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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 3

BEM, NÃO SE FORA EXATAMENTE. Ficou mudo. Meio como eu tinha me sentido imediatamente depois dela restaurar Dimitri de volta a um dhampir. A mágica tinha sido tão forte ali que tinha — queimado — nossa ligação. Não havia uma onda de magia agora. Era quase como se a escuridão fosse intencional por parte dela. Como sempre, eu ainda sentia Lissa: ela estava viva, ela estava bem. Então o que me impedia de senti-la mais? Ela não estava dormindo, porque eu podia sentir uma sensação de alerta consciência do outro lado da parede. Espirito estava ali, escondendo ela de mim... e ela estava fazendo isso acontecer.

O que diabos? Era um fato de que nosso laço só funcionava de um lado. Eu podia sentir ela; ela não podia me sentir. Do mesmo jeito, eu podia controlar quando ia na mente dela. Geralmente, eu tentava me manter longe (excluindo-se o tempo de cativeiro na prisão), numa tentativa de proteger sua privacidade. Lissa não tinha tanto controle, e sua vulnerabilidade a enfurecia as vezes. De vez em quando, ela podia usar seu poder para se proteger de mim, mas era raro, difícil, e requeria um considerável esforço de sua parte. Hoje, ela estava conseguindo, e conforme a condição persistia, eu podia sentir a força dela. Me manter de fora não era fácil, mas ela estava conseguindo. É claro, eu não me importava como. Eu queria saber porque.

Era provavelmente meu pior dia de aprisionamento. Medo por mim mesma era uma coisa. Mas por ela? Isso era agonizante. Se fosse minha vida ou a dela, eu teria andando até a execução sem hesitar. Eu precisava saber o que estava acontecendo. Ela tinha sabido de algo?

O Conselho decidiu pular o julgamento e me executar? Lissa estava tentando me proteger daquela noticia? Quanto mais espírito ela usava, mais ela colocava em perigo sua vida. Essa parede mental exigia muita magia. Mas porque? Porque ela estava se arriscando?

Eu fiquei surpresa, naquele momento, por perceber o quanto eu dependia do laço para saber dela. Verdade: eu nem sempre dava boas vindas ao pensamento de outro pessoa em minha mente. Apesar do controle que aprendi, sua mente as vezes ainda entrava na minha em momentos que eu preferia não experimentar. Nada disso era uma preocupação agora — apenas sua segurança era. Ser bloqueada era como ter um membro removido.

O dia todo eu tentei entrar na sua mente. Toda vez, eu ficava de fora. Era enlouquecedor.

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Nenhuma visita apareceu, e o livro e as revistas a muito tinham perdido seu objetivo. A sensação de um animal enjaulado estava me preenchendo de novo, e eu passei uma enorme quantidade de tempo gritando com meus guardas — sem resultado. O funeral de Tatiana era amanha, e o relógio para o meu julgamento estava batendo alto.

A hora de dormir veio, e a parede no nosso laço finalmente caiu — porque Lissa foi dormir. O link entre nós era firme, mas sua mente estava fechada inconsciente. Eu não encontraria respostas ali. Deixada sem mais nada, eu também fui dormir, me perguntando se seria cortada novamente pela manha.

Não fui. Eu e ela estávamos ligadas de novo, e eu fui capaz de ver o mundo pelos olhos dela mais uma vez. Lissa acordou cedo, preparando-se para o funeral. Eu não vi nem senti nenhum sinal do porque fui bloqueada um dia antes. Ela estava permitindo que eu voltasse a sua mente, como normalmente. Eu quase me perguntei se tinha imaginado ser cortada da mente dela.

Não... ali estava. Fraco. Dentro da sua mente, eu senti os pensamentos que ela escondia de mim. Eles eram escorregadios. Cada vez que eu tentava alcançar um, eles caiam de minhas mãos. Eu fiquei surpresa dela ainda conseguir usar mágica para isso, e também era uma clara indicação que ela me bloqueou intencionalmente ontem. O que estava acontecendo? Porque diabo ela precisaria esconder algo de mim? O que eu poderia fazer, presa nesse buraco dos infernos? De novo, minha agitação cresceu. Que coisa terrível eu não sabia?

Eu observei Lissa se aprontar, sem ver qualquer sinal de qualquer coisa anormal. O vestido que ela escolher tinha mangas curtas e ia até seus joelhos. Preto, é claro. Não era um vestido inapropriado, mas ela saiba que ia chamar atenção de alguém. Em circunstancias diferentes, isso teria me deixado maravilhada. Ela escolheu usar seu cabelo solto, seu loiro palido brilhando contra o preto do vestido quando ela se olhou no espelho.

Christian encontrou Lissa lá fora. Ele também se arrumou, eu tinha que admitir, usando uma camisa e grava. Ele desenhou a linha de uma jaqueta, e sua expressão era uma estranha mistura de nervosismo, segredo, e uma típica arrogância. Quando ele viu Lissa, no entanto, seu rosto momentaneamente se transformou, ficando radiante e focado totalmente no olhar dela. Ele deu a ela um pequeno sorriso e a pegou nos braços para um breve abraço. O toque dele trouxe a ela contentamento e conforto, acalmando sua ansiedade. Eles voltaram recentemente, depois de terminarem, e aquele tempo separados foi agonizante para ambos.

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— Vai ficar tudo bem, — ele murmurou, seu olhar de preocupação retornando. — Isso vai funcionar. Podemos fazer isso. —

Ela não disse nada mas apertou seus braços nele antes de se afastar. Nenhum deles falou enquanto entravam no inicio do procedimento do funeral. Eu decidi que isso era muito suspeito. Ela pegou a mão dele e se sentiu fortalecida.

Os procedimentos do funeral para monarcas Moroi era o mesmo a séculos, não importa se a Corte era na Romênia ou nessa nova casa na Pensilvânia. Esse era o jeito Moroi. Eles misturam tradição com o modernismo, magia com tecnologia.

O caixão da rainha seria carregado por portadores de fora do palácio e levado com grande cerimônia através da Corte, até alcançar a Catedral. Lá, um grupo selecionado entraria para a missa. Depois, Tatiana seria enterrada no cemitério da igreja, tomando seu lugar ao lado de outros monarcas e importantes membros da realeza.

A rota do caixão era fácil de ver. Postes vermelhos e pretos marcavam cada lado. Pétalas de rosa foram colocadas no chão por onde o caixão passaria. Nas laterais, as pessoas se amontoavam juntas, esperando ver a antiga rainha. Muitos Moroi tinham vindo de todas as partes, alguns para ver o funeral e alguns para ver a eleição do monarca que aconteceria na próxima semana.

A família real — a maioria usando o vestido preto de veludo — já estava tomando seu lugar no prédio. Lissa parou do lado de fora para se separar de Christian, já que ele nunca esteve na disputa para representar sua família num evento tão honrado. Ela deu a ele outro abraço apertado e um leve beijo. Assim que se afastaram, houve um brilho de sabedoria naqueles olhos azuis — aquele segredo que estava escondido de mim.

Lissa passou pela multidão, tentando chegar na entrada e encontrar o ponto de partida da procissão. O prédio não parecia com o antigo palácio ou castelo da Europa. Suas grandes pedras e janelas combinavam com a estrutura da Corte, mas algumas características — seus grandes e largos degraus de mármore — se distinguiam de outros prédios. Um puxão no braço de Lissa impediu o progresso, quase fazendo ela dar um encontrão num senhor Moroi.

— Vasilisa? — Era Daniella Ivashkov, a mãe de Adrian. Daniella não era tão ruim, e ela não se importava que eu e Adrian estivéssemos saindo — ou pelo menos, ela não se importava antes deu ser acusada de assassinato. A maior parte da aceitação de Daniella se baseava no fato de que ela acreditava que Adrian e eu nos separaríamos de qualquer forma assim que eu recebesse minha missão de guardiã. Daniella

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também tinha convencido um de seus primos, Damaon Tatus, a ser meu advogado — uma oferta que rejeitei quando escolhi Abe a me representar no lugar dele. Eu ainda não tinha certeza se tomei a melhor decisão, mas provavelmente queimou a forma como Daniella me via, do que eu me arrependia.

Lissa deu um nervoso sorriso. Ela estava ansiosa para se juntar a procissão e acabar com tudo isso. — Oi, — ela disse.

Daniella estava vestida de veludo preto e até tinha pequenos diamantes colocados em seu cabelo negro. Preocupação e agitação marcavam seu rosto bonito. — Você viu Adrian? Não encontrei ele em lugar algum. Nós checamos seu quarto. —

— Oh, — Lissa desviou o olhar.

— O que? — Daniella quase sufocou ela. — O que você sabe? —

Lissa suspirou.

— Eu não tenho certeza de onde ele está, mas vi ele ontem a noite quando estava voltando de uma festa. — Lissa hesitou, como se estivesse muito envergonhada para contar o resto. — Ele estava... muito bêbado. Mais do que já vi. Ele estava saindo com algumas garotas, e eu não sei onde. Desculpe, Lady Ivashkov. Ele provavelmente... bem, desmaiou em algum lugar. —

Daniella soltou suas mãos, e demonstrou sua descrença. — Eu espero que ninguém note. Talvez possamos dizer... que ele estava sobrecarregado de dor. Tem tanta coisa acontecendo. Certamente ninguém vai notar. Você vai dizer a eles, certo? Você vai dizer o quão chateado ele estava? —

Eu gosto de Daniella, mas essa obsessão com a imagem realmente esta começando a me incomodar. Eu sabia que ela ama o filho, mas sua principal preocupação parecia ser menos sobre o ultimo descanso de Tatiana e mais sobre o que os outros vão pensar sobre a quebra de protocolo.

— É claro, — disse Lissa. — Eu não iria querer que alguém... bem, eu odiaria que isso se espalhasse. —

— Obrigada. Agora vá. — Daniella gesticulou para as portas, ainda parecendo ansiosa. — Você precisa tomar seu lugar. — Para surpresa de Lissa, Daniella deu um gentil tapinha em seu braço.

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— E não fique nervosa. Você vai se sair bem. Só mantenha sua cabeça erguida. —

Guardiões que estavam parados na porta reconheceram Lissa como alguém com acesso e a deixaram entrar. Lá, no foyer, estava o caixão de Tatiana. Lissa franziu, de repente sobrepujada, e quase esqueceu o que estava fazendo ali.

Só o caixão já era uma obra de arte. Ele era feito de madeira preta, polido até brilhar. Elaborados jardins foram pintados em cores metálicas de cada lado. Ouro brilhava em toda parte, incluindo as haste que os portadores iriam segurar. Aquelas hastes estavam decoradas com rosas cor da malva. Parecia que os espinhos e folhas iriam dificultar o aperto firme dos portadores, mas isso era problema deles.

Lá dentro, descoberta e deitada numa cama de mais rosas cor da malva, estava Tatiana. Era estranho. Eu vejo corpos o tempo todo. Diabos, eu os crio. Mas ver um corpo que foi preservado, deitado pacificamente e ornamentado... bem, era arrepiante. Era estranho para Lissa também, particularmente já que ela não tinha que lidar com a morte tanto quanto eu.

Tatiana usava um vestido de seda que era de um tom púrpura — a cor tradicional para um enterro real. O vestido tinha mangas longas que eram decoradas com um elaborado design de pequenas pérolas Eu geralmente via Tatiana de vermelho — uma cor associada a família Ivashkov — e eu estava feliz com o púrpura tradicional. Um vestido vermelho seria um lembrete muito forte das fotos ensanguentadas dela que eu vi na audiência, fotos que eu tentava bloquear. Fios de gemas e mais pérolas estavam em seu pescoço, e uma coroa de ouro cheia de diamantes e ametistas estava em seu cabelo. Alguém tinha feito um bom trabalho com a maquiagem de Tatiana, mas nem eles puderam esconder a brancura de sua pele. Moroi já são naturalmente brancos. Mortos, eles são como carvão — como Strigoi. A imagem atingiu Lissa tão vividamente que ela se balançou e teve que desviar o olhar. O cheiro de rosas enchia o ar, mas havia um cheiro de apodrecimento misturado em toda aquela doçura.

O coordenador do funeral viu Lissa e mandou que ela fosse a sua posição — depois de fazer uma careta pela escolha do vestido de Lissa. As palavras afiadas fizeram Lissa voltar a realidade, e ela foi para linha com 5 outros membros da realeza do lado direito do caixão. Ela tentou não olhar muito para o corpo da rainha, e direcionar seu olhar para o outro lado. Os portadores logo apareceram e ergueram o caixão usando as hastes de rosas para colocar o caixão em seus ombros e devagar o carregaram para multidão. Todos os portadores eram dhampirs. Eles usavam ternos formais, o que me confundiu a princípio, mas então

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percebi que todos eram guardiões da Corte — a não ser Ambrose. Ele parecia tão lindo como sempre e encarava a frente enquanto fazia seu trabalho, o rosto em branco e sem qualquer expressão.

Eu me perguntei se Ambrose estava em luto por Tatiana. Eu estive tão fixada em meus próprios problemas que fico esquecendo que uma vida foi perdida, uma vida que muitos amaram. Ambrose defendeu Tatiana quando eu fiquei com raiva por causa da lei da idade.

Observando ele pelos olhos de Lissa, eu desejei estar lá para falar com ele pessoalmente. Ele deveria saber algo mais sobre a carta que ele me deu no dia da audiência. Certamente ele não era apenas o entregador.

A procissão seguiu em frente, interrompendo meus pensamentos sobre Ambrose. Antes e a frente do caixão haviam outras pessoas. Pessoas da realeza com roupas elaboradas, fazendo uma demonstração. Guardiões uniformizados carregavam bandeiras. Músicos com flautas andavam atrás, tocando um tom fúnebre. Por sua parte, Lissa era muito boa em aparecer em público e conseguiu seguir o passo lento e firme com elegância e graça, seu olhar firme e confiante. Eu não podia ver seu corpo, é claro, mas era fácil imaginar o que os espectadores viam. Ela era linda e própria da realeza, digna de herdar o legado Dragomir, e com sorte mais e mais pessoas iam perceber isso. Nos pouparia muitos problemas se alguém mudasse a lei pelo procedimento normal, para não termos que depender de uma busca por um irmão perdido.

Andar pela rota do funeral levou muito tempo. Mesmo quando o sol estava começando a afundar no horizonte, o calor do dia ainda estava no ar. Lissa começou a suar mas sabia que seu desconforto não era nada comparado ao dos portadores. Se a multidão que observava sentia o calor, eles não demonstraram. Eles erguiam seus pescoços para ter um ultimo deslumbre do espetáculo passando diante deles.

Lissa não prestou muita atenção nas pessoas ao redor, mas em seus rosto, eu vi que aquele caixão não era seu único foco.

Eles também observavam Lissa. O rumor do que ela tinha feito por Dimitri tinha passado pelo mundo Moroi, e embora muitos aqui ainda estivesses sépticos sobre sua habilidade de curar, haviam muitos que acreditavam. Eu vi expressões de maravilha e temor na multidão, e por um segundo, eu me perguntei quem eles realmente vieram ver: Lissa ou Tatiana?

Finalmente, a catedral apareceu a vista, o que era uma boa noticia para Lissa. O sol não matava Moroi como Strigoi, mas o calor e a luz do

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sol ainda era um desconforto para muitos vampiros. A procissão estava quase no fim, e ela, sendo uma daquelas que tinha permissão para entrar na igreja, logo iria aproveitar o ar condicionado.

Enquanto eu estava os arredores, eu não conseguia parar de pensar que circulo de ironia minha vida era. Dos lados da igreja haviam duas gigantes estátuas de monarcas Moroi, um rei e uma rainha que tinham ajudado os Moroi a prosperar. Embora eles estivessem a uma distância considerável da igreja, as estatuas brilhavam luminosas, como se estivessem examinando tudo. Perto da estátua da rainha, havia um jardim que eu conhecia bem. Eu fui forçada a limpa-la em puniçao por fugir para Las Vegas. Meu verdadeiro propósito naquela viajem — que ninguém sabia — tinha sido libertar Victor Ivaskov da prisão. Victor era um inimigo antigo, mas ele e seu irmão Robert, um usuário de espírito, sabiam o que precisávamos para curar Dimitri.

Se algum guardião descobrisse que eu libertei Victor — e depois o perdi — meu castigo seria muito pior do que cortar grama e limpar estatuas. Pelo menos fiz um bom trabalho com o jardim, eu pensei amargamente. Se eu fosse executada, eu deixaria uma marca duradoura na Corte.

Os olhos de Lissa pairaram em uma das estátuas por um bom tempo antes de voltar sua atenção a igreja. Ela estava suando muito agora, e eu percebi que uma parte disso não era apenas calor. Ela também estava ansiosa. Mas porque? Porque ela estava tão nervosa? Isso era apenas uma cerimónia. Tudo que ela tinha que fazer era seguir a onda. Ainda sim... ali estava de novo. Outra coisa estava incomodando ela. Ela ainda estava mantendo alguns pensamentos longe de mim, mas alguns vazaram em sua preocupação.

Muito perto, muito perto. Estamos nos movendo muito rápido.

Rápido? Não pela minha estimativa. Eu nunca teria conseguido lidar com esse passo lerda e firme. Eu me sentia especialmente mal pelo portadores. Se eu fosse um, eu teria dito para o inferno com a propriedade e tinha começado a correr até meu destino final. É claro, isso poderia ter remexido o corpo. Se o coordenador do funeral estava chateado com o vestido de Lissa, não tinha como saber como ela reagiria se Tatiana caísse do caixão.

Nossa vista da catedral estava ficando clara, seus domos brilhando em âmbar e laranja com o sol que se punha. Lissa ainda estava muitos metros de distância, mas o padre parado na frente estava claramente visível. Suas vestes eram quase cegantes. Elas eram feitas de fios de ouros, longas e cheias. Um chapéu com uma cruz, também de ouro, estava em sua cabeça.

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Eu achava que era de mal gosto para ele brilhar mais que as roupas da rainha, mas talvez essa fosse a roupa normal dos padres em ocasiões formais. Talvez chamasse a atenção de Deus. Ele ergueu seus braços dando boas vindas, mostrando mais daquele rico tecido. O resto da multidão e eu não podíamos nos impedir de ficar deslumbrados com aquela linda visão.

Então, você consegue imaginar minha surpresa quando as estatuas explodiram.

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