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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Capitulo 12

Pela primeira vez em minha vida, saio para correr voluntariamente. 

Procuro meus asquerosos tênis, que nunca uso, uma calça de moletom e 

uma camiseta. Faço uma trança, ruborizo-me com as lembranças que 

voltam à minha mente e ligo o iPod. Não posso me sentar em frente a essa 

maravilha da tecnologia e seguir vendo ou lendo mais material inquietante. 

Preciso queimar parte desta excessiva e enervante energia. A verdade é que

gostaria de correr até o hotel Heathman e exigir sexo deste maníaco por 

controle. Mas está a oito quilômetros, e duvido que possa chegar a correr

dois, muito menos oito, e, claro, ele poderia não aceitar, o que seria muito 

humilhante. 

 Quando abro a porta, Kate está saindo de seu carro. Ela quase 

deixa as compras caírem quando me vê. Ana Steele com tênis de corrida. Eu 

aceno e não paro, por causa da inquisição. Preciso de algum tempo sozinha. 

Snow Patrol está tocando em meus ouvidos, e saio para o céu opala e aruá 

marinha, do anoitecer. 

Passo pelo parque. O que vou fazer? Desejo-o, mas nesses termos? A 

verdade é que não sei. Talvez eu devesse negociar o que quero. Revisar esse 

ridículo contrato linha a linha e dizer o que me parece aceitável e o que não. 

Minha pesquisa me disse que legalmente é sem nenhum valor. Ele deve 

saber. Suponho que só serve para definir os parâmetros da relação. Ele 

ilustra o que posso esperar dele e o que ele espera de mim, a minha 

submissão total. Estou preparada para dar isso a ele? Sou mesmo capaz? 

Uma pergunta me persegue, por que é ele assim? Será que é porque 

foi seduzido quando era muito jovem? Eu simplesmente não sei. Ele ainda é 

um mistério. 

 Eu paro ao lado de um grande pinheiro e apoio as mãos em 

meus joelhos, respirando com dificuldade, puxando o precioso ar para os 

meus pulmões. Sinto-me bem, é fantástico. Sinto que minha determinação 

se fortalece. Sim. Tenho que lhe dizer o que me parece bem e o que não. 

Tenho que lhe mandar por e-mail o que penso, e então poderemos discutir 

na quarta-feira. Eu respiro fundo, para me limpar por dentro, e dou a volta 

para casa. 

Kate foi comprar roupas, como só ela poderia, eram roupas para suas 

férias em Barbados. 

Principalmente biquínis e cangas combinando. Ela vai parecer 

fantástica com todos esses modelos, mas mesmo assim, ela prova todos e me 

obriga a sentar e comentar como ficaram. Não há muitas maneiras de dizer: 

"Está fantástica, Kate". Embora esteja magra, tem umas curvas de perder o 

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sentido. Ela não faz isso de propósito, eu sei, mas ao final arrasto meu 

penoso corpo coberto de suor até o meu quarto com a desculpa de ir 

empacotar mais caixas. Eu poderia me sentir mais inadequada? Levo comigo 

o computador sem fio, ligo e escrevo um email para Christian. 







De: Anastásia Steele 

 Data: 23 de maio de 2011 20:33 

Para: Christian Grey 

Assunto: Universitária escandalizada 



Bem, já vi o bastante. 

Foi agradável te conhecer. 



Ana 







Pressiono "Enviar", abraçando-me, rindo da minha piada. Será que 

ele vai achar isso tão engraçado? Oh, merda... 

Certamente não. Christian Grey não é famoso por seu senso de 

humor. Embora saiba que ele o tem, porque experimentei. Talvez ele deixe 

para lá. Espero sua resposta. 

 Espero... e espero. Olho para o despertador. Já se passaram dez 

minutos. 

Para esquecer da angústia que se abre caminho em meu estômago, 

ponho-me a fazer o que havia dito a Kate que faria: empacotar as coisas de 

meu quarto. Começo colocando meus livros em uma caixa. 

Por volta das nove sigo sem notícias. Talvez ele tenha saído. Eu estou 

amuada e petulante, ponho os fones do iPod, escuto o Snow Patrol e sento 

em minha mesa para reler o contrato e a anotar minhas observações e 

comentários. 

Não sei por que levanto o olhar, possivelmente capto de relance um 

ligeiro movimento, não sei, mas quando a levanto, Christian está na porta de 

meu quarto me olhando fixamente. Leva suas calças cinza de flanela e uma 

camisa branca de linho, e agita brandamente a chave do carro. Arregalo os 

olhos e fico gelada. Porra! 

 — Boa noite, Anastásia. — Sua voz era fria, sua expressão precavida 

e ilegível. A capacidade de falar me abandona. Maldita Kate, deixou-o entrar 

sem me avisar. Estou vagamente ciente de que ainda estou de moletom, toda 

suada e sem tomar banho, e ele está muito bonito, com as calças caindo 

bem nos quadris, e o que mais, ele está em meu quarto. 

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Eu senti que o seu e-mail merecia uma resposta em pessoa — explica 

em tom seco. 

 Abro a boca e volto a fechá-la, duas vezes. A piada é sobre mim. 

Nunca, neste ou em qualquer universo alternativo eu esperava que ele 

largasse tudo e viesse até aqui. 

Posso me sentar? — pergunta-me, agora com olhos divertidos. 

Obrigada, Meu deus... Talvez a brincadeira lhe pareceu engraçada. 

 Eu concordo. Minha capacidade de falar permanece incerta. 

Christian Grey está sentado em minha cama. 

Perguntava-me como seria seu quarto, — Ele diz. 

Olho ao meu redor, pensando em uma rota de fuga, não, aqui só tem 

uma porta e uma janela. 

Meu quarto é funcional, mas acolhedor, poucos móveis brancos de 

vime e uma cama de casal branca, de ferro, com uma colcha de patchwork 

que minha mãe fez quando estava em sua etapa de trabalhos caseiros. É 

azul céu e creme. 

— É muito sereno e tranquilo, - ele murmura. Não neste momento... 

não com você aqui. Finalmente minha medula oblonga recorda o seu 

propósito, eu respiro. 

Como...? 

Ele sorri para mim. 

Ainda estou no Heathman. 

 Isso eu já sabia. 

— Quer tomar algo? — Tenho que dizer o que a educação sempre me 

impõe. 

— Não, obrigado, Anastásia. Esboça um deslumbrante meio sorriso 

com a cabeça ligeiramente inclinada. 

Bem, eu certamente vou precisar de uma. 

Então, foi agradável me conhecer? 

Maldição, ofendeu-se? Olho para baixo, para os meus dedos. Como eu 

vou sair dessa? Se lhe disser a ele que era uma brincadeira, não acredito que 

goste de muito. 

— Pensei que me responderia por e-mail. — digo-lhe em voz muito 

baixa, patética. 

Você está mordendo o lábio de propósito? — pergunta-me muito 

sério. 

Eu pisco os olhos, abro a boca e solto o lábio. 

Não estava consciente de que estava mordendo o lábio, — eu 

murmuro. 

Meu coração está disparado. Sinto a tensão, essa deliciosa 

eletricidade estática que invade o espaço. Ele está sentado muito perto de 

mim, com seus olhos cinza impenetráveis, os cotovelos apoiados nos joelhos 

e as pernas separadas. Inclina-se, desfaz-me uma trança muito devagar e me 

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separa o cabelo com os dedos. Fico com a respiração presa e não posso me 

mover. Observo hipnotizada sua mão movendo-se para a outra trança, 

tirando a borracha e desfazendo a trança com seus compridos e hábeis 

dedos. 

— Vejo que você decidiu fazer um pouco de exercício — fala em voz 

baixa e melodiosa, me colocando o cabelo atrás da orelha. — Por que, 

Anastásia? — Rodeia-me a orelha com os dedos e muito suavemente, 

ritmicamente, acaricia o lóbulo. Isso é muito sexual. 

— Necessitava tempo para pensar, — eu sussurro. Eu sou toda 

coelho e faróis, mariposa e chama, pássaro e serpente... e ele sabe 

exatamente o que está fazendo. 

— Pensar no que, Anastásia? 

— Você. 

E você decidiu que foi agradável me conhecer? Refere-te a me 

conhecer em sentido bíblico? 

Merda. Ruborizo-me. 

— Não pensava que fosse um perito na Bíblia. 

— Eu ia à catequese aos domingos, Anastásia. Aprendi muito. 

Não recordo ter lido nada sobre pinças para mamilos na Bíblia. 

Talvez lhe deram a catequese com uma tradução moderna. 

Seus lábios se arqueiam desenhando um ligeiro sorriso e dirijo o 

olhar para sua boca. 

Bom, pensei que devia vir a lhe recordar quão agradável foi me 

conhecer. 

Meu Deus. Eu fico olhando para ele de boca aberta, e seus dedos se 

movem da minha orelha para o meu queixo. 

O que lhe parece, senhorita Steele? 

Seus olhos cinzentos brilham para mim, há um desafio intrínseco em 

seu olhar. Seus lábios estão entreabertos, está esperando, alerta para 

atacar. O desejo, agudo, líquido e fumegante - arde no mais profundo de 

meu ventre. 

Adianto-me e me lanço para ele. De repente se move, não tenho nem 

ideia de como, e em um abrir e fechar de olhos estou na cama, imobilizada 

debaixo dele, com as mãos estendidas e sujeitas por cima da cabeça, com 

sua mão livre me agarrando o rosto e sua boca procurando a minha. 

Ele coloca a língua em minha boca, reclama-me e me possui, e eu me 

deleito com sua força. Sinto-o por todo meu corpo. Deseja-me, e isso provoca 

estranhas e deliciosas sensações dentro de mim. Não quer a Kate, com seus 

minúsculos biquínis, nem a uma das quinze, nem à malvada senhora 

Robinson. Quer a mim. Este formoso homem me deseja. Minha deusa 

interior brilha tanto que poderia iluminar toda a cidade de Portland. Deixa 

de me beijar. Abro os olhos e o vejo me olhando fixamente. 

Confia em mim? — pergunta-me. 

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Eu concordo, com os olhos muito abertos, com o coração 

ricocheteando nas costelas e o sangue trovejando por todo meu corpo. Ele 

estica o braço e do bolso da calça tira sua gravata de seda cinza... a gravata 

cinza que deixa pequenas marcas da malha em minha pele. Senta-se 

rapidamente escarranchado sobre mim e me ata as colunas, mas esta vez 

ata o outro extremo da gravata ao canto da cama. Puxa o nó para comprovar 

que está seguro. Não vou a nenhuma parte. Estou atada a minha cama, e 

muito excitada. 

Ele se levantou e ficou em pé junto à cama, me olhando com olhos 

turvos de desejo. Seu olhar é de triunfo e de alívio. 

— Melhor assim, — murmura e esboça um sorriso perverso de 

conhecimento. Inclina-se e começa a me desamarrar um tênis. Oh, não... 

não... meus pés. Acabo de correr. 

Não, — protesto e empurro para que me solte. 

Detém-se. 

Se lutar, amarrarei também os pés, Anastásia. Se fizer o menor ruído, 

te amordaçarei. Fique quieta. Katherine provavelmente está aqui e poderá 

me escutar lá fora. 

Amordaçar-me! Kate! Eu calo a boca. 

Tirou -me os tênis e as meias, e me baixa muito devagar a calça de 

moletom. 

Oh... que calcinha estou vestindo? Levanta-me, retira a colcha e o 

edredom de debaixo de mim e me coloca de barriga para cima sobre os 

lençóis. 

— Vejamos. — ele passa a língua lentamente pelo lábio inferior. — 

Está mordendo o lábio, Anastásia. Sabe o efeito que tem sobre mim. — 

Pressiona-me seu longo dedo indicador na boca como advertência. 

Oh meu Deus. Eu mal posso me conter, estou indefesa, tombada, vejo 

que ele se move tranquilamente pelo meu quarto. É um afrodisíaco 

embriagador. Lentamente, sem pressas, ele tira os sapatos e as meias, 

desfaz-se da calça e tira a camisa. 

— Acredito que você viu muito, — ele ri maliciosamente. Volta a 

sentar-se em cima de mim, escarranchado, e me levanta a camiseta. Acredito 

que vai me tirar isso, mas a enrola à altura do pescoço e logo a sobe de 

maneira que me deixa descoberta a boca e o nariz, mas me cobre os olhos. E 

como está tão bem enrolada, não vejo nada. 

— Mmm — sussurra satisfeito. — Isto está cada vez melhor. Eu vou 

tomar uma bebida. Inclina-se, beija-me brandamente nos lábios e deixo de 

sentir seu peso. Ouço o leve chiado da porta do quarto. Tomar uma bebida. 

Onde? Aqui? Em Portland? Em Seattle? Aguço o ouvido. Distingo ruídos 

surdos e sei que está falando com a Kate... Oh, não... Ele está praticamente 

nu. O que vai dizer a Kate? Ouço um golpe seco. O que é isso? Retorna, a 

porta volta a chiar, ouço seus passos pelo quarto e o som de gelo tilintando 

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em um copo. O que está bebendo? Fecha a porta e ouço como se aproxima 

tirando as calças, que caem ao chão. Sei que está nu. E volta a sentar-se 

escarranchado sobre mim. 

— Tem sede, Anastásia? — pergunta-me em tom zombador. 

— Sim, — digo-lhe, porque de repente sinto a boca seca. Ouço o 

tinido do gelo no copo. Inclina-se e, ao me beijar, derrama em minha boca 

um líquido delicioso. É vinho branco. Não o esperava e é muito excitante, 

embora esteja gelado, e os lábios do Christian também estão frios. 

Mais? — pergunta-me em um sussurro. 

Aceito. O gosto é ainda melhor porque vem de sua boca. Inclina-se e 

bebo outro gole de seus lábios... Oh, meu Deus. 

— Não vamos muito longe, sabemos que sua tolerância ao álcool é 

limitada, Anastásia. 

Não posso evitar de rir, e ele se inclina e solta outra deliciosa 

baforada. Ele se coloca ao meu lado e sinto sua ereção no quadril. Oh, 

quero-o dentro de mim. 

Isso parece bom para você? — pergunta-me, mas ouço a borda em 

sua voz. 

Estou tensa. Volta a mover o copo, beija-me e, junto com o vinho, 

solta um pedaço de gelo, na boca. Muito devagar começa a descer com os 

lábios desde meu rosto, passando por meus seios, até meu torso e meu 

ventre. Coloca-me uma parte de gelo no umbigo, onde se forma um pequeno 

lago de vinho muito frio que provoca um incêndio que se propaga até o mais 

profundo de meu ventre. Uau. 

— Agora tem que ficar quieta, — ele sussurra. — Se você se mover, 

molhara a cama de vinho, Anastásia. 

Meus quadris se flexionam automaticamente. 

Oh, não. Se derramar o vinho, vou te castigar, senhorita Steele. 

Gemo, tento me controlar e luto desesperadamente contra a 

necessidade de mover os quadris. Oh, não... por favor. 

 Baixa com um dedo as taças do sutiã e deixa com os seios no ar, 

expostos e vulneráveis. Inclina-se, beija e pega meus mamilos com os lábios 

frios, gelados. Luto contra meu corpo, que tenta responder arqueando-se. 

Você gosta disto? — pergunta-me me apertando um mamilo. 

Volto a ouvir o tinido do gelo, e logo o sinto ao redor de meu mamilo 

direito, enquanto puxa de uma vez o esquerdo com os lábios. Gemo e luto 

para não me mover. Uma desesperadora e doce tortura. 

— Se derramar o vinho, não deixarei que goze. 

— Oh... por favor... Christian... Senhor... por favor. — Ele estava me 

deixando louca. Posso ouvi-lo sorrir. 

 O gelo de meu mamilo está derretendo-se. Estou muito quente... 

quente, molhada e morta de desejo. 

Quero-o dentro de mim. Agora. 

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Ele desliza muito devagar os dedos gelados pelo meu ventre. Como 

tenho a pele hipersensível, meus quadris se flexionam e o líquido do umbigo, 

agora menos frio, goteja-me pela barriga. Christian se move rapidamente e o 

lambe, beija-me, morde-me brandamente, chupa-me. 

Oh querida, Anastásia, você se moveu. O que vou fazer contigo? 

Ofego em voz alta. A única coisa que posso me concentrar é em sua 

voz e seu tato. Nada mais é real. Nada mais importa. Meu radar não registra 

nada mais. Desliza os dedos por dentro da minha calcinha e me alivia ouvir 

que lhe escapa um profundo suspiro. 

OH, querida, — ele murmura e me introduz dois dedos. 

Sufoco um grito. 

— Estará pronta para mim logo, — ele diz. Movendo seus tentadores 

dedos devagar, dentro e fora, eu empurro para ele elevando os quadris. 

— Você é uma garota gulosa, — ele me repreende baixinho, e seu 

polegar circunda o meu clitóris e sem seguida, pressiona para baixo. 

Ofego e meu corpo estremece sob seus peritos dedos. Estica um 

braço e retira a camiseta dos meus olhos para que possa vê-lo. A tênue luz 

do abajur me faz piscar. Desejo tocá-lo. 

— Eu quero tocar você. — eu respiro. 

— Eu sei, — ele murmura. Inclina-se e me beija sem deixar de mover 

os dedos ritmicamente dentro de meu corpo, riscando círculos e 

pressionando com o polegar. Com a outra mão me recolhe o cabelo para 

cima e me sujeita a cabeça para que não a mova. Replica com a língua o 

movimento de seus dedos. Começo a sentir as pernas rígidas de tanto 

empurrar para sua mão. Ele retira gentilmente sua mão, então sou trazida 

de volta da beira do abismo. Ele repete isso uma e outra vez. Isso é tão 

frustrante... Oh, por favor, Christian, eu grito por dentro. 

— Este é seu castigo, tão perto e de repente tão longe. Você acha isso 

agradável? — sussurra-me ao ouvido. 

Eu choramingo, esgotada, e puxo meus braços amarrados. Estou 

indefesa, perdida em uma tortura erótica. 

— Por favor, — suplico-lhe, e ele finalmente tem piedade de mim. 

—Como quer que lhe foda, Anastásia? 

Oh... meu corpo começa a tremer e volta a fica imóvel. 

— Por favor. 

— O que você quer, Anastásia? 

— Você... agora, - eu grito. 

— Como quer que eu lhe foda. Há uma variedade infinita de 

maneiras, — ele respira contra meus lábios. Ele retira sua mão e atinge a 

mesa de cabeceira, pegando o saquinho prateado. Ajoelha-se entre minhas 

pernas e, muito devagar, tira-me a calcinha sem deixar de me olhar com 

olhos brilhantes. Ele coloca o preservativo. Eu observo fascinada, 

hipnotizada. 

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Isto lhe parece agradável? — diz-me acariciando-se. 

— Eu quis dizer isso como uma brincadeira, — eu choramingo. Por 

favor, me foda Christian. 

Ele levanta as sobrancelhas, deslizando a mão para cima e para baixo 

em seu impressionante membro. 

— Uma brincadeira? — pergunta-me com a voz ameaçadoramente 

suave. 

— Sim. Por favor, Christian, — rogo-lhe. 

— Você está rindo agora? 

Não, — eu choramingo. 

A tensão sexual está a ponto de me fazer estalar. Olha-me por um 

momento, avaliando meu desejo, e de repente me agarra e me dá a volta. 

Fico surpresa, e como tenho as mãos amaradas, tenho que me apoiar nos 

cotovelos. Empurra-me os joelhos para elevar o traseiro e me dá um forte 

tapa. Antes que possa reagir, penetra-me. Eu grito, pelo tapa e por sua 

agressão súbita, e gozo imediatamente uma e outra vez, caindo debaixo dele, 

que segue a bater deliciosamente dentro de mim. Não se detém. Estou 

destroçada. Não aguento mais... e ele empurra uma e outra vez... e sinto que 

volta a me alagar outra vez... então eu estou começando de novo... não pode 

ser... não... 

— Vamos, Anastásia, mais uma vez, — ele rosna por entre os dentes 

cerrados, e inacreditavelmente, meu corpo responde, convulsionando em 

torno dele, quando eu chego ao clímax de novo, gritando o seu nome. 

Despedaço-me novamente em pequenos fragmentos, e Christian finalmente 

para, em silêncio, encontrando a sua liberação. 

Ele cai em cima de mim, ofegando. 

Quanto você achou bom? — pergunta-me com os dentes apertados. 

 Oh, meu Deus. 

Estou caída na cama, devastada, ofegando e com os olhos fechados, 

quando se separa de mim muito devagar. Levanta-se e começa a vestir-se. 

Quando acabou, volta para a cama, desamarra-me e me tira a camiseta. 

Flexiono os dedos e esfrego as bochechas, sorrindo ao ver que me marcou o 

desenho do lençol. Ajusto o sutiã enquanto ele atira a colcha e o edredom 

para me tampar. Olho para ele aturdida e ele me devolve o sorriso. 

— Foi realmente muito bom, — sussurro timidamente. 

— Não use esta palavra de novo. 

— Você não gosta de que palavra? 

— Não. Não tem nada que ver comigo. 

— Oh... Eu não sei... parece ter um efeito benéfico para você. 

— Eu sou um efeito benéfico? Isso é o que sou agora? Poderia ferir 

mais meu amor próprio, senhorita Steele? 

171 



 — Não acredito que tenha algum problema de amor próprio. Mas 

sou consciente de que o digo sem convicção. Algo me passa rapidamente 

pela cabeça, uma ideia fugaz, mas me escapa antes que possa apanhá-la. 

— Você crê? — pergunta-me em tom amável. Ele está deitado ao meu 

lado, vestido, com a cabeça apoiada no cotovelo, e eu estou apenas com o 

sutiã. 

— Por que você não gosta que lhe toquem? 

—Porque não. — Ele inclina-se sobre mim e me beija suavemente na 

testa. — Então, esse e-mail que você mandou era uma brincadeira 

Sorrio a modo de desculpa e encolho de ombros. 

— Estou vendo. Então ainda está pensando em minha proposta? 

— Sua proposta é indecente... sim, estou pensando nela. Mas, tenho 

alguns problemas, embora. 

Ele me sorri aliviado. 

— Ficaria decepcionado se não tivesse algumas coisas para discutir. 

— Eu ia mandar isso por email, mas você me interrompeu. 

— Coitus interruptus. 

— Vê, eu sabia que tinha um pouco de senso de humor escondido 

por aí. — digo-lhe sorridente. 

— Não é tão divertido, Anastásia. Pensei que estava me dizendo não, 

que nem sequer queria comentá-lo. — Sua voz falha. 

— Ainda não sei. Não decidi nada. Você vai me colocar uma coleira? 

Ele levanta as sobrancelhas. 

— Você esteve pesquisando. Eu não sei, Anastásia. Nunca dei uma 

coleira para alguém.. 

Oh... deveria me surpreender? Sei tão pouco sobre as sessões... Eu 

não sei. 

— Você já usou uma coleira? — pergunto, num sussurro 

— Sim. 

— Da senhora Robinson? 

— Senhora Robinson! — Ele ri às gargalhadas, e parece jovem e 

despreocupado, com a cabeça arremessada para trás. Sua risada é 

contagiosa. 

Eu sorrio para ele. 

— Eu vou contar a ela como a chama, ela vai adorar. 

— Você continua em contato com ela? — pergunto-lhe sem poder 

dissimular meu temor. 

— Sim. — responde-me muito sério. 

Oh... de repente, uma parte de mim se volta louca de ciúmes. O 

sentimento é tão forte que me perturba. 

— Já vejo. — digo-lhe em tom tenso. — Assim tem alguém com quem 

comentar seu estilo alternativo de vida, mas eu não posso. 

Ele franze as sobrancelhas 

172 



— Acredito que nunca pensei por este ponto de vista. A senhora 

Robinson fazia parte deste estilo de vida. Eu disse a você que agora é uma 

boa amiga. Se quiser, posso te apresentar a uma de minhas ex-submissas. 

Poderia falar com ela. 

O que? Ele está, deliberadamente, tentando me deixar aborrecida? 

— Esta é a sua ideia de uma piada? 

— Não, Anastásia. — Confuso, e ele balança a cabeça seriamente. 

— Não... eu vou fazer isso do meu jeito, muito obrigada — eu 

respondi bruscamente, puxando o cobertor até ao meu queixo. 

Ele observa-me perdido, surpreso. 

— Anastásia, eu... — Ele não sabe o que dizer. Uma novidade, eu 

acredito. — Não queria te ofender. 

— Não estou ofendida. Estou consternada. 

— Consternada? 

 — Não quero falar com nenhuma ex-namorada... escrava... sub... ou 

qualquer nome que você chama. 

— Anastásia Steele, está com ciúmes? 

Eu fico vermelha 

— Você vai ficar? 

— Amanhã, no café da manhã, tenho uma reunião em Heathman. 

Além disso, já te disse que não durmo com minhas namoradas, escravas, 

submissas, com ninguém. Sexta-feira e sábado foram uma exceção. Não 

voltará a acontecer. — Ouço a firme determinação atrás de sua doce voz 

rouca. 

Eu franzo os lábios. 

— Bem, estou cansada agora. 

— Você está me chutando para fora? — Ele levanta as sobrancelhas, 

perplexo e um pouco aflito. 

— Sim. 

— Bem, outra novidade. — Olha-me especulativamente. — Não quer 

discutir nada agora? Sobre o contrato. 

— Não. — respondo-lhe de mau humor. 

— Deus, eu gostaria de dar-lhe uma boa surra. Você se sentiria 

muito melhor, assim como eu. 

— Você não pode dizer essas coisas... Ainda não assinei nada. 

— Um homem pode sonhar, Anastásia. — Ele inclina-se e me agarra 

pelo queixo. — Quarta-feira? — Ele murmura, e beija-me rapidamente nos 

lábios. 

— Quarta-feira. — respondo-lhe. — Eu acompanho você até lá fora. 

Só me dê um minuto. — Sento, coloco a camisa e empurrou-o para obter 

espaço na cama. Ele faz isso com relutância. 

— Passe-me à calça de moletom, por favor. 

Ele a recolhe do chão e me entrega. 

173 



— Sim, senhora. — Ele tenta ocultar seu sorriso, mas não o 

consegue. 

Eu olho para ele de cara feia, enquanto ponho as calças. Meu cabelo 

está um desastre e eu sei que depois que ele se for, eu terei que enfrentar a 

inquisição de Katherine Kavanagh. Coloco um elástico no cabelo, dirijo-me 

para a porta e abro para ver se vejo Kate. Ela não está na sala de estar. 

Acredito que a ouço falando no telefone em seu quarto. Christian me segue. 

Durante o breve percurso entre o meu quarto e a porta da frente, meus 

pensamentos e meus sentimentos fluem e se transformam. Já não estou 

zangada com ele. De repente, me sinto insuportavelmente tímida. Não quero 

que parta. Pela primeira vez, eu gostaria que ele fosse normal, eu gostaria de 

manter uma relação normal, que não exigisse um acordo de dez páginas, 

açoites e mosquetões no teto de seu quarto de jogos. 

Abro-lhe a porta e olho para as minhas mãos. É a primeira vez que 

recebo um homem em minha casa para fazer sexo, e acredito que foi genial. 

Mas agora me sinto como um recipiente, como um copo vazio que se enche 

com o seu desejo. Meu subconsciente sacode a cabeça. 

Eu queria correr até Heathman em busca de sexo... e lhe fizeram uma 

entrega expressa. Cruzo os braços e bato com o pé no chão, como um ‘qual o 

problema em olhar em seu rosto’. Christian parou junto à porta, agarra-me 

pelo queixo e me obriga a olhá-lo. Sua testa enruga ligeiramente . 

— Você está bem? — ele pergunta me acariciando o queixo com seu 

polegar. 

— Sim. — respondo-lhe, embora com toda a honestidade eu não 

estou muito certa. Sinto uma mudança de paradigma. Eu sei que se aceitar, 

vou me machucar. Ele não é capaz, não lhe interessa ou não quer me 

oferecer nada mais... mas eu quero mais. Muito mais. O ataque de ciúmes 

que senti por um momento, antes, me diz que meus sentimentos por ele são 

mais profundos do que eu mesma posso admitir. 

— Quarta-feira, — ele confirma, inclina-se e me beija com ternura. 

Mas enquanto está me beijando, seus lábios ficam mais urgentes contra os 

meus, sua mão se move para cima do meu queixo e está segurando a minha 

cabeça, uma mão de cada lado. Sua respiração se acelera. Inclina-se para 

mim e me beija mais profundamente. Coloquei minhas mãos em seus 

braços. Quero deslizar as mãos pelo seu cabelo, mas resisto porque sei que 

não gostaria. Ele encosta sua testa contra a minha, de olhos fechados, com a 

voz tensa. 

— Anastásia, — ele sussurra. — o que você está fazendo comigo? 

— O mesmo eu poderia dizer para você, — sussurro de volta. 

Toma uma respiração profunda, beija-me na testa e parte. Avança em 

passo decidido para o carro passando a mão pelo cabelo. Enquanto abre a 

porta, levanta o olhar e me lança um sorriso arrebatador. Totalmente 

deslumbrada, devolvo-lhe um leve sorriso e volto a pensar em Ícaro 

174 



aproximando-se muito ao sol. Fecho a porta da rua, enquanto se mete em 

seu carro esportivo. Sinto uma irresistível necessidade de chorar. Uma triste 

e solitária melancolia me oprime o coração. Volto para meu quarto, fecho a 

porta e me apoio tentando racionalizar meus sentimentos, mas não posso. 

Deixo-me cair no chão, cubro o rosto com as mãos e as lágrimas começam a 

descer. 

Kate bate na porta suavemente. 

— Ana? — ela sussurra. Eu abro a porta. Ela me olha e me abraça. 

— O que está errado? O que lhe fez esse bastardo repulsivo? 

— Oh, Kate, nada que eu não quisesse que me fizesse. 

Ela me empurra para a cama e nos sentamos. 

— Você está com o cabelo horrível. 

Embora esteja desconsolada, rio-me. 

— O sexo foi bom, não foi terrível em nada. 

Kate sorri. 

— Melhor. Por que você está chorando? Você nunca chora. — Ela 

pega a minha escova na mesa em frente, senta atrás de mim, e muito 

devagar escova para tirar os nós. 

— Eu só não acho que nosso relacionamento está indo a lugar 

nenhum. — Olho para os meus dedos. 

— Você não disse que ia vê-lo só na quarta-feira? 

— Sim, foi o que combinamos. 

— E por que ele apareceu hoje por aqui? 

— Porque lhe mandei um e-mail. 

— Pedindo para que ele viesse? 

— Não, lhe dizendo que não queria voltar a vê-lo. 

— E ele veio até aqui? Ana, você é genial. 

— A verdade é que era uma brincadeira. 

— Oh, agora sim não estou entendendo nada. 

Pacientemente, lhe explico essência do meu e-mail, sem entrar em 

detalhes. 

— Pensou que responderia por email. 

— Sim. 

— Mas isso fez com que ele viesse aqui. 

— Sim. 

— Eu diria que ele está completamente apaixonado por você. 

Franzo o cenho. Christian apaixonado por mim? Dificilmente. Ele só 

está procurando um novo brinquedo, um novo e adequado brinquedo para 

deitar-se e lhe fazer coisas indescritíveis. Meu coração se aperta. 

Essa é a verdade. 

— Ele veio só para foder-me, isso é tudo. 

175 



— Quem disse que o romantismo tinha morrido? — ela murmura 

horrorizada. Eu choquei a Kate. Não pensava que isso fora possível. Encolho 

os ombros, como desculpa. 

— Ele utiliza o sexo como uma arma. 

— Fode você para submetê-la? – Ela sacode a cabeça com 

desaprovação. Eu pisco rapidamente para ela, e eu sinto o rubor se 

espalhando pelo meu rosto. Oh... na mosca, Katherine Kavanagh, ganhadora 

do premio Pulitzer de jornalismo. 

— Ana, não a entendo, e você faz amor com ele? 

— Não, Kate, não fazemos amor... fodemos... como diz Christian. Ele 

não está interessado em amor. 

— Sabia que havia algo estranho nele. Tem problema em assumir 

compromisso. 

Eu concordo, como se estivesse de acordo, mas por dentro suspiro. 

Oh, Kate... eu gostaria de lhe contar tudo sobre este tipo estranho, triste e 

perverso, e gostaria que você pudesse me dizer para esquecê-lo, para deixar 

de ser tola. 

— Eu acho que é uma situação bastante esmagadora, — murmuro. 

Esse é o eufemismo do ano. Porque eu não quero mais falar sobre Christian, 

eu pergunto sobre Elliot. Só de mencionar o seu nome, a atitude de 

Katherine muda radicalmente, seu rosto se ilumina, sorrindo para mim. 

— Ele virá cedo no sábado para nos ajudar na mudança. Abraça a 

escova com força contra seu peito, ela se deu bem, e sinto uma vaga e 

familiar pontada de inveja. Kate encontrou um homem normal e parece 

muito feliz. 

Eu viro para ela e a abraço. 

— Ah, quase tinha me esquecimento. Seu pai ligou quando estava... 

bem, ocupada. Parece que Bob teve um pequeno acidente, assim, sua mãe e 

ele não poderão vir à entrega do diploma. Mas seu pai estará aqui na quinta-
feira. Ele quer que você ligue para ele. 

— Oh... minha mãe não me ligaria para me dizer isso. O Bob está 

bem? 

— Sim. Ligue para ela de manhã. Agora é tarde. 

— Obrigada, Kate. Já estou bem, agora. Amanhã ligarei também para 

o Ray. Acredito que vou-me deitar. — Ela me sorri, mas aperta seus olhos, 

preocupada. 

Quando ela saiu, sento-me, volto a ler o contrato e vou tomando 

notas. Uma vez que terminei, ligo o computador disposta a lhe responder. 

Em minha caixa de entrada há um e-mail do Christian. 







De: Christian Grey 

176 



 Data: 23 de maio de 2011 23:16 

 Para: Anastásia Steele 

 Assunto: Esta noite 



 Senhorita Steele: 



 Espero impaciente por suas observações sobre o contrato. 

 Enquanto isso, que durma bem, querida. 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 



 De: Anastásia Steele 

 Data: 24 de maio de 2011 00:02 

 Para: Christian Grey 

 Assunto: Objeções 



Querido senhor Grey 



 Aqui está minha lista de objeções. Espero que na quarta-feira 

possamos discutir com calma, durante o nosso jantar. 

 Os números remetem às cláusulas: 

 2: Não tenho certeza que seja exclusivamente em MEU benefício, quer 

dizer, para que explore minha sensualidade e meus limites. Estou segura de 

que para isso, não necessitaria um contrato de dez páginas. Certamente é 

para SEU benefício. 

 4: Como sabe, só pratiquei sexo com você. Não tomo drogas e nunca 

fiz uma transfusão. Certamente estou mais que sã. E sobre você? 

 8: Posso rescindir o contrato a qualquer momento, se acreditar que 

não está cumprindo os limites acordados. Ok, isso me parece muito bem. 

 9: Devo obedecer você em tudo? Aceitar sua disciplina sem duvidar? 

Temos que conversar sobre isso. 

 11: Período de prova de um mês, não de três. 

 12: Não posso me comprometer todos os fins de semana. Tenho vida 

própria, e seguirei tendo. Possivelmente três de cada quatro? 

15.2: Utilizar meu corpo da maneira que considere oportuna, no sexo ou em 

qualquer outro âmbito... Por favor, defina "em qualquer outro âmbito". 

 15.5: Toda a cláusula sobre a disciplina em geral. Não estou segura de 

que queira ser açoitada, surrada ou castigada fisicamente. Estou segura de 

que isto infringe as cláusulas 2-5. E além disso "por qualquer outra razão" é 

simplesmente mesquinho... e me disse que não era um sádico. 

 15.10: Como se me emprestar a alguém pudesse ser uma opção. Mas 

me alegro de que o deixe bem claro. 

177 



 15.14: Sobre as normas, comento mais adiante. 

 15.19: Que problema há em que me toque sem sua permissão? Em 

qualquer caso, sabe que não o faço. 

 15.21: Disciplina: veja-se acima cláusula 15.5. 

 15.22: Não posso te olhar nos olhos? Por quê? 

 15.24: Por que não posso tocar em você? 



Normas: 

 Dormir: aceitarei seis horas. 

Comida: não vou comer o que puser em uma lista. Ou a lista dos 

mantimentos se elimina, ou rompo o contrato. 

 Roupa: de acordo, contanto que só tenha que vestir a sua roupa 

quando estou com você... Ok. 

 Exercício: tínhamos ficado em três horas, mas segue pondo quatro. 



Limites suaves: 

 Temos que passar por tudo isto? Não quero fisting de nenhum tipo. O 

que é a suspensão? Pinças genitais... deve estar de brincadeira. 

 Poderia me dizer quais são seus planos para quarta-feira? Eu trabalho 

até às cinco da tarde. 



Boa noite. 

Ana 







De: Christian Grey 

Data: 24 de maio de 2011 00:07 

Para: Anastásia Steele 

Assunto: Objeções 



Senhorita Steele: 



É uma lista muito longa. Por que ainda está acordada? 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 









 De: Anastásia Steele 

 Data: 24 de maio de 2011 00:10 

178 



 Para: Christian Grey 

 Assunto: Queimando o óleo da meia-noite 



Senhor: 



 Se não recordar mal, estava com esta lista quando sua obsessão por 

controle me interrompeu e me levou para a cama. 



 Boa noite. 

 Ana 













De: Christian Grey 

 Data: 24 de maio de 2011 00:12 

Para: Anastásia Steele 

Assunto: Pare de queimar o óleo da meia-noite 



ANASTÁSIA,VÁ PARA CAMA. 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 









Oh... em maiúsculas! Como se gritasse. Desligo o computador. Como 

pode me intimidar estando a oito quilômetros de distância? 

Eu sacudo a minha cabeça. Meu coração está disparado, eu subo na 

cama e imediatamente caio em um sonho profundo, embora intranquilo. 

179Pela primeira vez em minha vida, saio para correr voluntariamente. 

Procuro meus asquerosos tênis, que nunca uso, uma calça de moletom e 

uma camiseta. Faço uma trança, ruborizo-me com as lembranças que 

voltam à minha mente e ligo o iPod. Não posso me sentar em frente a essa 

maravilha da tecnologia e seguir vendo ou lendo mais material inquietante. 

Preciso queimar parte desta excessiva e enervante energia. A verdade é que

gostaria de correr até o hotel Heathman e exigir sexo deste maníaco por 

controle. Mas está a oito quilômetros, e duvido que possa chegar a correr

dois, muito menos oito, e, claro, ele poderia não aceitar, o que seria muito 

humilhante. 

 Quando abro a porta, Kate está saindo de seu carro. Ela quase 

deixa as compras caírem quando me vê. Ana Steele com tênis de corrida. Eu 

aceno e não paro, por causa da inquisição. Preciso de algum tempo sozinha. 

Snow Patrol está tocando em meus ouvidos, e saio para o céu opala e aruá 

marinha, do anoitecer. 

Passo pelo parque. O que vou fazer? Desejo-o, mas nesses termos? A 

verdade é que não sei. Talvez eu devesse negociar o que quero. Revisar esse 

ridículo contrato linha a linha e dizer o que me parece aceitável e o que não. 

Minha pesquisa me disse que legalmente é sem nenhum valor. Ele deve 

saber. Suponho que só serve para definir os parâmetros da relação. Ele 

ilustra o que posso esperar dele e o que ele espera de mim, a minha 

submissão total. Estou preparada para dar isso a ele? Sou mesmo capaz? 

Uma pergunta me persegue, por que é ele assim? Será que é porque 

foi seduzido quando era muito jovem? Eu simplesmente não sei. Ele ainda é 

um mistério. 

 Eu paro ao lado de um grande pinheiro e apoio as mãos em 

meus joelhos, respirando com dificuldade, puxando o precioso ar para os 

meus pulmões. Sinto-me bem, é fantástico. Sinto que minha determinação 

se fortalece. Sim. Tenho que lhe dizer o que me parece bem e o que não. 

Tenho que lhe mandar por e-mail o que penso, e então poderemos discutir 

na quarta-feira. Eu respiro fundo, para me limpar por dentro, e dou a volta 

para casa. 

Kate foi comprar roupas, como só ela poderia, eram roupas para suas 

férias em Barbados. 

Principalmente biquínis e cangas combinando. Ela vai parecer 

fantástica com todos esses modelos, mas mesmo assim, ela prova todos e me 

obriga a sentar e comentar como ficaram. Não há muitas maneiras de dizer: 

"Está fantástica, Kate". Embora esteja magra, tem umas curvas de perder o 

164 



sentido. Ela não faz isso de propósito, eu sei, mas ao final arrasto meu 

penoso corpo coberto de suor até o meu quarto com a desculpa de ir 

empacotar mais caixas. Eu poderia me sentir mais inadequada? Levo comigo 

o computador sem fio, ligo e escrevo um email para Christian. 







De: Anastásia Steele 

 Data: 23 de maio de 2011 20:33 

Para: Christian Grey 

Assunto: Universitária escandalizada 



Bem, já vi o bastante. 

Foi agradável te conhecer. 



Ana 







Pressiono "Enviar", abraçando-me, rindo da minha piada. Será que 

ele vai achar isso tão engraçado? Oh, merda... 

Certamente não. Christian Grey não é famoso por seu senso de 

humor. Embora saiba que ele o tem, porque experimentei. Talvez ele deixe 

para lá. Espero sua resposta. 

 Espero... e espero. Olho para o despertador. Já se passaram dez 

minutos. 

Para esquecer da angústia que se abre caminho em meu estômago, 

ponho-me a fazer o que havia dito a Kate que faria: empacotar as coisas de 

meu quarto. Começo colocando meus livros em uma caixa. 

Por volta das nove sigo sem notícias. Talvez ele tenha saído. Eu estou 

amuada e petulante, ponho os fones do iPod, escuto o Snow Patrol e sento 

em minha mesa para reler o contrato e a anotar minhas observações e 

comentários. 

Não sei por que levanto o olhar, possivelmente capto de relance um 

ligeiro movimento, não sei, mas quando a levanto, Christian está na porta de 

meu quarto me olhando fixamente. Leva suas calças cinza de flanela e uma 

camisa branca de linho, e agita brandamente a chave do carro. Arregalo os 

olhos e fico gelada. Porra! 

 — Boa noite, Anastásia. — Sua voz era fria, sua expressão precavida 

e ilegível. A capacidade de falar me abandona. Maldita Kate, deixou-o entrar 

sem me avisar. Estou vagamente ciente de que ainda estou de moletom, toda 

suada e sem tomar banho, e ele está muito bonito, com as calças caindo 

bem nos quadris, e o que mais, ele está em meu quarto. 

165 



Eu senti que o seu e-mail merecia uma resposta em pessoa — explica 

em tom seco. 

 Abro a boca e volto a fechá-la, duas vezes. A piada é sobre mim. 

Nunca, neste ou em qualquer universo alternativo eu esperava que ele 

largasse tudo e viesse até aqui. 

Posso me sentar? — pergunta-me, agora com olhos divertidos. 

Obrigada, Meu deus... Talvez a brincadeira lhe pareceu engraçada. 

 Eu concordo. Minha capacidade de falar permanece incerta. 

Christian Grey está sentado em minha cama. 

Perguntava-me como seria seu quarto, — Ele diz. 

Olho ao meu redor, pensando em uma rota de fuga, não, aqui só tem 

uma porta e uma janela. 

Meu quarto é funcional, mas acolhedor, poucos móveis brancos de 

vime e uma cama de casal branca, de ferro, com uma colcha de patchwork 

que minha mãe fez quando estava em sua etapa de trabalhos caseiros. É 

azul céu e creme. 

— É muito sereno e tranquilo, - ele murmura. Não neste momento... 

não com você aqui. Finalmente minha medula oblonga recorda o seu 

propósito, eu respiro. 

Como...? 

Ele sorri para mim. 

Ainda estou no Heathman. 

 Isso eu já sabia. 

— Quer tomar algo? — Tenho que dizer o que a educação sempre me 

impõe. 

— Não, obrigado, Anastásia. Esboça um deslumbrante meio sorriso 

com a cabeça ligeiramente inclinada. 

Bem, eu certamente vou precisar de uma. 

Então, foi agradável me conhecer? 

Maldição, ofendeu-se? Olho para baixo, para os meus dedos. Como eu 

vou sair dessa? Se lhe disser a ele que era uma brincadeira, não acredito que 

goste de muito. 

— Pensei que me responderia por e-mail. — digo-lhe em voz muito 

baixa, patética. 

Você está mordendo o lábio de propósito? — pergunta-me muito 

sério. 

Eu pisco os olhos, abro a boca e solto o lábio. 

Não estava consciente de que estava mordendo o lábio, — eu 

murmuro. 

Meu coração está disparado. Sinto a tensão, essa deliciosa 

eletricidade estática que invade o espaço. Ele está sentado muito perto de 

mim, com seus olhos cinza impenetráveis, os cotovelos apoiados nos joelhos 

e as pernas separadas. Inclina-se, desfaz-me uma trança muito devagar e me 

166 



separa o cabelo com os dedos. Fico com a respiração presa e não posso me 

mover. Observo hipnotizada sua mão movendo-se para a outra trança, 

tirando a borracha e desfazendo a trança com seus compridos e hábeis 

dedos. 

— Vejo que você decidiu fazer um pouco de exercício — fala em voz 

baixa e melodiosa, me colocando o cabelo atrás da orelha. — Por que, 

Anastásia? — Rodeia-me a orelha com os dedos e muito suavemente, 

ritmicamente, acaricia o lóbulo. Isso é muito sexual. 

— Necessitava tempo para pensar, — eu sussurro. Eu sou toda 

coelho e faróis, mariposa e chama, pássaro e serpente... e ele sabe 

exatamente o que está fazendo. 

— Pensar no que, Anastásia? 

— Você. 

E você decidiu que foi agradável me conhecer? Refere-te a me 

conhecer em sentido bíblico? 

Merda. Ruborizo-me. 

— Não pensava que fosse um perito na Bíblia. 

— Eu ia à catequese aos domingos, Anastásia. Aprendi muito. 

Não recordo ter lido nada sobre pinças para mamilos na Bíblia. 

Talvez lhe deram a catequese com uma tradução moderna. 

Seus lábios se arqueiam desenhando um ligeiro sorriso e dirijo o 

olhar para sua boca. 

Bom, pensei que devia vir a lhe recordar quão agradável foi me 

conhecer. 

Meu Deus. Eu fico olhando para ele de boca aberta, e seus dedos se 

movem da minha orelha para o meu queixo. 

O que lhe parece, senhorita Steele? 

Seus olhos cinzentos brilham para mim, há um desafio intrínseco em 

seu olhar. Seus lábios estão entreabertos, está esperando, alerta para 

atacar. O desejo, agudo, líquido e fumegante - arde no mais profundo de 

meu ventre. 

Adianto-me e me lanço para ele. De repente se move, não tenho nem 

ideia de como, e em um abrir e fechar de olhos estou na cama, imobilizada 

debaixo dele, com as mãos estendidas e sujeitas por cima da cabeça, com 

sua mão livre me agarrando o rosto e sua boca procurando a minha. 

Ele coloca a língua em minha boca, reclama-me e me possui, e eu me 

deleito com sua força. Sinto-o por todo meu corpo. Deseja-me, e isso provoca 

estranhas e deliciosas sensações dentro de mim. Não quer a Kate, com seus 

minúsculos biquínis, nem a uma das quinze, nem à malvada senhora 

Robinson. Quer a mim. Este formoso homem me deseja. Minha deusa 

interior brilha tanto que poderia iluminar toda a cidade de Portland. Deixa 

de me beijar. Abro os olhos e o vejo me olhando fixamente. 

Confia em mim? — pergunta-me. 

167 



Eu concordo, com os olhos muito abertos, com o coração 

ricocheteando nas costelas e o sangue trovejando por todo meu corpo. Ele 

estica o braço e do bolso da calça tira sua gravata de seda cinza... a gravata 

cinza que deixa pequenas marcas da malha em minha pele. Senta-se 

rapidamente escarranchado sobre mim e me ata as colunas, mas esta vez 

ata o outro extremo da gravata ao canto da cama. Puxa o nó para comprovar 

que está seguro. Não vou a nenhuma parte. Estou atada a minha cama, e 

muito excitada. 

Ele se levantou e ficou em pé junto à cama, me olhando com olhos 

turvos de desejo. Seu olhar é de triunfo e de alívio. 

— Melhor assim, — murmura e esboça um sorriso perverso de 

conhecimento. Inclina-se e começa a me desamarrar um tênis. Oh, não... 

não... meus pés. Acabo de correr. 

Não, — protesto e empurro para que me solte. 

Detém-se. 

Se lutar, amarrarei também os pés, Anastásia. Se fizer o menor ruído, 

te amordaçarei. Fique quieta. Katherine provavelmente está aqui e poderá 

me escutar lá fora. 

Amordaçar-me! Kate! Eu calo a boca. 

Tirou -me os tênis e as meias, e me baixa muito devagar a calça de 

moletom. 

Oh... que calcinha estou vestindo? Levanta-me, retira a colcha e o 

edredom de debaixo de mim e me coloca de barriga para cima sobre os 

lençóis. 

— Vejamos. — ele passa a língua lentamente pelo lábio inferior. — 

Está mordendo o lábio, Anastásia. Sabe o efeito que tem sobre mim. — 

Pressiona-me seu longo dedo indicador na boca como advertência. 

Oh meu Deus. Eu mal posso me conter, estou indefesa, tombada, vejo 

que ele se move tranquilamente pelo meu quarto. É um afrodisíaco 

embriagador. Lentamente, sem pressas, ele tira os sapatos e as meias, 

desfaz-se da calça e tira a camisa. 

— Acredito que você viu muito, — ele ri maliciosamente. Volta a 

sentar-se em cima de mim, escarranchado, e me levanta a camiseta. Acredito 

que vai me tirar isso, mas a enrola à altura do pescoço e logo a sobe de 

maneira que me deixa descoberta a boca e o nariz, mas me cobre os olhos. E 

como está tão bem enrolada, não vejo nada. 

— Mmm — sussurra satisfeito. — Isto está cada vez melhor. Eu vou 

tomar uma bebida. Inclina-se, beija-me brandamente nos lábios e deixo de 

sentir seu peso. Ouço o leve chiado da porta do quarto. Tomar uma bebida. 

Onde? Aqui? Em Portland? Em Seattle? Aguço o ouvido. Distingo ruídos 

surdos e sei que está falando com a Kate... Oh, não... Ele está praticamente 

nu. O que vai dizer a Kate? Ouço um golpe seco. O que é isso? Retorna, a 

porta volta a chiar, ouço seus passos pelo quarto e o som de gelo tilintando 

168 



em um copo. O que está bebendo? Fecha a porta e ouço como se aproxima 

tirando as calças, que caem ao chão. Sei que está nu. E volta a sentar-se 

escarranchado sobre mim. 

— Tem sede, Anastásia? — pergunta-me em tom zombador. 

— Sim, — digo-lhe, porque de repente sinto a boca seca. Ouço o 

tinido do gelo no copo. Inclina-se e, ao me beijar, derrama em minha boca 

um líquido delicioso. É vinho branco. Não o esperava e é muito excitante, 

embora esteja gelado, e os lábios do Christian também estão frios. 

Mais? — pergunta-me em um sussurro. 

Aceito. O gosto é ainda melhor porque vem de sua boca. Inclina-se e 

bebo outro gole de seus lábios... Oh, meu Deus. 

— Não vamos muito longe, sabemos que sua tolerância ao álcool é 

limitada, Anastásia. 

Não posso evitar de rir, e ele se inclina e solta outra deliciosa 

baforada. Ele se coloca ao meu lado e sinto sua ereção no quadril. Oh, 

quero-o dentro de mim. 

Isso parece bom para você? — pergunta-me, mas ouço a borda em 

sua voz. 

Estou tensa. Volta a mover o copo, beija-me e, junto com o vinho, 

solta um pedaço de gelo, na boca. Muito devagar começa a descer com os 

lábios desde meu rosto, passando por meus seios, até meu torso e meu 

ventre. Coloca-me uma parte de gelo no umbigo, onde se forma um pequeno 

lago de vinho muito frio que provoca um incêndio que se propaga até o mais 

profundo de meu ventre. Uau. 

— Agora tem que ficar quieta, — ele sussurra. — Se você se mover, 

molhara a cama de vinho, Anastásia. 

Meus quadris se flexionam automaticamente. 

Oh, não. Se derramar o vinho, vou te castigar, senhorita Steele. 

Gemo, tento me controlar e luto desesperadamente contra a 

necessidade de mover os quadris. Oh, não... por favor. 

 Baixa com um dedo as taças do sutiã e deixa com os seios no ar, 

expostos e vulneráveis. Inclina-se, beija e pega meus mamilos com os lábios 

frios, gelados. Luto contra meu corpo, que tenta responder arqueando-se. 

Você gosta disto? — pergunta-me me apertando um mamilo. 

Volto a ouvir o tinido do gelo, e logo o sinto ao redor de meu mamilo 

direito, enquanto puxa de uma vez o esquerdo com os lábios. Gemo e luto 

para não me mover. Uma desesperadora e doce tortura. 

— Se derramar o vinho, não deixarei que goze. 

— Oh... por favor... Christian... Senhor... por favor. — Ele estava me 

deixando louca. Posso ouvi-lo sorrir. 

 O gelo de meu mamilo está derretendo-se. Estou muito quente... 

quente, molhada e morta de desejo. 

Quero-o dentro de mim. Agora. 

169 



Ele desliza muito devagar os dedos gelados pelo meu ventre. Como 

tenho a pele hipersensível, meus quadris se flexionam e o líquido do umbigo, 

agora menos frio, goteja-me pela barriga. Christian se move rapidamente e o 

lambe, beija-me, morde-me brandamente, chupa-me. 

Oh querida, Anastásia, você se moveu. O que vou fazer contigo? 

Ofego em voz alta. A única coisa que posso me concentrar é em sua 

voz e seu tato. Nada mais é real. Nada mais importa. Meu radar não registra 

nada mais. Desliza os dedos por dentro da minha calcinha e me alivia ouvir 

que lhe escapa um profundo suspiro. 

OH, querida, — ele murmura e me introduz dois dedos. 

Sufoco um grito. 

— Estará pronta para mim logo, — ele diz. Movendo seus tentadores 

dedos devagar, dentro e fora, eu empurro para ele elevando os quadris. 

— Você é uma garota gulosa, — ele me repreende baixinho, e seu 

polegar circunda o meu clitóris e sem seguida, pressiona para baixo. 

Ofego e meu corpo estremece sob seus peritos dedos. Estica um 

braço e retira a camiseta dos meus olhos para que possa vê-lo. A tênue luz 

do abajur me faz piscar. Desejo tocá-lo. 

— Eu quero tocar você. — eu respiro. 

— Eu sei, — ele murmura. Inclina-se e me beija sem deixar de mover 

os dedos ritmicamente dentro de meu corpo, riscando círculos e 

pressionando com o polegar. Com a outra mão me recolhe o cabelo para 

cima e me sujeita a cabeça para que não a mova. Replica com a língua o 

movimento de seus dedos. Começo a sentir as pernas rígidas de tanto 

empurrar para sua mão. Ele retira gentilmente sua mão, então sou trazida 

de volta da beira do abismo. Ele repete isso uma e outra vez. Isso é tão 

frustrante... Oh, por favor, Christian, eu grito por dentro. 

— Este é seu castigo, tão perto e de repente tão longe. Você acha isso 

agradável? — sussurra-me ao ouvido. 

Eu choramingo, esgotada, e puxo meus braços amarrados. Estou 

indefesa, perdida em uma tortura erótica. 

— Por favor, — suplico-lhe, e ele finalmente tem piedade de mim. 

—Como quer que lhe foda, Anastásia? 

Oh... meu corpo começa a tremer e volta a fica imóvel. 

— Por favor. 

— O que você quer, Anastásia? 

— Você... agora, - eu grito. 

— Como quer que eu lhe foda. Há uma variedade infinita de 

maneiras, — ele respira contra meus lábios. Ele retira sua mão e atinge a 

mesa de cabeceira, pegando o saquinho prateado. Ajoelha-se entre minhas 

pernas e, muito devagar, tira-me a calcinha sem deixar de me olhar com 

olhos brilhantes. Ele coloca o preservativo. Eu observo fascinada, 

hipnotizada. 

170 



Isto lhe parece agradável? — diz-me acariciando-se. 

— Eu quis dizer isso como uma brincadeira, — eu choramingo. Por 

favor, me foda Christian. 

Ele levanta as sobrancelhas, deslizando a mão para cima e para baixo 

em seu impressionante membro. 

— Uma brincadeira? — pergunta-me com a voz ameaçadoramente 

suave. 

— Sim. Por favor, Christian, — rogo-lhe. 

— Você está rindo agora? 

Não, — eu choramingo. 

A tensão sexual está a ponto de me fazer estalar. Olha-me por um 

momento, avaliando meu desejo, e de repente me agarra e me dá a volta. 

Fico surpresa, e como tenho as mãos amaradas, tenho que me apoiar nos 

cotovelos. Empurra-me os joelhos para elevar o traseiro e me dá um forte 

tapa. Antes que possa reagir, penetra-me. Eu grito, pelo tapa e por sua 

agressão súbita, e gozo imediatamente uma e outra vez, caindo debaixo dele, 

que segue a bater deliciosamente dentro de mim. Não se detém. Estou 

destroçada. Não aguento mais... e ele empurra uma e outra vez... e sinto que 

volta a me alagar outra vez... então eu estou começando de novo... não pode 

ser... não... 

— Vamos, Anastásia, mais uma vez, — ele rosna por entre os dentes 

cerrados, e inacreditavelmente, meu corpo responde, convulsionando em 

torno dele, quando eu chego ao clímax de novo, gritando o seu nome. 

Despedaço-me novamente em pequenos fragmentos, e Christian finalmente 

para, em silêncio, encontrando a sua liberação. 

Ele cai em cima de mim, ofegando. 

Quanto você achou bom? — pergunta-me com os dentes apertados. 

 Oh, meu Deus. 

Estou caída na cama, devastada, ofegando e com os olhos fechados, 

quando se separa de mim muito devagar. Levanta-se e começa a vestir-se. 

Quando acabou, volta para a cama, desamarra-me e me tira a camiseta. 

Flexiono os dedos e esfrego as bochechas, sorrindo ao ver que me marcou o 

desenho do lençol. Ajusto o sutiã enquanto ele atira a colcha e o edredom 

para me tampar. Olho para ele aturdida e ele me devolve o sorriso. 

— Foi realmente muito bom, — sussurro timidamente. 

— Não use esta palavra de novo. 

— Você não gosta de que palavra? 

— Não. Não tem nada que ver comigo. 

— Oh... Eu não sei... parece ter um efeito benéfico para você. 

— Eu sou um efeito benéfico? Isso é o que sou agora? Poderia ferir 

mais meu amor próprio, senhorita Steele? 

171 



 — Não acredito que tenha algum problema de amor próprio. Mas 

sou consciente de que o digo sem convicção. Algo me passa rapidamente 

pela cabeça, uma ideia fugaz, mas me escapa antes que possa apanhá-la. 

— Você crê? — pergunta-me em tom amável. Ele está deitado ao meu 

lado, vestido, com a cabeça apoiada no cotovelo, e eu estou apenas com o 

sutiã. 

— Por que você não gosta que lhe toquem? 

—Porque não. — Ele inclina-se sobre mim e me beija suavemente na 

testa. — Então, esse e-mail que você mandou era uma brincadeira 

Sorrio a modo de desculpa e encolho de ombros. 

— Estou vendo. Então ainda está pensando em minha proposta? 

— Sua proposta é indecente... sim, estou pensando nela. Mas, tenho 

alguns problemas, embora. 

Ele me sorri aliviado. 

— Ficaria decepcionado se não tivesse algumas coisas para discutir. 

— Eu ia mandar isso por email, mas você me interrompeu. 

— Coitus interruptus. 

— Vê, eu sabia que tinha um pouco de senso de humor escondido 

por aí. — digo-lhe sorridente. 

— Não é tão divertido, Anastásia. Pensei que estava me dizendo não, 

que nem sequer queria comentá-lo. — Sua voz falha. 

— Ainda não sei. Não decidi nada. Você vai me colocar uma coleira? 

Ele levanta as sobrancelhas. 

— Você esteve pesquisando. Eu não sei, Anastásia. Nunca dei uma 

coleira para alguém.. 

Oh... deveria me surpreender? Sei tão pouco sobre as sessões... Eu 

não sei. 

— Você já usou uma coleira? — pergunto, num sussurro 

— Sim. 

— Da senhora Robinson? 

— Senhora Robinson! — Ele ri às gargalhadas, e parece jovem e 

despreocupado, com a cabeça arremessada para trás. Sua risada é 

contagiosa. 

Eu sorrio para ele. 

— Eu vou contar a ela como a chama, ela vai adorar. 

— Você continua em contato com ela? — pergunto-lhe sem poder 

dissimular meu temor. 

— Sim. — responde-me muito sério. 

Oh... de repente, uma parte de mim se volta louca de ciúmes. O 

sentimento é tão forte que me perturba. 

— Já vejo. — digo-lhe em tom tenso. — Assim tem alguém com quem 

comentar seu estilo alternativo de vida, mas eu não posso. 

Ele franze as sobrancelhas 

172 



— Acredito que nunca pensei por este ponto de vista. A senhora 

Robinson fazia parte deste estilo de vida. Eu disse a você que agora é uma 

boa amiga. Se quiser, posso te apresentar a uma de minhas ex-submissas. 

Poderia falar com ela. 

O que? Ele está, deliberadamente, tentando me deixar aborrecida? 

— Esta é a sua ideia de uma piada? 

— Não, Anastásia. — Confuso, e ele balança a cabeça seriamente. 

— Não... eu vou fazer isso do meu jeito, muito obrigada — eu 

respondi bruscamente, puxando o cobertor até ao meu queixo. 

Ele observa-me perdido, surpreso. 

— Anastásia, eu... — Ele não sabe o que dizer. Uma novidade, eu 

acredito. — Não queria te ofender. 

— Não estou ofendida. Estou consternada. 

— Consternada? 

 — Não quero falar com nenhuma ex-namorada... escrava... sub... ou 

qualquer nome que você chama. 

— Anastásia Steele, está com ciúmes? 

Eu fico vermelha 

— Você vai ficar? 

— Amanhã, no café da manhã, tenho uma reunião em Heathman. 

Além disso, já te disse que não durmo com minhas namoradas, escravas, 

submissas, com ninguém. Sexta-feira e sábado foram uma exceção. Não 

voltará a acontecer. — Ouço a firme determinação atrás de sua doce voz 

rouca. 

Eu franzo os lábios. 

— Bem, estou cansada agora. 

— Você está me chutando para fora? — Ele levanta as sobrancelhas, 

perplexo e um pouco aflito. 

— Sim. 

— Bem, outra novidade. — Olha-me especulativamente. — Não quer 

discutir nada agora? Sobre o contrato. 

— Não. — respondo-lhe de mau humor. 

— Deus, eu gostaria de dar-lhe uma boa surra. Você se sentiria 

muito melhor, assim como eu. 

— Você não pode dizer essas coisas... Ainda não assinei nada. 

— Um homem pode sonhar, Anastásia. — Ele inclina-se e me agarra 

pelo queixo. — Quarta-feira? — Ele murmura, e beija-me rapidamente nos 

lábios. 

— Quarta-feira. — respondo-lhe. — Eu acompanho você até lá fora. 

Só me dê um minuto. — Sento, coloco a camisa e empurrou-o para obter 

espaço na cama. Ele faz isso com relutância. 

— Passe-me à calça de moletom, por favor. 

Ele a recolhe do chão e me entrega. 

173 



— Sim, senhora. — Ele tenta ocultar seu sorriso, mas não o 

consegue. 

Eu olho para ele de cara feia, enquanto ponho as calças. Meu cabelo 

está um desastre e eu sei que depois que ele se for, eu terei que enfrentar a 

inquisição de Katherine Kavanagh. Coloco um elástico no cabelo, dirijo-me 

para a porta e abro para ver se vejo Kate. Ela não está na sala de estar. 

Acredito que a ouço falando no telefone em seu quarto. Christian me segue. 

Durante o breve percurso entre o meu quarto e a porta da frente, meus 

pensamentos e meus sentimentos fluem e se transformam. Já não estou 

zangada com ele. De repente, me sinto insuportavelmente tímida. Não quero 

que parta. Pela primeira vez, eu gostaria que ele fosse normal, eu gostaria de 

manter uma relação normal, que não exigisse um acordo de dez páginas, 

açoites e mosquetões no teto de seu quarto de jogos. 

Abro-lhe a porta e olho para as minhas mãos. É a primeira vez que 

recebo um homem em minha casa para fazer sexo, e acredito que foi genial. 

Mas agora me sinto como um recipiente, como um copo vazio que se enche 

com o seu desejo. Meu subconsciente sacode a cabeça. 

Eu queria correr até Heathman em busca de sexo... e lhe fizeram uma 

entrega expressa. Cruzo os braços e bato com o pé no chão, como um ‘qual o 

problema em olhar em seu rosto’. Christian parou junto à porta, agarra-me 

pelo queixo e me obriga a olhá-lo. Sua testa enruga ligeiramente . 

— Você está bem? — ele pergunta me acariciando o queixo com seu 

polegar. 

— Sim. — respondo-lhe, embora com toda a honestidade eu não 

estou muito certa. Sinto uma mudança de paradigma. Eu sei que se aceitar, 

vou me machucar. Ele não é capaz, não lhe interessa ou não quer me 

oferecer nada mais... mas eu quero mais. Muito mais. O ataque de ciúmes 

que senti por um momento, antes, me diz que meus sentimentos por ele são 

mais profundos do que eu mesma posso admitir. 

— Quarta-feira, — ele confirma, inclina-se e me beija com ternura. 

Mas enquanto está me beijando, seus lábios ficam mais urgentes contra os 

meus, sua mão se move para cima do meu queixo e está segurando a minha 

cabeça, uma mão de cada lado. Sua respiração se acelera. Inclina-se para 

mim e me beija mais profundamente. Coloquei minhas mãos em seus 

braços. Quero deslizar as mãos pelo seu cabelo, mas resisto porque sei que 

não gostaria. Ele encosta sua testa contra a minha, de olhos fechados, com a 

voz tensa. 

— Anastásia, — ele sussurra. — o que você está fazendo comigo? 

— O mesmo eu poderia dizer para você, — sussurro de volta. 

Toma uma respiração profunda, beija-me na testa e parte. Avança em 

passo decidido para o carro passando a mão pelo cabelo. Enquanto abre a 

porta, levanta o olhar e me lança um sorriso arrebatador. Totalmente 

deslumbrada, devolvo-lhe um leve sorriso e volto a pensar em Ícaro 

174 



aproximando-se muito ao sol. Fecho a porta da rua, enquanto se mete em 

seu carro esportivo. Sinto uma irresistível necessidade de chorar. Uma triste 

e solitária melancolia me oprime o coração. Volto para meu quarto, fecho a 

porta e me apoio tentando racionalizar meus sentimentos, mas não posso. 

Deixo-me cair no chão, cubro o rosto com as mãos e as lágrimas começam a 

descer. 

Kate bate na porta suavemente. 

— Ana? — ela sussurra. Eu abro a porta. Ela me olha e me abraça. 

— O que está errado? O que lhe fez esse bastardo repulsivo? 

— Oh, Kate, nada que eu não quisesse que me fizesse. 

Ela me empurra para a cama e nos sentamos. 

— Você está com o cabelo horrível. 

Embora esteja desconsolada, rio-me. 

— O sexo foi bom, não foi terrível em nada. 

Kate sorri. 

— Melhor. Por que você está chorando? Você nunca chora. — Ela 

pega a minha escova na mesa em frente, senta atrás de mim, e muito 

devagar escova para tirar os nós. 

— Eu só não acho que nosso relacionamento está indo a lugar 

nenhum. — Olho para os meus dedos. 

— Você não disse que ia vê-lo só na quarta-feira? 

— Sim, foi o que combinamos. 

— E por que ele apareceu hoje por aqui? 

— Porque lhe mandei um e-mail. 

— Pedindo para que ele viesse? 

— Não, lhe dizendo que não queria voltar a vê-lo. 

— E ele veio até aqui? Ana, você é genial. 

— A verdade é que era uma brincadeira. 

— Oh, agora sim não estou entendendo nada. 

Pacientemente, lhe explico essência do meu e-mail, sem entrar em 

detalhes. 

— Pensou que responderia por email. 

— Sim. 

— Mas isso fez com que ele viesse aqui. 

— Sim. 

— Eu diria que ele está completamente apaixonado por você. 

Franzo o cenho. Christian apaixonado por mim? Dificilmente. Ele só 

está procurando um novo brinquedo, um novo e adequado brinquedo para 

deitar-se e lhe fazer coisas indescritíveis. Meu coração se aperta. 

Essa é a verdade. 

— Ele veio só para foder-me, isso é tudo. 

175 



— Quem disse que o romantismo tinha morrido? — ela murmura 

horrorizada. Eu choquei a Kate. Não pensava que isso fora possível. Encolho 

os ombros, como desculpa. 

— Ele utiliza o sexo como uma arma. 

— Fode você para submetê-la? – Ela sacode a cabeça com 

desaprovação. Eu pisco rapidamente para ela, e eu sinto o rubor se 

espalhando pelo meu rosto. Oh... na mosca, Katherine Kavanagh, ganhadora 

do premio Pulitzer de jornalismo. 

— Ana, não a entendo, e você faz amor com ele? 

— Não, Kate, não fazemos amor... fodemos... como diz Christian. Ele 

não está interessado em amor. 

— Sabia que havia algo estranho nele. Tem problema em assumir 

compromisso. 

Eu concordo, como se estivesse de acordo, mas por dentro suspiro. 

Oh, Kate... eu gostaria de lhe contar tudo sobre este tipo estranho, triste e 

perverso, e gostaria que você pudesse me dizer para esquecê-lo, para deixar 

de ser tola. 

— Eu acho que é uma situação bastante esmagadora, — murmuro. 

Esse é o eufemismo do ano. Porque eu não quero mais falar sobre Christian, 

eu pergunto sobre Elliot. Só de mencionar o seu nome, a atitude de 

Katherine muda radicalmente, seu rosto se ilumina, sorrindo para mim. 

— Ele virá cedo no sábado para nos ajudar na mudança. Abraça a 

escova com força contra seu peito, ela se deu bem, e sinto uma vaga e 

familiar pontada de inveja. Kate encontrou um homem normal e parece 

muito feliz. 

Eu viro para ela e a abraço. 

— Ah, quase tinha me esquecimento. Seu pai ligou quando estava... 

bem, ocupada. Parece que Bob teve um pequeno acidente, assim, sua mãe e 

ele não poderão vir à entrega do diploma. Mas seu pai estará aqui na quinta-
feira. Ele quer que você ligue para ele. 

— Oh... minha mãe não me ligaria para me dizer isso. O Bob está 

bem? 

— Sim. Ligue para ela de manhã. Agora é tarde. 

— Obrigada, Kate. Já estou bem, agora. Amanhã ligarei também para 

o Ray. Acredito que vou-me deitar. — Ela me sorri, mas aperta seus olhos, 

preocupada. 

Quando ela saiu, sento-me, volto a ler o contrato e vou tomando 

notas. Uma vez que terminei, ligo o computador disposta a lhe responder. 

Em minha caixa de entrada há um e-mail do Christian. 







De: Christian Grey 

176 



 Data: 23 de maio de 2011 23:16 

 Para: Anastásia Steele 

 Assunto: Esta noite 



 Senhorita Steele: 



 Espero impaciente por suas observações sobre o contrato. 

 Enquanto isso, que durma bem, querida. 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 



 De: Anastásia Steele 

 Data: 24 de maio de 2011 00:02 

 Para: Christian Grey 

 Assunto: Objeções 



Querido senhor Grey 



 Aqui está minha lista de objeções. Espero que na quarta-feira 

possamos discutir com calma, durante o nosso jantar. 

 Os números remetem às cláusulas: 

 2: Não tenho certeza que seja exclusivamente em MEU benefício, quer 

dizer, para que explore minha sensualidade e meus limites. Estou segura de 

que para isso, não necessitaria um contrato de dez páginas. Certamente é 

para SEU benefício. 

 4: Como sabe, só pratiquei sexo com você. Não tomo drogas e nunca 

fiz uma transfusão. Certamente estou mais que sã. E sobre você? 

 8: Posso rescindir o contrato a qualquer momento, se acreditar que 

não está cumprindo os limites acordados. Ok, isso me parece muito bem. 

 9: Devo obedecer você em tudo? Aceitar sua disciplina sem duvidar? 

Temos que conversar sobre isso. 

 11: Período de prova de um mês, não de três. 

 12: Não posso me comprometer todos os fins de semana. Tenho vida 

própria, e seguirei tendo. Possivelmente três de cada quatro? 

15.2: Utilizar meu corpo da maneira que considere oportuna, no sexo ou em 

qualquer outro âmbito... Por favor, defina "em qualquer outro âmbito". 

 15.5: Toda a cláusula sobre a disciplina em geral. Não estou segura de 

que queira ser açoitada, surrada ou castigada fisicamente. Estou segura de 

que isto infringe as cláusulas 2-5. E além disso "por qualquer outra razão" é 

simplesmente mesquinho... e me disse que não era um sádico. 

 15.10: Como se me emprestar a alguém pudesse ser uma opção. Mas 

me alegro de que o deixe bem claro. 

177 



 15.14: Sobre as normas, comento mais adiante. 

 15.19: Que problema há em que me toque sem sua permissão? Em 

qualquer caso, sabe que não o faço. 

 15.21: Disciplina: veja-se acima cláusula 15.5. 

 15.22: Não posso te olhar nos olhos? Por quê? 

 15.24: Por que não posso tocar em você? 



Normas: 

 Dormir: aceitarei seis horas. 

Comida: não vou comer o que puser em uma lista. Ou a lista dos 

mantimentos se elimina, ou rompo o contrato. 

 Roupa: de acordo, contanto que só tenha que vestir a sua roupa 

quando estou com você... Ok. 

 Exercício: tínhamos ficado em três horas, mas segue pondo quatro. 



Limites suaves: 

 Temos que passar por tudo isto? Não quero fisting de nenhum tipo. O 

que é a suspensão? Pinças genitais... deve estar de brincadeira. 

 Poderia me dizer quais são seus planos para quarta-feira? Eu trabalho 

até às cinco da tarde. 



Boa noite. 

Ana 







De: Christian Grey 

Data: 24 de maio de 2011 00:07 

Para: Anastásia Steele 

Assunto: Objeções 



Senhorita Steele: 



É uma lista muito longa. Por que ainda está acordada? 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 









 De: Anastásia Steele 

 Data: 24 de maio de 2011 00:10 

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 Para: Christian Grey 

 Assunto: Queimando o óleo da meia-noite 



Senhor: 



 Se não recordar mal, estava com esta lista quando sua obsessão por 

controle me interrompeu e me levou para a cama. 



 Boa noite. 

 Ana 













De: Christian Grey 

 Data: 24 de maio de 2011 00:12 

Para: Anastásia Steele 

Assunto: Pare de queimar o óleo da meia-noite 



ANASTÁSIA,VÁ PARA CAMA. 



Christian Grey 

CEO, Grey Participações e Empreendimentos Inc. 









Oh... em maiúsculas! Como se gritasse. Desligo o computador. Como 

pode me intimidar estando a oito quilômetros de distância? 

Eu sacudo a minha cabeça. Meu coração está disparado, eu subo na 

cama e imediatamente caio em um sonho profundo, embora intranquilo. 

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