Para ser justa, o dia começou em grande. A luz do sol estava entrando pela janela quando acordei, e eu já podia sentir o calor mesmo que fosse de manhã cedo. Eu escolhi as peças mais leves do uniforme: uma saia cinza, combinando com uma blusa branca de mangas curtas.’Jóias simples’ eram permitidas e assim eu continuei com a cruz de ouro. Meu cabelo estava tendo um dos seus dias difíceis - que parecia ser mais frequentemente neste novo clima no que dos anteriores. Eu gostaria de poder puxá-lo em um rabo de cavalo, como Jill fez com o dela, mas tinha muitas camadas para fazer isso perfeitamente. Ficaram a bater pelos ombros em comprimentos diferentes, eu me perguntava se talvez era hora de crescer um pouco. Após um pequeno-almoço nenhum de nós realmente comeu, montamos o autocarro até ao Campus Central, que de repente, ficou cheio de gente. Apenas cerca de um terço dos alunos eram pensionistas. O resto eram moradores locais, e eles tinham acabado de voltar hoje. Jill mal falava durante todo o passeio inteiro e parecia estar doente novamente. Era difícil dizer, mas eu pensei que ela parecia mais pálida do que de costume. Seus olhos estavam vermelhos, mais uma vez, com pesadas olheiras. Eu tinha acordado uma vez de noite e a vi dormindo, então eu não tinha totalmente a certeza qual era o problema. As olheiras eram na verdade a primeira falha que eu já vi na pele de qualquer Moroi - sempre era perfeita, de porcelana. Não admira que normalmente ela poderia dormir até tarde. Ela não tinha que se preocupar com o pó e o correctivo que eu
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utilizava. Enquanto a manhã avançava, Jill se manteve mordendo o lábio e olhando ao redor preocupada. Talvez ela estivesse apenas nervosa sobre imergindo-se em um mundo povoado inteiramente com humanos. Ela não parecia de todo preocupada com a lógica de estar no quarto certo e completar o trabalho. Que foi o aspecto que ainda me assustou um pouco. É só pegar uma aula para outra, eu disse a mim mesma. Isso é tudo que você precisa fazer. Minha primeira aula era história antiga. Eddie estava nele também, e ele praticamente me jogou para o chão quando me viu. –Ela está bem? Você a viu? – –Bem, nós compartilhamos um quarto, então sim.– Sentamo-nos em mesas vizinhas. Eu sorri para Eddie. –Relaxe. Ela esta bem. Ela parecia nervosa, mas não a posso culpar –. Ele balançou a cabeça mas ainda parecia incerto. Ele deu toda a sua atenção para a frente da sala, quando o professor se apresentou, mas havia uma inquietação sobre Eddie quando ele se sentou, como se ele pudesse parar a si mesmo de saltar para fora e ir ver como Jill estava. –Bem-vindo, bem-vindo.– Nosso instrutor era uma mulher de seus quarenta e tais, com listras brancas no rijo cabelo preto, e uma energia nervosa suficiente para rivalizar com a Eddie - e se o seu copo de café gigante era qualquer indicação, não foi difícil descobrir o porquê. Eu também fiquei um pouco ciumenta e desejava que fosse permitido ter bebidas nas aulas - particularmente desde que a cafetaria do dormitório não servia café. Eu não sabia como iria sobreviver nos próximos meses com a cafeína dos dias livres. Seu guarda-roupa era constituído por padrões de xadrez na diagonal. –Eu sou a Sra. Terwilliger, a vossa ilustre guia na jornada maravilhosa que é história antiga.– Ela falou rapidamente, numa voz grandiosa que fez alguns dos meus colegas quebrar os seus risinhos. Ela apontou para um jovem que estava sentado atrás dela, perto da grande mesa. Ele observou a classe com uma expressão entediada, mas quando ela se virou para ele, ele se animou. –E este é o meu co-guia, Trey, que eu acredito que alguns de vocês conhece. Trey é o meu assessor de estudante para este período, então ele vai se escondendo maioritariamente nos cantos e arquivando papéis. Mas vocês devem ser simpáticos com ele, pois ele pode muito bem ser o único que coloca as vossas notas no meu computador –. Trey deu um pequeno aceno e sorriu para alguns de seus amigos. Ele tinha a pele muito bronzeada e cabelo preto cujo comprimento sacudiu com as regras do código de vestimenta. O uniforme cuidadosamente passado de Amberwood deu-lhe a ilusão de
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negócios, mas houve um brilho travesso em seus olhos escuros que me fez pensar que ele realmente não queria ser um ajudante sério. –Agora–, continuou a Sra. Terwilliger. –A História é importante porque nos ensina sobre o passado. É pela aprendizagem sobre o passado, que você chega a compreender o presente, para que você possa tomar suas decisões fundamentadas sobre o futuro. – Ela fez uma pausa dramática para deixar essas palavras afundar dentro, uma vez que ela estava convencida de que estávamos impressionados, ela se moveu para um laptop que estava ligado a um projector. Ela empurrou algumas teclas, e uma imagem de uma construção branca com pilares apareceu na tela a frente da sala. –Agora, então. Alguém pode me dizer o que é isso? – –Um templo?– Alguém puxou para fora. –Muito bem, senhor …?– –Robinson–, pronunciou o rapaz. Ms. Terwilliger pegou numa prancheta e procurou na lista. –Ah, aí está você. Robinson. Stephanie. – –Stephan–, corrigiu o rapaz, corando quando alguns dos seus amigos riram. Ms. Terwilliger empurrou os óculos do nariz e apertou os olhos. –Pois você é. Graças a Deus. Estava agora a pensar o quão difícil deve ser a sua vida com tal nome. As minhas desculpas. Eu quebrei meus óculos num acidente parvo de croquet* neste fim de semana, me forçando a trazer os meus velhos hoje. Assim, Stephan-não- Stephanie, você está correcto. É um templo. Você pode ser mais específico? – Stephan balançou a cabeça. –Mais alguém pode oferecer qualquer conhecimento?– Quando só o silêncio conheceu a Sra. Terwilliger, tomei um fundo respiro e levantei minha mão. Tempo para ver o que era ser um verdadeiro estudante. Ela assentiu com a cabeça na minha direcção. –É uma Acrópole**, senhora.– –De fato é–, disse ela. –E seu nome é?– –Sydney–. –Sydney… – Ela verificou a prancheta e olhou com espanto. –Sydney Melbourne? Meu Deus. Você não soa como Australiana –. –Er, é Sydney Melrose, senhora–, eu corrigi. Ms. Terwilliger fez uma carranca e entregou a prancheta a Trey, que parecia pensar que
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meu nome era a coisa mais engraçada de sempre. –Você assume, Sr. Juarez. Sua jovens olhos são melhores que os meus. Se eu continuar com isso, vou continuar transformando rapazes em raparigas e moças perfeitamente legais em criminosos. Por isso.– Ms. Terwilliger focou-se novamente para mim. –A Acrópole. Sabe alguma coisa sobre isso? – Os outros estavam me observando, principalmente com curiosidade amigável, mas eu ainda senti a pressão de ser o centro das atenções. Concentrando-me exclusivamente na Sra. Terwilliger, disse: –É parte da Acrópole, senhora. Em Atenas. Foi construído no século V a.C. – –Não precisa me chamar de 'senhora'–, disse a Sra. Terwilliger . –Embora seja refrescante obter um pouco de respeito para variar. E brilhantemente respondeu. – Ela olhou por cima do resto da sala. –Agora, diga me isso. Por que diabos devemos nos preocupar sobre Atenas ou qualquer coisa que ocorreu ao longo de 1500 anos atrás? Como isso pode ser relevante para nós hoje? – Mais silêncio e olhos incertos. Quando a insuportável calma se arrastou por que pareceram horas, eu comecei a levantar a minha mão de novo. Ms. Terwilliger sem aviso prévio e olhou para Trey, que estava descansando seus pés sobre a mesa do professor. O rapaz imediatamente caiu com as pernas e se endireitou. –Mr. Juarez –, declarou a Sra. Terwilliger. –Tempo para ganhar seu sustento. Você tomou esta classe no ano passado. Pode de lhes dizer por que os eventos da antiga Atenas são relevantes para nós hoje? Se você não fizer isso, então eu vou ter que chamar a senhorita Melbourne novamente. Ela parece que sabe a resposta, e pense na vergonha que seria para você. – Os olhos de Trey chicotearam para mim e depois voltar para a professora. –O nome dela é Melrose, não Melbourne. E a democracia foi fundada em Atenas no século VI. Um monte de procedimentos que se colocaram no lugar estão ainda hoje em vigor no nosso governo. – Ms. Terwilliger apertou sua mão sobre o coração dramaticamente. –Você estava prestando atenção no ano passado! Bem, quase. Sua data está errada. –Seu olhar caiu sobre mim. –Eu aposto que você sabe a data em que a democracia foi iniciado em Atenas. – –No século V–, respondi imediatamente. Que rendeu-me um sorriso da professora e um brilho intenso de Trey. O resto da turma procedeu da mesma maneira. Ms. Terwilliger continuou ao seu estilo extravagante e
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destacou números de momentos importantes e lugares que íamos estudar com mais detalhes. Eu descobri que poderia responder a qualquer pergunta que ela pedisse. Uma parte de mim disse que eu deveria racionar para mim, mas eu não poderia ajudar. Se ninguém sabia a resposta, me senti obrigada a fornecê-la. E sempre que fazia isso, Ms. Terwilliger diria: –Trey, você sabia disso? – eu estremecia. Eu realmente não queria fazer inimigos no meu primeiro dia. Os outros alunos me olhava curiosamente quando eu falava, o que fez me um pouco de auto-consciente. Eu também vi alguns deles trocaram olhares de conhecimento cada vez que eu respondia, como se estivessem dentro em algum segredo que eu não estava. Isso me preocupou mais do que o irritante Trey. Será que fazia soar como se eu estivesse me mostrando? Eu estava muito insegura das políticas sociais daqui para entender o que era normal e o que não era. Esta era uma escola academicamente competitiva. Certamente não era uma coisa ruim para ser educado? Ms. Terwilliger nos deixou com a atribuição de ler os dois primeiros capítulos do nosso livro. Os outros gemeram, mas eu estava animada. Eu adorava história, especificamente história da arte e arquitectura. Minhas aulas particulares tinham sido agressivas e bem aprofundadas, mas esta disciplina especificamente meu pai pensava que eu não precisava de perder muito com ela. Eu tive que estudar isso no meu próprio tempo, e foi tanto surpreendente e luxuoso de pensar que eu tinha agora uma classe cujo único objectivo era aprender sobre isso e que meu conhecimento seria avaliado -pelo professor, pelo menos. Eu separei-me de Eddie e depois disso e fui para a Aula Avançada (AA) de Química. Enquanto eu estava esperando pela classe para começar, Trey deslizou numa mesa ao meu lado. –Então, Miss Melbourne–, disse ele, imitando a voz da Sra. Terwilliger . –Quando você estará iniciando a sua própria classe de história? – Estava arrependida por Ms.Terwilliger tê-lo picado, mas não gostei do seu tom. –Você está realmente tomando esta aula? Ou você está indo se espreguiçar mais um pouco mais e fingir estar ajudando o professor? – Isso trouxe um sorriso irónico no seu rosto. –Oh, eu estou nesta, infelizmente. E eu era o melhor aluno de Ms. T no ano passado. Se você for tão boa em química como você é em história, então eu vou agarrar você para minha parceira de laboratório. Eu vou ser capaz de tomar fora o semestre inteiro. – Química era uma parte crucial do ofício Alquimista, e eu duvidava que houvesse algo
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nesta aula que eu não já soubesse. Os alquimistas tinham surgido na Idade Média como –cientistas mágicos– tentando transformar chumbo em ouro. A partir dessas primeiras experiências, eles tinham ido descobrir as propriedades especiais do sangue de vampiro e como ele reagia com outras substâncias, eventualmente, ramificando-se em uma cruzada para manter os vampiros e os seres humanos separados um do outro. Esse pano de fundo científico, e o nosso trabalho actual com sangue de vampiro, fez da química um dos temas principais da minha educação infantil. Eu recebi o meu primeiro kit de química quando eu tinha seis anos. Enquanto outras crianças estavam a aprender o alfabeto, o meu pai me tinha atormentado com ácido e com base em flashcards ***. Incapaz de admitir tanto a Trey, desviei o meu olhar e casualmente escovei os cabelos do meu rosto. –Estou numa boa nisto aqui. – Seu olhar se mudou para minha bochecha, e um olhar de compreensão veio sobre ele. –Ah. Então é isso. – –O que é isso?– perguntei. Ele apontou para o meu rosto. –Sua tatuagem. Isso é o que ela faz, hein? – Movendo o meu cabelo, eu revelei o lírio de ouro. –O que você quer dizer?– perguntei. –Você não tem que jogar de modesta comigo–, disse ele, revirando os olhos escuros. –Eu entendo. Quero dizer, parece me mais batota, mas eu não acho que todo mundo se preocupe com honra. Muito corajoso para tê-la em seu rosto, no entanto. Eles são contra o código de vestuário você sabe - não que impeça qualquer um. – Eu mudei de posição e deixei meu cabelo cair de volta no lugar. –Eu sei. Eu pretendia maquilha-la e esqueci. Mas o que você quer dizer com batota? – Ele simplesmente balançou a cabeça numa maneira que claramente disse que eu tinha sido demitida. Eu sentei-me lá sentindo desamparada, perguntando o que eu tinha feito de errado. Logo, minha confusão foi substituída pela tristeza quando nosso instrutor nos deu uma introdução da aula e a sua matéria. Eu tinha um estojo de química atrás do meu quarto e que era mais extensa que a de Amberwood. Oh bem. Eu supunha que uma pequena revisão elementar não me faria mal. Minhas outras aulas progrediram de forma similar. Eu estava a cima de todos as minhas disciplinas e encontrei-me a responder a cada pergunta. Isso me fez estar bem com meus professores, mas eu não poderia avaliar as reacções do resto dos meus colegas. Eu ainda vi um monte de abaladas cabeças pesarosas e expressões intrigadas - mas só realmente Trey condenou. Eu não sabia se devia conter-me ou não.
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Passei por Kristin e Julia um par de vezes, e elas lembraram-me de me juntar a elas no almoço. Eu fui, encontrando-as sentadas numa mesa do canto no refeitório Este. Elas acenaram-me, e teci através das linhas de mesas, fazendo uma verificação rápida, esperando ver Jill. Eu não tinha cruzado com ela todo o dia, mas isso não era muito preocupante, considerando nossos horários. Presumivelmente, ela estava a comer no outro refeitório, talvez com Eddie ou Micah. Kristin e Julia foram amistosa, conversando comigo sobre como o meu primeiro dia tinha corrido e transmitiram alguns conselhos sobre alguns dos professores que tinham tido antes. Elas eram seniores como eu, e nós compartilhávamos algumas aulas. Passamos a maior parte do almoço na troca básica de informação, como para onde nós estávamos todos a ir. Não foi até o almoço estar a acabar que eu comecei a receber algumas respostas às perguntas que tinham me incomodando durante todo o dia. Apesar de requerer um chumaço de ainda mais perguntas primeiro. –Então–, disse Kristin, inclinando-se sobre a mesa. –Será que isso lhe dá apenas uma super memória? Ou será que faz como, eu não sei realmente, mudar o seu cérebro e fazer você mais inteligente? – Julia revirou os olhos. –Isso não pode fazer-te mais inteligente. Tem que ser memória. O que eu quero saber é, quanto tempo isso dura? – Olhei para trás e para frente entre elas, mais confusa do que nunca. –Qualquer coisa que você estava falando não pode me fazer mais inteligente, porque eu fiquei tão perdida agora –. Kristin riu. –Sua tatuagem. Ouvi dizer que você respondeu a todas as perguntas mais difíceis de matemática. E um amigo meu está na sua aula de história e disse-me que você a domina também.Estamos tentando descobrir como a tatuagem ajuda você. – –Ajudar-me…responder às perguntas? – perguntei. Seus rostos confirmaram. –Não ajuda. Essas coisas…isso é só, bem, eu. Eu simplesmente sei as respostas. – –Ninguém é tão inteligente–, argumentou Julia. –Não é essa loucura. Eu não sou nenhum génio. Eu acho que acabei por aprender muito. Eu tinha aulas particulares a maior parte do tempo, e meu pai era realmente…exigente, – eu adicionei, pensando que aquilo pudesse ajudar. –Oh–, disse Kristin, brincando com a longa trança. Eu notei que ela usava o seu cabelo escuro em várias práticas maneiras, enquanto a Julia usava o seu sempre de forma provocante e despenteado. –Eu acho que poderia ser ele… mas então, o que faz sua tatuagem fazer? –
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–Não faz nada–, disse, porem, mesmo quando eu falei as palavras, senti um leve formigueiro na minha carne. A tatuagem tinha uma espécie de magia que me impedia de falar sobre qualquer coisa, relacionada com os Alquimistas, aqueles que não faziam parte do círculo íntimo. Isto tinha sido a tatuagem que me impede de falar muito, não que houvesse qualquer necessidade. –Eu simplesmente achei que era legal.– –Oh–, disse Julia. As duas meninas pareciam inexplicavelmente desapontadas. –Por que diabos você achava que a tatuagem estava a fazer-me inteligente? –Eu perguntei. O toque da campainha interrompeu a nossa conversa, lembrando a todos nós que era hora de ir para a nossa próxima aula chegar. Houve uma pausa enquanto Kristin e Julia consideravam alguma coisa. Kristin parecia ser a líder das duas, porque foi ela quem deu um decisivo aceno de cabeça. Tive a nítida sensação de que estava sendo avaliada. –Ok–, disse ela, finalmente, dando-me um grande sorriso. –Nós vamos preencher-te mais sobre tudo, depois.– Marcamos um tempo para sair e estudar mais tarde, depois separamo-nos. Minha impressão era de que ia ser mais de socializar do que estudar, o que estava bem comigo, mas eu fiz uma nota mental para fazer os deveres de casa primeiro. O resto do dia passou rapidamente, e recebi uma nota numa das aulas vinda de Molly a conselheira. Como esperado, eu passei em todos os cursos de linguagem, e ela queria que eu passasse por lá e discutir assuntos para durante o último período, quando tecnicamente não tinha aula. Isto significava que o meu dia de escola seria oficialmente encerrado com EF. Eu mudei para o meu equipamento de ginástica que eram uns calções e uma T-shirt de Amberwood, e caminhei para fora , com os outros, para o sol quente. Eu senti um pouco do calor entre as aulas de hoje, mas não foi até que eu realmente tive que ficar no exterior por qualquer período de tempo que eu realmente e verdadeiramente apreciei o facto de que estávamos no deserto. Olhando em volta para os meus colegas, que eram rapazes e raparigas de todas os anos, que eu vi que não era a única a transpirar. Eu raramente queimava, mas me lembrei de pegar protector solar para ser seguro. Jill iria precisar dele também. Jill! Olhei ao redor. Eu quase esqueci que Jill deveria estar na mesma aula. Excepto, onde estava ela? Não havia sinal dela. Quando o nosso instrutor, Miss Carson, fez a chamada, ela nem mesmo disse o nome de Jill. Gostaria de saber se tinha havido uma mudança no
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horário de última hora. Miss Carson julgava em saltar directo para a acção. Estávamos divididos em equipes de voleibol e eu me vi de pé ao lado de Micah. Sua exposição, pele sardenta estava ficando rosa, e eu quase quis sugerir protector solar para ele. Ele deu me um de seus sorrisos simpáticos. –Hey,– eu disse. –Você não viu a minha irmã hoje, viu? Jill? – –Não–, disse ele. Uma ligeira carranca atravessou a testa. –Eddie estava procurando por ela na hora do almoço. Ele imaginou que ela estava comendo com você em seu dormitório. – Eu balancei minha cabeça, uma incómoda sensação nasceu no meuestômago. O que estava acontecendo? Cenários de pesadelo passaram pela minha mente. Eu pensava que Eddie era exagerado com a sua vigilância, mas tinha algo acontecido com a Jill? Seria possível que, apesar de todos os nossos planos, um dos inimigos de Jill tinha deslizou lá dentro e raptando-a debaixo dos nossos narizes? Eu ia ter que dizer aos alquimistas - e ao meu pai- que tínhamos perdido Jill no primeiro dia? Pânico passou por mim. Se eu não estava prestes a ser enviada para um centro de reeducação antes, eu definitivamente estava no caminho para uma agora. –Você está bem?– Micah perguntou, estudando-me. –A Jill está bem? – –Eu não sei–, disse. –Desculpe-me.– Sai fora da minha formação de equipe e corri até onde a Miss Carson estava supervisionando. –Sim–, ela me perguntou. –Sinto muito incomodá-lo, minha senhora, mas eu estou preocupada com a minha irmã. Jill Melrose. Sou Sydney. Ela deveria estar aqui. Você sabe se ela de aula? – –Ah, sim. Melrose. Eu tenho uma nota do gabinete, apenas antes da aula, que ela não iria estar presente hoje. – –Será que eles dizeram por quê?– Miss Carson abanou a cabeça se desculpando e latiu uma ordem para um cara que estava atrasado. Eu voltei para a minha equipe, com a mente a girar. Bem, pelo menos alguém tinha visto Jill hoje, mas porque diabos ela não estava presente? –Ela está bem?– Micah perguntou-me. –Eu…Eu acho. Miss Carson parecia saber que ela não vinha para a aula, mas não sabia porquê. – –Existe alguma coisa que eu posso fazer?–,perguntou. –Para ajudar ela? Er, vocês? – –Não, obrigado. Obrigada por perguntar – Eu desejei que tivesse um relógio ao redor. –
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Vou ver como ela esta, logo que a aula acabe.– Um pensamento ocorreu-me de repente. –Mas Micah? Não diga nada para Eddie. – Micah me deu um olhar curioso. –Por que não?– –Ele é super protector. Ele vai se preocupar quando não é provavelmente nada –.Além disso, ele vai virar a escola toda procurando por ela. Quando a aula terminou, eu tomei um banho rápido e mudei de roupas antes de ir ao edifício administrativo. Eu estava desesperada por correr de volta ao dormitório primeiro para ver se Jill estava lá, mas eu não poderia chegar atrasada para o compromisso. Enquanto eu caminhava por um corredor em direcção ao escritório de Molly, passei por uma das principais e tive uma ideia. Eu parei para falar com a secretária de atendimento antes de ir para o compromisso. –Jill Melrose–, afirmou a secretária balançando a cabeça. –Ela foi enviada de volta ao seu dormitório. – –Enviada de volta?–, exclamei. –O que isso quer dizer? – –Eu não tenho autorização para dizer.– Muito melodramáticos? Irritada e mais confusa do que nunca, eu fui para o escritório de Molly, levando o conforto no fato de que, mesmo se a ausência de Jill fosse misteriosa, pelo menos, foi sancionado pela escola. Molly me disse que eu poderia escolher outra disciplina ou me envolver em algum tipo de estudo independente no lugar de um idioma, se eu tivesse um professor para me patrocinar. Uma ideia surgiu na minha cabeça. –Posso lhe confirmar isso amanhã?– perguntei. –Preciso falar com alguém em primeiro lugar. – –Claro–, disse Molly. –Basta decidir em breve. Você pode voltar ao seu dormitório agora, mas não podemos ter você vagando por aí todos os dias durante este tempo. – Assegurei-lhe que ela teria uma resposta em breve e virei costas. O autocarro frequentemente não percorria durante as aulas, então só me faltava andar uma milha. Ela levou apenas 15 minutos, mas senti o dobro do tempo no calor. Quando eu finalmente alcancei o quarto do dormitório, alívio me inundou. Suspensa ali dentro do quarto, como se nada estranho tivesse acontecido, estava Jill. –Está tudo bem!– Jill estava deitada na cama, lendo seu livro novamente. Ela olhou melancolicamente. –Yeah. Mais ou menos–. Sentei-me na minha própria cama e arranquei meus sapatos. –O que aconteceu? Entrei num ataque de pânico quando você não estava na sala de aula. Se Eddie soubesse… –
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Jill sentou-se. –Não, não diga a Eddie. Ele vai passar-se –. –Ok, ok. Mas diga-me o que aconteceu. Eles disseram que você foi enviada para cá? – –Sim–. Jill fez uma careta. –Porque eu fui chutada para fora na minha primeira aula. – Eu fiquei sem palavras. Eu não poderia imaginar o que a doce, tímida Jill , pudesse ter feito para justificar isso. Oh, Deus. Espero que ela não tenha mordido alguém. Todos esperavam que fosse eu a ter problemas de adaptação num horário escolar. Jill deveria ser a profissional. –Porque você foi chutada para fora?– Jill suspirou. –Por ter uma ressaca.– Extra muda. –O quê?– –Eu estava doente. Ms. Chang – minha professora - olhou para mim e disse que ela poderia ver uma ressaca um quilómetro de distância. Ela me mandou para o escritório por quebrar regras da escola. Eu lhes disse que estava apenas doente, mas ela continuou dizendo que ela conhecia. O director disse, finalmente, que não havia nenhuma maneira de provar o porque de eu estar doente, então eu não fui castigada, mas eu não tinha permissão para ir ao resto das minhas aulas. Eu tinha que ficar aqui durante o resto do dia na escola. – –Isso é…isso é idiota! – Eu tirei os meus pés e comecei a andar. Agora que eu tinha recuperado a minha inicial descrença, eu estava simplesmente indignada. –Eu estava com você ontem à noite. Você dormiu aqui. Eu deveria saber. Eu acordei uma vez, e você estava aqui. Como pode Ms.Chang fazer até mesmo uma acusação como essa? Ela não tinha provas! A escola também não. Eles não tinham o direito de te enviar para fora da aula. Eu deveria ir direita ao escritório agora! Não, eu vou falar com Keith e com os Alquimistas e temos os nossos –pais– a fazer uma reclamação –. –Não, espere, Sydney.– Jill pulou e pegou no meu braço, como se receasse que eu marchasse para fora e fosse lá. –Por favor. Não. Basta deixar ir. Eu não quero causar mais problemas. Eu não recebi qualquer marca ruim. Eu não fui realmente castigada. – –Você estará atrasada em suas aulas–, eu disse. –Isso é punição suficiente. – Jill balançou a cabeça, os olhos arregalados. Ela estava com medo, eu percebi, mas eu não tinha ideia de por que ela não gostaria de contar. Ela foi vítima aqui. –Não, está tudo bem. Eu vou alcança-las. Não há consequências a longo prazo. Por favor, não faça disto um grande problema. Os outros professores provavelmente pensaram que eu estava doente. Eles provavelmente nem sequer sabem sobre as acusações. – –Não é certo, porém,– Eu rosnei. –Eu posso fazer algo sobre isto. É por isso que estou
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aqui, para ajudar você –. –Não–, disse Jill inflexivelmente. –Por favor. Deixá-lo ir. Se você realmente quer ajudar… –Ela desviou os olhos. –O quê?– Eu perguntei, ainda cheia de fúria.–O que você precisa? Diz. – Jill olhou para cima. –Eu preciso de você…Eu preciso que você me leve a Adrian –.
* jogo de recreação, sendo posteriormente transformando-se em esporte, que constitui em golpear bolas de madeira ou plástico através de arcos encaixados no campo de jogo.
** https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhglKvQepLBEair60OxBqIwh4gwPn6qA2g5kSeegrCJmMoy_ef3nXVFDBQHvGRyYd_6OKWHUEq3atf5fHq7V7nJ9Uuv5VeP-rN3HtRpVfGMAywqIyO78qXN0fgIwwP_h51_MNoA9xc901pn/s400/acropole.jpg ***Um cartão impresso com as palavras ou números e rapidamente exibida como parte de uma boa aprendizagem.
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Capitulo 6
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às 11:46
Marcadores: Laços de Sangue
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