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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 5

Ganhei! Ganhei o jogo de Palavras

Cruzadas!

Todos ficaram boquiabertos. Fingiram

não estar, mas estavam. As sobrancelhas

erguidas e olhares perplexos ficaram mais

frequentes e menos cautelosos conforme o

jogo prosseguiu. Quando consegui

pontuação tripla com OVÍPARO, Felix

começou a aplaudir e disse “Bravo!”. E

quando estávamos arrumando a cozinha

depois, Wanda me perguntou se eu já tinha

pensado em estudar linguística.

Meu nome foi acrescentado ao caderno

de Palavras Cruzadas da família, e Antony

me ofereceu o “copo de vinho do porto do

vencedor”, e todos aplaudiram. Foi um

momento tão legal.

Tudo bem. Sei que foi roubo. Sei que

foi uma coisa errada de se fazer. Para ser

sincera, esperava que alguém me

denunciasse. Mas coloquei o celular no

silencioso e ninguém percebeu que eu

estava enviando mensagens de texto para

Sam o tempo todo.43

E sim, é claro que me sinto culpada.

Na metade do jogo, me senti ainda pior

quando mandei a seguinte mensagem de

admiração para Sam:

Como você sabe todas essas palavras?

Ele respondeu:

Eu não sei. A internet sabe.

A internet?

Por um momento, fiquei chocada

demais para responder. Achei que ele

estivesse pensando nas palavras, não

procurando em PalavrasCruzadas.com ou

algum outro site parecido. Digitei:

Isso é ROUBO!!!!

Ele respondeu:

Você já rompeu essa barreira. Qual é a

diferença?

E acrescentou:

Me sinto honrado de você ter achado que eu

era um gênio.

É claro que nessa hora me senti muito

burra.

E ele tinha razão. Quando se começa a

roubar, faz alguma diferença saber quais

são os métodos?

Sei que estou acumulando problemas

para o futuro. Sei que Sam Roxton não vai

estar sempre do outro lado do telefone

para me mandar palavras. Sei que não

poderia repetir o feito. E é por isso que

estou planejando me aposentar do

Palavras Cruzadas da família a partir de

amanhã. Foi uma carreira curta e

brilhante. Mas agora acabou.

A única pessoa que não caprichou nos

elogios foi Magnus, e isso foi um tanto

surpreendente. Ele disse “muito bem” com

todo mundo, mas não me deu um abraço

especial nem me perguntou como eu sabia

todas essas palavras. E quando Wanda

disse “Magnus, você não nos contou que

Poppy era tão talentosa!”, ele deu um

sorriso rápido e disse “eu falei que Poppy

era brilhante em tudo”. O que foi legal,

mas meio que não quis dizer nada

também.

O problema é que... ele ficou em

segundo lugar.

Ele não pode estar com inveja de mim,

será?

São quase 11 horas da noite agora e

estamos no meu apartamento. Estou meio

tentada a falar com Magnus sobre tudo,

mas ele desapareceu para se preparar

para uma palestra sobre “Símbolos e

Pensamento Simbólico em Dante”44 que

ele vai dar amanhã. Então me acomodo no

sofá e encaminho alguns e-mails que

chegaram para Sam mais cedo.

Depois de alguns, não consigo deixar

de estalar a língua de frustração. Metade

desses e-mails são lembretes, e de

pessoas procurando por ele. Sam ainda

não respondeu sobre a acomodação da

conferência no hotel Chiddingford, nem

sobre a corrida nem sobre o dentista. Nem

sobre o novo terno James & James feito

sob medida que está pronto para ele

buscar quando quiser. Como é possível

alguém ignorar roupas novas?

Só há algumas poucas pessoas a quem

ele parece responder rápido. Uma é uma

garota chamada Vicks, que gerencia o

Departamento de imprensa. Ela é bastante

profissional e direta, assim como ele, e

anda se consultando com ele sobre um

lançamento que vão fazer juntos. Ela

mandou cópia para o endereço de Violet

várias vezes, mas quando encaminho o email,

Sam já respondeu. Outro é um cara

chamado Malcolm, que pede a opinião de

Sam sobre alguma coisa de hora em hora.

E, é claro, Sir Nicholas Murray, que

obviamente é um funcionário muito antigo

e importante na empresa e está fazendo

trabalhos para o governo no momento.45

Ele e Sam parecem se dar muito bem, se é

que dá para confiar nos e-mails. Eles

trocam informações como se estivessem

numa conversa entre velhos amigos. Não

consigo entender metade do que estão

dizendo, principalmente as piadas

internas, mas o tom é óbvio, assim como o

fato de que Sam troca mais e-mails com

Sir Nicholas do que com qualquer outra

pessoa.

A empresa de Sam obviamente faz

algum tipo de consultoria. Dizem para

outras empresas como cuidar dos

negócios e fazem muita “facilitação”, seja

lá o que for isso. Acho que são como

negociadores, mediadores ou algo do tipo.

Devem ser muito bem-sucedidos, porque

Sam parece muito popular. Ele foi

convidado para três coquetéis só esta

semana, e para um evento de tiro de um

banco particular na semana que vem. E

uma garota chamada Blue mandou o

terceiro e-mail perguntando se ele

gostaria de ir a uma recepção especial

para comemorar a fusão da Johnson

Ellison com a Greene Retail. Vai ser no

Savoy, com banda de jazz, canapés e

bolsas com brindes.

E ele ainda não respondeu. Ainda.

Não consigo entendê-lo. Se eu fosse

convidada para uma coisa tão legal, teria

respondido na hora: “Sim! Muito

obrigada! Mal posso esperar! .”

Mas ele nem confirmou o recebimento.

Eu reviro os olhos e encaminho todos

os e-mails, depois mando uma mensagem

de texto.

Obrigada de novo pelo jogo! Acabei de

mandar outros e-mails. Poppy.

Um momento depois, meu telefone

toca. É Sam.

— Ah, oi... — começo a falar.

— Tudo bem, você é um gênio —

interrompe ele. — Tive um palpite de que

Vivien ia trabalhar até tarde. Aí a chamei

para uma conversa e falei dos assuntos

que discutimos. Ela falou tudo. Você

estava certa. Vamos conversar de novo

amanhã, mas acho que ela vai ficar.

— Ah — digo, satisfeita. — Legal.

— Não — diz ele com firmeza. — Não

é só legal. É maravilhoso. Incrível. você

sabe quanto tempo, dinheiro e

aborrecimentos você me poupou? Meu

débito com você é enorme. — Ele faz uma

pausa. — Ah, e você tem razão, ela odeia

ser chamada de Viv. Então meu débito é

duplo.

— Não foi nada! Disponha.

— Então... isso é tudo que eu tinha

para dizer. Não quero te atrapalhar.

— Boa noite. Fico feliz de ter dado

certo.

Quando desligo, me lembro de uma

coisa e mando uma mensagem de texto

rápida.

Já marcou o dentista? Vai ficar banguela!!!

Alguns segundos depois, o telefone faz

o ruído com a resposta:

Vou correr o risco.

Correr o risco? Ele é doido? Minha tia

é auxiliar de dentista, então sei o que

estou dizendo.

Procuro na web a foto mais nojenta e

asquerosa de dentes podres que existe.

Estão todos pretos e alguns caíram.

Aperto o botão de enviar como mensagem

multimídia.

O celular quase imediatamente toca

com a resposta:

Você me fez cuspir a bebida.

Dou uma risada e respondo:

Tenha medo!!!!

Quase acrescento: “Willow não vai

ficar impressionada se seus dentes

caírem!!!” Mas paro no meio, me sentindo

estranha. É preciso ter um limite. Apesar

de tantas mensagens de texto, não conheço

esse cara. E muito menos a noiva dele.

Mas a verdade é que sinto como se a

conhecesse. E não de uma maneira boa.

Nunca conheci ninguém nem nada

como Willow. Ela é inacreditável. Eu

diria que ela mandou vinte e-mails para

Sam desde que estou com este celular.

Cada e-mail novo é pior que o anterior.

Pelo menos ela desistiu de mandar

mensagens endereçadas diretamente a

Violet. Mas ela ainda copia os e-mails

para o endereço da assistente, como se

quisesse ter o maior número de chances

possível de ser lida por Sam sem se

importar com quem lê o quê.

Por que ela tem que mandar os

pensamentos mais particulares por email?

Por que não podem ter essas

conversas na cama, como as pessoas

normais?

Esta noite ela estava falando de um

sonho que teve com ele ontem e sobre

como se sentiu sufocada e ignorada ao

mesmo tempo, e será que ele se dava

conta do quanto era “ácido”? Será que ele

se dava conta do quanto estava

“CORROENDO O ESPÍRITO DELA”??????

Sempre digito uma resposta para ela.

Não consigo evitar. Desta vez, escrevo:

Você se dá conta do quanto VOCÊ é ácida?

Bruxa Willow?

Mas depois apago. Naturalmente.

A coisa mais frustrante é que nunca

vejo as respostas de Sam. A

correspondência não segue por meio de

respostas; ela sempre cria um e-mail

novo. Às vezes são simpáticos, como o

que ela mandou ontem e que dizia: “Você

é um homem muito, muito especial, sabia,

Sam?” Foi muito carinhoso. Mas em nove

entre dez vezes, ela reclama. Não consigo

não sentir pena dele.

Mas não importa. É a vida dele. A

noiva dele. Ele que sabe.

— Querida! — Magnus entra na sala e

interrompe meus pensamentos.

— Ah, oi! — Eu desligo rapidamente.

— Terminou o trabalho?

— Não deixa eu te perturbar. — Ele

indica o telefone. — Conversando com as

meninas?

Dou um sorriso vago e enfio o celular

no bolso.

Eu sei, eu sei, eu sei. Isso é ruim.

Guardar segredo de Magnus. Não contar

sobre o anel, nem sobre o telefone nem

sobre nada disso. Mas como posso

começar agora? Por onde eu começaria?

E talvez me arrependesse. E se eu

confessar tudo e provocar uma briga

enorme, e então meia hora depois o anel

aparece e eu não teria precisado dizer

nada?

— Você me conhece! — respondo por

fim e dou uma risadinha. — O que você

falou com os seus pais hoje? — Mudo

rapidamente para o assunto sobre o qual

realmente quero saber, ou seja, o que os

pais dele acham de mim e se mudaram de

ideia.

— Ah, os meus pais. — Ele faz um

gesto impaciente e afunda no sofá.

Começa a tamborilar os dedos no braço

do móvel e fica com o olhar distante.

— Você está bem? — pergunto com

cautela.

— Estou ótimo. — Ele se vira para

mim e as nuvens somem do olhar dele. De

repente, ele está concentrado. — Você se

lembra de quando nos conhecemos?

— Lembro. — Dou um sorriso. — É

claro que eu lembro.

Ele começa a acariciar a minha perna.

— Cheguei esperando a generala

parrudinha. Mas lá estava você.

Eu queria que ele não ficasse

chamando Ruby de generala parrudinha.

Ela não é. É linda, adorável e sexy. Os

braços dela são só um pouquinho

carnudos. Mas escondo a minha leve

irritação e continuo sorrindo.

— Você parecia um anjo naquele

uniforme branco. Nunca vi nada tão sexy

na minha vida. — A mão dele está

subindo pela minha perna com vontade.

— Eu quis você naquele lugar, naquela

hora.

Magnus adora contar essa história e eu

adoro ouvir.

— E eu quis você. — Eu me inclino e

mordo devagar a orelha dele. — No

minuto em que te vi.

— Sei que quis. Deu para perceber. —

Ele puxa minha blusa para o lado e

começa a passar o rosto no meu ombro nu.

— Ei, Poppy, vamos voltar naquela sala

um dia — sussurra ele. — Foi o melhor

sexo que já fiz. Você, de uniforme branco,

naquele sofá, com aquele óleo de

massagem... Meu Deus...46 — Ele começa

a puxar a minha saia e nós dois caímos do

sofá para o tapete. Quando o meu celular

apita com outra mensagem de texto, nem

percebo.

Só mais tarde, quando estamos nos

aprontando para a cama e estou passando

hidratante,47 Magnus solta a bomba.

— Ah, mamãe ligou mais cedo. — A

fala dele está confusa por causa da pasta

de dente. — Sobre o cara da pele.

— O quê?

Ele cospe e limpa a boca.

— Paul. Nosso vizinho. Ele vai ao

ensaio do casamento para ver sua mão.

— O quê? — Minha mão se contrai

automaticamente e derramo hidratante

pelo banheiro todo.

— Mamãe diz que nunca se pode

exagerar com queimaduras e acho que ela

está certa.

— Ela não precisava fazer isso! —

Estou tentando não parecer estar em

pânico.

— Querida. — Ele beija a minha

cabeça. — Está tudo combinado.

Ele sai do banheiro e fico olhando para

o meu reflexo. Meu brilho feliz pós-sexo

sumiu. Estou de volta ao buraco negro do

medo. O que faço? Não posso continuar

desviando do problema para sempre.

Não estou com a mão queimada. Não

tenho anel de noivado. Não tenho

conhecimento enciclopédico de palavras

daquele jogo de tabuleiro. Sou uma

enganação total.

— Poppy?

Magnus reaparece na porta do

banheiro. Sei que ele quer dormir porque

tem que ir para Brighton amanhã cedo.

— Estou indo.

Eu o sigo até a cama, me encolho nos

braços dele e faço uma imitação muito

boa de uma pessoa caindo tranquila no

sono. Mas por dentro estou a mil. Todas

as vezes em que tento me desligar, um

milhão de pensamentos voltam correndo.

Se eu cancelar com Paul, o

dermatologista, será que Wanda vai

desconfiar? Será que consigo fazer uma

imitação de queimadura na mão? E se eu

contasse tudo para Magnus agora?

Tento imaginar essa última situação.

Sei que é a mais sensata. É a que seria

recomendada por qualquer conselheira

sentimental. Acorde-o e conte.

Mas não consigo. Não consigo. E não

só porque Magnus fica rabugento se é

acordado no meio da noite. Ele ficaria

chocado. Os pais dele sempre pensariam

em mim como a garota que perdeu o anel

da família. Isso me definiria para sempre.

Mancharia todas as outras coisas.

E a questão é que eles não precisam

saber. Isso não precisa ser dito. A Sra.

Fairfax pode ligar a qualquer momento.

Se eu puder esperar até lá...

Quero pegar o anel de volta e

silenciosamente enfiá-lo no dedo sem

ninguém saber de nada. É o que quero.

Olho para o relógio (2h45) e depois

para Magnus, respirando pacificamente, e

sinto uma onda de ressentimento

irracional. Está tudo bem para ele.

De repente, tiro as pernas da coberta e

estico a mão para pegar um penhoar. Vou

tomar uma xícara de chá de ervas, como

recomendam nos artigos de revista sobre

insônia, assim como escrever todos os

seus problemas numa folha de papel.48

O celular está carregando na cozinha, e

enquanto espero que a água ferva, clico

nas mensagens, encaminhando-as

metodicamente para Sam. Há uma

mensagem de texto de um novo paciente

meu que acabou de fazer cirurgia no

ligamento cruzado anterior e está tendo

dificuldades. Mando uma rápida

mensagem tranquilizadora em resposta,

dizendo que vou tentar encaixá-lo numa

sessão amanhã.49 Estou colocando água

quente num saquinho de chá de camomila

e baunilha quando uma mensagem de texto

chega e me dá um susto.

O que está fazendo acordada tão tarde?

É Sam. Quem mais? Eu me sento com o

chá e tomo um gole, depois respondo:

Não consigo dormir. O que VOCÊ está

fazendo acordado?

Esperando para falar com um cara em LA. Por

que não consegue dormir?

Minha vida acaba amanhã.

Certo, isso pode ser um pouco de

exagero, mas agora é o que parece.

Entendo como isso pode manter você

acordada. Por que acaba?

Se ele quer mesmo saber, vou contar.

Tomo o chá e encho cinco mensagens de

texto com a história sobre como o anel foi

encontrado, mas foi novamente perdido. E

que Paul, o dermatologista, quer olhar a

minha mão. E que os Tavish já são bem

desagradáveis em relação ao anel sem

nem saber que foi perdido. E que tudo

isso está ficando complicado para mim. E

que me sinto como uma jogadora que

precisa de mais uma rodada da roleta para

que tudo fique bem, mas não tenho mais

fichas.

Digitei tão freneticamente que meus

ombros estão doendo. Eu os movimento

algumas vezes, tomo alguns goles de chá e

começo a pensar em abrir um pacote de

biscoitos quando uma nova mensagem de

texto chega.

Te devo uma.

Leio o texto e dou de ombros. Certo.

Ele me deve uma. E daí? Um momento

depois, uma segunda mensagem chega.

Posso te dar uma ficha.

Eu olho para a tela, confusa. Ele sabe

que o lance da ficha é uma metáfora, não

sabe? Não está falando de uma ficha de

pôquer de verdade, né?

Ou será que é de uma cartela de

consumação?

Não há o som habitual do tráfego

diurno, o que deixa a cozinha silenciosa

de um jeito incomum, exceto por uma

ocasional vibração da geladeira. Pisco

para a tela sob a luz artificial, depois

esfrego os olhos cansados e me pergunto

se devo desligar o celular e ir para a

cama.

O que você quer dizer?

A resposta dele vem quase

imediatamente, como se tivesse percebido

que a última mensagem era estranha.

Tenho um amigo joalheiro. Faz réplicas para a

TV. Muito realistas. Vai te dar mais tempo.

Um anel falso?

Acho que devo ser muito, muito burra.

Porque nunca tinha pensado nisso.

Notas

43. Será que Antony e Wanda nunca tomaram

conta de provas no trabalho? Só estou dizendo.

44. Na primeira vez que Magnus me contou que

sua especialidade era Símbolos, achei que ele

quis dizer Címbalos. O instrumento. Não que eu

tenha algum dia admitido isso para ele.

45. Não que eu esteja espionando. Mas não dá

para evitar dar uma olhada nas coisas enquanto as

encaminha, e também não dá para não reparar em

referências a “PM” (Primeiro-Ministro) e a

“Número Dez” (a residência oficial do Primeiro

Ministro).

46. Tudo bem. Pega no flagra. Não contei a

verdade absoluta na minha audiência disciplinar.

A questão é a seguinte: sei que fui totalmente

antiprofissional. Sei que deveria ser demitida. O

manual de ética de fisioterapia praticamente

começa dizendo: “Não faça sexo com seu

paciente no sofá, aconteça o que acontecer.”

Mas o que eu digo é: se você faz uma coisa

errada, mas ela não magoa ninguém e ninguém

sabe, você deveria ser punida e perder toda sua

carreira? Não existe todo um contexto?

Além do mais, só fizemos uma vez. E foi bem

rápido. (Não de uma maneira ruim. Só de uma

maneira rápida.)

E Ruby uma vez usou o escritório para uma festa,

e abriu todas as três portas de incêndio, o que é

totalmente contra as regras de segurança. Então.

Ninguém é perfeito.

47. Faz parte do meu regime pré-casamento, que

consiste em esfoliação e hidratação diária,

máscara facial, capilar e para os olhos toda

semana, cem abdominais todos os dias e

meditação para manter a calma. Até agora

cheguei só à hidratação.

48. Para quê? Para o seu namorado encontrar?

49. Não dou meu número para todos os

pacientes. Só para pacientes com tratamentos

mais longos, os de emergência e os que parecem

precisar de apoio. Esse cara é um daqueles que

diz que está ótimo, mas você o vê branco de dor.

Tive que insistir para que ele me ligasse sempre

que quisesse e tive que repetir para a esposa dele,

senão ele teria nobremente seguido em frente

com dor.

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