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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Capitulo 17

O INTERROGATÓRIO NÃO foi tão bem.

Ah, claro, nós fizemos muitos truques e usamos as estacas como instrumentos de tortura, mas não obtemos muita coisa. Dimitri ainda era assustador quanto lidando com Sonya, mas depois de seu surto com Donovan, ele foi cuidadoso em não cair naquela fúria cega novamente. Isso era mais saudável para ele a longo prazo, mas nem tão bom para arrancar respostas da Sonya. Não ajudou também o fato de não termos exatamente uma pergunta concreta para perguntar a ela. Tínhamos uma série para jogar sobre ela. Ela sabia sobre outro Dragomir? Ela tinha alguma relação com a mãe? Onde estavam a mãe a criança? As coisas ficaram ruins quando Sonya percebeu que precisávamos demais dela para matá-la, não importa quanta tortura com estaca de prata fizéssemos.

Ficamos nisso por quase uma hora e estávamos ficando exaustos. Pelo menos, eu estava. Encostei-me numa parede perto de Sonya, e mesmo que estivesse com minha estaca pronta, eu estava relaxando na parede um pouco mais do que eu gostaria de admitir para me manter de pé. Nenhum de nós falou por um tempo. Até Sonya havia desistido de seus rosnados. Ela simplesmente esperava e ficava atenta, indubitavelmente planejando escapar, provavelmente achando que nos cansaríamos antes dela. Aquele silêncio era mais assustador do que qualquer ameaça no mundo. Estava acostumada com Strigoi usando palavras para me intimidar. Eu nunca esperei o poder que simplesmente ficar quieto e encarar ameaçadoramente poderia ter.

— O que aconteceu com a sua cabeça? — perguntou Dimitri, de repente tendo um vislumbre.

Eu estava um pouco desligada e percebi que ele estava falando comigo. — Huh? — eu penteei meu cabelo, na parte que estava

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escondendo parte da minha testa. Meus dedos se afastaram melados com sangue, trazendo vagas memórias de quando bati contra a mesa. Dei de ombros, ignorando a tontura que estava sentindo. — Estou bem. —

Dimitri deu a Sydney um dos mais rápidos dos olhares. — Vá deitá-la e limpá-la. Não a deixe dormir até descobrirmos se é uma concussão. —

— Não, não posso, — argumentei. — Não posso te deixar sozinho com ela... —

— Estou bem, — ele disse. — Descanse para que possa me ajudar depois. Você não serve se for simplesmente cair. —

Ainda protestei, mas quando Sydney gentilmente pegou meu braço, meu cambalear me entregou. Ela me guiou para o quarto da casa, para meu receio. Havia algo estranho em saber que estava na cama de um Strigoi — mesmo que estivesse coberta por uma colcha floral azul e branca.

— Cara, — eu disse, deitando contra o travesseiro depois que Sydney limpou minha testa. Mesmo com a minha negação mais cedo, foi muito bom descansar. — Eu não consigo me acostumar com a estranheza de um Strigoi vivendo num lugar tão... normal. Como você está conseguindo? —

— Melhor do que vocês, — disse Sydney. Ela me envolveu em seus braços e olhou para o quarto, desconfortável. — Estar entre os Strigoi está fazendo com que vocês não pareçam tão ruins. —

— Bom, pelo menos algo bom sai disso, — lembrei. Apesar de sua piada, eu sabia que ela tinha que estar aterrorizada. Comecei a fechar meus olhos e fui acordada bruscamente quando Sydney cutucou meu braço.

— Nada de dormir, — ela brigou. — Fique acordada e converse comigo. —

— Não é uma concussão, — murmurei. — Mas suponho que possamos bolar planos para fazer a Sonya falar. —

Sydney sentou nos pés da cama e fez uma careta. — Sem querer ofender, mas não acho que ela vá soltar. —

— Ela vai depois de ficar alguns dias sem sangue. —

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Sydney empalideceu. — Alguns dias? —

— Bem, o que for preciso para… — um pico de emoção passou pelo laço, e eu congelei. Sydney pulou, seus olhos correndo ao redor de nós como se pensasse que um grupo de Strigoi fossem invadir o quarto.

— Qual é o problema? — ela exclamou.

— Eu tenho que ir até a Lissa. —

— Mas você não deveria dormir… —

— Não é dormir, — eu disse bruscamente. E com isso, pulei do quarto de Sonya para a perspectiva da Lissa.

Ela estava andando numa van com outras cinco pessoas que eu imediatamente reconheci como outros nomeados reais. Era uma van de oito pessoas que também incluía um motorista guardião com outro no banco do passageiro que estava olhando para Lissa e os companheiros dela.

— Cada um de vocês será deixado num local separado nos arredores de uma floresta, receberão um mapa e uma bússola. A meta maior é vocês atingirem o destino no mapa e esperar na luz do sol até chegarmos em vocês. —

Lissa e os outros nomeados trocaram olhares e, quase juntos, olharam para o exterior das janelas da van. Era quase meio-dia, e o sol estava caindo. — Esperar pela luz do sol — não seria prazeroso, mas não soava impossível. Tolamente, ela arranhou uma pequena bandagem em seu braço, mas rapidamente parou. Li em seus pensamentos o que era aquilo: um ponto pequeno e pouco notável tatuado em sua pele. Na verdade, era similar ao da Sydney: sangue e terra, misturado com compulsão. Compulsão pode até ser uma tabu entre os Moroi, mas essa era uma situação especial. O feitiço na tatuagem prevenia os candidatos de revelar os testes para monarcas para outros que não estavam envolvidos no processo. Esse era o primeiro teste.

— A que tipo de terreno vocês estão nos mandando? — exigiu Marcus Lazar. — Não estamos todo na mesma forma física. Não é justo quando alguns de nós estão em desvantagem. — Seus olhos estavam em Lissa enquanto falava.

— Existe muita caminhada, — disse o guardião, expressão séria. — Mas não é nada que nenhum candidato — de qualquer idade — não deveria ser capaz de aguentar. E, para ser honesto, parte dos requerimentos para um rei ou rainha é certamente ter muita energia.

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Idade traz sabedoria, mas um monarca precisa ser saudável. Não um atleta, — completou o guardião rapidamente, vendo Marcus começar a abrir sua boca.

— Mas não é bom para os Moroi terem um monarca doente eleito que morra dentro de um ano. Duro, mas é a verdade. E você também precisa ser capaz de passar por situações desconfortáveis. Se você não puder lidar com um dia no sol, você não poderá lidar com uma reunião com o Conselho. — Acho que ele pretendia que isso fosse uma piada, mas era dificil de dizer já que ele não sorria. — Não é uma corrida, no entanto. Leve o tempo que precisar para chegar até o final. Marcados ao longo do mapa existem pontos onde certos itens estão escondidos — itens que farão isso mais aturável, se você puder decifrar as pistas. —

— Podemos usar nossa mágica? — perguntou Ariana Szelsky. Ela também não era nova, mas parecia durona e pronta para aceitar um desafio de resistência.

— Sim, vocês podem, — disse o guardião solenemente.

— Nós corremos perigo lá? — perguntou outro candidato, Ronald Ozera. — Além do sol? —

— Isso, — disse o guardião misteriosamente, — é algo que vocês vão compreender sozinhos. Mas, se quiserem sair a qualquer momento... — Ele pegou uma bolsa com celulares e os distribuiu. Mapas e bússolas em seguida. — Chame o número programado, e nós iremos até você. —

Ninguém precisou perguntar sobre a mensagem subliminar por trás disso. Chamar o número te tiraria do longo dia de resistência. Isso também significaria que você falhou no teste e estava fora da corrida para o trono. Lissa olhou para o telefone, meio surpresa de que existia sinal. Eles deixaram a corte fazia mais ou menos uma hra e estavam bem no interior. Uma linha de árvores fez Lissa pensar que estavam próximos do destino deles.

Então. Um teste de resistência física. Não era exatamente o que ela esperava. As provas pelas quais um monarca passava há tempo ficavam no mistério, ganhando quase uma reputação mística. Essa era bem prática, e Lissa podia entender a razão, mesmo que Marcus não pudesse. Isso realmente não era uma competição atlética, e o guardião estava certo ao dizer que o futuro monarca deveria possuir um certo nível de forma física. Olhando para a parte de trás de seu mapa, que listava as dicas, Lissa percebeu que isso também testaria suas habilidades de raciocínio. Tudo muito básico — mas essencial para governar uma nação.

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A van os deixou um a um em pontos de partida diferentes. Com cada candidato afastado, a ansiedade de Lissa aumentou. Não há nada para se preocupar, ela pensou. Eu só preciso ficar sentada durante um dia ensolarado. Ela foi a próxima a ultima pessoa a ser deixada, com apenas Ariana ficando atrás. Ariana bateu de leve no braço de Lissa quando a porta se abriu.

— Boa sorte, querida. —

Lissa deu-lhe um sorriso rápido. Esses testes podem até ser artimanhas por parte da Lissa, mas Ariana era o verdadeiro problema, e Lissa rezou para que a mulher mais velha pudesse passar por isso com sucesso.

Deixada sozinha enquanto a van se afastava, mal-estar tomou conta de Lissa. O simples teste de resistência de repente parecia muito mais intimidador e difícil. Ela estava sozinha, algo que não acontecia com muita frequência. Eu estive lá a maior parte da vida dela, e mesmo quando eu parti, ela tinha amigos ao seu redor. Mas agora? Era apenas ela, o mapa, e o celular. E o celular era seu inimigo.

Ela andou para o limite da floresta e estudou seu mapa. Um desenho de uma grande árvore de carvalho marcava o começo, com direções para ir à nordeste. Analisando as árvores, Lissa viu três carvalhos silvestres, um abeto — e um carvalho. Andando até elas, não pôde conter um sorriso. Se mais alguém tivesse marcos botânicos e não conhecesse suas plantas e árvores, poderia perder a candidatura agora mesmo.

A bússola era do estilo clássico. Nenhum GPS digital aqui. Lissa nunca usou uma bússola como essa, e a minha parte protetora desejou que eu pudesse aparecer lá e ajudar. Eu deveria ter adivinhado, porém. Lissa era inteligente e rapidamente adivinhou. Andando para o nordeste, ela entrou no bosque. Enquanto não havia um pátio limpo, o chão da floresta não esta tão coberto de plantas ou obstáculos.

A parte legal em estar numa floresta era que as árvores bloqueavam um pouco do sol. Ainda não era uma condição ideal para um Moroi, mas era melhor do que ser largada num deserto. Pássaros cantavam, e o cenário era exuberante e verde. Prestando atenção no próximo marco, Lissa tentou relaxar e fingir que estava simplesmente num passeio agradável.

Ainda assim... era difícil fazer isso com tanta coisa em sua cabeça. Abe e nossos outros amigos estavam agora encarregados de trabalhar e fazer perguntas sobre o assassinato. Todos eles estavam dormindo agora — era o meio da noite Moroi — mas Lissa não sabia quando

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voltaria e não podia evitar ressentir esse teste por tomar seu tempo. Não, desperdiçar seu tempo. Ela finalmente aceitou a lógica por trás da nominação de seus amigos — mas ela ainda não gostava disso. Ela queria ajudá-los ativamente.

Seus pensamentos agitados quase a fizeram passar direto pelo próximo marco: uma árvore que havia caído era atrás. Musgo a cobria, e muito da madeira estava podre. Uma estrela no mapa marcava esse lugar como um lugar com uma pista. Ela sacudiu o mapa e leu:

Eu cresci e eu encolhi. Eu corri e eu rastejei.

Siga minha voz, mesmo que não tenha alguma.

Eu nunca deixei esse lugar, mas eu viajei por aí —

Eu flutuei através do céu e eu rastejei através do chão.

Eu mantenho meu esconderijo num cofre mesmo que eu não tenha riquezas,

Procure por minha ruína para guardar sua saúde em segurança.

Um.

Minha mente ficou vazia logo em seguida, mas a da Lissa rodava. Ela lia de novo e de novo, examinando as palavras individualmente e como cada linha se encaixava com a outra.Eu nunca deixei esse lugar. Esse era o ponto inicial, decidiu. Algo permanente. Ela olhou ao redor, considerando as árvores, então as deixou. Elas sempre poderiam ser cortadas ou removidas. Cuidadosamente para não ir para muito longe da árvore caída, ela rondou a área procurando por mais. Tudo era teoricamente passageiro. O que persistia?

Siga minha voz. Ela chegou a um impasse e fechou os olhos, absorvendo os sons ao seu redor. A maioria eram pássaros. Ali. Um pequeno afluente corria pelo bosque, difícil de ser notado. De fato parecia muito pequeno para o barulho ao redor.

— Mas eu aposto que você aumenta quando chove, — ela murmurou, não se importante de estar falando com o riacho. Ela olhou novamente para a pista, e eu senti sua mente esperta rapidamente juntar todos os pedaços. O afluente era permanente — mas viajava. Mudava o tamanho. Tinha uma voz. Corria em partes profundas, rastejava quando havia obstáculos. E quando evaporava, flutuava no ar. Ela franziu o cenho, ainda tentando encaixar o enigma em voz alta. — Mas você não tem ruínas. —

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Lissa estudou a área uma vez mais, desconfortavelmente pensando que ruína poderia se aplicar para qualquer planta. Seu olhar percorreu uma grande árvore de carvalho silvestre e então se esticou para trás. Na sua base crescia uma moita de cogumelos marrons e brancos, muitos murchando e ficando pretos. Ela se apressou e se ajoelhou, e foi quando ela viu: um pequeno buraco cavado na terra nas proximidades. Aproximando-se, ela viu um flash de cor: Uma bolsa com a alça roxa.

Triunfantemente, Lissa a pegou e ficou em pé. A bolsa era feita de lona e tinha alças longas que permitiriam que Lissa a carregasse sobre seu ombro enquanto andava. Ela abriu a bolsa e olhou dentro. Ali, guardada dentro de um forro macio e vago, estava a melhor coisa de todas: uma garrafa de água. Até agora, Lissa não tinha percebido quão quente e desidratada ela tinha se tornado — ou quão escaldante o sol estava. Os candidatos haviam sido avisados para vestirem sapatos firmes e roupas práticas, mas nenhum outro suprimento foi permitido. Encontrar essa garrafa não tinha preço.

Sentada no tronco, ela fez uma pausa, tomando cuidado para conservar a água dela. Enquanto o mapa indicava mais algumas pistas e — recompensas — ela sabia que não podia necessariamente contar com nada mais útil na sua bolsa. Então, depois de alguns minutos de descanso, ela colocou a água de lado e pendurou a sacola um pouco mais acima do seu ombro. O mapa a direcionou para o oeste, então foi este caminho que ela fez.

O calor batia nela enquanto ela continuava sua caminhada, a forçando a tirar mais algumas pausas (conservadoras) para água. Ela continuou se lembrando de que não era uma corrida e que ela deveria ir com calma. Depois de mais algumas pistas, ela descobriu que o mapa não era totalmente escala, por isso não foi sempre óbvio quanto tempo cada etapa da caminhada levou. No entanto, ela ficou satisfeita com o sucesso em resolver cada pista, embora as recompensas se tornarem cada vez mais e mais desconcertantes.

Um deles era um monte de varetas em uma pedra, algo que ela teria jurado que era um engano, mas alguém civilizado tinha claramente vinculado o pacote em conjunto. Ela o colocou em sua bolsa, junto com uma lona verde de plástico dobrada. Até agora, o suor escorria por ela, e arregaçar as mangas de sua camisa de algodão de abotoar ajudou um pouco. Ela tomou pausas mais frequentes. O sol quente tornou-se uma preocupação séria, então foi um alívio enorme quando a sua próxima pista levou a um frasco de bloqueador solar.

Depois de algumas horas de luta contra o intenso calor do verão, Lissa ficou tão quente e cansada que não tinha mais a energia mental para estar irritada por perder o que estava acontecendo na Corte. Tudo o

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que importava era chegar ao final deste teste. O mapa mostrou mais duas pistas, o que ela entendeu como um sinal promissor. Ela iria chegar ao fim em breve e, em seguida, poderia simplesmente esperar por alguém buscá-la. Um flash de realização bateu nela. A lona. A lona era um bloqueador solar, ela decidiu. Ela poderia usá-lo no final.

Isto a animou, assim como fez o prémio seguinte: mais água e um chapéu mole de aba larga que ajudou a afastar a luz solar de sua face.

Infelizmente, depois disso, o que parecia ser uma jornada de caminhada curta, acabou por ser o dobro do tempo que ela esperava. No momento que ela finalmente chegou à pista seguinte, ela estava mais interessada em fazer uma pausa para água do que cavar o quer que os guardiões tinham deixado. Meu coração saiu com ela. Eu desejei tanto, tanto que eu pudesse ajudar. Esse era meu trabalho, de protegê-la. Ela não deveria estar sozinha. Ou deveria? Aquilo também era parte do teste? Em um mundo onde a realeza era quase sempre cercada por guardiões, esse isolamento tinha que ser um choque total. Moroi eram resistentes e tinham sentidos excelentes, mas eles não foram feitos para calor extremo e um terreno desafiador. Eu poderia ter, provavelmente, caminhar o curso facilmente. Evidentemente, eu não tinha certeza se eu teria habilidades de dedução Lissa para descobrir as pistas.

A última recompensa de Lissa era de pedra e aço, que não tinha nenhuma ideia do que eram. Eu os reconheci imediatamente como as ferramentas de um kit de fazer fogo, mas não poderia o mundo imaginar o porque ela precisaria de fogo em um dia como este. Com um encolher de ombros, acrescentou os itens para sua mochila e continuou.

E isso foi quando as coisas começaram a ficar frias. Muito frias.

Ela não processou inteiramente no início, principalmente porque o sol ainda radiava tão brilhantemente. O cérebro dela disse que o que ela sentia era impossível, mas seus arrepios e o bater de dentes diziam o contrário. Ela revirou os mangas para baixo e apressou o passo, desejando que o frio repentino tinha pelo menos vindo com cobertura de nuvens. Andando mais rápido e se esforçando mais ajudou o calor de seu corpo.

Até começar a chover.

Começou como uma névoa, em seguida, começou a chuviscar, e finalmente se transformou em uma cortina de água constante. Seus cabelos e roupas ficaram saturados, fazendo com que a temperatura fria ficasse muito pior. Ainda... o sol ainda brilhava, a luz era um incómodo para a pele sensível dela, mas não oferecia calor em compensação.

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Magica, ela percebeu. Este tempo é mágico. Fazia parte do teste. De alguma forma, Moroi usuários de água e ar tinham unido sua mágica para desafiar o tempo quente e ensolarado. Foi por isso que ela tinha uma lona para bloquear o sol e a chuva. Ela considerou começá-lo agora e usá-lo como um manto, mas rapidamente decidiu esperar até que ela chegasse ao ponto final. Ela não tinha ideia do quão longe isso realmente foi, no entanto.

Vinte pés? Vinte milhas? O frio da chuva arrastou em cima dela, penetrando em sua pele. Foi infeliz. O telefone celular na bolsa era sua passagem e volta. Foi apenas no final da tarde. Ela tinha um longo tempo de espera antes de terminado este teste. Tudo o que ela tinha a fazer era fazer uma chamada... Uma chamada, e ela ficaria fora dessa bagunça e voltar a trabalhar no que ela devia estar na Corte. Não. Um núcleo de determinação deflagrou dentro dela. Este desafio não era mais sobre o trono Moroi ou assassinato de Tatiana. Era um teste que ela teria de assumir para si mesma. Ela levava uma vida fácil e abrigada, deixando os outros protegê-la. Ela iria suportar esta sozinha e que ela iria passar.

Essa determinação levou-a para o fim do mapa, uma clareira cercada de árvores. Duas das árvores eram pequenas e perto o suficiente para que Lissa pensasse que ela poderia ser capaz de armar a lona em uma espécie de abrigo razoável. Com muito frio, mexendo os dedos, ela conseguiu tirá-lo da bolsa e abri-lo ao seu tamanho total, que era — que era felizmente muito maior do que ela suspeitava. Seu humor começou a levantar, ela trabalhou com a lona e descobriu como criar uma pequena cobertura. Ela rastejou para dentro, uma vez que isso foi feito, feliz por estar fora da chuva caindo. Mas isso não muda o fato de que ela estava molhada. Ou que o chão estava molhado também lamacento e. A lona também a protegia contra o frio. Ela sentiu um lampejo de amargura, recordando os guardiões dizendo magia era permitido para este teste. Ela não tinha pensado em nada mágico que seria útil no momento, mas agora, ela certamente poderia ver as vantagens de ser um usuário de água para controlar a chuva e mantê-lo fora de si.

Ou, melhor ainda: sendo um usuário de fogo. Ela desejou que Christian estivesse com ela. Ela teria recebido o calor da magia dele e de seu abraço. Para este tipo de situação, o espírito era seriamente uma merda. — a menos que ela tivesse hipotermia necessária para tentar curar a si mesma (o que nunca funcionou tão bem como faz em outras pessoas). Não, ela decidiu. Não poderia haver nenhuma dúvida: os usuários de água e fogo tinha a vantagem neste teste.

Foi quando isso atingiu ela.

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Fogo!

Lissa ergueu-se de onde tinha se derramado amontoada. Ela não tinha reconhecido para o que era o ferro e a pedra, mas agora, lembranças vagas de fogo, destacaram-se para ela. Ela nunca tinha aprendido as habilidades diretamente, mas tinha certeza, golpear as pedras juntas, fazer uma faísca. - se ela só tivesse uma madeira seca. Tudo lá fora, estava encharcado...

Exceto para o monte de varetas em sua bolsa. Rindo alto, ela desatou os pedaços de pau e os colocou em um lugar protegido da chuva.

Ela tentou mais três vezes, e sua excitação deu lugar a frustração obscura do espiríto. Eu puxei um pouco dela, mantendo ela concentrada.

Na Quarta tentativa, uma faísca voou e desapareceu - mas foi o que ela precisava para entender o princípio. Depois de um tempo ela poderia fazer faíscas facilmente, mas eles não faziam nada quando pousavam sobre a madeira. Para cima e para baixo, seu humor era uma montanha-russa de esperança e desapontamento. Não desista, eu queria dizer como eu extraia mais negatividade. Não desista. Eu também queria dá-la uma lição sobre gravetos, mas isso estava forçando meus limites.

Olhando ela, começei a perceber o quanto eu subestimava a inteligência da Lissa. Eu sabia que ela era brilhante, mas eu sempre imaginava ela como inútil nessas situações. Ela não era. Ela podia resolver isso. Aquela pequena faísca não podia penetrar na madeira dos gravetos. Ela precisava de um fogo maior. Ela precisava de algo onde as faíscas pudessem incendiar. Mas o quê? Certamente não era nada nessa floresta alagadiça.

Seus olhos saltaram para o mapa que caia de sua bolsa. Ela hesitou apenas um segundo antes de rasgar e triturar o papel em uma pilha em cima dos galhos.

Supostamente ela havia chegado ao final da caminhada e não precisava do mapa. Supostamente. Mas era tarde demais agora, e Lissa seguiu seu plano.

Primeiro, ela pegou um pouco do linho macio de sua bolsa, adicionando os pedaços de papel picado. Então ela pegou a pederneira e o ferro de novo.

Uma faísca salto e imediatamente acertou um pedaço de papel. Queimou laranja antes de desaparecer, deixando um fio de fumaça. Ela tentou novamente,

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inclinando-se para gentilmente soprar o papel quando a faísca tocá-lo. Uma pequena chama apareceu, pegou no papel vizinho, e entaum desapareceu.

Ajeitando-se, Lissa tentou a última vez.

— Vamos, vamos — ela murmurou, como se pudesse convencer o fogo a atear-se.

Dessa vez, a faísca pegou e ficou, se tornando uma pequena chama, então uma grande labareda que logo consumiu seus gravetos, eu rezei para que pegasse na madeira, ou então ela não teria masi sorte. Maior e mais viva a chama cresceu, consumindo o resto do papel e dos fiapos... e então se espalhando pelos galhos. Lissa soprou devagar para que continuasse, e depois de um tempo, a fogueira estava a toda.

O fogo não podia mudar o frio congelante, mas até onde ela sabia, ela tinha o calor de todo o sol em suas mãos. Ela sorriu, e um senso de orgulho que ela não sentia fazia um tempo percorreu ela inteira. Finalmente podendo relaxar, ela olhou para a floresta molhada e viu alguns flashes de luz a uma distância. Canalizando o espírito, ela usou sua magica para intensicar sua habilidade de ver auras. Como ela ja suspeitava — escondidos longe, longe entre um monte de árvores, ela pode ver duas auras cheias de fortes, firmes cores. Seus donos pararam, ficando quietos e encobertos. O sorriso de Lissa cresceu. Guardiões. Ou talvez usuários de água e ar controlando o tempo. Nenhum dos candidatos estava sozinho lá. Ronald Ozera não tinha porque se preocupar — mas enfim, ele não sabia disso. Somente ela sabia. Talvez espírito não fosse tão inútil quanto parecia.

A chuva começou a dar um tempo, e o calor do fogo continuou a acalmar ela. Ela não podia saber a hora olhando o céu, mas de algum jeito, ela sabia que não teria problemas para esperar o dia e -

— Rose? — uma voz a convocou para fora da experiencia de sobrevivencia de Lissa. — Rose, acorde ou... tanto faz —

Eu pisquei, me focando no rosto de Sydney, que estava a alguns centímetros do meu. — O que? — eu exigi. — Porque você esta me incomodando? —

Ela vacilou e foi para trás, momentaneamente sem fala. Pegando a escuridão do espírito da Lissa não tinha me afetado até agora, mas agora, consciente no meu corpo, eu senti irritação e raiva correr pelo meu corpo. Não é você, não é a Sydney. eu me disse. É o espírito. Se

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acalme. Eu respirei fundo, me recusando a deixar o espírito tomar conta de mim. Eu sou mais forte que ele. Eu espero.

Enquanto eu lutava para colocar aqueles sentimentos de lado, eu olhei em volta e me lembrei de que estava no quarto de Sonya Karp. Todos os meus problemas vieram de encontro a mim. Havia um Strigoi amarrado na outra sala, um que mal estava contido e que não aprecia que nos daria respostas tão cedo.

Eu olhei de volta para Sydney, que ainda parecia com medo de mim. — Me desculpe... eu não queria descontar em você. Eu só fiquei meio assustada. — Ela hesitou alguns segundos então assentiu, aceitando minhas desculpas. Assim que o medo saiu de seu rosto, eu pude ver que outra coisa a estava incomodando. — Qual o problema? — eu perguntei. Enquanto estivéssemos vivos e Sonya continuasse presa, as coisas não poderiam estar tão mal, certo?

Sydney foi para trás e cruzou seus braços. — Victor Dashkov e seu irmão estão aqui. —

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