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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 10

No dia seguinte, voltei as minhas funções como guardiã de Christian. De novo, minha vida foi

posta de lado para outra pessoa.

“Como foi sua penitencia?” ele perguntou enquanto cruzávamos o campus.

Eu segurei um bocejo. Eu não consegui dormir, devido a meus sentimentos por Dimitri e por

causa do que o Padre Andrew tinha me contado. Ainda sim, eu mantive um olhar afiado. Esse

era o local onde Stan já tinha nos atacado duas vezes,e além do mais, os guardiões eram

doentes e problemáticos o suficiente para vir atrás de mim quando eu estava tão exausta.

“Foi ok. O padre nos deixou sair mais cedo.”

“Nós?”

“Dimitri apareceu para me ajudar. Eu acho que ele sentia mal por mim ficar presa com aquele

trabalho.”

“Ou isso ou ele não tinha mais nada para fazer agora que ele não está fazendo treinamentos

extras.”

“Talvez, mas eu duvido. No geral, eu acho que não foi um dia ruim.” A não ser que você

considere aprender sobre fantasmas.

“Eu tive um dia ótimo,” disse Christian, uma menor quantidade de presunção em sua voz.

Eu reprimi a vontade de virar os olhos. “É, eu sei.”

Ele e Lissa tinham se aproveitado da falta de guardiões para se aproveitar um do outro. Eu

suponho que eu deveria ter ficado feliz por eles esperarem até Eddie e eu não estarmos por

perto, mas em muitas formas, não importava. Verdade, quando estava acordada, eu podia

bloquear todos os detalhes, mas eu ainda sabia o que o que estava acontecendo. Um pouco de

inveja e raiva que eu sentia pela ultima vez que eles estiveram juntos retornou. Era o mesmo

problema todo de novo: Lissa estava fazendo todas as coisas que eu não podia.

Eu estava morrendo de vontade para comer café. Eu podia sentir o cheiro de torradas e xarope

de bordo. Carboidratos e mais carboidratos. Ymm. Mas Christian queria sangue antes de

comer comida solida, e as necessidades dele venceram as minhas. Eles vem primeiro. Ele

aparentemente tinha pulado sua alimentação diária de sangue ontem – provavelmente para

maximizar o tempo romântico.

O a sala de alimentação não estava cheia, mas nós ainda sim tivemos que esperar.

“Hey,” eu disse. “Você conhece Brett Ozera? Vocês são parentes, certo?” Depois do meu

encontro com Jill, eu finalmente coloquei os quebra-cabeças juntos. Brett Ozera e Dane Zeklos

como Brandon parecia no dia do primeiro ataque de Stan. O desastre do ataque me fez

esquecer completamente sobre Brandon, mas a coincidência aqui finalmente aguçou minha

curiosidade. Todos os três tinham apanhado.Os três estavam negando.

Christian acenou. “É, de certa forma todos parentes.Eu não o conheço tão bem – ele é tipo um

primo de 3º ou 4º grau. Seu lado da família não tem muito a ver comigo desde...bem, você

sabe,”

“Eu ouvi algo estranho sobre isso.” Então em relacionei o que Jill tinha me dito sobre Dane e

Brett.

“Isso é estranho,” concordou Christian. “Mas pessoas brigam.”

“É, mas tem algo estranho aqui. E a realeza normalmente não se mete em brigas – todos eles

são.

“Bem, talvez seja isso.Você sabe como é.Muitos da realeza estão se irritando com quem não é

nobre e querendo mudar a forma dos guardiões serem selecionados para Moroi e querem

lutar. Esse é todo o ponto do clube idiota do Jesse e do Ralf. Eles querem se certificar que a

realeza fique por cima. Os plebeus provavelmente estão ficando putos e querem lutar.”

“Então,o que, algum tipo de vigilante está fazendo a realeza pagar?”

“Não seria a coisa mais estranha que aconteceu por aqui,” ele apontou.

“Isso com certeza,” eu murmurei.

O nome de Christian foi chamado, e ele deu uma olhada. “Olhe pra isso,” ele disse feliz.”Alice

de novo.”

“Eu não entendo sua fascinação por ela,” eu apontei enquanto nos aproximávamos da velha

alimentadora.”Lissa sempre está meio excitada em ver ela também. Mas Alice é louca.”

“Eu sei,’ ele disse. “Por isso que é tão bom.”

Alice nos cumprimentou enquanto Christian sentava ao lado dela. Eu me inclinei contra a

parede, braços cruzados sobre o peito. Me sentindo inquieta, eu disse, “Alice, o cenário não

mudou. Está exatamente o mesmo da ultima vez.”

Ela virou seu olhar deslumbrado para mim.”Paciência, Rose. Você deve ser paciente. E

preparada. Você está preparada?”

A mudança no assunto, me deixou um pouco anime. Era como falar com Jill, a não ser que ela

era menos sã.”Um, me preparar como? Para o cenário?”

No que era uma ironia, ela olhou para mim como se eu fosse gorda. “Armada. Você está

armada? Você vai nos proteger, não vai?”

Eu pus minha mão dentro do meu casaco e tirei minha estaca de prática que foi me dada para

a experiência de campo. “Eu te cubro,” eu disse.

Ela parecia imensamente aliviada e aparentemente não pode diferenciar uma estava de

verdade de uma falsa.”Ótimo,” ela disse. “Agora estaremos seguros.”

“Isso mesmo,” disse Christian.”Com Rose armada, não temos nada para nos preocupar. O

mundo Moroi pode descansar traquilo.”

Alicia não percebeu o sarcasmo dele. “Sim.Bem,agora aqui é seguro.”

Eu escondi a estaca de novo. “Estamos a salvo. Temos os melhores guardiões do mundo nos

protegendo, sem mencionar as wards. Strigoi não podem entrar aqui.”

Eu não acrescentei o que recentemente tinha descoberto: que Strigoi podiam fazer humanos

quebrar as wards. Wards eram linhas invisíveis de poder que eram compostas dos 4

elementos. Elas eram criadas por 4 Moroi, cada um controlando um elemento, andava pela

área e fazia um circulo de magia no chão, criando uma barreira protetora. A magia dos Moroi

era cheia de vida, e um forte campo mantinha os Strigoi longe, já que eles não tinham vida.

Então wards freqüentemente eram colocadas em residências Moroi. Várias delas estavam ao

redor da escola. Já que estacas também tinham os 4 elementos, se podia perfurar através de

uma ward com a estaca e cancelar os efeitos protetores. Isso nunca tinha sido uma

preocupação já que Strigoi não podem tocar nas estacas. No entanto, em um ataque recente,

humanos – que podem tocar nas estacas – tinha ajudado os Strigoi e quebrado algumas wards.

Nós acreditávamos que o Strigoi que eu matei tinha sido o chefe do grupo, mas eu ainda não

tinha certeza.

Alice me estudou de perto com seus olhos enevoados, quase como se pudesse ver o que eu

estava pensando. “Nenhum lugar é seguro. Wards somem. Guardiões morrem.”

Eu olhei para Christian, que riu de um jeito “o que você esperava dela?”

“Se vocês já terminaram com suas conversas de garota, posso comer agora?” ele perguntou.

Alice estava mais que feliz em obedecer; ele era a o primeiro que ela alimentava no dia. Ela

logo esqueceu sobre wards e tudo mais e simplesmente se perdeu no estase da mordida dele.

Eu esqueci das wards também. Eu tinha uma preocupação, na verdade: Eu ainda queria saber

se Mason era real ou não. Deixando de lado a explicação do padre, eu tinha que admitir que as

visitas de Mason não tinham sido ameaçadoras, só assustadoras. Se ele queria me pegar, ele

não estava fazendo um trabalho muito bom. De novo, eu comecei a me puxar para a teoria do

estresse e da fadiga.

“Agora é hora deu comer,” eu disse quando Christian terminou. Eu tinha certeza que eu podia

sentir o cheiro de bacon. Isso provavelmente deixou Christian feliz. Ele podia comer sua

torrada.

Nós mal entramos no salão quando Lissa veio correndo na nossa direção, Eddie atrás dela.

Excitação estava no rosto dela, embora os sentimentos não fossem exatamente feliz.

“Você ficou sabendo?” ela perguntou, um pouco sem ar.

“Soube o que?” eu perguntei.

“Você tem que se apressar – vá arrumar suas coisas. Vamos ao julgamento de Victor. Agora.”

Não houve aviso sobre quando seria o julgamento de Victor, muito menos que alguém decidiu

que nós iríamos. Christian e eu trocamos olhares rápidos, então nos apressamos para o quarto

dele para pegar nossas coisas.

Se arrumar foi rápido. Minha mala já estava pronta, e Christian levou apenas um minuto para

juntar suas coisas. Em menos de meia hora, estávamos nos jardins de fora da Academia. Dois

jatos privados estavam a nossa disposição, cada um cheio de combustível e pronto para partir.

Alguns Moroi se preocuparam sobre fazer coisas de ultimo minuto com o avião.

Ninguém parecia saber o que estava acontecendo. Simplesmente tinham dito a Lissa que ela,

Christian, e eu iríamos testemunhar e que Eddie podia ir junto para continuar a experiência de

campo. Não houve explicação do porque as coisas tinham mudado, e uma estranha mistura de

ânsia e apreensão estava ao nosso redor. Todos queríamos ver Victor preso pra sempre, mas

agora que realmente encarávamos a realidade do julgamento e ver ele – bem, era meio

assustador.

Alguns guardiões se demoraram a entrar no avião. Eu reconheci um deles como um dos que

tinham ajudado a capturar Victor. Eles provavelmente estariam no protegendo e também

testemunharia. Dimitri estava perto dos outros, e eu corri para perto dele.

“Eu sinto muito,” eu pus pra fora. “Eu sinto muito.”

Ele se virou para mim, seu rosto naquela perfeita figura de neutralidade que ele sempre

mantinha. “Desculpe pelo que?”

“Por todas as coisas terríveis que eu disse ontem. Você conseguiu – você realmente

conseguiu. Você fez eles deixarem a gente ir.”

Apesar do meu nervosismo sobre ver Victor, eu estava cheia de deleite. Dimitri tinha

conseguido. Eu sempre soube que ele se importava comigo – e isso provava. Se não tivesse

tantas pessoas ao nosso redor, eu teria abraçado ele.

O rosto de Dimitri não mudou. “Não fui eu, Rose. Eu não tive nada a ver com isso.”

Alberta disse que podíamos embarcar, e nós nos apressamos para nos juntar aos outros. Eu

congelei por um momento, observando ele e tentando descobrir o que aconteceu. Se ele não

tinha intercedido, então porque estávamos indo? Os esforços diplomáticos de Lissa não

tinham surtido efeito.Porque a mudança de idéia?

Meus amigos já tinham embarcado, então me apressei para alcançar eles. Assim que eu pisei

na cabine, uma voz me chamou. “Pequena dhampir! Já era hora de você chegar.”

Eu olhei e vi Adrian acenando, um drink em sua mão. Ótimo. Nós tivemos que implor para vir

junto, e ainda sim Adrian de algum jeito se meteu junto. Lissa e Christian estavam sentados

juntos, então eu me juntei a Eddie na esperança de ficar longe de Adrian. Eddie me deixou

sentar na janela. Adrian sentou na nossa frente, no entanto, era como estar sentado em nosso

lado, de tanto que ele se virava para falar comigo. Seu flerte barato e ultrajante indicavam que

ele estava bebendo bem antes de nós embarcarmos. Eu meio que queria ter bebido enquanto

estávamos no ar. Uma dor de cabeça bizarra começou assim que o avião levantou vôo, e eu

entraria em um estado de fantasia que a vodka fizesse entorpecer a dor.

“Nós vamos para o tribunal.” Adrian disse. “Você não está excitada com isso?”

Eu fechei meus olhos e esfreguei minhas têmporas. “Qual deles? O da realeza ou o legal?”

“O da realeza. Você trouxe um vestido?”

“Ninguém me disse pra trazer.’

“Então... isso é um “não.””

“Sim.”

“Sim? Eu pensei que você tinha dito não.”

Eu abri meus olhos e o encarei. “Eu disse não, e você sabe. Não, eu não trouxe um vestido.”

“Vamos conseguir um pra você,” ele disse alto.

“Você vai me levar para as compras?Eu vou sair numa limosine e eles não vão considerar um

confiável acompanhante.”

“As compras? Até parece. Tem alfaiates que vivem lá. Vamos conseguir algo feito sob medida.”

“Não vamos ficar tanto tempo. E eu realmente preciso de um vestido para o que vamos fazer

lá?”

“Não, eu só meio que gosto de te ver em um.”

Eu encarei e inclinei minha cabeça contra a janela. A dor no meu crânio ainda era

perturbadora. Era como se o ar estivesse me pressionado.Algo apareceu na minha visão

periférica, e eu me virei surpresa, mas não tinha nada a não ser estrelas fora da janela.

“Algo preto,” ele continuou. “Seda, eu acho... talvez com rendas. Você gosta de rendas?

Algumas mulheres acham que elas coçam.”

“Adrian.” Era como um martelo, um martelo dentro da minha cabeça.

“Você poderia colocar uma renda de veludo. Essa não coça.”

“Adrian.” Até meus olhos pareciam doer.

“E um pouco mais levantado do lado para mostrar suas pernas maravilhosas. Podia ir quase

até o quadril e ter um laço mais fofo –“

“Adrian!” Algo dentro de mim explodiu. “Dá pra diabos você calar a boca por cinco segundos?”

Eu gritei tão alto que o piloto provavelmente me ouviu. Adrian tinha um raro olhar de surpresa

em seu rosto.

Alberta, sentada perto de Adrian, falou em seu assento. “Rose,” ela exclamou. “O que está

acontecendo?”

Eu cerrei meus dentes e esfreguei minha cabeça. “Eu estou com a dor de cabeça mais foda do

mundo, e ele não cala a boca.” Eu nem percebi que eu tinha xingado na frente da minha

instrutora até vários segundos depois. Do outro lado do meu campo de visão, eu pensei ter

visto outra coisa – outra sombra andando impetuosamente pelo avião, que me lembrava de

asas negras. Como um morcego ou corvo. Eu cobri meus olhos. Não tinha nada voando pelo

avião. “Deus, porque não passa?”

Eu esperava que Alberta me xingasse por minha explosão, mas ao invés disso, Christian

falou:”Você não comeu hoje. Ela estava com muita fome mais cedo.”

Eu descobri meus olhos. O rosto de Alberta estava cheio de preocupação, e Dimitri estava

atrás dela. Mas sombras apareceram na minha linha de visão. A maior parte não dava para

distinguir, mas eu podia jurar que eu vi algo que parecia um crânio junto com a escuridão. Eu

pisquei rapidamente, e tudo desapareceu. Alberta se virou para as aeromoças. “Você pode

pegar algo para ela comer? E conseguir a ela um analgésico?”

“Onde é?” Dimitri me perguntou. “A dor?” com toda essa atenção, minha explosão de repente

parecia excessiva. “É uma dor de cabeça... tenho certeza que vai passar...” Vendo o olhar

preocupado dele, eu apontei para o centro da minha testa. “É como algo pressionando meu

crânio. E tem dor meio que atrás dos meus olhos. Eu fico me sentindo como...bem, como se eu

tivesse algo no meu olho. Eu acho que eu estou vendo uma sombra ou algo assim. Então eu

pisquei e ela sumiu.”

“Ah,” disse Alberta. “Isso é um sintoma de enxaqueca – ter problemas de visão. Se chama

aura. As pessoas a tem antes da dor de cabeça aparecer.“

“Uma aura?” eu perguntei, encarando. Eu olhei para Adrian. Ele estava olhando pra mim por

cima de seu assento, seus longos braços atrás dele.

“Não desse tipo,” ele disse, um pequeno sorriso voltando a seus lábios. “Mesmo nome. Como

uma Corte e uma corte.Auras de enxaqueca são imagens e luz que você vê quando a

enxaqueca começa. Elas não tem nada a ver com a aura ao redor das pessoas que eu vejo. Mas

vou te dizer... a aura que eu posso ver... a que está ao seu redor... wow.”

“Preta?”

“E muito. É obvio até depois dos drinks que eu tomei. Nunca vi nada assim.”

Eu não sabia exatamente o que fazer sobre isso, mas então a aeromoça voltou com uma

banana, uma barra de cereais, e tylenol. Não era nem de perto torrada, mas soava muito bom

para um estomago vazio. Eu comi tudo e pus um travesseiro contra a janela. Fechando meus

olhos, eu descansei minha cabeça e esperei poder dormir com a dor de cabeça antes de

pousarmos. Misericordiamente, todo mundo ficou quieto.

Eu me mexi um pouco quando senti um leve toque no meu braço. “Rose?”

Eu abri meus olhos, e vi Lissa sentada onde Eddie estava antes. Aquelas formas de asas se

mexiam atrás dela, e minha cabeça ainda doía. Naquelas sombras, eu de novo vi o que parecia

ser um rosto, dessa vez uma boca aberta e olhos de fogo. Eu me encolhi.

“Você ainda está com dor?” Lissa perguntou, me observando. Eu pisquei, e o rosto

desapareceu.

“Sim, eu-oh, não.” Eu percebi o que ela ia fazer. “Não faça isso. Não desperdice comigo.”

“É fácil,” ela disse. “Mal me afeta.”

“É, mas quanto mais você usa... mais vai machucar você a longo termo. Mesmo que seja fácil

agora.”

“Eu me preocupo com isso depois. Aqui.”

Ela colocou minhas mãos entre as dela e fechou seus olhos. Através de nossa ligação, eu senti

a magia a envolvendo enquanto ela chamava o poder de curar do Espírito. Para ela, mágica era

quente e dourada. Eu já fui curada antes, e vinha até mim com várias temperaturas: quente,

então fria, então quente,etc. Mas dessa vez, quando ela soltou a mágica e enviou para mim, eu

não senti nada exceto por uma pequeno formigamento. Os olhos dela abriram.

“O que- o que aconteceu?” ela perguntou.

“Nada,” eu disse. “A enxaqueca ainda está forte.”

“Mas eu...” a confusão e choque em seu rosto espelhou o que eu sentia nela. “Eu a tinha. Eu

senti a magia. Funcionou.”

“Eu não sei, Liss. Está tudo bem, verdade. Você só saiu dos remédios a algum tempo, sabe.”

“É, mas eu curei Eddie o outro dia sem problemas. E Adrian,” ela adicionou secamente. Ele

estava por cima do assento de novo, nos observando atentamente.

“Aqueles eram arranhões,” eu disse. “Essa é uma super enxaqueca. Talvez você ainda tenha

que ficar mais forte.”

Lissa mordeu seu lábio. “Você não acha que as pílulas prejudicaram a mágica

permanentemente, acha?”

“nah,” disse Adrian, com a cabeça levemente virada. “Você acende como uma supernova

quando você está chamando por ela. Você tem magia. Eu só não acho que teve efeito nela.”

“Porque não?” ela exigiu.

“Talvez ela tenha algo que você não pode curar.”

“Uma enxaqueca?”eu perguntei rapidamente.

Ele deu nos ombros. “O que eu pareço, um doutor? Eu não sei. Só estou dizendo o que eu vi.”

Eu encarei e pus uma mão na minha testa. “Bem, eu agradeço a ajuda, Liss, e agradeço seu

comentário irritante, Adrian. Mas eu acho que dormir pode ser a melhor coisa agora. Talvez

seja estresse ou algo assim. “Claro, porque não? Estresse era a resposta para tudo

ultimamente. Fantasmas. Enxaquecas incuráveis. Rostos estranhos flutuando no ar.

“Provavelmente pode curar isso.”

“Talvez,” ela disse, soando como se ela tivesse se ofendido pessoalmente por não ter sido

capaz de me curar. Dentro da mente dela, no entanto, as acusações estavam viradas contra ela

própria, não contra mim. Ela estava preocupada em não ser boa o bastante.

“Está tudo bem,” eu disse suavemente. “Você recém está reassumindo seus poderes. Assim

que você estiver cheia de poder, eu vou quebrar uma costela para você testar ele.”

Ela gemeu. “A parte horrível é que eu não acho que você está brincando.” Depois de um

aperto na minha mão, ela levantou. “Durma bem.”

Ela saiu, assim que eu percebi que Eddie não ia voltar. Ele sentou noutro lugar para que eu

tivesse mais espaço. Agradecendo, eu me afofei e reposicionei meu travesseiro enquanto

esticava minhas pernas o máximo que eu pude. Alguns outros fantasmas dançaram na minha

visão, então eu fechei meus olhos e dormi.

Eu acordei mais tarde quando o avião pousou, o som dos motores me acordou. Para meu

alivio, a enxaqueca desapareceu. Assim como as formas estranhas que flutuavam ao redor.

“Melhor?” Lissa perguntou quando eu levantei e bocejei.

Eu acenei. “Muito. Ficarei ainda melhor se arranjar comida de verdade.”

“Bem,” ela riu. “eu duvido que tenha alguma falta de comida por aqui.”

Ela estava certa. Olhando para a janela, eu tentei olhar ao meu redor. Nós conseguimos.

Estávamos na Corte da Realeza.

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