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