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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 35

Eu desejei que Lissa — precisasse — de mim para ir tirar um exército de Strigoi. Eu teria me sentido mais à vontade com isso do que o que ela precisava fazer agora: encontrar-se com Jill para discutir a coroação. Lissa me queria lá para apoio, como uma espécie de intermediário. Eu não era capaz de andar muito bem ainda, por isso esperamos um dia. Lissa parecia feliz com a demora.

Jill estava esperando por nós em uma pequena sala que eu nunca esperava ver novamente: a sala, onde Tatiana me havia repreendido por andar com Adrian. Tinha sido uma experiência muito estranha, no momento, já que Adrian e eu não estávamos efectivamente envolvidos na época. Agora, depois de tudo o que tinha ocorrido entre ele e eu, apenas senti… estranho. Confuso. Eu ainda não sabia o que tinha acontecido com ele desde a prisão de Tasha. Andar ali, também me senti terrivelmente… sozinha.

Não, não sozinha. Desinformada. Vulnerável.

Jill estava sentada numa cadeira, com as mãos cruzadas sobre o colo. Ela olhava para a frente com um rosto ilegível. Ao meu lado, as características da própria Lissa eram igualmente brancas. Ela sentiu… bem, essa era a coisa. Eu não sei. Eu não sei. Quer dizer, eu poderia dizer que ela estava desconfortável, mas não houve pensamentos na

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minha cabeça a apontar-me para fora. Eu tinha detalhes. Novamente, eu me lembrei que o resto do mundo funcionava assim. Você funcionava sozinha. Você fazia o melhor para administrar situações estranhas, sem a visão mágica de uma outra pessoa.

Eu nunca me tinha apercebido como eu tinha admitido tomar muito o pensamento de apenas uma outra pessoa. A única coisa que eu tinha a certeza era que ambas, Lissa e Jill, estavam assustadas com a outra — mas não por mim. Foi por isso que eu estava aqui.

— Hey, Jill, — eu disse, sorrindo. — Como você está? — Ela bateu fora qualquer pensamento que estava a ocupá-la e saltou da cadeira. Eu pensei que aquilo era estranho, mas depois fez sentido. Lissa. Você se levanta quando a rainha entra num quarto.

— Tudo bem, — disse Lissa, tropeçando nas suas palavras um pouco. — Sente-se. —

Ela se sentou em frente de Jill. Na maior cadeira na sala — a cadeira que Tatiana sempre se sentava. Jill hesitou um instante, depois mudou o seu olhar de volta para mim. Devo ter algum incentivo, porque ela voltou para a sua cadeira. Eu me sentei numa ao lado da Lissa, encolhendo-me com uma pequena dor apertada no peito. Preocupação por mim, momentaneamente distrair Jill de Lissa.

— Como você está se sentindo? Você está bem? Deve mesmo estar fora da cama? — A brincadeira divagou naturalmente. Eu fiquei contente de ver isso novamente.

— Bem, — eu menti. — Como nova. —

— Eu estava preocupada. Quando eu vi o que aconteceu…Quer dizer, havia muito sangue e muita loucura e ninguém sabia se você ia sobreviver… — Jill franziu o cenho. — Eu não sei. Foi tudo muito assustador. Estou tão feliz por você estar bem. —

Eu sorri, na esperança de tranquilizá-la. O silêncio caiu em seguida. A sala ficou tensa. Em situações políticas, Lissa era o perito, sempre capaz de suavizar tudo com as palavras certas. Eu era a única que falava em situações desconfortáveis, dizendo as coisas que chocavam os outros. As coisas que ninguém queria ouvir. Esta situação parecia que exigia a sua diplomacia, mas eu sabia que sobrou para mim assumir o comando.

— Jill, — eu disse — nós queríamos saber se você estaria disposta a, bem, fazer parte na cerimónia de coroação. —

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Os olhos de Jill agitaram-se brevemente para Lissa — ainda face-de-pedra -— e de volta para mim de seguida.

— O que significa exactamente — fazer parte — ? O que eu teria de fazer? —

— Nada difícil, — eu assegurei-lhe. — São apenas algumas formalidades que normalmente são feitos por membros da família. Coisas cerimoniais. Como você fez com a votação. — Eu não tinha presenciado isso, mas Jill tinha, aparentemente, apenas que ficar ao lado de Lissa para mostrar a força da família. Uma coisa tão pequena que girava em torno da lei. — Basicamente, é sobre estar em exibição e colocar uma boa cara. —

— Bem, — pensou Jill, — Eu tenho estado a fazer isso há mais de semana. —

— Eu tenho estado a fazer isso a minha vida toda, — disse Lissa. Jill olhou assustada. Mais uma vez, me senti perdida, sem o vínculo. O tom de Lissa não fazia um sentido claro. Foi um desafio para Jill — que a menina não havia enfrentado isto quase como Lissa? Ou era suposto ser simpática para a Jill por falta de experiência?

— Você vai… você vai se acostumar com isso, — eu disse. — Com o tempo. — Jill balançou a cabeça, com um pequeno sorriso e amargo no rosto.

— Eu não sei sobre isso.

— Nem eu. Eu não estava certa quanto ao tipo de situação do tratado ela iria cair. Minha mente percorreu rapidamente uma lista com mais sentido, que tipo de coisas que eu poderia dizer, mas Lissa finalmente assumiu.

— Eu sei como isso é estranho, — disse ela. Sua determinação encontrou os olhos verdes de Jill — a única característica comum nas irmãs, eu percebi. Jill tinha traços de uma futura Emily. Lissa carregava uma mistura de traços de seus pais.

— Isso é estranho para mim também. Eu não sei o que fazer. —

— O que você quer? — Jill perguntou calmamente. Eu ouvi a verdadeira questão. Jill queria saber se Lissa a queria. Lissa tinha sido devastada pela morte de seu irmão… mas um irmão ilegítimo surpresa, não era nenhum substituto para André. Tentei imaginar o que seria estar em qualquer lugar de garotas. Eu tentei e falhei.

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— Eu não sei, — admitiu Lissa. — Eu não sei o que quero. —

Jill concordou com a cabeça, deixando cair seu olhar, mas não antes de eu vislumbrar a emoção tocar em seu rosto. Decepção — ainda, Lissa não havia dito totalmente uma resposta inesperada. Jill perguntou a próxima melhor coisa.

— Você quer… você quer que eu esteja nas cerimónias? —

A pergunta pairava no ar. Era uma boa. Foi a razão pela qual nós tínhamos vindo aqui, mas Lissa realmente queria isso? Estudando-a, eu ainda não tinha a certeza. Eu não sabia se ela estava apenas seguindo o protocolo, tentando fazer Jill a desempenhar um papel esperado entre a realeza. Neste caso, havia leis que diziam que Jill tinha de fazer nada. Ela simplesmente tinha que existir.

— Sim, — Lissa disse finalmente. Ouvi dizer a verdade em suas palavras, e algo dentro de mim iluminou. Lissa não queria Jill só para a parada da imagem. Uma parte de Lissa queria Jill em sua vida — mas, dirigir isso seria difícil. Ainda assim, foi um começo, e Jill pareceu reconhecer isso.

— Ok, — ela disse. — Apenas me diga o que eu preciso fazer. — Ocorreu-me que a juventude de Jill e o nervosismo eram enganosos. Houve faíscas de bravura e coragem dentro dela, faíscas que eu tinha certeza que iriam crescer. Ela realmente era uma Dragomir. Lissa parecia aliviada, mas eu acho que foi porque fez derramar um pequeno passo de progresso com a irmã. Não tinha nada a ver com a coroação.

— Alguém vai explicar tudo. Eu não estou realmente certa do que você faz, para ser honesta. Mas Rose está certa. Isto costuma ser difícil. —

Jill simplesmente assentiu.

— Obrigada, — disse Lissa. Ela se levantou e ambas, Jill e eu, levantamo-nos com ela.

— Eu…Eu realmente aprecio isso. — A estranheza voltou quando nós as três ficamos ali. Teria sido um bom momento para as irmãs se abraçarem, mas mesmo ambas pareciam satisfeitas com o progresso, nem estavam preparadas para isso. Quando Lissa olhou para Jill, ela ainda via seu pai com outra mulher. Quando Jill olhou para Lissa, ela viu sua vida completamente de cabeça para baixo -— a vida uma vez tímida e privada, agora exposta para o mundo para se embasbacar. Eu não podia mudar seu destino, mas abraçar eu poderia fazer. Desatenta dos meus pontos, eu coloquei meus braços em torno da jovem.

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— Obrigada, — eu disse, repetindo Lissa. — Isto vai correr bem. Você verá. — Jill concordou com a cabeça mais uma vez, e sem mais para discutir, Lissa e eu, nos movemos para a porta. A voz de Jill nos trouxe a um impasse.

— Hey…o que acontecerá depois da coroação? A mim? A nós? — Olhei para Lissa. Outra boa pergunta. Lissa se virou para Jill, mas ainda sem fazer contacto visual directo.

— Bem….nós vamos nos conhecer uma á outra. As coisas irão ficar melhor. — O sorriso que apareceu no rosto de Jill era genuíno — pequeno, mas verdadeiro.

— Ok, — ela disse. Havia esperança em seu sorriso também. Esperança e alívio. — Eu vou gostar. —

Quanto a mim, eu tinha que esconder uma careta. Eu aparentemente podia funcionar sem o vínculo, porque eu poderia dizer, com absoluta confiança, que Lissa não estava exactamente a dizer toda a verdade.

O que ela não queria dizer a Jill?

Lissa queria que as coisas ficassem melhores, eu estava certa, mesmo se ela não estivesse certa como. Mas havia algo….algo pequeno que Lissa não queria revelar a qualquer um de nós, algo que me fez achar que Lissa não acreditava que as coisas realmente iriam melhorar.

Do nada, um eco estranho de Victor Dashkov tocou em minha mente sobre Jill. Se ela tem algum sentido, Vasilisa irá enviá-la para distante.

Eu não sei porque me lembrei, mas enviou um frio através de mim. As irmãs foram ambas reunindo sorrisos, e eu fiz às pressas, bem como, não querendo nem saber de minhas preocupações.

Lissa e eu saímos, depois disso, voltando para o meu quarto. Meu passeio pouco tinha sido mais cansativo do que eu esperava, e tanto quanto eu odiava admitir, eu não poderia esperar para me deitar novamente. Quando chegamos ao meu quarto, eu ainda não havia decidido se eu deveria perguntar a Lissa sobre Jill ou esperar para obter a opinião de Dimitri. A decisão foi tirada de mim quando nós encontramos um visitante inesperado á espera: Adrian. Ele sentou na minha cama, cabeça inclinada para trás como se estivesse completamente consumido pelo estudo do teto. Eu o conhecia bem. Ele tinha sabido no instante em que nos aproximamos — ou, pelo menos quando Lissa se aproximou. Paramos na porta, e ele finalmente se virou

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para nós. Ele parecia que não havia dormido há algum tempo. Sombras escuras penduravam sob seus olhos, e seu rosto bonito era temperado com linhas de fadiga. Se era a fadiga mental ou física, eu não poderia dizer. No entanto, seu sorriso preguiçoso foi o mesmo de sempre.

— Sua Majestade, — ele disse solenemente.

— Para — zombou Lissa. — Você deve saber bem. —

— Eu nunca sei bem, — ele respondeu. — Você deve saber disso. —

Eu vi Lissa começar a sorrir, então ela olhou para mim e ficou séria, percebendo que este não era o tempo vamos-nos-divertir-com-Adrian.

— Bem, — ela disse, inquieta, não parecendo muito uma rainha. — Eu tenho algumas coisas para fazer. — Ela estava fugindo, eu percebi. Eu tinha ido com ela para um bate-papo com sua família, mas ela ia me abandonar agora. Ainda bem, no entanto. Esta conversa com Adrian tinha sido inevitável, e eu trouxe-a para mim mesma. Eu tinha que terminar isso por mim própria, assim como eu disse a Dimitri.

— Tenho certeza que tem, — eu disse. O rosto dela ficou hesitante, como se ela de repente estava reconsiderando. Sentia-se culpada. Ela estava preocupada comigo e queria ficar. Eu toquei levemente seu braço.

— Tudo bem, Liss. Vai ficar tudo bem. Vai. — Ela apertou minha mão em troca, os olhos dela me desejando boa sorte. Ela disse adeus a Adrian e saiu, fechando a porta atrás dela. Era só ele e eu agora. Ele ficou na minha cama, me olhando com cuidado. Ele ainda usava o sorriso que tinha dado a Lissa, como se isto não fosse grande coisa. Eu sabia outra forma e não fiz nenhuma tentativa de esconder meus sentimentos. Ficar parada me cansou, então eu me sentei em uma cadeira próxima, nervosa querendo saber o que dizer.

— Adrian… —

— Vamos começar com isto, pequena damphir, — ele disse cordialmente. — Estava indo antes de você deixar a Corte? — Levei um momento para seguir o formato de conversa abrupta de Adrian. Ele estava perguntando se Dimitri e eu tínhamos ficado juntos antes da minha prisão. Eu balancei minha cabeça lentamente.

— Não. Eu estava com você. Só você. — Verdade, eu tinha tido uma confusão de emoções, mas as minhas intenções foram firmes.

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— Bem. Já é alguma coisa, — disse ele. Alguns de seus prazeres estavam a começar a cair. Eu o senti, então, cada vez mais fraco: álcool e fumo. — Melhor algum reacender de faíscas no calor da batalha ou missão ou qualquer trapaça na minha frente. — Eu balancei minha cabeça mais urgente agora.

— Não, eu juro. Eu não — nada aconteceu depois… não antes —

— Eu hesitei sobre a forma como dizer as próximas palavras. — Mais tarde? —

Ele adivinhou. — O que faz tudo bem? —

— Não! Claro que não. Eu… — Maldição. Eu estraguei tudo. Só porque eu não tinha traído Adrian na Corte não queria dizer que eu não o tinha traído mais tarde. Você pode fazer uma frase, contudo que você queria, mas vamos enfrentar isto: dormir com outro cara no quarto do hotel era muito bem trair se você tivesse um namorado. Não importava se o cara era o amor da sua vida ou não.

— Desculpa, — eu disse. Foi a coisa mais simples e mais adequada que eu poderia dizer. — Desculpa. O que eu fiz foi errado. Eu não queria que isto acontecesse. Eu pensava… Eu realmente pensei que ele e eu estavamos acabados. Eu estava com você. Eu queria estar com você. E então, percebi que… —

— Não, não, pára. — Adrian levantou a mão, a sua voz era firme agora, com sua fachada legal a continuar a desmoronar. — Eu realmente não quero ouvir sobre a grande revelação sobre como vocês foram sempre feitos para estarem juntos ou o que quer que fosse. — Eu permaneci em silêncio porque, bem, isso tipo tinha sido a minha revelação. Adrian passou a mão pelo cabelo.

— Realmente, a culpa é minha. Estava lá. Cem vezes lá. Quantas vezes eu vi isso? Eu sabia. Sempre acontecendo. Mais e mais, falando que você estava meio com ele… e mais e mais, eu acreditava que… não importava o que meus olhos me mostravam. Não importava o que meu coração me dizia. Minha. Falha. —

Era um divagar pouco desequilibrado — não esse tipo de nervos da Jill, mas o tipo instável, que me deixou preocupada sobre como ele estava chegando perto do limite da insanidade. Uma aresta para que eu poderia muito bem, o estar empurrando. Eu queria ir até ele, mas tive o bom senso de ficar sentada. — Adrian, eu… —

— EU TE AMEI! — Ele gritou. Ele pulou da cadeira com tanta rapidez que eu nunca vi isso chegar. — Eu amei você, e você me

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destruiu. Você tomou meu coração e rasgou-o. Você pode também ter-me estacado! — A mudança de suas características também me pegaram de surpresa. Sua voz encheu o quarto. Tanta dor, tanta raiva. Tão, ao contrário do habitual de Adrian. Ele chegou perto de mim, e bateu com a mão sobre o peito.

— Eu. Amei. Você. E você me usou o tempo todo. —

— Não, não. Não é verdade. — Eu não estava com medo de Adrian, mas face a estas emoções, encontrei-me encolhendo. — Eu não estava usando você. Eu te amei. Eu ainda amo, mas… — Ele me olhou com nojo.

— Rose, vamos lá. —

— Quero dizer isso! Eu te amo. — Agora eu me levantei, dor ou não, tentando olhar nos olhos dele. — Eu sempre amei, mas não foram… eu não acho que nós funcionamos como um casal. —

— Isso é uma linha de separação de merda, e você sabe disso. —

Ele tinha uma espécie de direito, mas eu lembrei-me de momentos com Dimitri… quão bem nós trabalhamos em sincronia, como ele sempre pareceu adivinhar exactamente o que eu sentia. Eu quis dizer o que disse: eu amei Adrian. Ele foi maravilhoso, apesar de todas as suas falhas. Porque, realmente, quem não tem falhas? Ele e eu nos divertimos juntos. Houve afecto, mas nós não combinávamos da mesma forma que Dimitri e eu estávamos. — Eu não… Eu não sou a tal para você, — eu disse fracamente.

— Porque você está com outro cara? —

— Não, Adrian. Por causa… Eu não. Eu não sei. Eu não… — eu estava desajeitada, mal. Eu não sabia como explicar o que sentia, como você podia se preocupar com alguém e gostar de sair com ele, mas ainda não funcionar como um casal.

— Eu não balanço como você precisa. —

— Que diabos isso significa? — Exclamou. Meu coração doeu por ele, e eu estava muito arrependida pelo que eu fiz… mas esta era a verdade de tudo.

— O facto de você ter perguntado isso diz tudo. Quando você encontrar aquela pessoa… você saberá. — Eu não acrescentei que, com a história que ele tinha, provavelmente teria uma série de falsos começos, antes de encontrar aquela pessoa. — E eu sei que isso soa

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como uma outra linha de separação de merda, mas eu realmente gostaria de ser sua amiga. —

Ele olhou para mim por vários pesados segundos e depois riu, embora não havia lá muito humor nele.

— Você sabe o que é óptimo? Tua seriedade. Olhe para seu rosto. — Ele fez um gesto, como se eu realmente pudesse me examinar. — Você realmente acha que isso é tão fácil, que eu possa sentar aqui e ver o seu final feliz. Que eu posso ver você conseguir tudo que você quer como você vive a sua vida encantada. —

— Encantada! — A culpa e compaixão em conflito dentro de mim deu um chute pequeno de raiva. — Dificilmente. Você sabe o que eu tive de passar no ano passado? — Eu tinha visto Mason morrer, lutei no ataque de St.Vladimir, fui capturada por Strigoi na Rússia, e depois vivi a correr como uma assassina. Aquilo não soava como encantado.

— E ainda, você está aqui, triunfante depois de tudo isso. Você sobreviveu à morte e libertou-se do vínculo. Lissa é rainha. Você tem o cara e vive feliz para sempre. —

Virei as costas para ele e afastei-me.

— Adrian, o que você quer que eu diga? Eu posso sempre pedir desculpas, mas não há nada mais que eu possa fazer aqui. Eu nunca quis te machucar, eu não posso dizer que é suficiente. Mas o resto? Você realmente espera que eu esteja triste com tudo o resto a dar para o torto? Devo desejar ser ainda acusada de assassinato? —

— Não, — ele disse. — Eu não quero que você sofra. Muito. Mas a próxima vez que você estiver na cama com Belikov, pare um instante e lembre-se que nem todos fizeram tão bem como você. — Eu me virei para encará-lo.

— Adrian, eu nunca… —

— Não só eu, pequena dhampir, — ele acrescentou calmamente. — Deve haver um monte de danos colaterais ao longo do caminho, enquanto você lutou contra o mundo. Eu era uma vítima, obviamente. Mas e quanto a Jill? O que acontece com ela agora que você a abandonou aos lobos reais? E Eddie? Você já pensou sobre ele? E onde esta a sua Alquimista? — Cada palavra que ele atirou em mim foi uma seta, perfurando meu coração mais do que as balas tinham. O fato de ele ter referido Jill pelo seu nome em vez de Jailbait fez uma ferida extra. Eu já estava carregando muita culpa sobre ela, mas os outros… bem, eles eram um mistério. Eu tinha ouvido boatos sobre o Eddie, mas não havia

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visto ele desde o meu retorno. Ele foi claro da morte de James — mas matar um Moroi, quando outros ainda pensavam que ele poderia ter sido trazido vivo — carregava um pesado estigma. A anterior insubordinação de Eddie, graças a mim, também ele foi condenado, mesmo se tudo tivesse sido para o bem maior. Como Rainha, Lissa só podia fazer muito. Os guardiões serviam Moroi, mas era habitual para os Moroi recuar e deixar os guardiões lidar com seu próprio povo. Eddie não estava sendo demitido ou preso… mas que atribuição lhe dariam? Difícil dizer.

Sydney… ela era um mistério ainda maior. Onde está a sua Alquimista? Os acontecimentos que o nosso grupo teve além de mim, estavam além do meu mundo. Lembrei-me de seu rosto que eu tinha visto pela última vez, de volta ao hotel — forte, mas triste. Eu sabia que ela e os outros alquimistas tinham sido liberados desde então, mas a sua expressão tinha dito que ela não estava fora de perigo ainda. E Victor Dashkov? Onde ele se encaixa? Eu não tinha certeza. Mau ou não, ele ainda era alguém que tinha sofrido com o resultado das minhas acções, e os acontecimentos que rodearam a sua morte iriam ficar comigo para sempre. Danos colaterais. Eu tinha derrubado um monte de gente comigo, intencionalmente ou não. Mas, como as palavras de Adrian continuavam a afundar em mim, uma delas de repente me deu uma pausa.

— Vítima, — eu disse devagar. — Isso é a diferença entre você e eu. —

— Huh? — Ele tinha-me vigiado de perto, enquanto eu estava considerando o destino dos meus amigos e foi pego de surpresa agora. — Do que você está falando? —

— Você disse que era uma vítima. É por isso… é por isso que, em última análise, eu e você não combinamos. Apesar de tudo isso foi o que aconteceu, eu nunca pensei em mim dessa forma. Ser vítima significa que você está impotente. Você não pega em nenhuma acção. Sempre… sempre eu tive de fazer alguma coisa para lutar por mim… para os outros. Não importa o quê. — Eu nunca tinha visto tal ultraje na cara do Adrian.

— Isso é o que você pensa de mim? Que sou preguiçoso? Impotente? —

Não exactamente. Mas eu tinha a sensação de que depois desta conversa, ele iria fugir para o conforto dos seus cigarros e álcool, e talvez independentemente da companhia do sexo feminino que ele poderia encontrar.

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— Não, — eu disse. — Eu acho que você é incrível. Eu acho que você é forte. Mas eu não acho que você não percebeu — ou não aprendeu a usar nada disso. — E, eu queria acrescentar, que eu não era a pessoa que poderia inspirar isso nele.

— Isso, — ele disse, se movendo em direcção à porta, — era a última coisa que eu esperava. Você destrói minha vida e depois me alimenta de inspiração filosófica. —

Eu me senti horrível, e foi um daqueles momentos em que eu não queria que minha boca apenas deixasse escapar a primeira coisa em minha mente. Eu tinha aprendido um monte de controle, mas não o bastante.

— Estou apenas dizendo a verdade. Você é melhor do que este… melhor do que seja o que for que você está indo fazer agora. — Adrian colocou a mão na maçaneta da porta e me deu um olhar triste.

— Rose, eu sou um viciado sem ética de trabalho, que provavelmente vai passar a insano. Eu não sou como você. Eu não sou um super-herói. —

— Ainda não, — disse eu. Ele zombou, balançou a cabeça, e abriu a porta. Pouco antes de sair, ele se virou e me olhou. — O contrato está nulo e sem efeito, já agora. — Eu me senti como se eu tivesse levado um tapa na cara. E num desses raros momentos, Rose Hathaway foi rendida sem palavras. Eu não tinha um gracejo espirituoso, sem explicações elaboradas, e nenhum zen profundo. Adrian partiu, e eu me perguntava se eu o veria novamente

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