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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

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Felipe, por que você não arruma um emprego decente?

por FLÁVIO AUGUSTO DA SILVA

Você pode achar o Felipe Neto agressivo em suas colocações, que ele fala muito
palavrão ou que esteja sempre se metendo em muitas polêmicas. Talvez você
esteja certo em algum ponto; talvez esse tipo de comunicação não lhe caia bem,
afinal, cada um tem o direito de ter a sua própria opinião.
Ou, talvez, você possa pensar que ele é um jovem revoltado, que não tem o
que fazer e, por isso, fica perdendo tempo, gravando vídeos para o YouTube.
Onde já se viu! Por que será que ele não arruma um emprego decente?
Bem, nesse caso, não se trata apenas de uma questão de opinião ou de gosto.
Fica, então, constatado que você ainda não percebeu que o mundo mudou, que os
meios de comunicação mudaram, que o conceito de geração de conteúdo e a
forma como ele é consumido por milhões de pessoas, em todo o mundo, não
segue a mesma cartilha que conhecemos na década passada.
De acordo com pesquisas divulgadas numa revista de grande circulação, hoje,
no Brasil, mais de 5 milhões de lares, com aproximadamente 15 milhões de
pessoas, sequer têm um aparelho de TV. Somado isso ao fato de que mais de 30
milhões de pessoas visualizam, por dia, a home do YouTube, podemos constatar
que esse seu conceito de emprego decente pode ter mudado e você ainda não
percebeu.
Nesse cenário, alguns desenvolveram, antes mesmo que isso se tornasse de
conhecimento público, uma visão apurada sobre esse movimento. E o Felipe é
uma dessas pessoas. Não é uma casualidade que ele tenha se tornado um
fenômeno na internet, com o seu vlog Não Faz Sentido, alcançando centenas de
milhões de visualizações e faturado mais de 1 milhão de dólares com publicidade.
Você faturou 1 milhão de dólares com o seu emprego decente nos últimos três
anos?
Pois é. Além disso, a influência do Felipe sobre o seu público superou, de
longe, a influência das novelas e de outros meios de comunicação que, nas
décadas anteriores, costumavam eleger presidentes. Consegue perceber o
tamanho disso?
Tive a oportunidade de conhecer alguns dos passos dados por este menino
empreendedor nos últimos anos. Ele é corajoso, dócil – diferente do personagem
que criou em seu vlog –, inteligentíssimo, ousado, estrategista, multitarefa e
autodidata.
Ele também sabe buscar informações com pessoas mais experientes, pensa
grande. Não foi por acaso que a sua produtora, a Parafernalha, alçou voos
maiores, associando-se a uma gigante americana, numa transação milionária, para
desenvolver uma rede de canais no YouTube, responsável por um inventário de
centenas de milhões de visualizações por mês.
Personagens como o Felipe têm muito a nos ensinar. Eles nos fazem refletir
sobre o mundo em que vivemos e, também, junto com todas essas
transformações, sobre um manancial de novas oportunidades que esse novo
cenário nos traz.
Certamente, o poder está mudando de mãos e, nessa transição, como alguém já
disse: enquanto uns choram, outros vendem lenços. Ao saber sobre esse livro,
você também ficou curioso para ler o que o Felipe escreveu, porque, sem dúvida,
ele está construindo uma fábrica de lenços e, o melhor, vai contar tudo sobre isso
para nós.

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