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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 13

Pro diabo que você pode,” eu disse em voz alta pra ninguém.

“Não, você não pode,” disse Lissa, com uma expressão que combinava com minha incredulidade. “Eu sei que você esteve aprendendo a lutar com fogo, mas você não empalou ninguém.”

O rosto de Christian era duro. “Eu empalei – um pouco. E posso aprender mais. Mia tem uns amigos guardiões que tem ensinado a ela combate físico, e eu aprendi um pouco.”

Mencionar que ele e Mia estavam trabalhando juntos não ajudou muito a melhorar a opinião de Lissa. “Você mal está aqui a uma semana! Você fez soar como se estivesse treinando a anos e fosse um mestre.”

“É melhor do que nada,” ele disse. “E onde mais você vai aprender? Com a Rose?”

O ultraje e descrença de Lissa diminuiu um pouco. “Não,” ela admitiu. “Nunca. Na verdade, Rose iria me arrastar pra longe se ela me pegasse fazendo isso.”

Pode ter certeza que eu iria. Na verdade, apesar dos obstáculos e pessoal que me impedia, eu estava tentada a marchar até lá, agora mesmo.

“Então essa é sua chance,” ele disse. A voz dele se tornou seca. “Olha, eu sei que as coisas não estão... boas entre nós, mas isso é irrelevante se você vai aprender isso. Diga a Tatiana que você quer me levar para Lehigh. Ela não vai gostar, mas ela vai deixar. Eu te mostro o que eu sei, em nosso tempo livre. Então, quando voltarmos, eu te levo até Mia e seus amigos.”

Lissa franziu. “Se Rose souber...”

“É por isso que vamos começar quando você estiver longe da Corte. Ela vai estar muito longe para fazer algo.”

Oh, pelo amor de Deus. Eu ia dar a eles umas lições sobre lutar – começando com um soco no rosto de Christian.

“E quando voltarmos?” perguntou Lissa. “Ela vai descobrir. É inevitável com nosso laço.”

Ele deu de ombros. “Se ela ainda estiver fazendo paisagismo, vamos poder escapar. Eu quero dizer, ela vai saber, mas não vai ser capaz de interferir. Muito.” 23 mai ?Rafaela?

“Pode não ser o bastante,” Lissa disse através de um suspiro. “Rose tem razão sobre isso – eu não posso aprender em algumas semanas o que ela levou anos pra fazer.

Semanas? Esse era seu limite de tempo nisso?

“Você tem que tentar?” ele disse, quase gentil. Quase.

“Por que está tão interessado nisso?” Lissa perguntou, cheia de suspeitas. “Por que se importa tanto em trazer Dimitri de volta? Quer dizer, eu sei que você gostava dele, mas você não tem bem a mesma motivação que a Rose nesse tópico.”

“Ele era um cara bom,” disse Christian. “E se ainda tiver um jeito de transformar um dhampiro de volta? É, seria incrível. Mas e se for mais que isso... mais que somente ele. E se tivesse um jeito de salvar todos os Strigoi, isso mudaria o nosso mundo. Quer dizer, não que colocar fogos neles não seja legal depois que eles começam a nos matar, mas e se parássemos as matanças deles? Essa é a chave para nos salvar. Todos nós.”

Lissa ficou sem fala por um momento. Christian falara com paixão, e havia uma esperança irradiando dele que ela simplesmente não esperava. Era... comovente.

Ele tomou vantagem do silêncio dela. “Além disso, não se pode sequer imaginar o que você faria sem a minha ajuda. E eu gostaria de reduzir as chances de você se matar porquê, mesmo que Rose queira negar, eu sei que você vai continuar a insistir nisso.”

Lissa ficou quieta novamente, analisando a situação. Eu ouvi os pensamentos dela, não gostando de onde eles iriam dar.

“Nós saímos às seis,” ela disse por fim. “Pode me encontrar lá embaixo às cinco e meia?” Tatiana não ficaria muito animada quando descobrisse o novo convidado escolhido, mas Lissa tinha certeza de que poderia conversar rapidamente sobre isso pela manhã.

Ele aquiesceu. “Estarei lá.” 23 mai ?Rafaela?

De volta em meu quarto, eu estava completamente horrorizada. Lissa ia tentar aprender a estacar Strigoi – pelas minhas costas – ela ia fazer Christian ajudar. Esses dois não paravam de rosnar um para o outro desde o fim do namoro. Eu devia me sentir lisonjeada pelo fato de que fazer as coisas pelas minhas costas ia fazê-los ficar juntos de novo, mas não estava. Eu estava era louca da vida.

Considerei minhas opções. Os prédios onde eu e Lissa estávamos não tinham qualquer tipo de segurança para a hora de recolher como os dormitórios da escola tinham, mas os funcionários daqui deviam avisar os guardiões se eu estivesse sendo muito sociável. Hans me disse para ficar longe de Lissa até segundas ordens. Eu pensei no assunto por um momento, pensando que podia valer a pena ser arrastada do quarto da Lissa por Hans, e finalmente decidi por um plano alternativo. Era tarde, mas não tarde demais. Eu deixei meu quarto e fui para o quarto diante do meu. Bati na porta, esperando que minha vizinha estivesse acordada.

Ela era uma dhampir da minha idade, formada recentemente em uma escola diferente. Eu não tinha o celular dela, mas eu a vi falando em um hoje cedo. Ela abriu a porta alguns momentos depois e, por sorte, não parecia ter estado na cama.

“Ei,” ela disse, compreensivelmente surpresa.

“Ei, posso mandar uma mensagem pelo seu telefone?”

Eu não queria abusar demais da boa vontade dela com conversa e, além disso, Lissa poderia simplesmente desligar na minha cara. Minha vizinha deu de ombros, entrou no quarto e voltou com o celular. Eu tinha o número da Lissa memorizado e mandei para ela o seguinte recado:

Eu sei o que você vai fazer e é uma ideia RUIM. Eu vou arrebentar vocês dois quando encontrá-los.

Eu devolvi o telefone. “Obrigada. Se alguém responder, você me avisa?” 23 mai ?Rafaela?

Ela disse que iria, mas eu não esperava mensagens de volta. Eu recebi minha resposta de outro jeito. Quando eu voltei ao meu quarto e para a mente da Lissa, eu estava lá quando o telefone tocou. Christian tinha ido embora, e ela leu com um sorriso pesaroso. A resposta veio pelo elo. Ela sabia que eu estava olhando.

Desculpa, Rose. É um risco que tenho que correr. Vou fazer isso.

Eu fiquei agitada a noite toda, irritada com o que Lissa e Christian tentavam fazer. Eu não achei que dormiria mas, quando Adrian apareceu em meus sonhos, ficou claro que a exaustão tinha me derrotado.

“Las Vegas?” eu perguntei.

Os sonhos de Adrian sempre aconteciam em lugares diferentes, de acordo com suas escolhas. Esta noite, estávamos no Strip, muito perto de onde eu e Eddie nos encontramos com ele e Lissa no MGM Grand. As luzes fortes e os neons de hoteis e restaurantes iluminavam a escuridão, mas tudo parecia silencioso comparado a realidade. Adrian não trouxera os carros e pessoas da Las Vegas real. Parecia uma cidade fantasma.

Ele sorriu, escorando-se num poste coberto de anúncios de consertos e serviços de escolta. “Bem, não tivemos uma chance de aproveitar o lugar quando estivemos lá.”

“Verdade.” Eu estava alguns metros adiante, braços cruzados diante do peito. Eu estava usando jeans e uma camiseta, assim como meu nazar. Adrian parecia ter decidido não me vestir esta noite, pelo que eu era grata. Eu poderia ter ficado como as showgirls Moroi, em penas e lantejoulas. “Eu achei que estivesse me evitando.” Eu não sabia bem como nosso relacionamento ficou, apesar da atitude dele no Witching Hour.

Ele bufou. “Não é escolha minha, pequena dhampir. Esses guardiões estão dando seu melhor para isolar você. Bem, mais ou menos.”

“Christian conseguiu entrar e falar comigo mais cedo,” eu disse, tentando evitar o assunto que devia estar na mente de Adrian: que eu arrisquei vidas para salvar meu ex-namorado. “Ele vai tentar ensinar Lissa a empalar um Strigoi.” 23 mai ?Rafaela?

Eu esperei Adrian unir-se ao meu ultraje, mas ele parecia calmo e sardônico como sempre. “Não é surpresa que ela vá tentar. O que é, no entando, é que ele vá apoiar em uma teoria maluca.”

“Bem, é maluca o bastante para ele se interessar... e parece maior que o ódio que eles tem sentido um pelo outro ultimamente.”

Adrian inclinou a cabeça, fazendo parte de seu cabelo cair sobre os olhos. Um prédio com palmeiras de neon azul lançou um brilho fantasmagórico no rosto dele enquanto ele lançava um olhar de conhecedor. “Qual é, nós dois sabemos por que ele está fazendo isso.”

“Porque ele pensa que seu grupo de pós-aula com Jill e Mia o qualifica para ensinar esse tipo de coisa?”

“Porque dá uma desculpa para estar com ela – sem fazer parecer que ele desistiu primeiro. Assim, ele ainda pode ser másculo.”

Eu me movi levemente para que as luzes de anúncio gigante não brilhassem nos meus olhos. “Isso é ridículo.” Especialmente a parte de Christian ser másculo.

“Caras fazem coisas ridículas por amor.” Adrian botou a mão no bolso e tirou uma caixa de cigarros. “Você sabe o quanto eu quero um desses agora? Ainda assim, eu sofro, Rose. Tudo por você.”

“Não venha dar uma de romântico para cima de mim,” eu alertei, tentando esconder um sorriso. “Não temos tempo para isso, não quando minha melhor amiga quer caçar monstros.”

“É, mas ela vai mesmo encontrá-lo? Isso é um problema e tanto.” Adrian não se demorou no “ele”.

“Verdade,” eu admiti.

“E ela ainda não foi capaz de colocar magia na estaca, de qualquer jeito, então, até que ela consiga, nem todo o kung-fu do mundo vai servir.”

“Guardiões não fazem kung-fu. E como você sabia da estaca?”

“Ela pediu minha ajuda algumas vezes.”

“Hm. Eu não sabia disso.”

“Bem, você andou ocupada. Não que você tenha pensado sequer um momento eu seu pobre namorado.” 23 mai ?Rafaela?

Com todas as minhas tarefas, eu não tinha passado muito tempo na cabeça de Lissa – só o bastante para ver como ela estava. “Ei, eu te levaria pro trabalho burocrático quando quisesse.” Eu temi que Adrian estivesse furioso comigo depois de Vegas, mas aqui estava ele, leve e brincalhão. Um pouco leve demais. Eu queria que ele se focasse no problema atual. “O que acha dos talismãs de Lissa? Ela está perto de conseguir?”

Adrian brincava distraidamente com seus cigarros, e eu estava tentada a dizer a ele para ir em frente e fumar um. Esse era o sonho dele, afinal de contas. “Não está claro. Eu não entendo tanto de encantos quanto ela. É estranho ter outros elementos ali... o que dificulta a manipulação de espirito.”

“Você vai ajudar ela mesmo assim?” eu perguntei suspeita.

Ele balançou a cabeça divertido. “O que você acha?”

Eu hesitei. “Eu... eu não sei. Você ajuda ela com a maioria das coisas de espírito, mas ajudar ela com isso ia significar...”

“... ajudar Dimitri?”

Eu acenei, sem confiar em mim mesma para explicar.

“Não,” Adrian disse finalmente. “Não vou ajudar ela, simplesmente porque não sei como.”

Eu inspirei aliviada. “Realmente sinto muito,” eu disse a ele. “Por tudo... por mentir sobre onde eu estava e o que eu estava fazendo. Eu estava errada. E eu não entendo... bem, eu não entendo porque você está sendo tão gentil comigo.”

“Eu deveria ser mal?” Ele piscou. “Esse é o tipo de coisa que você gosta?”

“Não! É claro que não. Mas, quero dizer, você estava tão bravo quando foi para Vegas e descobriu o que estava acontecendo. Eu só pensei... eu não sei. Eu pensei que você me odiava.”

A diversão sumiu das feições dele. Ele se aproximou de mim e colocou suas mãos em meus ombros, seus olhos verde escuro muito sérios. “Rose, nada nesse mundo poderia me fazer te odiar.”

“Nem mesmo tentar trazer meu ex-namorado de volta dos mortos?”

Adrian me segurou, e mesmo em um sonho, eu pude sentir o cheiro de sua pele e de sua colônia. “Yeah, eu serei honesto. Se Belikov estivesse andado por ai agora mesmo, vivo como costuma estar? Haveriam alguns problemas. Eu não quero pensar o que aconteceria conosco se... bem, não vale a pena perder meu tempo nisso. Ele não está aqui.”

“Eu ainda.... eu ainda quero que a gente de certo,” eu disse humildemente. “Eu ainda iria tentar, mesmo que ele estivesse de volta. Eu só tenho dificuldades em deixar alguém que eu gosto ir.”

“Eu sei. Você fez o que fez por amor. Não posso ficar com raiva de você por causa disso. Foi idiota, mas é assim que o amor é. Você tem ideia do que eu faria por você? Para te manter segura?”

“Adrian...”

Eu não podia encara-lo nos olhos. Eu de repente me senti indigna. Ele era tão fácil de subestimar. A única coisa que eu podia fazer era inclinar minha cabeça contra seu peito e deixar ele envolver seus braços ao meu redor.

“Sinto muito.”

“Sinta por ter mentido,” ele disse, dando um beijo em minha testa. “Não sinta por ama-lo. Isso é parte de você, parte que você tem que deixar partir, yeah, mas ainda sim algo que faz de você quem você é.”

Parte que você tem que deixar ir...

Adrian tinha razão, e essa era uma coisa assustadora de admitir. Eu tive minha chance. Eu apostei para salvar Dimitri, e perdi. Lissa não ia chegar a lugar nenhum com a estaca, o que significa que eu tinha que tratar Dimitri da forma que todo mundo tratava: ele estava morto. Eu tinha que seguir em frente.

“Merda,” eu murmurei.

“O que?” perguntou Adrian.

“Eu odeio quando você é o são. Esse é meu trabalho.”

“Rose,” ele disse, tentando forçar um tom sério, “eu não consigo pensar em muitas palavras para te descrever, sexy e quente estando no topo da lista. Você sabe o que não está na lista? Sã.” 23 mai ?Rafaela?

Eu ri. “Ok, bem, então meu trabalho é ser a menos louca.”

Ele considerou. “Isso eu posso aceitar.”

Eu levei meus lábios para ele, e mesmo que ainda houvesse algumas coisas abalando nossa relação, não havia incerteza quando nos beijamos. Beijar em um sonho parecia exatamente igual a vida real. Calor cresceu entre nós, e eu senti uma animação passar por todo meu corpo. Ele soltou minhas mãos e envolveu seus braços ao redor da minha cintura, nos trazendo mais para perto. Eu percebi que era hora de começar a acreditar no que eu continuava a dizer. A vida continua. Dimitri pode ter partido, mas eu podia ter algo com Adrian – pelo menos até meu trabalho me levar para longe. Isso é, claro, assumindo que eu tivesse um. Diabos, se Hans me mantivesse fazendo trabalhos administrativos aqui, e Adrian continuasse de seu jeito preguiçoso, poderíamos ficar juntos pra sempre.

Adrian e eu nos beijamos por um longo tempo, nos pressionando cada vez mais próximos. Finalmente, eu nos separei. Se você transar num sonho, isso significa que você realmente fez sexo? Eu não sabia, e eu certamente não ia descobrir. Eu não estava pronta para isso ainda.

Eu me afastei, e Adrian entendeu a dica. “Me encontre quando você ganhar sua liberdade.”

“Com sorte, logo,” eu disse. “Os guardiões não podem me punir pra sempre.”

Adrian parecia cético, mas ele deixou o sonho se dissolver sem mais nenhum comentário. Eu voltei pra minha própria cama e meus próprios sonhos.

A única coisa que me impediu de interceptar Lissa e Christian quando se encontraram mais cedo no lobby no dia seguinte, era que Hans me chamou para trabalhar ainda mais cedo. Ele me colocou pra lidar com uns papéis – nos cofres, ironicamente – me deixando para guardar e organizar Lissa e Christian enquanto eu os observava através do nosso laço. Eu tomei isso como um sinal da minha habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo ser capaz de alfabetizar e espiar ao mesmo tempo. 23 mai ?Rafaela?

Ainda sim, minha observação foi interrompida quando uma voz disse, “Não esperava encontrar você aqui de novo.”

Eu sai da cabeça de Lissa e olhei para cima dos meus papéis. Mikhail estava parado diante de mim. Devido as complicações que aconteceram com o incidente de Victor, eu quase esqueci do envolvimento de Mikhail em nossa “fuga”. Eu soltei os arquivos e dei a ele um pequeno sorriso.

“Yeah, estranho como o destino funciona, huh? Eles me querem aqui agora.”

“De fato. Você tem muitos problemas, eu ouvi.”

Meu sorriso virou uma careta. “Nem me fale.” Eu olhei ao redor, embora soubesse que estavamos sozinhos. “Você não se meteu em problemas, se meteu?”

Ele balançou a cabeça. “Ninguém sabe o que eu fiz.”

“Bom.” Pelo menos uma pessoa tinha escapado ileso dessa. Minha culpa não ia agüentar saber que ele foi pego também.

Mikhail se ajoelhou para que seus olhos se nivelassem ao meu, colocando seus braços na mesa em que eu estava sentada. “Você foi sucedida. Valeu a pena?”

“Essa é uma pergunta difícil de responder.”

Ele arqueou uma sobrancelha.”

“Houve umas coisas... não muito sucedidas que aconteceram. Mas descobrimos o que o que queríamos saber – ou, bem, achamos que descobrimos.”

A respiração dele parou. “Como restaurar um Strigoi?”

“Eu acho que sim. Se nosso informante estava dizendo a verdade, então sim. Só que, mesmo que esteja... bem, não é algo fácil de fazer. Na verdade, é quase impossível.”

Eu hesitei. Mikhail tinha nos ajudado, mas ele não estava no meu circulo de confiança. Ainda sim, mesmo agora, eu vi aquele olhar assombrado nos olhos dele, o que eu tinha visto antes. A dor de perder sua amada ainda o atormentava. Provavelmente sempre iria. Eu faria mais mal do que bem ao dizer a ele o que eu descobri? Essa fraca esperança iria magoá-lo ainda mais? 23 mai ?Rafaela?

Eu finalmente decidi contar a ele. Mesmo que ele contasse aos outros – e eu não achava que ele iria – a maioria ia rir disso mesmo. Não haveria dano. O verdadeiro problema seria se ele contasse a alguém sobre Victor e Robert – mas eu não tinha que mencionar o envolvimento deles para ele. Diferente de Christian, aparentemente não tinha ocorrido a Mikhail que a fuga da prisão que era a maior noticia no mundo Moroi, tinha sido feita pelos adolescente que ele ajudou a contrabandear para fora. Mikhail provavelmente não pensava em nada que não envolvesse salvar sua Sonya.

“É necessário um usuário de espírito,” eu expliquei. “Um com uma estaca encantada com espírito, e então ele... ou ela.. tem que empalar o Strigoi com ela.”

“Espirito...” Esse element ainda era estranho para a maioria dos Moroi e dhampirs – mas não ele. “Como Sonya. Eu sei que espírito déia eles mais atraentes... mas eu juro, ela nunca precisou. Ela era linda em seu próprio jeito.” Como sempre, o rosto de Mikhail ficou com o mesmo olhar triste sempre que a Sr. Karp era mencionada. Eu nunca o vi realmente feliz desde que o conheci, e pensei que ele ficaria bem bonito se desse um sorriso genuíno. Ele de repente

parecia embaraçado com seu lapso romântico e voltou aos negócios. “Que usuário de espírito poderia fazer o empalamento?”

“Nenhum,” eu disse. “Lissa Dragomir e Adrian Ivashkov são os únicos dois usuários de espírito que eu conheço – bem, fora Avery Lazar.” Eu estava deixando Oksana e Robert fora disso. “Nenhum deles tem a habilidade para fazer isso – você sabe disso tanto quanto eu. E Adrian nem tem interesse nisso.”

Mikhail estava entendendo rapidamente o que eu não disse. “Mas Lissa tem?”

“Sim,” eu admiti. “Mas ela levaria anos para aprender. Se não mais tempo. E ela é a última de sua linhagem. Ela não pode se arriscar assim.” 23 mai ?Rafaela?

A verdade das minhas palavras atingiu ele, e eu não consegui me impedir de partilhar a dor e desapontamento dele. Como eu, ele colocou muita fé nesse último esforço para ser reunida com seu último amor. Eu tinha acabo de afirmar que era possível... ainda sim, impossível. Eu acho que teria sido mais fácil para nós dois, saber que tudo era uma farsa.

Ele suspirou e levantou. “Bem... eu aprecio você ter ido atrás disso. Desculpe por seu punimento ser por nada.”

Eu dei de ombros. “Está tudo bem. Valeu a pena.”

“Eu esperava...” Seu rosto ficou hesitante. “Eu espero que termine logo e não afete nada.”

“Afete o que?” eu perguntei afiada, pegando o tom estranho em sua voz.

“Só.... bem, guardiões que desobedecem ordens as vezes enfrentam longos punimentos.”

“Oh. Isso.” Ele estava se referindo a meu medo constante de ficar presa num trabalho administrativos. Eu tentei bancar a forte e não mostrar o quanto essa possibilidade me assustava. “Eu tenho certeza que Hans estava blefando. Eu quero dizer, ele realmente me faria fazer isso para sempre só porque eu fugi e –“

Eu parei, minha boca aberta quando um brilho de compreensão passou pelos olhos de Mikhail. Eu ouvi, a muito tempo, que ele tentou achar a Sr. Karp, mas a logística nunca me atingiu, até agora. Ninguém teria tolerado sua busca. Ele teria que ter partido sozinho, quebrando protocolo, e vir se arrastando de volta quando finalmente desistiu de localiza-la.

Ele teria tantos problemas quanto eu por dar uma de Mia.

“Isso é....” eu engoli. “É por isso que você... porque você não trabalha aqui no cofre agora?”

Mikhail não respondeu minha pergunta. Ao invés disso, ele olhou para baixo com um pequeno sorriso e apontou para a minha pilha de papéis. “F vem antes de L,” ele disse, antes de virar e partir. 23 mai ?Rafaela?

“Merda,” eu murmurei, olhando para baixo. Ele tinha razão. Aparentemente eu não conseguia alfabetizar as coisas tão bem enquanto observava Lissa. Ainda sim, assim que fiquei sozinha, isso não me impediu de voltar para mente dela. Eu queria saber o que ela estava fazendo... e eu não queria pensar sobre como o que eu tinha feito provavelmente seria considerado pior do que as ações de Mikhail, pelos olhos dos guardiões. Ou que um similar – ou pior – punimento, podia estar esperando por mim.

Lissa e Christian estavam em um hotel perto do campus de Lehigh. O meio do dia vampiro significava noite para a universidade humana. O tour de Lissa não ia começar até a manhã do próximo dia, o que significava que ela tinha que matar o tempo no hotel agora, e tentar se ajustar ao horário humano.

Os “novos” guardiões de Lissa, Serena e Grant, estavam com ela, junto com mais três que a rainha tinha mandado. Tatiana tinha permitido que Christian fosse junto e não se opos tanto quanto Lissa temia – o que de novo me fez questionar se a rainha era tão horrível quanto sempre pensei. Priscilla Voda, uma conselheira próxima da rainha, que tanto eu quando Lissa gostávamos, também estava a acompanhando enquanto ela olhava a escola. Mais dois guardiões ficaram com Priscilla; o terceiro ficou com Christian. Eles jantaram como um grupo e então voltaram para seus quartos. Serena estava com Lissa no quarto dela enquanto Grant fazia guarda do lado de fora da porta. Ver tudo isso provocou uma pontada em mim. Guardar em par – era pra isso que eu tinha

treinado. O que eu esperei a minha vida toda pra fazer por Lissa. 23 mai ?Rafaela?

Serena era o perfeio exemplo de guardiã, estando ali, mas não realmente ali enquanto Lissa pendurava algumas de suas roupas. Uma batida na porta imediatamente deixou Serena pronta para ação. Sua estaca estava na mão, e ela marchou até porta, espiando pelo olho mágico. Eu não pude me impedir de admirar o timing de ação dela, embora parte de mim nunca fosse acreditar que alguém poderia guardar Lissa tão bem quanto eu podia “Vá pra trás,” Serena disse para Lissa.

Um segundo mais tarde, a tensão de Serena diminuiu um pouco, e ela abriu a porta. Grant estava parado ali com Christian ao seu lado.

“Ele está aqui pra ver você,” Grant disse, como se não fosse obvio.

Lissa acenou. “Um, yeah. Entre.”

Christian entrou quando Grant se afastou. Christian deu a Lissa um olhar significativo enquanto entrava, dando um pequeno aceno com a cabeça e direção a Serena.

“Hey, um, você se importa em nos dar um pouco de privacidade?” Assim que as palavras saíram da boca de Lissa, ela ficou vermelha. “Eu quero dizer... nós só... só precisamos conversar sobre algumas coisas, só isso.”

Serena manteve seu rosto quase neutro, mas estava claro que ela achava que eles iam fazer mais do que só conversar. Um namoro adolescente normal não era fofoca no mundo Moroi, mas Lissa, com sua notoriedade, atraia um pouco mais de atenção com seus casos românticos. Serena sabia que Christian e Lissa tinham namorado e tinham terminado. Até onde ela sabia, eles estavam juntos de novo, agora. Lissa convidar ele para esse passeio, certamente sugeria isso. 23 mai ?Rafaela?

Serena olhou ao redor, cautelosamente. A balança de proteção e privacidade era sempre difícil com os Moroi e guardiões, e quartos de hotel como isso dificultavam as coisas ainda mais. Se eles estavam num horário de vampiro, com todo mundo dormindo durante o dia, eu não duvidava que Serena tivesse saído para o corredor com Grant. Mas estava escuro lá fora, e mesmo no 50ª andar, as janelas podiam dar brechas para Strigoi. Serena não estava achando bom deixar sua nova protegida sozinha.

A suíte do hotel de Lissa tinha uma cara sala e escritório, com quartos adjacentes acessíveis por portas francesas de vidro. Serena acenou em direção a eles. “Que tal eu ir pra lá?” Uma ideia inteligente. Dava privacidade mas a deixava por perto. Então, Serena percebeu as implicações, e ela corou. “Eu quero dizer... a não ser que vocês queiram ir lá e eu – “

“Não,” exclamou Lissa, ficando cada vez mais embaraçada. “Aqui está bom. Vamos ficar aqui. Vamos só conversar.”

Eu não tinha certeza a quem isso se dirigiu, se para Serena ou Christian. Serena acenou e desapareceu no quarto com um livro, o que me lembrou de Dimitri. Ela fechou a porta. Lissa não tinha certeza se daria para ouvir o barulho, então ela ligou a TV.

“Deus, isso foi horrível,” ela gemeu.

Christian parecia totalmente despreocupado enquanto estava recostado contra parede. Ele não era do tipo formal, mas ele se vestiu bem para o jantar mais cedo. E ainda estava vestindo as mesmas roupas. Elas ficavam bem nele, não importava o quanto ele sempre reclamasse. “Porque?”

“Porque ela acha que nós – ela acha que nós – bem, você sabe.”

“E daí? Qual problema?”

Lissa virou os olhos. “Você é um cara. É claro que para você não importa.”

“Hey, não é como se não tivéssemos feito. Além do mais, é melhor ela achar isso do que saber a verdade.” 23 mai ?Rafaela?

A referencia a sua antiga vida sexual trouxe emoções misturadas – embaraço, raiva, e saudade – mas ela se recusou a demonstrar. “Tudo bem. Vamos acabar com isso. Temos um grande dia, e nosso sono vai ser tão maluco quanto isso. Onde começamos? Você quer que eu pegue a estaca?”

“Ainda não. Deveriamos praticar só alguns movimentos básicos de defesa.”

Ele se ajeitou e foi até o centro do quarto, arrastando uma mesa para fora do caminho.

Eu juro, se não fosse por outro contexto, observar a tentativa de combate dos dois sozinho teria sido hilário.

“Ok,” ele disse. “Então você está pronta para saber como dar um soco.”

“O que? Não estou!”

Ele franziu. “Você derrubou Redd Lazar. Rose mencionou isso, tipo, centenas de vezes. Eu nunca ouvi ela tão orgulho de algo.”

“Eu soquei uma pessoa uma vez na vida,” ela apontou. “E Rose estava me ajudando. Eu não sei se posso fazer isso de novo.”

Christian acenou, parecendo desapontado – não pelas habilidades dela, mas porque ele tinha uma natureza impaciente e queria ir de uma vez para as coisas pesadas. Mesmo assim, ele se provou um professor surpreendentemente paciente, enquanto ele repassava como socar e chutar. Muitos dos movimentos dele eram coisas que ele aprendeu me observando.

Ele foi um aluno decente. Ele estava no nível dos guardiões? Não. Nem de longe. E Lissa? Ela era inteligente e competente, mas ela não era feita para o combate, não importava o quanto ela queria ajudar. Socar Reed Lazar tinha sido uma coisa linda, mas não pareceu ser algo que algum dia seria natural para ela. Felizmente, Christian começou com simples desvios e observar o oponente. Lissa era apenas uma iniciante nisso, mas mostrava promessa. Christian parecia estar conseguindo algo bom de suas habilidades como instrutor, mas eu sempre pensei que usuários de espírito tinham um certo instinto sobrenatural sobre o que os outros podiam fazer em seguida. Mas eu duvidava que isso fosse funcionar nos Strigoi. 23 mai ?Rafaela?

Depois de um pouco disso, Christian finalmente se voltou a ofensa, e foi ai que as coisas ficaram ruins.

A natureza gentil e curadora de Lissa não servia para isso, e ela se recusava a atacar com toda sua força, por medo de machucar ele. Quando ele percebeu o que estava acontecendo, seu temperamento irritadiço começou a crescer.

“Qual é! Não se segure.”

“Não estou,” ela protestou, dando um soco em seu peito que nem chegou perto de tirar ele do lugar.

Ele passou a mão irritado por seu cabeço. “Você está! Eu já vi você bater numa porta com mais força do que isso.”

“Essa é uma ridícula metáfora.”

“E,” ele acrescentou. “você não está mirando no meu rosto.”

“Eu não quero deixar uma marca!”

“Bem, no ritmo que estamos indo, não tem perigo nisso,” ele murmurou. “Além do mais, você pode se curar mesmo.”

Eu estava achando a discussão divertida, mas não gostava do encorajamento casual dele, em usar espírito. Eu ainda não tinha abandonado minha culpa pelo dano a longo prazo de que a fuga da prisão iria causar.

Indo para frente, Christian a agarrou pela cintura e a empurrou em direção a ele. Ele fechou os dedos dela lentamente com a outra mão e então, devagar, demonstrou como dar um soco pra cima empurrando seu punho em direção a face dele. Ele estava mais interessado em mostrar a técnica e o movimento, então o punho mal o encostou.

“Viu? Um arco para cima. Dê o impacto bem aqui. Não se preocupe em me machucar.”

“Não é tão simples...”

O protesto dela morreu, e de repente, os dois pareceram notar a situação em que estavam. Mal havia espaço entre eles, e seus dedos ainda estavam envolvidos ao redor da cintura dela. Eles estavam quentes contra a pele de Lissa, e mandavam eletricidade através do resto do corpo dela. O ar entre eles pareceu ficar mais grosso e pesado, como se ele pudesse envolvê-los e mantê-los juntos. Pelo arregalo dos olhos de Christian e repentina falta de fôlego, eu estava disposta a apostar que ele estava tendo uma reação similar por estar tão perto do corpo dela.

Voltando a si, ele soltou bruscamente a mão dela e deu um passo para trás. “Bem,” ele disse duramente, embora estivesse claro que ele ainda estava nervoso com a proximidade, “eu acho que você não estava falando realmente sério, sobre ajudar Rose.”

Isso bastou. A tensão sexual não existia, e raiva cresceu em Lissa por causa daquele comentário. Ela ergueu o punho e pegou Christian totalmente de surpresa, quando ela balançou e o socou no rosto. Ele não teve a graça do soco em Reed, mas acertou Christian com força. Infelizmente, ela perdeu o equilíbrio na manobra e tropeçou pra frente, em direção a ele. Os dois caíram juntos, atingiu o chão e derrubando uma pequena mesa e um abajur ali perto. O abajur bateu no canto da mesa e quebrou.

Enquanto isso, Lissa pousou em cima de Christian. Os braços dele instintivamente a envolveram, e se o espaço entre eles antes era pequeno, agora era inexistente. Eles se encararam, e o coração de Lissa estava batendo disparado em seu peito. Aquela sensação elétrica passou por entre eles de novo, e todo o mundo para ela pareceu se focar nos lábios dele. Tanto ela quanto eu nos perguntamos se eles teriam se beijado, mas naquele momento, Serena entrou correndo no quarto.

Ela estava em alerta, o corpo tenso e pronto para enfrentar um exercito de Strigoi com sua estaca na mão. Ela parou quando viu a cena diante dela: o que parecia ser um encontro romântico. 23 mai ?Rafaela?

Eu admito, era um estranho, com o abajur quebrado e as marcas vermelhas no rosto de Christian. Era bem constrangedor para todos, e o modo de ataque de Serena acabou se transformando num modo de confusão.

“Oh” ela disse incerta. “Desculpe.”

Vergonha passou por Lissa, assim como ressentimento por ser tão afetada por Christian. Afinal de contas, ela estava furiosa com ele. Rapidamente, ela se afastou e levantou, e corada, ela sentiu a necessidade de deixar claro que não havia nada romântico acontecendo.

“Não... não é o que você pensa,” ela disse, olhando para qualquer lugar menos pra Christian, que estava levantando e parecia tão

mortificado quanto Lissa. “Estavamos lutando. Eu quero dizer, praticando luta. Eu quero aprender a me defender de Strigoi. E os atacar. E a empalar eles. Então Christian meio que está me ajudando, só isso.” Havia algo fofo nela ficar falando sem parar, que me lembrei da encantado Jill.

Serena relaxou visivelmente, e embora ela fosse mestre em controlar o rosto, estava claro que ela estava achando graça. “Bem,” ela disse, “não parece que você estava fazendo um trabalho muito bom.”

Christian virou indignado enquanto checava seus machucados. “Hey! Nós estavamos. Eu ensinei isso a ela.”

Serena ainda achava tudo engraçado, mas um brilho sério estava começando a se formar em seus olhos. “Pareceu que foi mais um golpe de sorte do que qualquer coisa.” Ela hesitou, como se estivesse prestes a tomar uma grande decisão. Finalmente ela disse, “Olha, se vocês estão falando sério sobre isso, então você precisa aprender imediatamente. Eu vou te mostrar como.”

De jeito. Nenhum.

Eu estava seriamente perto de escapar da Corte e correr para Lehigh e realemnte mostrar a eles como dar um soco – com Serena como meu exemplo – quando algo me tirou de Lissa e me trouxe de volta a minha própria realidade. Hans.

Eu tinha um sarcástico cumprimento nos lábios, mas ele nem me deu a chance de dizer nada. 23 mai ?Rafaela?

“Largue mão disso, e venha comigo. Você foi convocada.”

“Eu – que?” Isso era inesperado. “Convocada pra onde?”

O rosto dele era cruel. “Para ver a rainha.” 23 mai ?Rafaela?

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