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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 8

Pelos próximos dias, eu segui Christian sem nenhum incidente. E enquanto eu seguia, eu me

encontrei ficando cada vez mais impaciente.

Para começo de conversa, eu estava descobrindo que muito de ser um guardião tem a ver com

esperar. Eu sempre soube disse, mas a realidade é mais difícil do que eu pensei. Guardiões

eram absolutamente essenciais para quando Strigoi decidissem atacar. Mas esses ataques?

Eram geralmente raros. Tempo podia passar – anos podiam passar – sem um guardião nem ter

que entrar em nenhum tipo de conflito. Enquanto meus instrutores certamente não nos

fariam esperar tanto tempo durante esse exercício, eles queriam nos ensinar paciência e o

quão importante é não ser preguiçoso só porque não houve perigo em um tempo.

Nós também estamos sendo colocados em condições estritas que um guardião estaria: sempre

de pé e sempre formal. Muito comumente, guardiões que viviam com famílias Moroi se

comportavam casualmente em suas casas ou faziam coisas normais como ler ou assistir TV –

enquanto continuavam perfeitamente atentos a ameaças. Nós sempre podíamos esperar isso,

no entanto, então tínhamos que praticar do jeito mais difícil na escola.

O nível da minha paciência não se saiu muito bem quanto a espera, mas minha frustração era

mais do que inquietação. Eu estava desesperada para me provar, por me redimir por não ter

reagido ao ataque de Stan. Eu não vi mais o Mason e decidi que o que eu tinha visto tinha sido

devido a induzido pela fatiga – e pelo estresse. Isso me deixou feliz, porque essas eram razões

muito melhores do que ser louca ou incapaz.

Mas certas coisas não estavam me deixando feliz. Quando Christian e eu nós encontramos

com Lissa depois da aula certo dia, eu podia sentir a preocupação, o medo e a raiva irradiando

dela. Mas foi apenas por causa da ligação que eu percebi. Para a todas as aparências, ela

estava bem. Eddie e Christian, que estavam falando sobre algo entre si, não notaram nada.

Eu me movi para mais perto e pus um braço ao redor dela enquanto andávamos. “Está tudo

bem. Tudo vai ficar bem.” Eu sabia o que estava incomodando ela. Victor.

Nós decidimos que Christian – apenas da vontade de “cuidar das coisas” – provavelmente não

era a melhor escola para ir ver as preparações para o julgamento de Victor. Então Lissa tinha

bancado a diplomata outro dia e muito educadamente falou com Alberta sobre a possibilidade

de testemunhar. Alberta tinha dito a ela, igualmente educada, que isso estava fora de questão.

“Eu queria só explicar as coisas – porque é tão importante – que ele nós deixem ir,” ela

murmurou para mim. “Rose, eu não consigo dormir... eu só fico pensando sobre isso. E se ele

for solto? E se eles realmente o soltarem?”

A voz dela tremeu, e havia uma velha vulnerabilidade lá que eu não via a muito tempo. Esse

tipo de coisa normalmente acendia meus ponteiros, mas dessa vez, trouxe de volta uma

quantidade estranha de memórias, dos tempos em que Lissa tinha dependido de mim. Eu

estava feliz por ver o quão forte ela se tornou e queria me certificar que ela ficasse desse jeito.

Eu apertei meu braço, o que é difícil fazer quando você está andando.

“Ele não vai ser solto,” eu disse selvagemente. “Nós vamos ao julgamento. Eu vou me certificar

disso. Você sabe que eu nunca deixaria algo acontecer com você.”

Ela inclinou sua cabeça contra meu ombro, com um pequeno sorriso no seu rosto. “É isso que

eu amo em você. Você não tem idéia de como nós levar ao julgamento, mas você ainda insiste

só para me fazer sentir melhor.”

“Está funcionando?”

“Sim.”

A preocupação ainda estava nela, mas seu divertimento diminui os efeitos um pouco. Além do

mais, apesar da sua provocação sobre minha ousada promessa, minhas palavras tinha

acalmaram ela.

Infelizmente, nós logo descobrimos que Lissa tinha outra razão para estar frustrada. Ela estava

esperando pela medicação desaparecer do seu sistema e permitir que ela acessasse sua magia

inteiramente. Estava lá – nós duas podíamos sentir – mas ela estava tendo problemas em tocar

ela. Três dias tinham passado, e não houve nenhuma mudança para ela. Eu me sentia mal por

ela, mas a maior preocupação era seu estado mental – que estava longe de permanecer claro.

“Eu não sei o que está acontecendo,” ela reclamou. Nós quase tínhamos chegado nas áreas

comuns. Lissa e Christian tinham planos de assistir um filme. Eu meio que me perguntava o

quão difícil seria para mim assistir o filme e estar em alerta. “Parecia que eu seria capaz de

fazer algo, mas eu ainda não posso. Estou presa.”

“Isso pode não ser uma coisa ruim,” eu apontei, me movendo para longe de Lissa para que eu

pudesse olhar o caminho na frete.

Ela me deu um olhar de lamento. “Você é tão preocupada. Eu pensei que esse fosse meu

trabalho.”

“Hey, é meu trabalho cuidar de você.”

“Na verdade, é meu trabalho,” disse Eddie, em uma rara demonstração de brincadeira.

“Nenhum de vocês deveria se preocupar,” ela discutiu. “Não sobre isso.”

Christian deslizou seu braço ao redor da cintura dela. “Você é mais impaciente que Rose. Tudo

que precisamos fazer-“

Era um déjà vu.

Stan saltou de um grupo de arvores e foi alcançar Lissa, colocando seu braço ao redor do torço

dela e a empurrando mais perto dele. Meu corpo respondeu imediatamente, sem hesitação

enquanto eu me mexia para “salvar” ela. O único problema era que Eddie respondeu

instantaneamente também, e ele estava mais perto, o que o colocava na minha frete. Eu

circulei, tentando entrar em ação, mas o jeito que os dois estavam se mexendo me bloqueava

de ser efetiva.

Eddie foi em direção de Stan pelo lado, poderoso e duro, puxando o braço de Stan para longe

de Lissa com uma força quase tão forte que poderia arrancar ele da posição. A roupa de Eddie

escondia o quão forte ele realmente era. As mãos de Stan alcançaram o lado do rosto de

Eddie, as unhas se afundando nele, mas foi o suficiente para que Lissa pudesse se soltar e

corresse para o lado de Christian. Com ela fora do caminho, eu me movi para o lado, tentado

dar uma ajuda a Eddie – mas não havia necessidade. Sem perder um segundo, ele agarrou Stan

e o jogou no chão. Meio segundo depois, a estaca de prática de Eddie estava colocada bem por

cima do coração de Stan.

Stan riu, genuinamente satisfeito. “Bom trabalho, Castile.”

Eddie retirou a estava e ajudou seu instrutor a levantar. Com o fim da ação, eu podia ver o

quão machucada estava o rosto de Stan. Os ataques para nós novatos pode ser pouco e muito

espaçado, mas nossos guardiões estavam lutando diariamente durante o exercício. Todos eles

estavam agüentando muito abuso, mas eles lidavam com graça e bom humor.

“Obrigado, senhor,” disse Eddie. Ele parecia satisfeito mas não arrogante.

“Eu seria mais forte e rápido se eu fosse um Strigoi, é claro, mas eu juro, você poderia igualar a

igualdade dele.” Stan olhou para Lissa. “Você está bem?”

“Bem,” ela disse, seu rosto brilhando. Eu podia sentir que ela estava na verdade gostando da

excitação. A adrenalina dela estava alta.

O rosto sorridente de Stan desapareceu quando ele virou a atenção dele para mim. “E você-o

que você estava fazendo?”

Eu encarei, nervosa com o tom dele. Era o que ele tinha dito para mim da ultima vez.

“O que você quer dizer?” eu exclamei. “Eu não congelei ou nada disso dessa vez! Eu estava

pronta para ajudar ele, procurando uma chance para me juntar a ele.”

“Sim,’ ele concordou. “Esse foi exatamente o problema. Você estava tão ansiosa para dar um

soca que você esqueceu que tinha dois Moroi atrás de você. Eles podiam muito bem não

existir até onde você se preocupou. Você esta no aberto, e você deu suas costas para ele.”

Eu olhei para frente e o encarei, sem me preocupar com o ser apropriada. “Isso não é justo. Se

estivéssemos no mundo real e um Strigoi atacasse, você não pode me dizer que outro guardião

não entraria na luta e faria tudo que pudesse para derrubar o Strigoi o mais rápido possível.”

“Você provavelmente tem razão,” Stan disse. “Mas não estávamos falando sobre eliminar eles

eficientemente. Estavamos falando sobre expor um Moroi. Você estava pensando sobre o

quão rapidamente você podia fazer algo excitante e se redimir.”

“O-O que?Você não está cometendo alguns erros aí?Você está me dando nota no que você

acha que é a minha motivação. Como você pode ter certeza do que eu estava pensando?”

Nem eu mesma sei metade do tempo.

“Instinto,” ele respondeu misteriosamente. Ele pegou um pequeno pedaço de papel e fez

algumas anotações. Eu estreitei meus olhos, desejando poder ver através do papel e saber o

que ele estava escrevendo. Quando ele terminou, ele deslizou o papel de volta em seu casaco

e deu um aceno para todos nós. “Vejo vocês depois.”

Nos observamos ele andar pela neve em direção ao ginásio onde dhampirs treinavam. Minha

boca estava aberta, e eu a principio nem consegui dizer nada. Quando acabava com essas

pessoas? Eu estava me ferrando de novo e de novo em tecnicalidades estúpidas que não

tinham nada a ver com o que realmente era feito no mundo real.

“Isso nem é justo. Como eles podem me julgar no que eles acham que eu estou pensando?”

Eddie deu nos ombros enquanto continuávamos nossa jornada em direção ao dormitório. “Ele

pode pensar no que quiser. Ele é nosso instrutor.”

“É, mas ele vai me dar outra nota ruim! A experiência de campo é inútil se não podemos

realmente mostrar como nos saímos contra um Strigoi. Eu não posso acreditar nisso. Eu sou

boa – muito bom. Como diabos eu posso estar me saindo mal nisso?”

Ninguem tinha uma resposta para isso, mas Lissa acenou inconfortável, “Bem... independente

de ser justo ou injusto, ele acertou numa coisa: Você foi ótimo, Eddie.”

Eu olhei para Eddie e me senti mal por deixar meu drama pessoal tirar o sucesso dele. Eu

estava fula – realmente fula – mas a idéia errada de Stan era problema meu. Eddie tinha se

saído brilhante, e todos o elogiaram tanto enquanto andávamos de volta que eu pude ver ele

corar. Ou talvez fosse só o frio. Independente, eu estava feliz por ele.

Nós sentamos no lounge, satisfeitos por não encontrar mais ninguém – e isso era quente e

acolhedor. Cada um dos dormitórios tinha outros lounges, e todos tinham filmes e jogos e

várias cadeiras confortáveis e sofás. Eles só eram disponíveis para estudantes até certo

horário. Nós finais de semana, eles eram abertos basicamente o tempo todo, mas em dias de

semana, havia horas limitadas – presumidamente para encorajar a fazer o dever de casa.

Eddie e eu avaliamos o aposento e fizemos um plano, e então tomamos nossas posições.

Parada entre a parede, eu olhei para o sofá onde Lissa e Christian estavam espalhados com

uma inveja considerável.

Eu pensei que o filme me distrairia, mas na verdade, eu tinha meus próprios sentimentos para

manter minha mente girando. Eu não podia acreditar que Stan tivesse dito o que disse. Ele até

admitiu que no calor da batalha, qualquer guardião teria tentado entrar na luta. O argumento

dele sobre eu ter interiormente, procurado gloria era absurdo. Eu me perguntava se eu estava

correndo sério risco de não passar nessa experiência. Certamente, desde que eu passasse, eles

não me tiraram de Lissa? Alberta e Dimitri tinham falado como se tudo isso fosse apenas um

experimento para dar Lissa e eu mais treinamento, mas de repente, uma parte ansiosa e

paranóica de mim começou a imaginar. Eddie estava fazendo um grande trabalho protegendo

ela. Talvez eles quisessem ver o quão bem ela se sairiam com outros guardiões. Talvez eles

estivessem preocupados que eu só fosse boa em proteger ela e não outro Moroi – eu deixei

Mason morrer, afinal de contas, certo? Talvez o verdadeiro teste aqui era para ver se eu

precisava ser substituída. Afinal de conta, quem eu era, na verdade? Um novato descartável.

Ela era a princesa Dragomir. Ela sempre teria proteção – e não precisava ser eu. A ligação era

inútil se eu me provasse incompetente.

A entrada de Adrian pos minha frenética paranóia em espera. Ele entrou no aposento escuro,

piscando os olhos enquanto sentava numa cadeira perto de mim. Eu tinha imaginado que só

seria uma questão de tempo antes dele aparecer. Eu acho que nós somos a única diversão dele

no campus.Ou talvez não, julgando pelo forte cheiro de álcool ao redor dele.

“Você está sóbrio?” eu perguntei quando o filme acabou.

“Sóbrio o bastante. O que vocês estão tramando?”

Adrian não tinha visitado meus sonhos desde o jardim. Ele também parou com seu flerte

descarado.

A maior parte das aparições dele com a gente era para trabalhar com Lissa ou para diminuir

seu tédio.

Nós contamos nosso encontrado com Stan para ele, contando sobre a bravura de Eddie e não

mencionando meu papel.

“Bom trabalho,” disse Adrian. “Parece que você também tem uma cicatriz de batalha.” Ele

apontou para o lado do rosto de Eddie onde três marcas vermelhas brilhavam para nós. Eu

lembrei das unhas de Stan afundando em Eddie durante a luta para libertar Lissa.

Eddie tocou levemente sua bochecha. “Eu mal posso sentir.”

Lissa se inclinou para frente e estudou ele. “Você conseguiu isso me protegendo.”

“Eu consegui isso tentando passar na experiência de campo,” ele provocou. “Não se preocupe

comigo.”

E foi quando aconteceu. Eu vi se apoderar dela, aquela compaixão e incrível necessidade de

ajudar os outros que tão freqüentemente enchia ela. Eu senti o poder crescendo nela, um

glorioso e tempestuoso sentimento que fez meus pés formigarem. Eu estava experimentando

como isso afetava ela. Era fogo e felicidade. Intoxicante. Ela se mexeu e alcançou o rosto de

Eddie...

E as marcas sumiram.

Ela abaixou a mão, e a euforia do Espírito sumiu em nós duas.

“Filho da puta,” sussurrou Adrian. “Você não estava brincando sobre isso.” Ele olhou para a

bochecha de Eddie. “Nenhum traço dele.”

Lissa tinha levantado e agora estava afundada no fundo no sofá. Ela se inclinou suas costas

contra e fechou seus olhos. “Eu fiz. Eu ainda consigo fazer.”

“É claro que você pode,” disse Adrian sem interesse. “Agora você tem que mostrar como fazer

isso.”

Ela abriu os olhos. “Não é tão fácil.”

“Oh, eu entendo,” ele disse em um tom exagerado. “Você me incomodou sobre como ver

auras e entrar em sonhos, mas agora você não revela seus segredos.”

“Não tem um “eu não,” ela discutiu. “Eu não “posso”.”

“Bem, prima, tente.” Então de repente ele colocou as unhas contra sua mão até tirar sangue.

“Jesus Cristo!” eu gritei. “Você é louca?” Quem eu estava enganado? É claro que ele estava.

Lissa segurou a mão dele, e assim como antes, ela curou a pele dele. Euforia encheu ela, mas

meu humor de repente caiu sem causa nenhuma.

Os dois entraram numa discussão que eu não consegui segui, usando termos de mágicas

comuns enquanto alguns termos eu tenho certeza que eles inventaram na hora. Julgando pelo

rosto de Christian, parecia que ele também não entendi, e logo ficou claro que Adrian e Lissa

tinham esquecido de nós enquanto conversavam sobre os mistérios do Espírito.

Christian finalmente levantou, parecendo entediado. “Anda, Rose. Se eu quisesse ouvir isso, eu

estaria em aula. Estou com fome.”

Lissa olhou para cima. “Jantar só é daqui uma hora e meia.”

“Alimentador,” ele disse. “Não tive o meu hoje.”

Ele deu um leve beijo na bochecha de Lissa e saiu. Eu segui ao lado dele. Tinha começado a

nevar de novo, e eu olhei para os flocos de neve de enquanto eles caiam ao redor de nós.

Quando tinha começado a nevar no inicio de Dezembro, eu estava excitado. Agora essa coisa

branca estava ficando velha. Como tinha acontecido algumas noites atrás, sair em um clima

tão ruim fazia meu humor diminuir um pouquinho, o ar frio me tirava um pouco disso. A cada

passo mais perto dos alimentadores, eu me permiti acalmar de novo.

Um ‘alimentador” era como eram chamados os humanos que se voluntariavam a ser uma

fonte regular de sangue para os Moroi. Diferente dos Strigoi, que matavam suas vitimas

enquanto bebiam deles, os Moroi pegavam apenas uma pequena quantidade todo dia e não

matavam seus donos. Os humanos que viviam pela alta das mordidas dos vampiros pareciam

estar completamente feliz por passar suas vidas desse jeito separados do resto da sociedade

humana. Era estranho mas necessário para os Moroi. A escola normalmente tinha um

alimentador ou dois no dormitórios dos Moroi para noite, mas na maior parte do dia, os

estudantes tinham que ir nas áreas comuns para satisfazer suas necessidades.

Enquanto eu continuava a andar, olhando para as arvores, com chiques e brancas pedras, algo

branco chamou minha atenção na paisagem. Bem, não era branco exatamente. Tinha cor –

pálida, e opaca.

Eu parei bruscamente enquanto meus olhos encaravam. Mason estava do outro lado da

quadra, quase se misturando com as arvores. Não, eu pensei. Eu me convencia de que isso

tinha acabado, mas ali estava ele, olhando para mim com pesar, seu rosto de fantasma. Ele

apontou, para trás do campus. Eu olhei para aquele lado mas de novo eu tinha idéia do que

procurar. Me virando de volta para ele, eu só podia encarar, medo se apossando de mim.

Uma mão fria tocou o lado do meu pescoço, e eu olhei ao redor.Era Christian.

“Qual o problema?” ele perguntou.

Eu olhei de volta para onde estava Mason. Ele tinha sumido, é claro. Eu apertei meus olhos por

um segundo e suspirei. Então, me virei de volta para Christian, continuei andando e disse,

“nada.”

Christian sempre tinha algum comentários espertinho quando estávamos juntos, mas ele

estava quieto enquanto fazíamos o resto da jornada. Eu estava consumida com meus próprios

pensamentos sobre Mason, então eu também não disse nada. Só o vi por alguns segundos.

Considerando o quão difícil era ver lá, era mais provável que tivesse um truque de visão,

certo? Eu tentei me convencer disso enquanto andávamos. Quando entramos nas salas

comuns e saímos do frio, finalmente me toquei que algo estava acontecendo com Christian.

“Qual o problema?” eu perguntei, tentando não pensar em Mason. “Você está bem?”

“ótimo,” ele disse.

“O jeito que você disse prova que você não está.”

Ele me ignorou enquanto entravamos na sala dos alimentadores. Estava mais cheia do que o

esperando, e todos os pequenos cubículos em que estavam os alimentadores estavam cheios

de Moroi. Brandon Lazar era um deles. Enquanto ele se alimentava, eu vi um machucado verde

desaparecendo em sua bochecha e me lembrei que eu nunca tinha descoberto quem bateu

nele. Christian se registrou com os Moroi então esperou na porta até que fosse chamado. Eu

remexi meu cérebro, tentado entender o que teria causado o mau humor de Christian.

“Qual o problema? Você não gostou do filme?”

Não houve resposta.

“Ficou enojado pela auto mutilação de Adrian?”Incomodar Christian era um prazer culposo. Eu

podia fazer isso a noite toda.

Não houve resposta.

“Você esta – Oh.”

Então eu entendi. Eu estava surpresa por não ter entendido antes.

‘Você está chateado porque Lissa queria falar sobre mágica com Adrian?”

Ele deu nos ombros, o que me disse o que eu precisava saber.

“Anda, ela não gosta mais de mágica do que de você. É só essa coisa com ela, você sabe? Ela

passou todos aqueles anos pensando que não podia fazer mágica, então descobriu que podia –

exceto que era esse tipo louco e completamente imprevisível. Ela só está tentando entender.”

“Eu sei,” ele disse firmemente, encarando ao redor do aposento caro sem realmente se focar

nas pessoas. “Esse não é o problema.”

“Então porque...” eu deixei minhas palavras sumirem com outra revelação que me atingiu.

“Você tem ciúmes de Adrian.”

Christian fixou seus olhos azuis em mim, e eu pode perceber que eu tinha acertado. “Eu não

tenho ciúmes. Eu só-“

“- se sente inseguro sobre o fato que sua namorada está passando muito tempo com um cara

rico e razoavelmente bonito que ela pode gostar. Ou, como eu gosto de chamar, ciúmes.”

Ele se virou para longe de mim, claramente incomodado. “A lua de mel pode ter acabado entre

nós, Rose. Merda. Porque essas pessoas estão demorando tanto tempo?”

“Olha,” eu disse, mudando de posição. Meus pés doíam depois de passar tanto tempo de pé.

“Você não ouviu ao meu romântico discurso no outro dia sobre estar no coração de Lissa? Ela

é louca por você. Você é o único que ela quer, acredite em mim, eu posso dizer isso com 100%

de certeza. Se tivesse mais alguém, eu saberia.”

Um pequeno sorriso apareceu em seu rosto. “Você é a melhor amiga dela. Você poderia estar

cobrindo ela.”

Eu zombei. “Não se ela estiver com Adrian. Eu asseguro você, ela não está interessada nele,

graças a Deus – pelo menos não romanticamente.”

“Ele pode ser persuasivo, no entanto. Ele sabe como trabalhar com sua compulsão...”

“Ele não está usando nela. Eu nem sei se ele pode- eu acho que eles cancelam um ao outro.

Além do mais, você não prestou atenção? Eu sou o infortunado objeto de atenção de Adrian.”

“Verdade?” perguntou Christian, claramente surpreso. Caras são tão desligados nesse tipo de

assunto. “Eu sei que ele flerta-“

“E aparece nos meus sonhos sem convite. Já que eu não posso escapar, e da a ele a chance

perfeita de me torturar com o seu tão chamado charme e tentativa de ser romântico.”

Ele ficou duvidoso. “Ele aparece nos sonhos de Lissa também.”

Merda. Não deveria ter mencionado os sonhos. O que Adrian disse?”Esses são sonhos pra

treinamento. Não tem porque se preocupar.”

“As pessoas não encaram se ela aparecer em alguma festa com Adrian.”

“Ah,” eu disse. “Então é sobre isso. Você acha que vai arrastar ela pra baixo?”

“Eu não sou tão bom... nesse tipo de coisa social,” ele admitiu mostrando vulnerabilidade. “E

eu acho que Adrian tem uma reputação melhor que a minha.”

“Você está brincando?”

“Anda,Rose.Beber e fumar não é a mesma coisa que as pessoas pensarem que você vai se

tornar um Strigoi. E vi o jeito que todo mundo age quando ela me levou nos jantares e tudo

mais na viagem de esqui. Eu sou um peso. Ela é a única representante de sua família. Ela vai

passar o resto da vida dela ligada a política, tentando parecer boa com as pessoas. Adrian

poderia fazer muito mais por ela do que eu.”

Eu resisti a vontade de literalmente por algum senso nele. “Eu consigo entender de onde isso

está saindo, mas tem uma falha no seu pensamento. Não tem nada acontecendo entre ela e

Adrian.”

Ele olhou para o outro lado e não disse nada. Eu suspeitei que seus sentimentos iam alem do

que simplesmente estar com outro cara. Como ele tinha admitido, ele tinha uma grande

insegurança sobre Lissa. Estar com ela tinha feito maravilhas com a atitude dele e sua

sociabilidade, mas no fim do dia, ele ainda tinha problemas em lidar com o que vinha da sua

“manchada” família. Ele ainda estava preocupado em não ser bom o suficiente para ela.

“Rose tem razão,” uma voz que não era bem vinda disse atrás de nós. Preparando meu melhor

olhar, eu me virei e olhei para Jesse. Natualmente, Ralf estava por perto. O trabalho de Jesse,

Dean, estava parado na porta. Eles aparentemente tinham uma relação mais formal. Jesse e

Ralf nós estavam na fila quando chegamos, mas eles aparentemente entraram e ouviram o

suficiente da conversa. “Você ainda é da realeza. Você tem todo direito de estar com ela.”

“Wow, em falar de mudança,” eu disse. “Vocês não estavam me dizendo no outro dia como

Christian estava prestes a virar um Strigoi a qualquer momento? Eu tomaria cuidado com o

pescoço se fosse vocês. Ele parece perigoso.”

Jesse riu. “Hey, você disse que ele estava limpo, e se alguém conhece um Strigoi é você. Além

do mais, estamos começando a achar que a natureza rebelde de Ozera seja uma coisa boa.”

Eu olhei para ele de forma suspeita, assumindo que havia algum truque aqui. Mas ele parecia

sincero, como se ele estivesse convencido que Christian fosse seguro.

“Obrigado,” disse Christian, um pequeno sorriso em seu rosto. “Agora que você endossou eu e

a minha família, eu finalmente posso retomar minha vida. Era a única coisa que estava me

atrasando.”

“Estou falando sério,” disse Jesse. “Os Ozera estão meio quietos ultimamente, mas eles

costumavam ser uma das famílias mais poderosas. Eles poderiam ser de novo – especialmente

você. Você não tem medo de fazer o que tiver que fazer. Gostamos disso. Se você superar essa

merda anti social, você poderia fazer os amigos certos e ir longe. Pode fazer você parar de se

preocupar tanto com Lissa.”

Christian e eu trocamos olhares. “O que você está falando?” ele perguntou.

Jesse sorriu e olhou ao redor de nós. “Alguns de nós tem se reunido. Nós formamos um grupo

– um jeito de unir as melhores famílias, sabe? As coisas estão um pouco loucas, com os

ataques dos Strigoi mês passado e as pessoas não saberem disso também. Também tem

conversas sobre nos fazer lutar e encontrar um jeito de ajudar os guardiões.” Ele disse num

sussurro, eu me arrepiei ao ouvir guardiões sendo descritos como objetos. “Muitos Moroi que

não são da realeza estão tentando assumir o controle.”

“E porque isso é um problema se eles tiverem boas idéias?” eu exigi.

“A idéia deles não são boas. Eles não sabem o lugar deles. Alguns de nós começaram a pensar

em jeitos de nós proteger disso e cuidarmos um do outro. Eu acho que você gostaria de saber

o que nós sabemos. Afinal de contas, nós somos aqueles precisam fazendo decisões, não os

dhampirs e não os Moroi. Nós somos a elite. Os melhores. Se junte a nós, e tem coisas que

poderíamos fazer para ajudar você e Lissa.”

Eu não consegui evitar. Eu ri. Christian simplesmente pareceu enojado.

‘Eu retiro o que eu disse antes,” ele disse a eles. “Isso é o que eu tive esperando minha vida

inteira. Um convite para se juntar a sua cazinha na arvore.”

Ralf, grande e desajeitado, dei um passo para frente. “Não brinque conosco. Isso é sério.”

Christian encarou. “Então não brinquem comigo. Se vocês realmente acham que eu quero ficar

com vocês e tentar fazer as coisas melhores para os Moroi que já são egoístas e mimados,

então vocês são ainda mais estúpidos do que eu pensei. E isso é MUITO estúpido.”

Raiva e vergonha encheram o rosto de Jesse e Ralf, mas piedosamente, o nome de Christian foi

chamado. Ele parecia consideravelmente encorajado quando andávamos pelo aposento. Nada

como um confronto com dois babacas para fazer você se sentir melhor sobre sua vida.

O alimentador de Christian esta noite era uma mulher chamada Alice, que era a alimentadora

mais velha no campus. A maioria dos Moroi preferia doadores mais jovens, mas Christian,

sendo uma pessoa problemática como era, gostava dela porque ela era gentil e caduca. Ela

não era tão velah – 60 anos – mas muitas endorfinas de vampiros na vida dela tinham a

afetado permanentemente.

“Rose,” ela disse, virando seus olhos azuis deslumbrados para me. “Você normalmente não

está com Christian. Você e Vasilisa brigaram?”

“Não,” eu disse. “Só mudando o cenário.”

“Cenário,” ela murmurou, olhando para uma janela ali perto. Moroi mantinham as janelas

pintadas para bloquear a luz solar, e eu duvidava que um humano pudesse ver algo. “O cenário

está sempre mudando. Você notou isso?”

“Não nosso cenário,” disse Christian, sentado perto dela. “Essa neve não vai a lugar nenhum.

Não por alguns meses.”

Ela encarou e deu a ele um olhar exasperado. “Eu não estava falando sobre o cenário.”

Christian me deu um olhar divertido, então se inclinou e afundou seus dentes no pescoço dela.

A expressão dela ficou preguiçosa, toda a conversa sobre cenario ou o que fosse que ela

quisesse dizer esquecida enquanto ele bebia dela. Eu vivi entre vampiros tantos que eu nem

pensava na idéia nas presas deles metade do tempo. A maior parte dos Moroi era muito boa

em esconder deles. Era apenas em momentos como esse que eu lembrava do poder que os

vampiros tinham.

Normalmente, quando eu assistia os vampiros se alimentar, eu me lembrava de quando Lissa e

eu tínhamos fugido da Academia, e eu deixava ela se alimentar de mim. Eu nunca fiquei tão

loucamente viciada quando um alimentador, mas eu tinha gostado da breve alta. Eu

costumava querer aquilo de um jeito que eu nunca admiti a ninguém. No nosso mundo,

apenas humanos doavam sangue. Dhampirs que faziam isso eram vulgares e humilhados.

Agora, quando eu assisti um vampiro beber, eu não mais pensava sobre o quão bom era. Ao

invés disso, eu pensava naquele quarto em Spokane onde Isaiah, nosso Strigoi raptor, tinha se

alimentado de Eddie. O sentimento que mexeu dentro de mim eram qualquer coisa menos

bons. Eddie tinha sofrido horrivelmente, e eu não tinha sido capaz de fazer nada a não ser

olhar. Fazendo careta, eu me virei para longe de Christian e Alice.

Quando deixamos a sala dos alimentadores, Chrisitan parecia mais vibrante e otimista. “O fim

de semana está aqui, Rose. Nada de aulas – e você tem um dia de folga.”

“Não,” eu disse, quase tendo esquecido. Merda. Porque ele tinha que me lembrar? Eu quase

estava me sentindo bem depois do incidente com Stan. Eu suspirei. “Eu tenho serviço

comunitário.”

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