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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Capitulo 32


Minho acordou Thomas antes do amanhecer, acenando com
uma lanterna para guiá-lo de volta para Homestead.
Thomas facilmente se desprendeu de sua manhã deslumbrante,
animado para começar seu treinamento.
Ele se arrastou para fora sob o cobertor e caminhou até seu
professor ansiosamente, ziguezagueando em meio à multidão de habitantes,
da clareira, dormia na grama seu ronco era o único sinal de que eles não
estavam mortos. O mais leve brilho matutino iluminava a clareira, fazendo
tudo em tom azul escuro e sombras. Thomas jamais havia visto o lugar tão
pacífico. Um galo cantou na Blood House.
Finalmente, em uma rachadura perto de um muro de trás da
Homestead, Minho tomou a chave e abriu uma desgastada porta que dava
para um pequeno armário de armazenamento.
Thomas sentiu um arrepio de antecipação, imaginando o que
estaria dentro. Ele viu pedaços de cordas, correntes e outras coisas estranhas
enquanto Minho passava a lanterna pelo armário. Finalmente passou por
uma caixa cheia de sapatos de corrida.
Thomas quase riu, parecia tão normal.
- Este é o número,um suprimento que recebemos, anunciou
Minho. Pelo menos para nós. Enviam sapatos novos na caixa ao longo do
tempo. Se tivemos sapatos ruins, seus pés se pareceriam com demônios
vindos de Marte. - Se inclinou e vasculhou a pilha. Qual é o tamanho que
você usa?
- Tamanho? Thomas pensou por um segundo. Eu... não sei. - Às
vezes era muito estranho do que ele podia ou não se lembrar. Ele se
agachou, tirou um sapato que havia estado usando desde que chegou a
clareira e olhou para dentro. Tamanho Once7 (41 ou 42 no Brasil)
- Inferno, shank (trolha), você tem os pés grandes. Minho se
levantou segurando um par de sapatos prateados.
- Cara, parece que achei um par, poderíamos ir usando essas coisas
como canoa.
- Esses são luxuosos. -Thomas os pegou na mão e saiu para fora do
depósito para se sentar sobre a terra, ansioso para testá-los.
Minho pegou mais algumas coisas antes de sair com ele.
- Somente os runners e os encarregados tem desses, disse Minho.
Antes que Thomas pudesse subir e calçar seus sapatos, um relógio de pulso
de plástico caiu em seu colo. Ele era preto e muito simples, a tela exibia a
hora digitalmente.
Colocá-lo e nunca tirá-lo. Sua vida pode depender disso. Thomas
ficou muito contente de tê-lo.
Embora o sol e as sombras tinham se servido muito para informá-lo
sobre que horas eram,neste momento provavelmente ser um runner
requeresse maior precisão. Abotoado até o relógio de pulso e continuou
colocando os sapatos.
Minho continuou falando. - Aqui está uma mochila, garrafa de
água, lancheira,uns calções e camisas, e outras coisas. - Ele cutucou a
Thomas, que só olhava para cima. Minho estava segurando um par de
roupas de interior estritamente cortada, feito de um material branco
brilhante. Esses - bad boys- são o que chamamos de runner undies
( corredores cuecas). Mantém-te, quente e confortável.
- Quente e confortável?
- Sim, você sabe.
- Sim, eu entendi. Thomas pegou a roupa e outras coisas. Vocês
tem tudo isso planejado, certo?
- Vários anos para quebrar o traseiro correndo todos os dias, você
costuma saber sobre o que precisava perguntar.
Ele começou a encher a sua própria mochila com coisas.
Thomas ficou surpreso. - Você esta se referindo a que ? que você
pode fazer exigências? As munições que quiser - Não ? - Por que as pessoas
que os tinham enviado pra cá os ajudariam tanto?
- Claro que podemos. Basta deixar um recado na caixa e esta
pronto. Não significa que sempre vamos obter o que queremos dos
criadores. Às vezes sim, às vezes não.
- Alguma vez pediram um mapa?
Minho riu. - Sim, nós tentamos. Pedimos também uma TV, mas
não tivemos sorte.
- Acho que esses shuck-face (Cara de mértilas) não querem que nós
vejamos como a vida era tão grandiosa quando se convive em um diabólico
labirinto. Thomas tinha dúvidas quanto ao fato de a vida não ser tão
grandiosa como o regresso para casa. Em que tipo de mundo os habitantes
permitem que seus filhos vivessem assim? O pensamento o surpreendeu,
como se sua fonte, tivesse sido memória uma real, um flash de luz na
escuridão de sua mente. Mas ele se era. Balançando a cabeça, terminou de
amarrar os sapatos, depois levantou e correu em círculos, pulando para os
avaliar. - Ele se sentiu confortável.
- Eu acho que estou pronto.
Minho ainda estava debruçado sobre a mochila no chão, quando
olhou para Thomas com um olhar de desgosto. - Você parece um idiota,
pulando como uma dançarina shuck. Boa sorte lá fora, sem café da manhã
ou almoço, ou armas.
Thomas, que havia parado de se mover, sentiu um arrepio gelado. -
Armas?
-Armas. - Minho se levantou e caminhou de volta para o armário.
Vem cá, vou te mostrar.
Minho Thomas seguiu o pequeno quarto e viu quando ele
empurrou algumas caixas de distância da parede traseira. Embaixo era uma
pequena escotilha.
Minho a levantou, revelando um conjunto de escadas de madeira
que os conduzia na escuridão. - As escondemos no porão para que nenhum
shuck como Gally não as encontrasse. Venha.
Minho era o primeiro. A escada rangia a cada transformação de
peso, enquanto desciam as dúzias de degraus. O ar frio era animador, apesar
da poeira e o cheiro forte de mofo.
Chegaram a um chão de terra, e Thomas não conseguia ver nada,
até que Minho jogou uma corda e acendeu uma única lâmpada.
A habitação era maior do que Thomas tinha esperado, pelo menos
uns dez metros quadrados. Prateleiras cobriam as paredes, e havia várias
mesas de madeira, tudo o que era visível era coberto com todos os tipos de
lixo que fazia arrepios. Postes de madeira, pregos de metal, uma tela como a
que cobre uma galinheiro de arame farpado,serras, facas, espadas.
Uma parede inteira era dedicada ao tiro ao arco, arcos de madeira e
flechas, com cordas sobressalentes. Ver isso em seguida lembrou de Alby
atirando em Ben e nos deadheads.
- Uau, murmurou Thomas, sua voz era um som surdo no espaço
fechado. A princípio eu estava com medo de que precisavam de tantas
armas, mas ficou aliviado ao ver que a maioria estavam cobertas com uma
grossa camada de poeira.
- Não uso a maioria delas, disse Minho. Mas nunca se sabe. Tudo
geralmente carregamos conosco é um par de facas afiadas.
Ele moveu a cabeça para um grande tronco de árvore na esquina,
sua parte superior aberta e encostada na parede.
Facas de todas as formas e tamanhos foram descuidadamente
empilhadas até a parte cima.
Thomas estava apenas esperava que a habitação fosse mantida em
segredo para a maioria dos habitantes da clareira. - Parece um pouco
perigoso para ter todas essas coisas - disse ele. E se Ben tivesse vindo aqui
antes de ele enlouquecer e tivesse me atacado ?
Minho pegou as chaves do bolso e as agitou com um clique claque
- Apenas alguns afortunados tem uma dessas.
- Mas...
- Pare de resmungar e pegue um par.
- Certifique-se que elas estejam boas e afiadas. Em seguida, vamos
almoçar. Eu quero passar algum tempo na habitação do mapa antes de sair.
Thomas se emocionou ao ouvir que ele sempre teve curiosidade
sobre esse pequeno prédio, desde que ele viu pela primeira vez um runner
passar pela sua ameaçadora porta. Ele escolheu uma faca de prata cabo
curto, de borracha, e outra com lâmina comprida preta. Seu entusiasmo
diminuiu um pouco. Embora soubesse perfeitamente o que vivia lá fora,
não queria pensar o porquê precisaria de armas ir para o labirinto.
Meia hora mais tarde, alimentados e bem dispostos, ficaram na
frente da porta de metal rebitada na habitação do mapa. Thomas estava
ansioso para entrar. O amanhecer havia estourado em toda sua glória, e os
habitantes da clareira circulavam, preparando-se para o dia.
O cheiro do bacon encheu o ar, Frypan e sua equipe tentando
manter-se em dia com dezenas de famintos estômagos. Minho abriu a
porta, rolou a manivela, e a moveu até que, de dentro se ouviu um clique,
em seguida, logo o puxou. Com um barulho tremulo, o troço de metal
pesado se abriu.
- Depois de você, disse o Minho com um tom de deboche.
Thomas era sem dizer nada. Um medo frio, misturado com uma
curiosidade intensa, se apoderou dele, e teve que se lembrar de respirar.
A habitação escura cheirava a mofo e umidade, com uma profunda
essência de cobre, tão forte que ele quase podia sentir seu sabor. Veio em
sua mente distantes lembranças desbotadas de chupar moedas como uma
criança.
Minho ligou um interruptor e várias linhas de luzes fluorescentes
cintilaram até chegar a sua força máxima, mostrando em detalhes a
habitação Thomas era surpreendido por sua simplicidade. Cerca de vinte
metros de largura, a habitação do mapa tinha paredes de concreto carentes
de decoração.
Uma mesa de madeira estava no centro, oito cadeiras ao seu redor.
Pilhas de papel ordenadas e lápis estavam na superfície da mesa uma para
cada assento. Os únicos outros itens na habitação, eram oito troncos iguais
ao que continha as facas no porão de armas. Estavam fechados, também
separados, dois por parede.
- Bem-vindo a habitação do mapa, disse Minho. Um lugar tão legal
quanto você pode imaginar.
Thomas estava um pouco decepcionado, esperava algo mais
profundo.
Respirou profundamente. - Cheiro muito ruim, como uma mina de
cobre abandonada.
- Eu gosto do cheiro. - Minho puxou duas cadeiras e sentou-se em
uma delas. Tome o seu lugar, eu quero que você tenha um par de imagens
em sua cabeça antes de sair.
Enquanto Thomas se sentava, Minho pegou um pedaço de papel e
um lápis e começou a desenhar.
Thomas inclinou-se para dar uma olhada melhor e viu que Minho
tinha desenhado uma caixa grande enchia quase toda a página. Então, logo
a desenhou com caixas menores até parecia quase como uma placa de
fechada, três fileiras de três assentos, todos do mesmo tamanho. Escreveu a
palavra clareira no meio, em seguida, numerou os quadrados de fora de 1-8,
iniciando no canto superior esquerdo e continuar no sentido dos ponteiros
do relógio. Finalmente, ele desenhou pequenas incisões aqui e ali.
- Estes são os portões, disse Minho.
Você conhece aqueles, da clareira, mas há mais quatro no labirinto
que leva as seções 1, 3 ,5 e 7. Mantém-se sempre no mesmo lugar, mas a
rota muda com o movimento das paredes a cada noite.
- Ele terminou, e depois deslizou o papel até a frente de Thomas.
Thomas pegou o papel,completamente fascinado de que o labirinto
era tão estruturado, e o estudou enquanto Minho seguia falando.
- Então nós temos a clareira, cercada por oito seções, cada uma
uma quadrado totalmente independente e indecifrável nos últimos dois
anos desde começou este maldito jogo. A única coisa que aproxima a saída é
o precipício, e que não é muito bom a menos que você goste de cair e ter
uma morte horrível. Minho deu um toque no mapa - As paredes se movem
por todo o maldito lugar todas as noites, enquanto os nossos portões se
fecham.
Pelo menos, é o que pensamos que acontece, porque nós nunca
ouvimos paredes se movendo em outro momento.
Thomas olhou para cima, contente de fornecer algumas
informações. Eu não vi nada mover-se a noite quando fomos pegos lá fora.
- Esses corredores principais fora dos portões nunca mudam. Só
mudam aqueles que estão um pouco mais adentro.
- Oh. -Thomas voltou ao mapa original, tentando visualizar
labirinto e ver as paredes de pedra onde Minho havia desenhado as linhas.
- Nós sempre temos pelo menos oito runners, incluindo um
encarregado. Um para cada seção. Nós levamos um dia inteiro para
percorrer nessa área, esperando, apesar de tudo, que haja uma saída, então
logo voltamos e os desenhamos, uma página separada para cada dia.
- Minho parecia um dos troncos. É por isso, que esse lugar está
cheio desses malditos mapas.
Thomas teve um deprimente, e assustador pensamento. - Estou...
substituindo alguém? Alguém era assassinado?
Minho balançou a cabeça. - Não, você está só sendo treinado,
provavelmente alguém quer uma pausa. Não se preocupe, passou muito
tempo desde que um runner era morto.
Por alguma razão, este último comentário preocupou Thomas, mas
esperou que não se mostrar-se em seu rosto. Ele apontou a Seção 3. -
Então... leva um dia todo para percorrer esses quadradinhos?
- Gracioso. - Minho se levantou e caminhou em direção ao tronco
logo atrás dele,se ajoelhou, depois levantou a tampa e a apoiou na parede.
- Vem cá.
Thomas já estava de pé, ele se inclinou sobre o ombro do Minho e
assistiu. A tronco era longo o suficiente para quatro pilhas de mapas
caberiam dentro, e cada um dos quatro chegava até em cima. Cada uma das
que Thomas podia ver eram muito semelhantes: um esboço de um labirinto
de quadrados, ocupando praticamente página inteira. No canto superior
esquerdo, - seção 8, era rabiscado pelo nome HANK, então a palavra DIA,
seguida por um número. Este último disse que era o 749 dia.
Minho prosseguiu. - Descobrimos que as paredes estavam se
mudando desde o início. Assim como nós fizemos, nós começamos a seguir
a pista. Nós pensamos sempre comparando esses,dia após dia, semana após
semana, nós ajudamos a decifrar o padrão. Nós o fizemos, basicamente os
labirintos foram repetidos a cada mês.
Mas todavia temos que ver como se abre uma saída que nos leve
para fora do quadrado.
Nunca houve uma saída.
- Já se passaram dois anos, disse Thomas. Não chegaram a estar o
bastante desesperados para ficar lá durante a noite para ver se talvez algo se
abrindo quando as paredes estão se movendo?
Minho olhou, e houve um flash de raiva nos olhos dele. - Isso é um
pouco ofensivo amigo. Sério mesmo.
- O quê? - Thomas ficou surpreso, não tinha a intenção de soar
dessa maneira.
- Nós temos nos matado por dois anos, e tudo o que você consegue
perguntar é por que somos tão maricas em não ficar lá fora a noite? Alguns
tentaram num primeiro momento,logo em seguida todos eles apareciam
mortos. Quer passar uma noite lá fora? Você gosta de suas possibilidades de
sobreviver novamente, certo?
Thomas rosto ficou vermelho de vergonha. -Não. Sinto muito. -
De repente, ele sentiu como um pedaço de merda. E, claro, ele concordou,
ele preferia muito mais retornar são e salvo a cada noite na clareira, do que
ter outra batalha com os grievers . Se estremeceu tendo esse pensamento.
- Sim, também. - Minho voltou seu olhar para os mapas no tronco,
para o alívio de Thomas. A vida na clareira pode não parecer tão doce, mas
pelo menos é segura. Bastante comida e proteção contra os grievers. Não há
nenhuma maneira de pedirmos aos runners para assumir os riscos de ficar lá
fora, de maneira nenhuma. Pelo menos ainda não. Não até que algo nesses
padrões nos de uma pista que uma saída talvez apareça, mesmo que
temporariamente.
- Estão perto? Algum progresso?
Minho encolheu os ombros. - Eu não sei.
- É um bocado deprimente, mas não sabia mais o que fazer. Não
podemos correr o risco de que um dia,em um lugar,em alguma parte , uma
solução possa aparecer. Nós não podemos desistir. Nunca.
Thomas assentiu, aliviado pela atitude. Não importa quão ruim as
coisas eram, desistir apenas ia piorar.
Minho tomou várias folhas das árvores, os mapas dos últimos dias.
A medida de como a desfolhava, ele explicou, - Nós comparamos a cada
dia, semana após semana, mês após mês, como eu disse. Cada runner é
responsável por seu mapa de sua própria seção. Pra ser honesto, não
encontramos nada. E pra ser mais honesto ainda, não sabemos nem o que
estamos procurando. Realmente é uma merda, amigo. Porra, realmente é
uma porcaria.
- Mas nós não podemos desistir, disse Thomas, em um tom calmo
em uma repetição resignada do que Minho havia dito anteriormente. Ele
havia dito - nós, sem nem sequer pensar, e percebeu de que agora fazia
realmente, parte da clareira.
- Muito bem, irmão. Nós não podemos desistir. Minho devolveu os
papéis cuidadosamente, e fechou o tronco, e se levantou. Bem, nós
precisamos ir, já que ficamos aqui até tarde, você só precisa me seguir
durante os seus primeiros dias.
- Pronto?
Thomas sentiu um fio de nervosismo comprimindo-lhe o coração
para dentro, lhe apertando intestino. Estavam realmente ali iam sério agora,
não falando ou pensando. - Hum, sim....
- Nada de 'hums' por aqui. Você está pronto ou não?
Thomas olhou para Minho, encarando-o com o olhar. - Estou
pronto.
- Então vamos correr.

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