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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Capitulo 16

Lentamente o mundo exterior invadiu os meus sentidos, e oh meu 

deus, que invasão. Eu estou flutuando, meus membros estão suaves e 

lânguidos, totalmente gastos. Eu estou deitada em cima dele, minha cabeça 

está em seu tórax e ele cheira divinamente: linho fresco, lavado e algum caro 

sabonete corporal, e o melhor perfume, mais sedutor do planeta... Christian. 

Eu não quero me mover, eu quero respirar este elixir pela eternidade. Eu me 

aninho, desejando que não tivesse a barreira de sua camiseta. E, quando a 

razão e o bom senso retornam ao resto de meu corpo, eu estico minha mão 

sobre o seu tórax. Esta é a primeira vez que eu o toquei aqui. Ele é firme… 

forte. Sua mão mergulha para cima e agarra a minha, mas ele suaviza o 

gesto puxando-a para sua boca e docemente beijando meus dedos. 

Ele rola sobre mim e me olha. 

— Não faça, — ele murmura e então me beija ligeiramente. 

— Por que você não gosta de ser tocado? — Eu sussurro, olhando 

fixamente para seus olhos cinza suaves. 

— Porque estou muito fodido, Anastásia. Tenho muito mais sombras 

que luz. Tenho Cinquentas sombras ruins! 

Oh… sua honestidade me desarma completamente. Eu pisco para 

ele. 

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— Eu tive uma introdução muito dura na vida. Não quero carregar 

você com os detalhes. Só não faça. — Ele roçou seu nariz contra o meu, e 

então ele retira-se de mim e se senta. 

— Acredito que já tivemos o básico. Como foi? 

Ele parece completamente contente consigo mesmo e soa muito 

prosaico, ao mesmo tempo, ele está como se só tivesse marcado uma nova 

caixa de seleção em uma lista de verificação. Eu ainda estou sofrendo com o 

comentário sobre a sua dura introdução de vida. É tão frustrante e eu estou 

desesperada para saber mais. Mas ele não dirá nada para mim. Eu viro 

minha cabeça para um lado, como ele faz, e faço um esforço enorme para 

sorrir para ele. 

— Se você acha que conseguiu me iludir que você me outorgou o 

controle, bem, você não levou em conta minhas boas notas. — Eu sorrio 

timidamente para ele. —Mas obrigada pela ilusão. 

— Senhorita Steele, você não é só um rosto bonito. Você teve seis 

orgasmos até agora e todos eles pertencem a mim, — ele ostenta, brincalhão 

novamente. 

Eu ruborizo e pisco ao mesmo tempo, enquanto ele olha fixamente 

para mim. Ele está fazendo uma contagem! Suas sobrancelhas apertaram. 

— Você tem algo para me dizer? — Sua voz, de repente, era dura. 

Eu faço uma careta. Droga. 

— Eu tive um sonho esta manhã. 

— Oh? — Ele olhou para mim. 

Dupla droga. Eu estou em apuros? 

— Eu gozei no meu sonho.— Eu lanço meu braço acima de meus 

olhos. Ele não diz nada. Eu o espio por debaixo de meu braço, e ele parece 

divertido. 

— Em seu sonho? 

— Despertou-me. 

— Eu estou certo que fez. Com o que você estava sonhando? 

Droga. 

— Você. 

— O que eu estava fazendo? 

Eu lanço meu braço acima de meus olhos novamente. E como uma 

criança pequena, eu brevemente entretenho o pensado de que se eu não 

posso vê-lo, então ele não pode me ver. 

— Anastásia, o que eu estava fazendo? Eu não perguntarei a você 

novamente. 

— Você estava usando um chicote de montaria. 

Ele moveu o meu braço. 

— Realmente? 

— Sim. — Eu estou vermelha. 

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— Existe esperança para você ainda, — ele murmura. — Eu tenho 

vários chicotes de montaria. 

— Couro trançado marrom? 

Ele ri. 

— Não, mas eu estou certo que eu podia conseguir um. — Seus olhos 

cinza brilham de excitação. 

Inclinando, ele me dá um breve beijo, então ele levanta e agarra as 

sua cueca, oh não… ele está indo. Eu olho rapidamente para o relógio, são 

apenas nove e quarenta. Eu saio da cama também e pego minha calça de 

moletom e um camiseta, então me sento de volta na cama, cruzo as pernas e 

fico assistindo-o. Eu não quero que ele vá. O que eu posso fazer? 

— Quando é seu período? — Ele interrompe meus pensamentos. 

O que! 

— Eu odeio usar estas coisas, — ele murmura. Ele levanta o 

preservativo do chão, então desliza em sua calça jeans. 

— Bem? — Ele inicia quando eu não respondo, ele olha para mim 

esperançosamente como se ele estivesse esperando por minha opinião sobre 

o tempo. Caramba… isto é coisa pessoal. 

— Semana que vem. — Eu olho fixamente para minhas mãos. 

— Você precisa fazer algum tipo de contracepção. 

Ele é tão mandão. Eu olho fixamente para ele, inexpressivamente. Ele 

se senta de volta na cama, enquanto ele coloca suas meias e sapatos. 

— Você tem um médico? 

Eu agito minha cabeça. Nós voltamos para contratos e aquisições, 

outra mudança de humor do Christian de 180 graus. 

Ele faz uma carranca. 

— Eu posso pedir ao meu médico para vê-la em seu apartamento, 

domingo de manhã antes de você vir me ver. Ou ele pode ver você em minha 

casa. O que você prefere? 

Sem pressão, sei. Apenas outra coisa que ele está pagando… mas, 

realmente, isto é para seu benefício. 

— Em sua casa. — Com isso, estou garantido vê-lo no domingo. 

— Certo. Eu informarei a hora. 

— Você está partindo? 

Não vá… fique comigo, por favor. 

— Sim. 

Por que? 

— Como você voltará? — Eu sussurro. 

— Taylor me levantará. 

— Eu posso dirigir para você. Eu tenho um adorável carro novo. 

Ele olha para mim, com uma expressão morna. 

— Isto é mais para ele. Eu acho que você bebeu demais. 

— Você me fez ficar alegre de propósito? 

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— Sim. 

— Por quê? 

— Porque você acha excesso em tudo, e você é reticente como o seu 

padrasto. Uma gota de vinho em você e você começa a falar, e eu preciso que 

você se comunique honestamente comigo. Caso contrário, você se cala, eu 

não tenho nenhuma ideia do que você está pensando. In vino veritas25, 

Anastásia. 

— E você pensa que é sempre honesto comigo? 

— Eu me empenho para ser. — Ele olha para mim cautelosamente. — 

Isto só funcionará se nós formos honestos um com o outro. 

— Eu gostaria que você ficasse e usasse isto. — Eu levanto o segundo 

preservativo. 

Ele sorri e seus olhos brilharam com humor. 

— Anastásia, eu cruzei tantas linhas aqui, esta noite. Eu tenho que 

ir. Eu verei você no domingo. Eu terei o contrato revisado e pronto para você, 

então nós podemos realmente começar a jogar. 

— Jogar? — Caramba. Meu coração pulou em minha boca. 

— Eu gostaria de fazer uma cena com você. Mas eu não vou, até que 

você assine, então eu sei que você estará pronta. 

— Oh. Então eu poderia esticar isto, se eu não assinar? 

Ele me olha, avaliando-me, então, seus lábios se contorcem em um 

sorriso. 

— Bem, eu suponho que você poderia, mas eu posso rachar sob 

tensão. 

— Rachar? Como? — Minha deusa interior despertou e está 

prestando atenção. 

Ele movimenta a cabeça devagar, e então ele sorri, brincando. 

— Podia ficar realmente feio. 

Seu sorriso é infeccioso. 

— Feio, como? 

— Oh você sabe, explosões, perseguições de carro, sequestro, 

encarceramento. 

— Você me sequestraria? 

— Oh sim, — ele sorriu. 

— Seguraria-me contra minha vontade? Puxa, isto é quente. 

— Oh sim, — ele movimenta a cabeça. — E então nós estamos 

falando TPT 24/7. 

— Perdi-me, — eu respiro, meu coração dispara… ele está falando 

sério? 

—Troca do Poder Total – o tempo todo. — Seus olhos estão brilhando, 

e eu posso sentir sua excitação de onde eu estou sentada. 

                                                             25 In Vino Veritas - No vinho está a verdade, afirmavam os antigos romanos. Com isso eles queriam dizer que a embriaguez 

soltava a língua e fazia a verdade vir á tona. 

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 Caramba. 

— Então você não tem nenhuma escolha, — ele diz sarcasticamente. 

— Claramente. — Eu não posso manter o sarcasmo fora de minha 

voz então eu olho para cima, meus olhos alcançando o céu. 

— Oh, Anastásia Steele, você acabou de desviar seus olhos dos 

meus? 

Caramba. 

— Não, — eu grito. 

— Eu penso que você fez. O que eu disse que faria com você se 

desviasse seus olhos de mim novamente? 

Merda. Ele se senta na extremidade da cama. 

— Venha aqui, — ele diz suavemente. 

Eu empalideço. Puxa… ele está falando sério. Eu me sento olhando 

fixamente para ele completamente imóvel. 

— Eu não assinei, — eu sussurro. 

— Eu disse a você o que faria. Eu sou um homem de palavra. Eu vou 

espancar você e então vou foder você muito rápido e muito duro. Parece que 

nós precisaremos do preservativo afinal. 

Sua voz está tão suave, ameaçadora, e é condenadamente quente. 

Minhas entranhas praticamente contorcem com o potente, necessitado, 

líquido, desejo. Ele olha para mim, esperando, com os olhos brilhando. 

Timidamente, eu descruzo as minhas pernas. Devo correr? Isto é, nosso 

relacionamento está em jogo, aqui, agora. Eu deixo que ele faça isto ou eu 

digo não, e então como será? Porque eu sei que vai ser mais se eu disser 

não. Faça isto! Minha deusa discuti comigo, meu subconsciente está tão 

paralisado como eu estou. — Eu estou esperando, — ele diz. — Eu não sou 

um homem paciente. 

Oh pelo o amor de tudo que é santo. Eu estou ofegante, com medo, 

ligada. O sangue disparando dentro de meu corpo, minhas pernas estão 

como geleia. Lentamente, eu me arrasto para ele, até chegar ao seu lado. 

— Boa menina, — ele murmura. — Agora levante-se. 

Oh merda… ele só não pode simplesmente acabar com isso? Eu não 

estou certa se eu posso permanecer. Hesitante, eu levanto. Ele estende a sua 

mão e eu coloco o preservativo em sua palma. De repente ele me agarra, me 

inclinando sobre o seu colo. Com um movimento suave, ele ajeita o seu 

corpo, de modo que, o meu torso está descansando na cama ao lado dele. 

Ele joga a perna direita sobre as minhas duas e bota o seu antebraço 

esquerdo na parte de baixo das minhas costas, segurando-me para baixo, 

assim eu não posso me mover. Oh foda. — Ponha suas mãos, as duas, em 

ambos os lados de sua cabeça, — ele ordena. 

Eu imediatamente obedeço. 

— Por que eu estou fazendo isto, Anastásia? — Ele pergunta. 

— Porque desviei meu olhar do seu, — eu posso apenas falar. 

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— Você pensa que isto é cortês? 

— Não. 

— Você fará isto novamente? 

— Não. 

— Eu espancarei você toda vez que você fizer isto, você entendeu? 

Muito lentamente, ele retira a minha calça de moletom. Oh, como isto 

é humilhante, humilhante, assustador e quente. Ele está fazendo uma 

refeição disto. Meu coração está na boca. Eu mal posso respirar. Merda, será 

que vai doer? 

Ele coloca sua mão em minha bunda nua, suavemente me afagando, 

acariciando ao redor, com sua palma plana. E então sua mão não está mais 

lá… e ele me bate, forte. Ow! Meus olhos se abrem em resposta à dor, eu 

tento sair dali, mas sua mão entre minhas omoplatas me mantém para 

baixo. Ele me acaricia novamente onde ele me bateu, sua respiração mudou, 

está mais alta, mais dura. Ele me bate novamente, rapidamente em 

sucessão. 

Puta merda, isso dói. Eu não faço nenhum som, meu rosto paralisou 

com a dor. Eu tento me contorcer para fugir dos golpes, estimulada pela 

adrenalina subindo e correndo pelo meu corpo. 

— Fique quieta, — ele rosna. — Ou eu espancarei você por mais 

tempo. 

Ele está me esfregando agora, vem o golpe seguinte. Surge um padrão 

rítmico, acariciar, acariciar, bater duro. Eu tenho que me concentrar para 

lidar com esta dor. Meu mente se esvazia, enquanto me esforço para 

absorver a sensação cansativa. Ele não me bate no mesmo lugar duas vezes 

sucessivas, ele está espalhando a dor. 

— Aargh! — Eu reclamo na décima palmada, sem perceber eu estava 

contando mentalmente as palmadas. 

— Eu estou apenas esquentando. 

Ele me bate novamente, então ele me acaricia suavemente. A 

combinação do duro golpe pungente e sua carícia suave é muito 

entorpecedora. Ele me bate novamente… isto está ficando mais duro de 

aguentar. 

Meu rosto dói, estou muito contraída. Ele me acaricia gentilmente e 

então vem o golpe. Eu grito novamente. 

— Ninguém pode ouvir você, querida, só eu. 

E ele me bate novamente. Em algum lugar bem no fundo, eu quero 

implorar para ele parar. Mas eu não o faço. Eu não quero dar a ele a 

satisfação. Ele continua no ritmo inflexível. Eu gritei mais seis vezes. Dezoito 

golpes no total. Meu corpo está cantando, cantando de seu impiedoso 

assalto. 

— Já chega, — ele fala com voz rouca. — Bem feito, Anastásia. Agora 

eu vou foder você. Ele acaricia meu traseiro suavemente, que queima com os 

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golpes que ele me deu, então ele vai acariciando ao redor e descendo. De 

repente, ele insere dois dedos dentro de mim, deixando-me completamente 

surpresa. Eu suspiro, este novo ataque rompe a dormência ao redor do meu 

cérebro. 

— Sinta isto. Veja quanto seu corpo gosta disto, Anastásia. Você vai 

ficar molhada só para mim. 

Existe temor em sua voz. Ele move seus dedos, dentro e fora em 

sucessão rápida. 

Eu gemo, não seguramente não, e então seus dedos se foram… e eu 

sou deixada querendo. 

— Da próxima vez, eu vou fazer você contar. Agora onde está o 

preservativo? 

Ele alcança o preservativo e gentilmente me ergue, empurrando-me 

de rosto sobre a cama. Eu ouço o som de seu zíper e o rasgar do invólucro. 

Ele arranca a minha calça de moletom fora e então me guia em uma posição 

de joelhos, gentilmente acariciando meu agora muito dolorido traseiro. 

— Eu vou tomar você agora. Você pode gozar, — ele murmura. 

O que? Como se eu tivesse uma escolha. 

E ele está dentro de mim, me enchendo rapidamente, eu gemo alto. 

Ele se move, batendo em mim, um ritmo rápido e intenso contra meu 

dolorido traseiro. O sentimento está além de requintado, bruto e degradante, 

é de explodir a mente. Meus sentidos estão devastados, desconectados, 

apenas me concentrando no que ele está fazendo para mim. Como ele está 

fazendo-me sentir, essa força familiar no fundo da minha barriga, apertando, 

acelerando. NÃO… e meu corpo traidor explode em um intenso orgasmo, 

estremecendo. 

— Oh, Ana! — Ele grita em voz alta enquanto ele encontra a sua 

liberação, segurando-me no lugar, ele derrama-se em mim. Ele cai, ofegante 

ao meu lado e ele me puxa em cima dele e enterra seu rosto em meu cabelo, 

segurando-me apertado. 

— Oh, querida, — ele respira. — Bem-vinda ao meu mundo. 

Ficamos deitados ali, ofegantes, juntos, esperando que nossa 

respiração diminuía a velocidade. Ele suavemente acaricia o meu cabelo. Eu 

estou em seu peito novamente. Mas desta vez, eu não tenho forças para 

erguer minha mão e senti-lo. Rapaz… eu sobrevivi. Isso não era tão ruim. 

Eu sou mais estoica do que pensava. Minha deusa interior está prostrada… 

bem pelo menos ela está quieta. Christian fuça meu cabelo novamente, 

inalando profundamente. 

— Bem feito, querida — ele sussurra, com uma alegria calma em sua 

voz. Suas palavras enrolam ao redor de mim, como uma toalha fofa e suave 

do Hotel Heathman, eu estou tão contente que ele tenha sentido tanto 

prazer. 

Ele pega na alça da minha camisola. 

239 



— É com isto que você dorme? — Ele pergunta suavemente. 

— Sim, — eu respiro com sono. 

— Você devia estar em sedas e cetins, você é uma menina bonita. Eu 

farei compras para você. 

— Eu gosto de meu moletom, — eu murmuro, tentando e falhando, 

soar irritada. 

Ele beija minha cabeça novamente. 

— Nós veremos, — ele diz. 

Nós ficamos por mais alguns minutos, horas, quem sabe, eu acho 

que eu cochilei. 

— Eu tenho que ir, — ele diz, se inclinando ele beija minha testa 

suavemente. —Você está bem? — Sua voz é suave. 

Eu penso sobre sua pergunta. Meu traseiro está dolorido. Bem, 

ardendo agora, e incrivelmente eu me sinto, fora a exaustão, radiante. A 

realização é humilhante, inesperada. Não estou entendendo. Puta merda. 

— Eu estou bem, — eu sussurro. Eu não quero dizer mais que isto. 

Ele levanta. 

— Onde é seu banheiro? 

— Ao longo do corredor à esquerda. 

Ele pega o outro preservativo e sai do quarto. Eu levanto rigidamente 

e coloco minha calça de moletom. Ela irrita um pouco contra o meu sofrido 

traseiro. Eu estou tão confusa com a minha reação. Eu me lembro dele 

dizendo, não me lembro quando, que eu me sentiria muito melhor depois de 

uma boa surra. Como que pode ser isso? Eu realmente não entendo. Mas, 

estranhamente, eu estou. Eu não posso dizer que eu apreciei a experiência, 

de fato, eu ainda percorreria um caminho longo para evitar isto, mas agora… 

eu me sinto segura, estranha, banhada em fosforescência, saciada. Eu 

ponho minha cabeça em minhas mãos. Eu só não entendo. 

Christian retorna ao quarto. Eu não posso olhá-lo nos olhos. Eu olho 

fixamente para minhas mãos. 

— Eu achei um pouco de óleo de bebê. Deixe-me esfregar isto em seu 

traseiro. 

O que? 

— Não. Eu estou bem. 

— Anastásia, — ele adverte e eu quero desviar meus olhos, mas 

depressa paro. Eu fico de frente para a cama. Sentando ao meu lado, ele 

puxa delicadamente a minha calça de moletom para baixo novamente. De 

cima a baixo como gavetas de puta, meu subconsciente comenta 

amargamente. Na minha cabeça, eu digo a ela para onde ir. 

Christian espirra óleo de bebê em sua mão e então esfrega no meu 

traseiro com cuidadosa ternura - De removedor de maquilagem para 

bálsamo de traseiro espancado, quem teria pensado que era um líquido tão 

versátil. 

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— Eu gosto de por minhas mãos em você, — ele murmura, e eu tenho 

que concordar, eu também. 

— Pronto, — ele diz quando termina e ele puxa minhas calças 

novamente. 

Eu olho para o meu relógio. É dez e trinta. 

— Eu estou saindo agora. 

— Eu verei você sair. — Eu ainda não posso olhar para ele. 

Tomando minha mão, ele me leva para a porta da frente. Felizmente, 

Kate ainda não está casa. Ela deve ainda estar jantando com seus pais e 

Ethan. Eu estou realmente contente por ela não estar ao redor e ouvir meu 

castigo. 

— Você não tem que chamar o Taylor? — Eu pergunto, evitando o 

contato visual. 

— Taylor está aqui desde as nove. Olhe para mim, — ele respira. 

Eu me esforço para encontrar os seus olhos, mas quando eu faço, ele 

está olhando para em mim com admiração. 

— Você não chorou, — ele murmura, então me agarra de repente e 

me beija fervorosamente. — Domingo, — ele sussurra contra meu lábios, e 

isso é ambas, uma promessa e uma ameaça. 

Eu assisto ele caminhar pela calçada e subir no grande Audi preto. 

Ele não olha para trás. Eu fecho a porta e estou impotente na sala de estar 

de um apartamento que eu devo morar apenas outras duas noites. Um lugar 

que vivi feliz por quase quatro anos… ainda hoje, pela primeira vez, eu me 

sinto só e desconfortável aqui, infeliz com minha própria companhia. O quão 

me distancie do que sou? Eu sei que, debaixo de meu exterior entorpecido, 

está um poço de lágrimas. O que eu estou fazendo? A ironia é que eu não 

posso nem me sentar e desfrutar de um bom choro. Eu terei que permanecer 

em pé. Eu sei que é tarde, mas decido ligar para minha mãe. 

— Meu doce, como você está? Como foi a graduação? — Ela se 

entusiasma no telefone. Sua voz é um bálsamo calmante. 

— Desculpe por ligar tão tarde, — eu sussurro. 

Ela pausa. 

— Ana? O que está errado? — Ela é toda seriedade agora. 

— Nada, Mãe, eu só queria ouvir sua voz. 

Ela fica muda por um momento. 

— Ana, o que é? Por favor, me diga. — Sua voz é suave e 

reconfortante, eu sei que ela se importa. Não convidadas, as minhas 

lágrimas começam a fluir. Eu chorei muito frequentemente nos últimos dias. 

— Por favor, Ana — ela diz, sua angústia reflete a minha. 

— Oh, Mãe, é um homem. 

— O que ele fez para você? — Seu alarme é palpável. 

— Não é assim. — Embora ele seja… Oh merda. Eu não a quero 

preocupar. Eu só quero outra pessoa para ser forte por mim, no momento. 

241 



— Ana, por favor, você está me preocupando. 

Eu tomo uma grande respiração. 

— Eu estou um tanto quanto apaixonada por este sujeito, ele é tão 

diferente de mim, eu não sei se nós devíamos ficar juntos. 

— Oh, querida. Eu gostaria de estar aí com você. Eu sinto tanto por 

faltar a sua graduação. Você apaixonou-se por alguém, finalmente. Oh, 

docinho, homens, eles são tão enganadores. Eles são uma espécie diferente, 

querida. Quanto tempo você o conhece? 

Christian é definitivamente uma espécie diferente… planeta diferente. 

— Oh, quase três semanas eu acho. 

— Ana, querida, isto não é nada mesmo. Como você pode conhecer 

alguém nesse período de tempo? Basta ter calma com ele e o mantê-lo no 

comprimento de um braço até que você decida se ele é digno de você. 

Uau… é irritante quando minha mãe é tão perspicaz, mas 

infelizmente o conselho chega tarde. 

Ele me merece? Este é um conceito interessante. Eu sempre me 

pergunto se eu sou merecedora dele. 

— Querida, você soa tão infeliz. Volte para casa, venha nos visitar. Eu 

sinto saudade de você, querida. Bob adoraria ver você também. Você pode 

ter alguma distância e talvez alguma perspectiva. Você precisa de um tempo. 

Você tem trabalhado tão duro. 

Oh menino, isto era tentador. Fugir para a Geórgia. Pegar algum raio 

de sol, alguns coquetéis. 

O bom humor da minha mãe… seus braços amorosos. 

— Eu tenho duas entrevistas de trabalho em Seattle na segunda-
feira. 

— Oh, isto é uma notícia maravilhosa. 

A porta abre e Kate aparece, sorrindo para mim. Seu rosto cai 

quando ela vê que eu tinha chorado. 

— Mãe, eu tenho que ir. Eu pensarei sobre uma visita. Obrigada. 

— Querida, por favor, não deixe um homem entrar debaixo de sua 

pele. Você é extremamente jovem. Vá e se divirta. 

— Sim, Mãe, amo você. 

— Oh, Ana, eu amo você também, tanto. Fique segura, querida. — Eu 

desligo e enfrento Kate que olha para mim. 

— Aquele obscenamente rico fudido chateou você novamente? 

— Não… tipo de… err… sim. 

— Mande-o passear, Ana. Desde que o conheceu você está muito 

transtornada. Eu nunca a vi assim antes. 

O mundo de Katherine Kavanagh é muito claro, muito preto e branco. 

Não os intangíveis, misteriosos, tons vagos de meu mundo cinza. Bem-vinda 

ao meu mundo. 

242 



— Se sente, deixe de conversa. Vamos beber algum vinho. Oh, você 

tomou champanhe. — Ela espiou a garrafa. — De boa marca também. 

Eu sorrio ineficaz, olhando apreensivamente para o sofá. Eu abordo 

isto com precaução. 

Hmm… sentando. 

— Você está bem? 

— Eu caí sobre meu traseiro. 

Ela não pode questionar minha explicação, porque eu sou uma das 

mais descoordenadas pessoas no Estado de Washington. Eu nunca pensei 

que eu veria isso como uma bênção. Eu cuidadosamente sento-me, 

agradavelmente surpreendida por eu estar bem, volto a minha atenção para 

Kate, mas minha mente é puxada de volta para Heathman. –Bem, se fosse 

minha, depois do que fez ontem, não se sentaria durante uma semana. — Ele 

disse isto então. Mas naquele momento eu não pensava em mais nada, a não 

ser, ser dele. Todos os sinais de advertência estavam lá, eu só fui muito 

ignorante e demasiado apaixonada para notar. 

Kate volta da sala de estar com uma garrafa de vinho tinto e lavou as 

xícaras. 

— E lá vamos nós. — Ela me dá uma xícara de vinho. O sabor não é 

tão bom quanto o Bolly. 

— Ana, se ele for um idiota com assuntos de compromisso, dispense-
o. Embora eu realmente não entenda seus problemas de compromisso. Ele 

não conseguia tirar os olhos de você na marquise, olhava para você como um 

falcão. Eu diria que ele está completamente apaixonado, mas talvez ele tenha 

um modo engraçado de mostrar a isto. 

Completamente apaixonado? Christian? Que forma curiosa de 

demonstra-lo? Eu diria. 

— Kate, isso é complicado. Como foi sua noite? — Eu pergunto. 

Eu não posso conversar sobre isto com Kate sem ser esclarecedora 

demais, mas uma pergunta sobre o seu dia e Kate esquece isto. É tão 

reconfortante se sentar e escutar sua conversa normal. A notícia quente é 

que Ethan pode vir morar conosco após as suas férias. Isso será divertido, 

Ethan é uma piada. Eu franzo a testa. Eu não acho que Christian aprovará. 

Bem… difícil. Ele só terá que absorver isto. Eu tomo umas xícaras de vinho 

e decido ligá-lo agora a noite. Foi um dia muito longo. Kate me abraça e 

então pega o telefone para ligar para Elliot. 

Eu verifico o computador depois de escovar meus dentes. Tem um e-
mail de Christian. 





De: Christian Grey 

Assunto: Você 

Data: 26 de maio 2011 23:14 

243 



Para: Anastásia Steele 



Querida Senhorita Steele 

Você é simplesmente excelente. A mulher mais bela, inteligente, 

espirituosa e corajosa que eu já conheci. Tome um pouco de Advil26, isto não 

é um pedido. E não dirija seu Fusca novamente. Eu saberei. 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 





Oh, eu não posso dirigir meu carro novamente! Então, eu digito 

minha resposta. 





 De: Anastásia Steele 

 Assunto: Lisonja 

 Data: 26 de maio 2011 23:20 

 Para: Christian Grey 



Querido Sr. Grey 



Galanteios não levará você a lugar nenhuma, mas desde que você 

tem estado em todos os lugares, o ponto é discutível. 

Eu precisarei dirigir meu Fusca para uma garagem para que eu 

possa vendê-lo, por isso não vou aceitar graciosamente qualquer um dos 

seus disparates sobre isso. O vinho tinto é sempre mais preferível que Advil. 



Ana 

PS: A surra é um limite DURO para mim. 





 Eu teclo e envio. 





De: Christian Grey 

Assunto: As mulheres frustrantes que não podem receber elogios 

Data: 26 de maio 2011 23:26 

Para: Anastásia Steele 



Querida Srta. Steele 



                                                             26 analgésicos 



244 

Eu não estou lisonjeando você. Você devia ir para a cama. 

Eu aceito sua adição para os limites duros. 

Não beba demais. 

Taylor dará fim a seu carro e conseguirá um bom preço por ele 

também. 



Christian Grey 

 CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc 





 De: Anastásia Steele 

Assunto: Taylor – ele é o homem certo para o trabalho? 

Data: 26 de maio 2011 23:40 

Para: Christian Grey 



Querido Senhor 



Intrigada-me que você prefere deixar seu braço direito dirigir meu 

carro, mas não a mulher você fode ocasionalmente. Como vou saber que 

Taylor conseguirá o melhor preço para o meu carro? Eu, no passado, 

provavelmente antes de encontrar você, soube conduzir um negócio e 

arrumar uma pechincha por ele. 



Ana 





De: Christian Grey 

Assunto: Cuidadoso! 

Data: 26 de maio 2011 23:44 

Para: Anastásia Steele 



Querida Srta. Steele 



Estou certo que o VINHO TINTO a fez falar dessa maneira, e que você 

teve um dia muito longo. 

Entretanto, estou tentado em voltar até ai e me assegurar que você 

não se sente por uma semana, em vez de uma noite. 

Taylor é ex-soldado e capaz de dirigir qualquer coisa de uma 

motocicleta até um Tanque Sherman. 

Seu carro não apresenta um perigo para ele. 

Agora, por favor, não se refira a você mesma como ‘uma mulher que 

eu fodo ocasionalmente' porque, francamente, me ENFURECE, e te asseguro 

que você realmente não gostaria de me ver zangado. 

245 





Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 





De: Anastásia Steele 

Assunto: Cuidadoso você mesmo 

Data: 26 de maio 2011 23:57 

Para: Christian Grey 



Querido Sr. Grey 



Eu não estou certa se eu gosto de você, especialmente neste 

momento. 



Srta. Steele 





 De: Christian Grey 

Assunto: Cuidadoso você mesmo 

Data: 27 de maio 2011 00:03 

Para: Anastásia Steele 



Por que você não gosta de mim? 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 







De: Anastásia Steele 

Assunto: Cuidadoso você mesmo 

Data: 27 de maio 2011 00:09 

Para: Christian Grey 



Porque você nunca fica comigo. 







Bem, isso vai dar a ele algo para pensar. Eu fechei o computador com 

indiferença, e rastejo para a minha cama. Eu desligo a minha luz lateral e 

olho fixo para o teto. Foi um longo dia, um arranco sentimental depois do 

outro. Foi emocionante passar algum tempo com Ray. Ele parecia bem, 

246 



estranhamente ele aprovou Christian. Droga, Kate e sua boca gigantesca. 

Ouvindo Christian falar sobre ter passado fome. Que diabos foi isso tudo? 

Deus, e o carro. Eu nem sequer disse a Kate sobre o novo carro. No que 

Christian estava pensando? 

E então hoje à noite, ele realmente me bateu. Eu nunca apanhei em 

minha vida. No que eu me meti? Muito lentamente, minhas lágrimas, 

interrompidas pela chegada de Kate, começam a deslizar para baixo, pelos 

lados de meu rosto e em meus ouvidos. Eu apaixonei-me por alguém que é 

tão emocionalmente desligado, só vou me machucar, no fundo eu sei disto, 

alguém que por sua própria admissão é completamente fudido. Por que ele é 

tão fodido? Deve ser horrível ser tão afetado como ele é, e o pensamento de 

que ele foi uma criança que sofreu alguma crueldade insuportável, me 

chorar mais. Talvez, se ele fosse mais normal, ele não gostaria de você, meu 

subconsciente contribui depreciativamente para meus devaneios… e no 

fundo do meu coração, eu sei que isto é verdade. Agarro-me ao meu 

travesseiro e as comportas se abriram… e pela primeira vez em anos, eu 

estou soluçando incontrolavelmente em meu travesseiro. 

Estou distraída momentaneamente, na escuridão da minha alma, 

quando ouço Kate gritando. 

— Que porra você acha que você está fazendo aqui? 

— Que, pois não pode! 

— Que merda você fez para ela agora? 

— Desde que ela te conheceu ela chora o tempo todo. 

— Você não pode entrar aqui! 

Christian entra repentinamente em meu quarto e sem a menor 

cerimônia liga a luz de cima, fazendo-me piscar. 

— Jesus, Ana, — ele murmurou. Ele desliga novamente e está ao 

meu lado em um momento. 

— O que você está fazendo aqui? — Eu ofego entre soluços. Merda. 

Eu não consigo parar de chorar. 

Ele liga a luz lateral, me fazendo piscar novamente. Kate chega e 

permanece na entrada. 

— Você quer que eu expulse este idiota? — Ela pergunta, irradiando 

uma termo-nuclear hostilidade. Christian levanta as sobrancelhas para ela, 

sem dúvida, surpreendido por seu lisonjeiro epíteto e seu antagonismo feroz. 

Sacudo minha cabeça, e ela rola seus olhos para mim. Oh… eu não faria isso 

perto do Sr. G. 

— É só gritar se você precisar de mim, — ela disse mais suavemente. 

— Grey, as suas cartas estão marcadas, — ela sussurra para ele. Ele acena 

para ela, e ela se vira e puxa a porta, mas não a fecha. 

Christian olha para mim, sua expressão é um tumulo, seu rosto está 

pálido. Ele está vestindo seu casaco listrado, e do bolso, ele tira um lenço e o 

entrega para mim. Eu acho que ainda tenho um outro seu em algum lugar. 

247 



— O que está acontecendo? — Ele pergunta calmamente. 

— Por que você está aqui? — Eu pergunto, ignorando sua pergunta. 

Minhas lágrimas milagrosamente cessaram, mas eu estou com náuseas. 

— Parte de meu papel é para cuidar de suas necessidades. Você disse 

que queria que eu ficasse, então aqui estou. Eu ainda acho que você gosta 

disto. — Ele pisca para mim, verdadeiramente perplexo. — Tenho certeza de 

que sou responsável, mas eu não tenho nenhuma ideia do por que. Será que 

é porque eu bati em você? 

Eu me puxo para cima, estremecendo por meu traseiro dolorido. Eu 

me sento e o enfrento. 

— Você tomou um pouco de Advil? 

Sacudo a cabeça. Ele estreita seus olhos e deixa o quarto. Eu o ouço 

conversando com Kate, mas não o que estão dizendo. Ele volta alguns 

momentos mais tarde com pílulas e uma xícara da água. 

— Tome estes, — ele ordena suavemente enquanto se senta em 

minha cama, ao meu lado. 

Eu faço como ele disse. 

— Converse comigo, — ele sussurra. — Você me disse que estava 

bem. Eu nunca teria deixado você se eu pensasse que você estava assim. 

Eu olho fixamente para minhas mãos. O que posso dizer que eu já 

não disse? Eu quero mais. Eu quero que ele fique porque ele quer ficar 

comigo, não porque eu sou uma bagunça chorona, e eu não quero que ele 

me bata, isto é tão irracional? 

— Creio que quando você disse que estava bem, você não estava. 

Eu corei. 

— Eu pensei que estava bem. 

— Anastásia, você não pode me dizer o que você pensa que eu quero 

ouvir. Isto não é muito honrado, — Ele me adverte. — Como posso confiar 

em qualquer coisa que você me disse? 

Eu olhei para ele, e ele franziu a testa, com um olhar sombrio em seu 

rosto. Ele passou ambas as mãos por seu cabelo. 

— Como você se sentiu enquanto eu estava batendo em você e 

depois? 

— Eu não gostei disto. Eu prefiro que você não faça isto novamente. 

— Isto não foi para você gostar. 

— Por que você gosta disto? — Eu olho fixamente nele. 

Minha pergunta o surpreende. 

— Você realmente quer saber? 

— Oh, confie em mim, eu estou fascinada.— E eu não posso manter o 

sarcasmo fora de minha voz. 

Ele aperta seus olhos novamente. 

— Cuidado, — ele adverte. 

Eu empalideço. 

248 



— Você vai me bater novamente? — Eu desafio. 

— Não, não hoje à noite. 

Ufa... Meu subconsciente e eu, ambos, demos um suspiro mudo de 

alívio. 

— Então, — eu inicio. 

— Eu gosto do que o controle me traz, Anastásia. Eu quero que você 

se comporte de um modo particular, e se você não fizer isso, eu devo puni-la, 

e você aprenderá a se comportar da maneira que eu desejar. Eu aprecio 

castigar você. Eu quis espancar você desde que você me perguntou se eu era 

gay. 

Eu corei com a lembrança. Droga, eu quis espancar a mim mesma 

depois daquela pergunta. Então Katherine Kavanagh é responsável por tudo 

isso, e se ela fosse para aquela entrevista e fizesse a pergunta sobre ele ser 

gay, ela estaria sentando aqui com o traseiro dolorido. Eu não gosto desse 

pensamento. Como isso é confuso? 

— Então você não gosta do modo que eu sou. 

Ele olha fixamente para mim, perplexo novamente. 

— Eu acho que você é adorável do modo que você é. 

— Então por que você está tentando me mudar? 

— Eu não quero mudar você. Gostaria de ser cortês e seguir o 

conjunto de regras que eu dei a você e não me desafiar. Simples, — ele diz. 

— Mas você quer me punir? 

— Sim eu quero. 

— Isso é o que eu não entendo. 

Ele suspira e passa as mãos pelos cabelos novamente. 

— É do jeito que eu sou feito, Anastásia. Eu preciso controlar você. 

Eu preciso que você se comporte de um certo modo, e se você não o fizer, 

gosto de ver sua bonita pele rosa de alabastro se aquecendo sob de minhas 

mãos. Excita-me. 

Caramba. Agora nós estamos chegando a algum lugar. 

— Então, não é a dor que você está me fazendo passar? 

Ele engole em seco. 

— Um pouco, para ver se você pode suportar isso, mas isto não é 

toda a razão. É o fato de que você é minha para fazer o que eu achar melhor, 

o controle total sobre outra pessoa. Isso me excita. Muitíssimo, Anastásia. 

Olhe, eu não estou me explicando muito bem… eu nunca tive que fazer isso 

antes. Eu não tinha realmente pensado sobre nisso em qualquer grande 

profundidade. Eu sempre estive com pessoas da mesma opinião, — ele 

encolheu os ombros se desculpando. — E você ainda não respondeu minha 

pergunta, como você se sentiu depois? 

— Confusa. 

249 



— Você estava sexualmente excitada por isto, Anastásia, — ele fecha 

seus olhos brevemente, e quando ele abre e olha para mim, eles estão 

queimando brasas esfumaçadas. 

Sua expressão puxa aquela parte escura de mim, enterrada nas 

profundezas de minha barriga, minha libido, acordou e domada por ele, mas 

até agora, insaciável. 

— Não me olhe desse jeito, — ele murmura. 

Eu franzi a testa. Droga o que eu fiz agora? 

— Eu não tenho nenhum preservativo, Anastásia, e você sabe, você 

está chateada. Ao contrário do que sua companheira de quarto acredita, eu 

não sou um monstro degenerado. Então, você se sentiu confusa? 

Eu encolho sob o seu olhar intenso. 

— Você não tem nenhum problema em ser honesta comigo. Seus e-
mails sempre dizem exatamente como você se sente. Por que você não pode 

fazer isso em uma conversa? Eu intimido tanto você? 

Eu escolho em um ponto imaginário azul na colcha creme da minha 

mãe. 

— Você me seduz, Christian. Subjuga-me completamente. Eu me 

sinto como Ícaro voando muito perto do Sol, — eu sussurro. 

Ele suspira. 

— Bem, eu penso que você vai da maneira errada por aí, — ele 

sussurra. 

— O que? 

— Oh, Anastásia, você me enfeitiçou. Não é óbvio? 

Não, não para mim. Feiticeira… minha deusa está olhando de boca 

aberta. Até ela não acredita nisto. 

— Você ainda não respondeu minha pergunta. Escreva para mim um 

e-mail, por favor. Mas agora, eu realmente gostaria de dormir. Eu posso 

ficar? 

— Você quer ficar? — Eu não posso esconder a esperança em minha 

voz. 

— Você me queria aqui. 

— Você não respondeu minha pergunta. 

— Vou escrever um e-mail para você, — ele murmurou com 

petulância. 

Levantando, ele esvazia seus bolsos da calça jeans, BlackBerry, 

chaves, carteira e dinheiro. Caramba, os homens levam um monte de 

porcaria em seus bolsos. Ele retira seu relógio, sapatos, meias e a calça 

jeans, coloca sua jaqueta sobre a minha cadeira. Ele caminha em volta e 

para o outro lado da cama e desliza dentro. 

— Deite-se, — ele ordena. 

Eu deslizo devagar para debaixo das coberturas, estremecendo 

ligeiramente, olhando fixamente para ele. Caramba… ele está ficando. Eu 

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acho que eu estou entorpecida com o choque exultante. Ele se debruça em 

um cotovelo e olha para mim. 

— Se você vai chorar. Chore na minha frente. Eu preciso saber. 

— Você quer me fazer chorar? 

— Particularmente, não. Eu só quero saber como você está se 

sentindo. Eu não quero que você escorregue por entre meus dedos. Desligue 

a luz. Está tarde, e nós dois temos que trabalhar amanhã. 

Então aqui… e ainda tão mandão, mas eu não posso reclamar, ele 

está em minha cama. Eu não entendo muito por que… talvez eu devesse 

chorar mais vezes na frente dele. Eu desligo a luz de cabeceira. — Deite-se 

de lado, de costas para mim, — ele murmura na escuridão. 

Reviro os olhos no pleno conhecimento de que ele não pode me ver, 

mas eu faço como ele disse. Cautelosamente, ele passa por cima e coloca os 

braços ao redor de mim e me puxa para seu tórax… oh meu Deus. 

— Durma, querida, — ele sussurra, e eu sinto seu nariz em meu 

cabelo, enquanto ele inala profundamente. 

Puta merda. Christian Grey está dormindo comigo, e no conforto e 

consolo de seus braços, e eu caminho para um sono pacífico. 



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