Durante muito tempo, ninguém disse nada, e tudo o que
Thomas viu foram faces em branco. Sentiu o suor na testa, as mãos oleosas,
estava aterrorizado para seguir em frente.
Newt parecia completamente desnorteado e finalmente quebrou o
silêncio. - O que você está falando?
- Bem, primeiro há algo que eu tenho que compartilhar. Sobre
mim e Teresa.
Há uma razão pela qual Gally me acusou de muitas coisas, e porque
qualquer um que tenha passado pela a transformação me reconhece.
Esperava perguntas, uma explosão de vozes, mas a habitação estava
em completo silêncio.
- Teresa e eu somos... diferentes, continuou ele. Fazíamos parte dos
Julgamentos do labirinto desde o início, mas contra a nossa vontade, eu
juro. Minho estava falando agora. - Thomas, do que você está
falando?
- Teresa e eu fomos usados pelos criadores. Se você teve suas
memórias, de volta provavelmente iria querer nos matar. Mas eu tinha que
contar isso por mim mesmo para provar que você pode confiar agora. Então
acredite em mim quando eu te disser que é a única maneira de sair daqui.
Thomas rapidamente escaneou os rostos dos encarregados,
perguntando-se pela última vez,se ele devesse dizer, se eles o entenderiam.
Mas ele sabia o que tinha de fazer.
Teria de fazer.
Thomas respirou fundo, então logo disse. - Teresa e eu ajudamos a
desenhar o labirinto. Ajudamos a criar tudo.
Todo mundo parecia atordoado demais para reagir. Rostos pasmos
devolveram o olhar uma vez mais.
Thomas imaginou que eles não entenderiam ou não acreditariam.
- O que é que isso quer dizer? - Newt perguntou finalmente. São
uns malditos garotos de 16 anos. Como eles poderiam ter criado o
labirinto?
Thomas não conseguia parar de duvidar um pouco de si mesmo,
mas ele sabia o que tinha se lembrado. Tão louco como ele era, ele sabia a
verdade. - Somos... inteligentes.
Eu pensei que isso poderia fazer parte das variáveis. Mas o mais
importante.
Teresa e eu temos um... dom que nos fez muito valiosos, quando
eles conceberam e construíram este lugar. - Ele parou, sabendo que tinha
tudo para soar ridículo.
- Fala! Idiota! Gritou Newt.
- Somos telepatas! Podemos falar com os outros em nossa maldita
cabeça.
Dizer isso em voz alta, quase o fez se sentir envergonhado, como se
ele tivesse de admitir que fosse um ladrão.
Newt piscou, surpresa, alguém tossiu.
- Mas me ouçam, continuou Thomas, em uma tentativa de se
defender. Nos forçaram a ajudar. Eu não sei como ,nem porquê, mas eles
fizeram. Ele fez uma pausa. Talvez para ver se conseguimos ganhar a sua
confiança, apesar de ser parte deles.
Talvez estivéssemos para ser os que revelassem no final como
escapar.
Seja qual for a razão, com seus mapas percebemos o código e temos
que usar agora.
Thomas olhou ao redor, e surpreendentemente, assombradamente,
não parecia irritado. A maioria dos habitantes da clareira olhando-o ou
balançando a cabeça em espanto ou incredulidade. E por alguma estranha
razão, Minho estava sorrindo.
- É verdade, e eu sinto muito, continuou Thomas. Mas eu posso
dizer isso, e estou no mesmo barco que você agora. Teresa e eu fomos
enviados aqui como qualquer outra pessoa, e nós poderemos morrer igual a
vocês. Mas os criadores têm visto o suficiente, é hora para os testes finais.
Acho que precisava da transformação para adicionar as peças finais
do quebra cabeça.
Enfim, eu queria que soubessem a verdade, saber que há uma
chance de que nós possamos fazer isso.
Newt sacudiu a cabeça para trás e para frente, olhando para baixo.
Então ele ergue a vista, até os outros encarregados. - Os criadores,
esses fizeram isso para nós e não para Tommy e Teresa. Os criadores. E
você vai se arrepender.
- Seja o que for, disse Minho, que merda que dê tudo isso, basta
continuar com a fuga agora.
Um nó se formou na garganta de Thomas.
Ele estava tão aliviado que quase não poderia falar. Ele tinha
certeza que eles teriam colocado mais calor em sua confissão, se não
tirassem-no do precipício. O resto do que ele tinha a dizer parecia quase
mais fácil agora. - Há uma estação de computador em um lugar que nós
nunca temos visto antes. O código abre uma porta para sair do labirinto.
Também desliga os grievers para que eles não possam nos seguir, se
é que podemos sobreviver tempo suficiente para chegar a esse ponto.
- Um lugar que nunca tínhamos visto antes? Alby perguntou. O
que você acha que estávamos fazendo por dois anos?
- Confie em mim, você nunca foi a este lugar.
Minho se levantou. - Bem, onde ele está?
- É quase suicida, disse Thomas, sabendo que estava postergando a
resposta. O grievers virão atrás de nós, quando tentarmos fazê-lo.
Todos eles. O teste final. - Queria ter certeza de que eles
entendessem que estariam se arriscando. As chances de sobrevivência eram
pequenas para todos.
- Então onde fica o lugar? - Newt perguntou, inclinando-se em sua
cadeira.
- No precipício, disse Thomas. Nós teremos que passar pelo buraco
dos grievers.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Capitulo 50
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às 15:04
Marcadores: Maze Runner
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