Image Map

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 14

Pra ele mesmo?– Eu não pude ajudar nisso. A piada escapou antes mesmo de eu poder pará-la. –Não.– Sentada na beirada da cama e ela mordeu o lábio inferior. –Talvez ‘resgatar’ não seja a palavra certa. Mas nós temos de ir buscá-lo. Ele está preso em Los Angeles.– Esfreguei os olhos enquanto me sentava e em seguida, esperei alguns instantes, apenas no caso de isso tudo for um sonho. Não. Nada Mudou. Peguei meu celular da minha mesa de cabeceira e gemi quando eu li a tela. –Jill, nem são seis ainda.– Eu comecei a questionar se o Adrian foi mesmo acordado cedo, mas depois eu me lembrei que ele foi, provavelmente, em uma programação noturna. Deixado à própria sorte, Moroi foi para a cama em torno do que foi no final da manhã para o resto de nós. –Eu sei.– Ela disse em uma voz baixa. –Eu sinto muito. Eu não pediria se não fosse importante. Ele pegou uma carona lá na noite passada porque queria ver aquelas... aquelas garotas Moroi de novo. Lee deveria estar em Los Angeles também, pois Adrian imaginou que poderia conseguir uma carona para casa. Apenas, ele não pode obter uma retenção de Lee, então agora ele não pode voltar. Adrian, isto é. Ele está preso e de ressaca.– Eu comecei a deitar de volta. –Eu não tenho muita simpatia por isso. Talvez ele aprenda a lição.– –Sydney. Por favor– Eu pus um braço sobre meus olhos. Talvez se eu aparentasse estar dormindo, ela me deixaria sozinha. Uma questão de repente surgiu na minha cabeça, e eu empurrei meu

153

braço. –Como você sabe sobre isso? Ele ligou?– Eu não era um dorminhoco super-luz, mas eu ainda podia ouvir o telefone dela tocar. Jill olhou para longe de mim. Franzindo a testa, sentei-me para cima. –Jill? Como você sabe sobre isso?– –Por favor,– ela sussurrou. –Podemos apenas ir pegá-lo?– –Não até você me dizer o que está acontecendo.– Um sentimento estranho se arrastou ao longo da minha pele. Eu senti por um momento que eu estava sendo excluída de algo grande, e agora, de repente eu soube que eu estava prestes a descobrir o que os Moroi tinha se escondido de mim. –Você não pode contar,– ela disse, finalmente encontrando meus olhos novamente. Eu toquei a minha tatuagem no meu pescoço. –Eu dificilmente posso falar para alguém qualquer coisa.– –Não, pra ninguém. Nem para os alquimistas. Nem o Keith. Nem qualquer outro Moroi ou Dhampir que ainda não sabe.– Não contar para os alquimistas? Isso pode ser um problema. Entre todas as coisas loucas da minha vida, não importa quanto as minhas designações me deixa furiosa ou quanto tempo eu passei com vampiros, Eu nunca tinha questionado que a quem minha lealdade pertencia. Eu tinha que contar aos alquimistas se o que estava acontecendo com Jill e com os outros. Era o meu dever para com eles, para a humanidade. É claro, parte do meu dever para os alquimistas era cuidar de Jill, e tudo que a estava atormentando agora, obviamente, estava ligado ao seu bem-estar. Por meio segundo, Eu considerei mentir para ela e imediatamente rejeitei essa idéia. Eu não podia fazer isso. Se eu tivesse de manter seu segredo, eu o manteria. Se eu não pudesse mantê-lo, então eu iria deixá-la saber mais pra frente. –Eu não contarei,– Eu disse. Eu acho que essas palavras surpreenderam mais a mim do que a ela. Ela me estudou na luz fraca e deve ter, finalmente, decidido que eu estava falando a verdade. Ela deu um aceno demorado. –Adrian e eu estamos ligados, tipo um vinculo de espírito.– Senti meus olhos se arregalarem em descrença. –Como isso—– De repente tudo se encaixou, as peças que faltam. –O ataque. Você—você—– –Morri,– disse Jill abruptamente. –Houve tanta confusão quando os assassinos Moroi chegaram. Todo mundo pensou que eles estavam vindo atrás de Lissa, então a maioria

154

dos guardiões foi cercá-la. Eddie foi o único que veio para mim, mas ele não foi rápido o suficiente. Este homem, ele...– Jill tocou em um ponto no centro do peito e estremeceu. –Ele me apunhalou. Ele... ele me matou. Foi quando o Adrian veio. Ele usou espírito para me curar e me trazer de volta, e agora nós estamos ligados. Tudo aconteceu tão rápido. Ninguém lá sequer percebeu o que ele fez.– Minha mente estava em choque. Uma vinculo de espírito. Espírito era um elemento perturbador para os alquimistas, principalmente porque tínhamos tão poucos registros dela. Nosso mundo era documentos e conhecimento, portanto, qualquer diferença nos fazia sentir fraco. Sinais do uso de espírito haviam sido registrados ao longo dos séculos, mas ninguém tinha realmente percebido que era um elemento próprio. Esses eventos haviam sido baixados como aleatórios fenômenos mágicos. Foi apenas recentemente, quando Vasilisa Dragomir expôs a si mesma, que o espírito havia sido redescoberto, junto com sua infinidade de efeitos psíquicos. Ela e Rose tiveram um vinculo de espírito, o único moderno que tínhamos documentado. Cura era um dos mais notáveis atributos do espírito, e Vasilisa tinha trazido Rose de volta de um acidente de carro. Ele forjou uma conexão psíquica entre elas, uma que só havia sido quebrada quando Rose teve uma segunda experiência de quase-morte. –Você consegue ver em sua mente,– Eu respirei. –Seus pensamentos. Seus sentimentos.– Tanta coisa passou para estarmos juntos. Como a forma como Jill sempre sabia tudo sobre Adrian, mesmo quando ele alegou que não tinha contado a ela. Ela assentiu com a cabeça. –Eu não queria. Acredite em mim. Mas eu não posso evitar. Rose me disse uma vez, que eu aprenderia a controlar como manter os sentimentos dele longe, mas eu não posso fazer isso agora. E ele tem tantos, Sydney. Tantos sentimentos. Ele sente tudo tão fortemente — amor, dor, raiva. Suas emoções estão subindo e descendo, por todos os lados. O que aconteceu entre ele e Rose... rasga-o em pedaços. É difícil estar focada em mim às vezes com tudo isso acontecendo com ele. Pelo menos é só uma parte do tempo. Eu realmente não posso controlar quando isso acontece.– Eu não disse isso, mas queria saber se alguns desses sentimentos voláteis fazem parte da tendência do espírito de conduzir seus usuários a insanidade. Ou talvez seja apenas a personalidade natural do Adrian. Tudo é irrelevante, por enquanto. –Mas ele não pode te sentir, certo? É apenas de uma direção?– Eu perguntei. Rose tinha a capacidade de ler os pensamentos de Vasilisa e de ver todas as experiências cotidianas de sua vida — Mas não o inverso. Eu acredito que é a mesma coisa agora, mas com o espírito, nada pode

155

ser garantido. –Certo,– ela concordou. –É assim... é assim que você sempre sabe coisas sobre ele. Como as minhas visitas. E quando ele queria pizza. É por isso que ele está aqui, o porquê de Abe o querer aqui.– Jill franziu a testa. –Abe? Não, era uma espécie de opção do grupo para Adrian ir junto. Rose e Lissa acharam que seria melhor se estivéssemos juntos enquanto estávamos nos acostumando com o vínculo, e eu o queria por perto também. O que fez você pensar que Abe estava envolvido?– –Er, nada,– Eu disse. Abe instruindo Adrian a ficar em Clarence não deve ter sido algo que Jill observou. –Eu estava confundindo com outra coisa.– –Podemos ir agora?– ela implorou. –Eu responderei todas as suas perguntas– –Deixe-me ter certeza se entendi uma coisa primeiro,– eu disse. –Explique como ele foi parar em Los Angeles e por que ele está preso.– Jill juntou as mãos e desviou o olhar novamente, um hábito que eu estava vindo a ser associado a quando ela tinha informações que sabia que não ia ser bem recebida. –Ele, hum, deixou O Clarence na noite passada. Porque ele estava entediado. Ele pegou carona até a cidade de Palm Springs, e acabou festejando com algumas pessoas que estavam indo para Los Angeles. Então, foi com eles. E enquanto ele estava em um clube, ele encontrou as garotas - algumas garotas Moroi - e então ele foi casa com elas. E assim ele passou a noite e meio que desmaiou. Até agora. Agora ele está acordado. E ele quer ir para casa. Para o Clarence.– Com toda essa conversa de boates e meninas, um pensamento inquietante estava construindo em minha mente. –Jill, assim, quanto disso você realmente presenciou?– Ela ainda estava evitando o meu olhar. –Não é importante.– –É para mim–, eu disse. À noite Jill tinha acordado em lágrimas. . . que tinha sido quando Adrian estava com as meninas também. Ela estava vivendo a sua vida sexual? –O que ele estava pensando? Ele sabe que você está lá, que você está vivendo tudo o que ele faz, mas ele nunca pára para - oh Deus. O primeiro dia de escola. Ms. Chang estava certo, não era? Você estava de ressaca. Indiretamente, pelo menos.– E quase todas as outras manhãs, ela acordou sentindo-se semi-doente, porque Adrian estava de ressaca também. Jill assentiu. –Não havia nada físico eles poderiam ter testado - como sangue ou qualquer coisa para provar que era isso, mas sim. Eu poderia muito bem ter tido um. Eu certamente senti-lo. Foi horrível.– Estendi a mão e virou o rosto para o meu de modo que ela tinha de olhar para mim. –E você está agora também.– Havia mais luz no quarto

156

quando o sol subiu mais alto, e eu podia ver os sinais de novo. A palidez doentia e olhos vermelhos. Eu não ficaria surpreso se sua cabeça e estômago doessem também. Baixei a mão e apertei a minha cabeça em desgosto. –Ele pode ficar lá.– –Sydney!– –Ele merece isso. E eu sei que você sente... alguma coisa... por ele.– Se era a afeição fraternal ou romântica, isso realmente não importa. –Mas você não pode cuidar dele e correr para cada necessidade e pedido que ele envia para você.– –Ele não está me perguntando, não exatamente–, disse ela. –Só posso sentir que ele quer.– –Bem, ele deveria ter pensado nisso antes de se meter nessa confusão. Ele pode descobrir seu próprio caminho de volta.– –O celular dele morreu.– –Ele pode pedir um do seu novo 'amigos'.– –Ele está em agonia–, disse ela. –Isso é como a vida é,– eu disse. –Eu estou em agonia–. Eu suspirei. –Jill– –Não, eu estou falando sério. E não é só a ressaca. Quero dizer, sim, parte do que é a ressaca. E enquanto ele está doente e não toma nada, então eu também! Extra... seus pensamentos. Ugh. –Jill descansou a testa nas mãos. –Eu não posso me livrar de quão infeliz ele é. É como... como um martelo batendo na minha cabeça. Eu não posso ficar longe dele. Eu não posso fazer mais nada exceto pensar em como ele é miserável! E isso me deixa infeliz. Ou pensam que eu sou miserável. Eu não sei. –Ela suspirou. –Por favor, Sydney. Podemos ir?– –Você sabe onde ele está?– Eu perguntei. –Sim–. –Tudo bem, então. Eu vou. –Eu deslizei até a beira da cama. Ela levantou-se comigo. –Eu vou também.– –Não–, eu disse. –Você volta para a cama. Tome uma aspirina e veja se você pode fazer você se sentir melhor. –Eu também tinha algumas coisas que eu queria dizer a Adrian em privado. É certo que, se ela estava constantemente ligada a ele, ela teria de –ouvir– a nossa conversa, mas seria muito mais fácil de dizer a ele o que eu queria, quando ela não estava de fato lá na carne, olhando para mim com aqueles olhos grandes.

157

–Mas como você vai– –Eu não quero você ficando doente no carro. Basta me telefonar se alguma coisa mudar ou se ele sai ou qualquer outra coisa.– Os novos protestos de Jill foram hesitantes, seja porque ela não se sentia com eles ou estava apenas disposta a ser grata por qualquer –resgate– de Adrian. Ela não tinha um endereço exato, mas tinha uma descrição muito vívida do condomínio onde ele estava, que era bem ao lado de um notável hotel. Quando eu o procurei, vi que o hotel era realmente em Long Beach, o que significa que eu teria que passar convenientemente por Los Angeles. Eu tinha uma viagem de duas horas à minha frente. Café seria necessário. Era um dia bonito, pelo menos, e não havia quase nenhum tráfego aqui fora tão cedo em um domingo. Olhando para o sol e céu azul, eu fiquei pensando sobre como seria bom se eu fosse fazer essa viagem em um conversível, com a capota abaixada. Também seria bom se eu tivesse vindo a fazer esta viagem por qualquer outra razão além de recuperar um festeiro encalhado vampiro. Eu ainda estava tendo dificuldade envolvendo minha mente em torno da idéia de que de Jill e Adrian eram ligados por espírito. A noção de alguém trazer outro de volta dos mortos não foi aquela que malha bem com minhas crenças religiosas. Foi tão perturbador como uma outra façanha do espírito: a restauração Strigoi. Tivemos dois casos documentados de isso acontecer também, dois Strigoi magicamente alterados pelos usuários de espírito, de volta à sua forma original. Um deles era uma mulher chamada Sonya Karp. O outro era Dimitri Belikov. Entre essa e todas as ressurreições isso, espírito estava realmente começando a me assustar. Tanto poder simplesmente não parece certo. Cheguei a Long Beach certa na programação e não tive problema em encontrar o complexo de condomínio. Foi do outro lado da rua de um hotel à beira-mar chamado de Cascadia. Uma vez que Jill não tinha chamado com uma mudança de localização, assumi que Adrian ainda estava escondido. Estacionamento da rua era fácil de encontrar, nesta hora do dia, e parei do lado de fora para olhar o firmamento azul-cinzento do Pacífico no horizonte ocidental. Foi de tirar o fôlego, especialmente depois da minha primeira semana no deserto de Palm Springs. Eu quase desejei que Jill tivesse vindo. Talvez estar perto de tanta água tivesse feito ela se sentir melhor. Os condomínios estavam em um prédio de estuque pêssego com três andares, duas unidades em cada andar. Das memórias de Adrian, Jill se lembrou de ir ao topo do edifício e virar à direita. Refiz os passos e cheguei a uma porta azul com uma aldrava de

158

bronze pesado. Eu bati. Quando nenhuma resposta veio depois de quase um minuto, eu tentei de novo mais alto. Eu estava quase à beira de uma terceira tentativa, quando ouvi o destrancar do cadeado. A porta se abriu em uma fresta, e uma menina espiou para fora dela. Ela era claramente Moroi, com uma construção magra de modelo de passarela, pele pálida perfeita que parecia particularmente irritante hoje, considerando que eu tinha certeza que uma espinha ia sair na minha testa em breve. Ela tinha a minha idade, talvez um pouco mais velha, com cabelo preto lustroso e profundos olhos azuis. Ela parecia algum boneco do outro mundo. Ela também estava quase dormindo. –Sim?– Ela me olhou. –Você está vendendo algo?– Próximo a este Moroi de altura perfeita, de repente me senti autoconsciente e desalinhada na minha saia de linho e botão de cima para baixo. –Adrian está aqui?– –Quem?– –Adrian. Alto. Cabelo castanho. Olhos verdes.– Ela franziu o cenho. –Você quer dizer Jet?– –Eu. . . Não tenho certeza. Ele fuma como uma chaminé?– A menina assentiu com a cabeça sabiamente. –Isso mesmo.. Você deve ser o Jet.– Olhou para trás e gritou: –Hey, Jet! Há alguma vendedora aqui para vê-lo.– –Mande-a para fora–, gritou uma voz familiar. A Moroi abriu mais a porta e acenou para eu entrar –Ele está na varanda.– Eu andei por uma sala que servia como um conto de advertência do que poderia acontecer se Jill e eu perdermos todo o senso de limpeza e auto-respeito. O local estava um desastre. Uma garota desastre. Pilhas de roupa suja se espalharam pelo chão, louça suja abrangido cada centímetro quadrado que não foi ocupado por garrafas de cerveja vazias. Derrubei uma garrafa de unha polonês onde tinha criado uma mancha rosa chiclete no tapete. No sofá, enrolados em cobertores, uma menina loira Moroi olhou para mim, sonolenta e depois voltou a dormir. Pisando em torno de tudo, eu fiz o meu caminho para Adrian através de uma porta do pátio. Ele estava na varanda, inclinando-se contra a sua grade, de costas para mim. O ar da manhã estava quente e claro, então, naturalmente, ele estava tentando arruiná-lo fumando. –Diga-me isso, Sage–, disse ele, sem olhar para trás para me encarar. –Por que diabos alguém iria colocar um prédio perto da praia, mas não têm as varandas de frente para a água? Eles foram construídos para olhar colinas atrás de nós. A menos que

159

os vizinhos começam a fazer algo interessante, eu estou pronto para declarar esta estrutura um desperdício total.– Cruzei os braços e olhei para suas costas. –Estou tão feliz que tenho a sua opinião sobre esse valor. Eu vou ter a certeza e os detalhes de que quando eu arquivo a minha queixa ao conselho da cidade sobre suas vistas para o mar inadequadas.– Ele se virou, a dica de um sorriso torcendo os lábios. –O que você está fazendo aqui? Achei que você estaria na igreja ou algo assim.– –O que você acha? Estou aqui por causa dos pedidos de uma menina de quinze anos de idade, que não merece aquilo que você põe em mente.– Qualquer vestígio de um sorriso desapareceu. –Oh. Ela lhe disse.– Ele se virou de volta. –Sim, e todos vocês deveriam ter me dito mais cedo! Isso é sério. . . monumental.– –E sem dúvida nenhuma, os Alquimistas gostaria de estudar.– Eu podia imaginar o seu desprezo perfeitamente. –Eu prometi a ela que eu não diria. Mas você ainda deveria ter me encheu dentro. É o tipo de informação importante ter, desde que eu sou a única que tem que tomar conta de todos vocês.– –Babá é uma espécie de termo extremo, Sage.– –Considerando o cenário atual? Não, não realmente.– Adrian não disse nada, e eu lhe dei uma rápida avaliação. Ele usava calça jeans escuro lavado e uma camisa de algodão vermelha de alta qualidade que ele deve ter dormi com ela, a julgar pelas rugas. Seus pés estavam descalços. –Você trouxe um casaco?– Eu perguntei. –Não.– Voltei para dentro e fiz uma pesquisa entre a desordem. A menina Moroi loira estava dormindo, e aquela que me deixara entrar estava deitada sobre uma cama desfeita em outra sala. Eu finalmente encontrei as meias e os sapatos de Adrian jogados em um canto. Corri para recuperá-los, em seguida, voltei para fora e deixei-os cair ao lado dele na varanda. –Coloque esses. Nós vamos embora.– –Você não é minha mãe.– –Não, você está cumprindo uma sentença por perjúrio e roubo, se a memória lhe servir.– Era uma malvada, uma malvada coisa para se dizer, mas foi também a verdade. E chamou sua atenção. Cabeça de Adrian chicoteou ao redor. A raiva brilhou nas

160

profundezas de seus olhos verdes, a primeira que eu já tinha realmente visto nele. –Nunca mais a mencione novamente. Você não tem idéia do que está falando.– Sua raiva era um pouco intimidante, mas eu segurei minha posição. –Na verdade, eu era a encarregada de rastrear os registros que ela roubou.– –Ela tinha seus motivos–, disse ele entre dentes. –Você está tão disposto a defender alguém que foi condenado por um crime, mas você não tem qualquer consideração por Jill que não fez nada.– –Eu tenho muita consideração por ela!– Ele fez uma pausa para acender um cigarro com as mãos trêmulas, e eu suspeitei que ele estivesse tentando ter um controle sobre suas emoções. –Eu penso nela o tempo todo. Como eu não poderia? Ela está lá. . . Eu não posso senti-la, mas ela está sempre lá, sempre ouvindo coisas na minha cabeça, ouvindo coisas que eu não quero nem ouvir. Sentindo coisas que eu não quero sentir.– Ele inalou sobre o cigarro e se virou para olhar a vista, embora eu duvidava que ele realmente viu. –Se você está tão consciente dela, então como você faz coisas como esta?– Fiz um gesto ao nosso redor. –Como você pode beber quando você sabe que ela é afetada também? Como você poderia fazer – Eu fiz uma careta –o que você fez com aquelas meninas, sabendo que ela poderia ‘ver’ isso? Ela tem quinze anos.– –Eu sei, eu sei–, disse ele. –Eu não sabia sobre a bebida, não no início. Quando ela veio depois da escola e me disse naquele dia, eu parei. Eu realmente fiz. Mas então... quando vocês eram mais na sexta-feira, ela me disse para ir em frente, uma vez que foi o fim de semana. Acho que ela não era tão preocupado com a doença. Então, eu disse a mim mesmo, ‘eu vou ter um casal.’ Só ontem à noite, ela se transformou em mais do que isso. E então as coisas ficaram meio louco, e eu acabei aqui e, o que estou fazendo? Eu não tenho de justificar minhas ações para você.– –Eu não penso que você pode se justificar a ninguém.– Fiquei furiosa, o meu sangue ferveu. –Você está com quem conversar, Sage.– Ele apontou um dedo acusador. –Pelo menos eu tomei uma atitude. Você? Você deixa o mundo passar sem você. Você fica lá, enquanto que o idiota do Keith te trata como lixo e apenas sorri e assente. Você não tem coluna vertebral. Você não reage. Mesmo o velho Abe parece te empurrar ao redor. Rose estava certa que ele tem algo sobre você? Ou ele é apenas alguém que você não irá lutar contra?– Eu trabalhei duro para não deixá-lo saber o quão profundas essas palavras me atingiram. –Você não sabe a primeira coisa sobre mim, Adrian Ivashkov. Eu luto para trazer a

161

abundância.– –Você poderia ter me enganado.– Eu dei-lhe um sorriso apertado. –Eu simplesmente não faço um espetáculo de mim mesma quando eu faço isso. É chamado ser responsável.– –Claro. O que quer que ajude você a dormir à noite.– Eu joguei as minhas mãos. –Bem, essa é a coisa: eu não durmo mais à noite, porque eu tenho que vir salvá-lo de suas próprias idiotices. Podemos ir agora? Por favor?– Como resposta, ele apagou o cigarro e começou a colocar suas meias e sapatos. Ele olhou para mim como ele fez antes, e a raiva tinha desaparecido totalmente. Seus humores foram mudados tão facilmente como um interruptor de luz. –Você tem que me tirar de lá. Fora de Clarence.– Sua voz era de nível e sérias. –Ele é um cara bom o suficiente, mas vou enlouquecer se eu ficar lá.– –Ao contrário do seu comportamento excelente quando você não está lá?– Eu olhei de volta para o condomínio. –Talvez as suas duas fãs tenha espaço para você.– –Ei, mostre algum respeito. Elas são pessoas reais com nomes. Carla e Krissy.– Ele franziu o cenho. –Ou era Missy?– Eu suspirei. –Eu lhe disse antes, eu não tenho nenhum controle sobre a sua forma de viva. Quão difícil é para você ir buscar o seu próprio local? Por que você precisa de mim?– –Porque eu quase não tenho dinheiro nenhum, Sage. Meu velho me cortou. Ele me dá um subsídio que é apenas o suficiente para os cigarros.– Eu considerei sugerir que ele parasse, mas que provavelmente não seria útil voltar a essa parte da conversa. –Sinto muito. Estou realmente. Se eu pensar em alguma coisa, eu deixarei você saber. Além disso, Abe não quer que você fique lá?– Resolvi jogar limpo. –Eu ouvi vocês dois no primeiro dia. Como ele queria que você fizesse algo por ele.– Adrian endireitou-se, sapatos protegidos. –Sim, eu não sei sobre o que é isso tudo. Ouviu como ele estava totalmente vago também? Acho que ele estava apenas tentando me apertar, me manter ocupado, porque em algum lugar que o coração confuso dele, ele se sente mal sobre o que aconteceu com -– Adrian fechou a boca, mas eu podia ouvir o nome não dito: Rose. A terrível tristeza cruzou os feições, e seus olhos pareciam perdidos e mal-assombrados. Lembrei-me de quando eu estava no carro com Jill, e ela escorregou em um discurso inflamado sobre Rose, de como a lembrança dela de um Adrian atormentado. Saber o que eu sabia agora

162

sobre o vínculo, eu tive um pressentimento de que tivesse havido muito pouco de Jill naquelas palavras. Que tinha sido uma linha direta com Adrian. Olhando para ele, eu mal podia compreender o alcance que a dor, nem eu sabia como ajudá-lo. Eu só sabia que eu de repente entendi um pouco melhor por que ele gostaria de afogar as suas mágoas, não que isso seja muito saudável de qualquer forma. –Adrian–, eu disse sem jeito, –estou– –Esqueça isso–, disse ele. –Você não sabe o que é amar alguém assim, e então ter o seu amor jogado de volta na sua cara– Um grito ensurdecedor de repente, perfurou o ar. Adrian se encolheu mais do que eu, comprovando a desvantagem da audição vampirica: sons irritantes são muito mais irritantes. Como um só, corremos de volta para dentro do apartamento. A menina loira estava sentada no sofá, tão assustada quanto nós. A outra garota, a que tinha me deixar entrar, ficou parada na porta do quarto, pálida como a morte, com um telefone celular em sua mão. –Qual é o problema?– Eu perguntei. Ela abriu a boca para falar e depois me deu um segundo olhar, parecendo se lembrar que eu era humana –Está tudo bem, Carla–, disse Adrian. –Ela sabe sobre nós. Você pode confiar nela.– Isso era tudo que Carla necessitava. Ela se atirou nos braços de Adrian e começou a chorar incontrolavelmente. –Oh Jet,–, disse ela entre soluços. –Eu não posso acreditar que isso aconteceu com ela. Como isso aconteceu?– –O que aconteceu?–, perguntou a outra rapariga Moroi , levantando-se com instabilidade em seus pés. Como Adrian, ela parecia que tinha dormido com a sua roupa. Me atrevi a ter esperança de que Jill não tinha sido submetida a tanta indecência, como eu imaginava originalmente. –Diga-nos o que aconteceu, Carla–, disse Adrian com uma voz gentil, que eu apenas o ouvi usando ao redor de Jill. –Sou a Krissy–, ela choramigou. –E é a nossa amiga – nossa amiga.– Ela enxugou os olhos enquanto as mais lágrimas escorriam de seus olhos. –Eu só recebi o telefonema. Nossa amiga - outro Moroi que está na nossa faculdade - ela está morta.– Krissy olhou para a outra rapariga, a quem eu estava agora a adivinhar que era a Carla. –Foi Melody. Ela foi morta por um Strigoi

163

na noite passada.– Carla engasgou-se e começou a chorar, provocando mais lágrimas de Krissy. Encontrei os olhos de Adrian e ambos estávamos horrorizados. Mesmo não tendo ideia quem era essa Melody, um ataque Strigoi ainda era uma coisa terrível e trágico. Imediatamente, a minha mente Alquimista entrou em ação. Eu precisava de me certificar se a cena do crime era segura e se o assassinato era mantido em segredo dos humanos. –Onde?– Eu perguntei. –Onde é que isso aconteceu?– –A Este de Hollywood–, disse Carla. –Por trás de algum clube. – Eu relaxei um pouco, embora ainda estava abalada pela tragédia de tudo isto. Aquela era uma região muito povoada e com certeza haveria de estar no radar dos Alquimistas. Se algum humano tivesse descoberto, os alquimistas teria muito do que cuidar. –Pelo menos, eles não a transformaram,– disse Carla desamparadamente. –Ela pode descansar em paz. Claro, esses monstros não conseguiram ficar descansados sem mutilar o corpo dela.– Pasmei, uma sensação de frio espalhou pelo meu corpo. –O que você quer dizer? – Ela esfregou o nariz na camisa de Adrian. –Melody. Eles não beberam apenas o sangue dela. Eles cortaram a sua garganta também.–

0 Comments:

Postar um comentário