Oi. Tudo bem? Meu nome é Felipe Neto... E não é por parte de avô. Muita gente
me pergunta se o nome de algum dos meus avôs é igual ao meu, mas sempre
frustro as pessoas ao dizer que não. O Neto na verdade veio da minha mãe, Rosa
Esmeralda Pimenta Neto. Tadinha, uma flor, uma pedra, um condimento e uma
nomenclatura familiar, meus avós não deram nem chance pra coitada. O curioso,
contudo, é que meu outro avô se chama Hugo, que tem um filho Hugo e que, por
sua vez, teve outro filho e deu o nome de Hugo. Ficaram Hugo pai, Hugo filho e
Huguinho, mas nenhum Hugo Neto. Mas por que eu estou falando isso tudo?
Afinal, não quero que pensem que o meu livro é uma autobiografia. Este não é
um livro comum e muito menos deve ser comparado a outros. No momento em
que escrevo essas palavras, estou com 23 anos. Seria muita audácia e estupidez
escrever a história da minha vida, pois ela não daria cinquenta páginas. Além do
mais, eu nunca fui drogado, nunca comi travesti e não tenho nenhuma história
particularmente polêmica pra contar, então contentem-se com isto: um livro sobre
uma série de vídeos. O Não Faz Sentido.
Algumas pessoas irão dizer que eu subi no salto, que devo me achar muito
estrela pra escrever um livro. Bem, talvez seja verdade. Afinal de contas, foi
exatamente no que eu pensei quando vi que Justin Bieber, Fiuk e Restart haviam
feito a mesma coisa. De qualquer jeito, queria entender quando foi que ocorreu
essa supervalorização dos livros. Até onde eu sei, até poucos anos atrás, era
somente através dos livros que as pessoas conseguiam passar informações.
Depois vieram o rádio, a TV e, olha só, a internet, que é onde tudo isso começou.
Se você tem raiva deste livro, coloque a culpa na internet, tá na moda.
Aliás, gostaria de dizer uma coisa: detesto introduções. Muito provavelmente
você já está no primeiro parágrafo e pulou esse capítulo insuportável. Eu nunca
leio, devo ser sincero, introdução é tipo trailer no cinema, ninguém quer ver e a
maioria prefere ficar batendo papo enquanto passa. Mas, se você está lendo essas
palavras, muito obrigado. São 17h03 de um sábado, ou seja, estou gastando meu
fim de semana para escrevê-las.
Hm...
É...
Vou pegar uma água.
Voltei. Agora são 17h18. Você provavelmente leu as três linhas acima em
menos de 3 segundos, mas eu gastei quinze minutos para escrevê-las. Acho que
eu deveria ter lido mais introduções de livros, pois não faço a menor ideia do que
escrever na minha.
Ah! Tem uma coisa que vale ser dita: este livro não conta a história de um
humorista, ele não é engraçado e muito menos tem informações relevantes sobre
algo que mudará sua vida. Não é autoajuda, não é material de escola... Aliás, não
é nada. Eu quero ver como as livrarias vão classificá-lo. Provavelmente você
comprou na parte de autobiografia (já imaginou se foi na parte de best-seller? Se
isso acontecer, eu ficarei profundamente feliz em dividir a prateleira com
Crepúsculo). Se bem que pra se tornar um best-seller eu provavelmente deveria
contar as coisas de um jeito mais romântico. Ok, vamos tentar... Chega de
introdução, que isso tá mais chato que anúncio da sessão da tarde. GO GO GO!
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