Eu não queria ver ninguém depois disso. Eu voltei para meu quarto o mais rapidamente que pude, mal notando os obstaculos e pessoas no meu caminho. De novo e de novo, eu ouvia as palavras de Dimitri em minha cabeça: O amor passa. O meu passou. De alguma forma, essa era a pior coisa que ele podia ter dito. Não me entenda errado: o resto também não era fácil. Ouvir ele me dizer que ia evitar e ignorar nossa antiga relação me fez sentir horrível também. Ainda sim, nisso, não importava o quanto doía, havia uma pequena esperança de haver alguma faisca de amor entre nós. Que ele ainda me amava.
Mas... o amor passa.
Isso era totalmente diferente. Significava que ele tinha morrido, se enfraquecendo até se secar, como as folhas ao vento. Essa ideia me causou dor no peito e estomago, e eu me curvei na minha cama, envolvendo meus braços ao redor de mim mesma, como se isso fosse amortecer a dor. Eu não podia aceitar o que ele tinha dito. Eu não podia aceitar que, de alguma forma, depois de sua provação, seu amor por mim tinha morrido.
Eu queria ficar no meu quarto pelo resto do dia, curvada na escuridão das minhas cobertas. Eu esqueci a conversa com Sydnei e minhas preocupações sobre o pai de Lissa. Eu até larguei a própria
Lissa. Ela tinha algumas coisas pra fazer hoje, mas de vez enquanto, uma mensagem passava pelo laço: Vem se juntar a mim?
Quando eu não contatei ela, ela começou a ficar preocupada. Eu de repente fiquem com medo que ela – ou outra pessoa – pudesse vir me procurar no meu quarto. Então eu decidir sair. Eu não tinha um destino; eu só continuei andando. Eu andei pela Corte, passando por lugares que nunca tinha visto antes. A Corte tinha mais estatuas e fontes do que eu sabia. Mas sua beleza se perdia em mim, e quando eu voltei para o meu quarto, horas depois, eu estava exausta de tanto andar. O bem. Pelo menos eu evitei ter que conversar com alguém. 26 mai ?Rafaela?
Ou tinha? Era tarde, já passado da minha hora de dormir, quando ouvi uma batida na minha porta. Eu hesitei em responder. Quem apareceria tão tarde? Eu queria uma distração ou eu queria manter minha solidão? Eu não fazia ideia de quem era, só que não era Lissa. Deus. Até onde eu sabia, era Hans exigindo saber porque eu não tinha aparecido para trabalhar hoje. Depois de pensar muito (e mais batidas persistentes), eu decidi atender.
Era Adrian.
“Pequena dhampir,” ele disse com um sorriso pequeno e cansado. “Parece que você viu um fantasma.”
Não um fantasma, exatamente. Acredite em mim, eu sabia que era um fantasma quando eu o via. “Eu só... eu só não esperava ver você depois do que houve essa manhã...”
Ele entrou e sentou na minha cama, e eu fiquei feliz por ver que ele tinha se limpado desde que conversamos mais cedo. Ele usava roupas limpas, e seu cabelo havia voltado a sua perfeição usual. Eu ainda sentia o cheiro remanescente de cravo, mas depois do que eu o fiz passar, ele tinha direito a seus vicios.
“Yeah, bem, eu não esperava aparecer também,” ele admitiu. “Mas você... bem... você me fez pensar em algo.”
Eu sentei ao lado dele, mantendo uma distancia segura. “Nós?”
“Não. Lissa.”
“Oh.” Eu acusei Dimitri de ser egoista, mas aqui estava eu, naturalmente assumindo que o amor por mim podia ter trazido Adrian pra cá.
Os seus olhos verdes ficaram especulativos. “Eu fiquei pensando sobre o que você disse, sobre o pai dela. E você tem razão – razão sobre o negócio do jogo. Ele tinha o dinheiro para pagar qualquer divida. Ele não teria que esconder. Então eu fui perguntar pra minha mãe.”
“O que?” “Ninguém deveria saber disso –“
“Yeah, yeah, eu imaginei que sua informação seria secreta. Não se preocupe. Eu disse a ela que quando estavamos em Vegas, ouvimos umas pessoas falando sobre isso – sobre o pai de Lissa fazer depósitos secretos.”
“O que ela disse?” 26 mai ?Rafaela?
“A mesma coisa que eu. Bem, na verdade, ela ficou brava comigo primeiro. Ela disse que Eric Dragomir era um bom homem e que eu não deveria espalhar rumores sobre os mortos. Ela sugeriu que talvez ele tive um problema com jogo, mas se fosse isso, as pessoas não deveriam se focar nisso, quando ele fez tantas outras coisas boas. Depois do Death Watch, eu acho que ela estava com medo que eu cause mais brigas públicas.”
“Ela tem razão. Sobre Eric,” eu disse. Talvez alguém tivesse roubado aqueles registros como algum tipo de campanha de difamação. Eu admito, espalhar rumores sobre a reputação sobre os mortos era inútil, mas talvez alguém quisesse denegrir a reputação dos Dragomir e se livrar de qualquer chance da lei de voto ser mudada para Lissa? Eu estava prestes a dizer isso para Adrian quando fui interrompida por algo ainda mais chocante.
“Então meu pai nos ouviu, e disse tipo, „Ele provavelmente estava financiando alguma amante. Você tem razão – ele era um cara legal. Mas ele gostava de flertar. E ele gostava de madames‟.” Adrian virou os olhos. “Essa é uma citação direta: „Ele gostava de madames.‟ Meu pai é um idiota. Ele soa alguém com duas vezes a sua idade.”
Eu agarrei o braço de Adrian sem perceber. “O que ele disse depois disso?”
Adrian deu de ombros, mas deixou minha mão onde estava. “Nada. Minha mãe se irritou e disse a mesma coisa para ele que tinha dito pra mim, que era cruel espalhar histórias que ninguém podia provar.”
“Você acha que é verdade?Você acha que o pai de Lissa tinha uma amante? Era para isso que ele estava pagando?”
“Não sei, pequena dhampir. Honestamente? Meu pai é o tipo de gente que se atraca em qualquer rumor que pode. Ou inventa um. Eu quero dizer, ele sabia que o pai de Lissa gostava de festejar. É fácil tirar conclusões disso. Provavelmente ele tinha algum segredo sujo. Diabos, todos temos. Talvez quem quer que tenha roubado aqueles arquivos queira explorar isso.” 26 mai ?Rafaela?
Eu contei a ele minha teoria sobre isso ser usado contra Lissa. “Ou,” eu disse reconsiderando, “talvez alguém que a apóie tenha pego. Para que não vazasse.”
Adrian acenou. “De qualquer forma, eu não acho que Lissa esteja em perigo mortal.”
Ele começou a levantar, e eu o puxei de volta. “Adrian, espere... eu...” eu engoli. “Eu quero me desculpar. O jeito que tenho tratado você, o que eu estive fazendo... não foi justo com você. Sinto muito.”
Ele desviou seu olhar de mim, os olhos se focando no chão. “Você não pode impedir seus sentimentos.”
“O negócio é que... eu não sei como me sinto. E isso soa idiota, mas é verdade. Eu me importo com Dimitri. Foi idiota pensar que eu não fui afetada pela volta dele. Mas eu percebo agora...” O amor acaba. O meu acabou. “Eu percebo agora que com ele acabou. Não estou dizendo que é fácil superar. Vai levar um tempo, e eu menti para nós dois quando eu disse que não iria.”
“Isso faz sentido,” Adrian disse.
“Faz?”
Ele olhou para mim, um brilho de diversão em seus olhos. “Sim, pequena dhampir. Algumas vezes você faz sentido. Vá em frente.”
“Eu... bem, como eu disse... eu tenho que me curar dele. Mas eu me importo com você... eu acho que até te amo um pouco.” Isso ganhou um pequeno sorriso. “Eu quero tentar de novo. Eu realmente quero. Eu gosto de ter você na minha vida, mas eu pulei nas coisas muito cedo antes. Você não tem porque me querer depois do jeito que eu tenho te arrastado, mas se você quiser voltar, então eu quero também.”
Ele me estudou por um longo tempo, e minha respiração parou. Eu falei sério: ele tinha o direito de terminar as coisas entre nós... e ainda sim, a ideia disso me aterrorizava.
Finalmente, ele me puxou contra ele e deitou na cama. “Rose, eu tenho todo tipo de motivo para querer você. Eu não sou capaz de ficar longe de você desde que te vi no hotel de esqui.” 26 mai ?Rafaela?
Eu me aproximei de Adrian na cama e pressionei minha cabeça contra seu peito.
“Podemos fazer isso funcionar. Eu sei que podemos. Se eu fizer besteira de novo, você pode ir embora.”
“Se apenas fosse tão fácil,” ele riu. “Você esquece: Eu tenho uma personalidade viciante.
Sou viciado em você. De alguma forma, eu acho que você poderia fazer todo tipo de coisas ruins comigo, e eu ainda voltaria pra você. Só seja honesta, ok? Me diga o que você está sentindo. Se você está sentindo algo por Dimitri que te confunde, me diga.
Vamos dar um jeito.”
Eu queria dizer isso a ele – independentemente dos meus sentimentos – ele não tinha nada para se preocupar com Dimitri porque Dimitri tinha me rejeitado várias vezes. Eu podia correr atrás de Dimitri o quanto quisesse, e não faria bem nenhum. O amor acaba.
Aquelas apalavras ainda doiam, e eu não conseguia suportar dar voz aquela dor. Mas enquanto Adrian me abraçava e eu pensava o quão compreensivo ele era com tudo isso, uma parte ferida de mim reconheceu que o oposto também era verdade: o amor cresce.
Eu tentaria com ele. Eu realmente tentaria.
Eu suspirei. “Você não deveria ser tão sábio. Você deveria ser superficial e irracional e... e...”
Ele me deu um beijo na testa. “E?”
“Mmm... ridículo.”
“Ridículo eu posso ser. E os outros... mas apenas em ocasiões especiais.”
Estávamos bem perto um do outro agora, e eu virei minha cabeça para estudar ele, sua alta estrutura óssea cabelo bagunçado que o deixavam tão bonito. Eu lembrei das palavras da mãe dele, que independentemente do que queríamos, ele e eu eventualmente iríamos nos separar. Talvez fosse assim que seria minha vida. Eu sempre perderia o homem que eu amava.
Eu o puxei contra mim, beijando sua boca com uma força que pegou até eu de surpresa. Se eu tinha aprendido algo sobre a vida e amor, era que eles são coisas tenuas que podem terminar a qualquer momento. Cuidado era essencial – mas não ao custo de desperdiçar sua vida. Eu decidi que não ia desperdiçar agora. 26 mai ?Rafaela?
Minhas mãos já estavam tirando a camiseta de Adrian antes daquela ideia se formar totalmente. Ele não questionou ou hesitou em tirar minhas roupas em resposta. Ele podia ter momentos de profundidade e entendimento, mas ele ainda era... bem, Adrian. Adrian vivia sua vida no agora, fazendo as coisas que queria sem sequer pensar duas vezes. E ele me queria a muito tempo.
Ele também era muito bom nesse tipo de coisa, e por isso minhas roupas sairam mais rapidas que as dele. Os lábios dele eram quentes e ansiosos contra minha garganta, mas ele teve cuidado de nem uma vez deixar suas presas tocarem minha pele. Eu fui um pouco menos gentil, me surpreendendo quando eu afundei minhas unhas na pele nua das costas dele. Os lábios dele se moveram mais pra baixo, tracejando a linha da minha clavicula enquanto ele tirava meu sutiã com uma mão.
Eu fiquei um pouco surpresa pela reação do meu corpo enquanto nós dois lutavamos para tirar a jeans do outro antes. Eu me convencia que eu nunca iria querer sexo de novo, depois de Dimitri,
mas neste momento? Oh, eu queria. Talvez fosse alguma reação psicologica a rejeição de Dimitri. Talvez fosse o impulso de viver o momento. Talvez fosse amor por Adrian. Ou talvez fosse apenas luxuria.
O que quer que fosse, me deixou impotente sobre as mãos e boca dele, que pareciam feitas para explorar cada parte de mim. A única vez que ele parou foi quando todas as minhas roupas finalmente tinham sido tiradas e eu fiquei ali deitada nua com ele. Ele estava quase nu também, mas eu ainda não tinha chegado a suas cuecas ainda. (Elas eram de ceda porque, honestamente, o que outra coisa Adrian usaria?). Ele segurou meu rosto com suas mãos, os olhos cheio de intensidade e desejo – e um pouco de confusão. 26 mai ?Rafaela?
“O que é você, Rose Hathaway? Você é real?Você é um sonho dentro de um sonho. Eu temo que tocar você vai me fazer acordar. Você vai desaparecer.” Eu reconheci um pouco daquele ar peotico que as vezes ele tinha, o feitiço que me fazia perguntar se ele estava pegando um pouco daquela loucura induzida por espirito.
“Me toque e descubra,” eu disse, trazendo ele para mais perto de mim.
Ele não hesitou de novo. O resto da sua roupa saindo, e todo o meu corpo esquentou com a sensação da pele dele e com a forma que as mãos dele deslizavam por cima de mim. Minhas necessidades fisicas estavam rapidamente ultrapassando qualquer razão e pensamento lógico. Não havia pensamentos, só nós, e a feroz urgencia que nós aproximava. Era tudo uma necessidade ardente e desejo e sensações e –
“Oh, merda.”
Saiu como um murmúrio já que nós estávamos nos beijando e nossos lábios ansiosamente buscando um ao outro. Com reflexos de guardiã, eu mal consegui me afastar, assim que nossos quadris começaram a se unir. Perder a sensação dele foi chocante pra mim, e mais pra ele. Ele foi atordoado, simplesmente encarando descrente enquanto eu me afastava ainda mais e finalmente consegui sentar.
“O que... qual problema? Você mudou de ideia?”
“Precisamos de proteção primeiro,” eu disse. “Você tem camisinhas?”
Ele processou isso por alguns segundos e então suspirou. “Rose, só você escolheria esse instante para lembrar disso.” 26 mai ?Rafaela?
Era um ponto justo. Meu timing foi uma droga. Ainda sim, era melhor do que lembrar depois. Apesar do desejo desenfreado do meu corpo – que acredite, ainda estava lá – eu de repente tive a vivida imagem da irmã de Dimitri, Karolina. Eu a conhecia na Sibéria, e ela tinha um bebê com cerca de seis meses. O bebê era adoravel, como bebês geralmente são, mas por Deus, ela dava tanto trabalho. Karolina trabalhava como garçonete, e assim que ela chegava em casa, sua atenção se dirigia ao bebê. E os bebês sempre precisam de algo: comida, troca de roupa, resgate de se engasgarem com pequenos objetos. A irmão dele Sonya, estava prestes a ter um bebê também, e do jeito que eu deixei as coisas com a irmã mais nova dele Viktoria, eu não ficaria surpresa se ela logo ficasse grávida. Uma coisa enorme que muda a vida de alguém, feita por um ato descuidado.
Então eu estava bem confiante de que não queria um bebê na minha vida no momento, não tão jovem. Com Dimitri eu não me preocupei, graças a infertilidade dhampir. Com Adrian? Era um problema, e embora doenças sejam raras entre ambas nossa raças, eu não era a primeira garota que Adrian já tivera. Ou a segunda. Ou a terceira...
“Então, você tem alguma?” eu perguntei impaciente. Só porque eu estava no modo responsável, não significava que eu queria menos sexo.
“Sim,” Adrian disse, sentando também. “No meu quarto.”
Nós nos encaramos. O quarto dele era muito longe, na sessão Moroi da Corte.
Ela se aproximou colocando seu braço ao meu redor e mordiscando minha orelha. “As chances de algo ruim acontecer são bem baixas.”
Eu fechei meus olhos e coloquei minha cabeça contra ele. Ele envolveu suas mãos ao redor do meu quadril e acariciou minha pele. “O que você é, um médico?” eu perguntei.
Ele riu suavemente, sua boca beijando um ponto logo atrás da minha orelha. “Não. Sou apenas alguem disposto a arriscar. Você não pode me dizer que não quer isso.” 26 mai ?Rafaela?
Eu abri meus olhos e me afastei para que pudesse olhar diretamente pra ele. Ele tinha razão. Eu queria isso. Muito, muito mesmo. E uma parte de mim – que era basicamente toda eu – queimava com luxuria, estava tentando me ganhar. As chances provavelmente eram baixas, certo? Não existiam pessoas que tentavam uma eternidade ter filhos e não conseguiam? Meu desejo tinha um argumento ok, então eu fiquei surpresa quando minha logica ganhou.
“Não posso arriscar,” eu disse.
Agora Adrian me estudava, e finalmente, acenou. “Ok. Outra hora então. Hoje a noite seremos... responsáveis.”
“Isso é tudo que você vai dizer?”
Ele franziu. “O que mais eu poderia dizer?Você disse não.”
“Mas você... você poderia ter me compelido.”
Agora ele estava realmente surpreso. “Você quer que eu te compele?‟
“Não. É claro que não. Só me ocorreu que... bem, que você poderia ter feito isso.”
Adrian segurou meu rosto com suas mãos. “Rose, eu trapaceio nas cartas e para comprar bebidas alcoólicas. Mas eu nunca, nunca te forçaria a fazer algo que não quer. Certamente não isso –“
As palavras dele foram cortadas porque eu me pressionei contra ele e comecei a beijar ele de novo. Surpresa deve ter impedido ele de fazer algo imediatamente, mas logo, ele me afastou com o que pareceu ser muita relutância.
“Pequena dhampir,” ele disse secamente, “se você quer ser responsável, esse não é um bom jeito de ser.”
“Não precisamos deixar isso pra trás. E podemos ser responsáveis.”
“Todas aquelas histórias são – “ 26 mai ?Rafaela?
Ele parou quando eu joguei meu cabelo pra longe do caminho e ofereci meu pescoço pra ele. Eu consegui virar levemente para que
pudesse encontrar os olhos dele, mas não disse nada. Eu não precisei. O convite era óbvio.
“Rose..” ele disse incerto – embora eu pudesse ver o desejo em seu rosto.
Beber sangue não é o mesmo que transar, mas era um anseio que todos os vampiros tem e fazer isso excitado – pelo que ouvi – era uma experiência enlouquecedora. Também era um tabu e quase nunca era feito, era o que as pessoas alegavam. Era de onde a definição de Meretriz de Sangue tinha se originado: dhampirs que dão sangue durante sexo. A ideia de dhampirs dando a sangue a todos era considerada desgraçada, mas eu já fiz antes: com Lissa quando ela precisava de comida e com Dimitri quando ele foi um Strigoi. E tinha sido glorioso.
Ele tentou de novo, sua voz mais firme dessa vez. “Rose, você sabe o que está pedindo?”
“Sim,” eu disse firmemente. Eu passei um dedo pelos lábios dele e então os deslizei para que tocassem suas presas. Eu joguei as próprias palavras dele de volta pra ele. “Você não pode me dizer que não quer isso.”
Ele queria. Em um segundo, sua boca estava no meu pescoço e suas presas estavam perfurando minha pele. Eu gritei devido a repentina dor, um som que se suavizou até sair em um gemido enquanto as endorfinas que acompanhavam cada mordida de vampiro entravam em mim. Uma maravilhosa onda me consumiu. Ele me puxou com força contra ele enquanto ele bebia, quase no seu colo, pressionando minhas costas contra seu peito. Eu estava pouco ciente de que suas mãos estavam em mim de novo, dos lábios dele na minha garganta. Na maior parte, tudo que eu sabia é que eu estava me afogando em uma pura e estatica doçura. O alto perfeito.
Quando ele se afastou, foi como perder parte de mim mesma. Como estar incompleta. Confusa, precisando dele de volta, eu o busquei. Ele gentilmente afastou minha mãe, sorrindo enquanto lambia seus lábios.
“Cuidado, pequena dhampir. Eu fui mais além do que deveria. Você provavelmente poderia criar asas e voar para longe agora mesmo.”
Não soava uma má ideia. Em mais alguns segundos, no entanto, a parte intensa e maluca do alto sumiu, e eu voltei a mim mesma. Eu ainda me sentia maravilhosa e tonta; as endorfinas tinham alimentado o desejo do meu corpo. Minha razão voltou devagar pra mim, permitindo (mais ou menos) que um pensamento coerente penetrasse aquela onda feliz. Quando Adrian estava convencido que eu estava sóbria o bastante, ele relaxou e deitou na cama. Eu me juntei a ele um momento depois, me aconchegando do lado dele.
Ele parecia tão satisfeito quanto eu.
“Isso,” ele brincou,” foi o melhor não-sexo do mundo.”
Minha única resposta foi um sonolento sorriso. Era tarde, e quando mais eu sentia a onda das endorfinas, mais sonolenta eu me sentia. Uma parte pequena de mim dizia que embora eu quisesse isso, e me importasse com Dimitri, tudo foi errado. Eu não o tinha feito pelos motivos certos, ao invés disso tendo sido levada por minha própria dor e confusão.
O resto de mim decidiu que não era verdade, e a voz irritante logo desapareceu na exaustão. Eu adormecei contra Adrian, tendo a melhor noite de sono que já tive em muito tempo.
**
Eu não fiquei totalmente surpresa por ser capaz de sair da cama, tomar banho, me vestir, e secar meu cabelo sem Adrian acordar. Meus amigos e eu passamos muita manhãs tentando arrastar ele da cama no passado. De ressaca ou sóbrio, ele tinha um sono pesado. 26 mai ?Rafaela?
Eu passei mais tempo cuidando do meu cabelo do que eu passava a algum tempo. A marca da mordida estava fresca em meu pescoço. Então meu cabelo ficou solto, cuidadosamente arrumado para que as longas ondas tapassem o lado da mordida.
Satisfeita pelo machucado poder ficar coberto, eu ponderei o que fazer em seguida. Em uma hora mais ou menos, o Conselho ia ouvir os argumentos das facções com ideias diferentes sobre o novo decreto, Moroi lutando, e o voto dos Dragomir. Contanto que eles me deixassem entrar na assembléia, eu não tinha intenção de perder os debates dos tópicos mais quentes do mundo no momento.
Mas eu não acordei Adrian. Ele estava agarrado aos meus lençóis e dormia pacificamente. Se eu o acordasse, eu me sentiria obrigada a esperar ele se arrumar. Através do nosso laço, eu senti Lissa sentada sozinha na mesa do café. Eu queria ver ela e tomar café da manhã, então decidi que Adrian podia cuidar de si mesmo. Eu deixei um bilhete avisando onde eu estava, disse que a porta trancaria quando ele saísse, e desenhei muitos beijinhos.
Mas quando eu finalmente estava a caminho do café, eu senti algo que arruinou meus planos para tomar café. Christian sentou ao lado de Lissa.
“Ora, ora,” eu murmurei. Com tudo mais acontecendo, eu não tinha prestado muita atenção na vida pessoal de Lissa. Depois do que aconteceu no armazém, eu não estava surpresa por ver eles juntos, embora os sentimentos dela me dissessem que não havia ocorrido uma reconciliação romantica... ainda. Essa era uma tentativa de amizade, uma chance de superar o constante ciume e desconfiança deles.
Longe de mim me intrometer no amor. Eu conhecia outro lugar porto do prédio dos guardiões que também tinha café e dunnets. Isso iria bastar, contanto que eu lembrasse que eu tecnicamente ainda estava no periodo probatório e tinha feito uma cena na assembléia.
As chances disso provavelmente não eram boas. 26 mai ?Rafaela?
Ainda sim, eu decidi tentar e me dirigi pra lá, olhando o céu inquieta. Chuva não iria ajudar meu humor hoje. Quando eu cheguei no café, eu descobri que eu não tinha que me preocupar com ninguém prestando atenção em mim. Havia um peixe maior: Dimitri.
Ele estava sem sua guarda pessoal, e embora eu estivesse feliz por ele ter alguma liberdade, a ideia de que ele ainda chamava atenção, ainda me irritada. Pelo menos não havia nenhuma multidão hoje. As pessoas que vinham tomar café da manhã não conseguiam se impedir de encarar, mas poucos se demoravam. Esse era um bom sinal.
Ele estava sentado sozinho na mesa, café e um dunnut comido pela metade na frente dele. Ele estava lendo um livro que eu apostava que era de Faroeste.
Ninguém estava sentado com ele. Sua escolta simplesmente mantinha um “anel” de proteção, perto das paredes, na entrada, e dois estavam perto da mesa. A segurança parecia inutil. Dimitri estava completamente entretido com seu livro, inconsciente dos guardas e ocasionais espectadores – ou ele estava simplesmente fazendo um bom show em mostrar que ele não se importava. Ele parecia muito inofensivo, mas as palavras de Adrian voltaram a minha mente. Ainda havia algo Strigoi nele? Alguma parte negra? O próprio Dimitri alegava que ainda carregava a parte que o impedia de realmente amar alguém.
Ele e eu sempre tivemos essa percepção estranha um do outro. Em uma sala lotada, eu sempre podia encontrá-lo. E apesar das preocupações dele com o livro, ele olhou pra cima quando andei até o balcão do café. Nos olhos se encontraram por um milesimo de segundo. Não havia expressão no rosto dele... e ainda sim, eu tinha a sensação de que ele estava esperando algo.
Eu, eu percebi assombrada. Apesar de tudo, apesar de nossa briga na igreja... ele ainda achava que eu ia perseguir e fazer alguma promessa de amor. Porque? Ele esperava que eu não fosse razoável? Ou era possível... era possível que ele queria que eu me aproximasse dele? 27 mai ?Rafaela?
Bem, por qualquer que fosse o motivo, eu decidi que não iria ceder. Ele já me machucou demais. Ele me disse pra ficar longe, e se tudo era parte de um jogo elaborado para brincar com meus sentimentos, eu não ia brincar. Eu dei a ele um olhar altivo e virei de costas enquanto andava até o balcão. Eu pedi um chá e uma bomba de chocolate. Depois de segundos considerando, eu pedi um segundo chá. Eu tinha o pressentimento de que esse seria um daqueles dias.
Meu plano era comer lá fora, mas eu olhei em direção as janelas escuras, e consegui ver, por pouco, pingos de chuva batendo no vidro. Merda. Eu brevemente considerei lutar contra o tempo e ir para algum lugar com minha comida, mas eu decidi que não ia deixar Dimitri me espantar. Olhando uma mesa longe dele, em fui em direção dela, saindo do meu caminho para não olhar ou reconhecer ele.
“Hey, Rose. Você vai para o Conselho hoje?”
Eu parei. Um dos guardiões de Dimitri tinha parado, me dando um sorriso amigável quando o fez. Eu não lembrava do nome do cara, mas sempre que passávamos na frente um do outro ele parecia gentil. Eu não queria ser grossa, então, relutantemente, eu respondi – embora isso significasse ficar perto de Dimitri.
“Yup,” eu disse, me certificando que minha atenção estivesse no guardião. “Só estou pegando algo pra comer antes de ir.”
“Eles vão deixar você entrar?” perguntou outros dos guardiões dele. Ele também estava sorrindo. Por um momento, eu pensei que eles estavam gozando da minha última explosão. Mas não... não era isso. Seus rostos mostravam aprovação. 27 mai ?Rafaela?
“Essa é uma excelente pergunta,” eu admiti. Eu comi um pedaço da minha bomba. “Mas acho melhor tentar. Eu também vou tentar me comportar.”
O primeiro guardião riu. “Eu certamente espero que não. O grupo merece todo o pesar que você possa dar a eles e sua estúpida lei sobre a idade.” O outro guardião acenou.
“Que lei sobre idade?” perguntou Dimitri.
Relutantemente, eu olhei pra ele. Como sempre, ele tirou meu folego. Pare com isso, Rose, eu me xinguei. Você está com raiva dele, lembra? E agora você escolheu Adrian.
“O decreto onde o pessoal da realeza acha que mandar dhampirs de dezesseis anos lutar com Strigoi é a mesma coisa que mandar eles com dezoito,” eu disse. Eu dei outra mordida.
Dimitri se levantou tão rápido que eu quase me afoguei com minha comida.
“Que garotos de dezesseis anos vão lutar contra Strigoi?” Os guardiões dele ficaram tensos, mas não fizeram nada.
Eu levei uma momento para engolir. Quando eu finalmente consegui falar, eu quase estava com medo de fazê-lo. “Esse é o decreto. Os dhampirs se formam quando tem 16 anos agora.”
“Quando isso aconteceu?” ele exigiu saber.
“O outro dia. Ninguém te disse?‟ Eu olhei pra os guardiões. Um deles deu de ombros. Eu tinha a impressão que eles podiam acreditar que Dimitri era realmente dhampir mas não estavam prontos para conversar com ele. O único contato social dele teria sido Lissa e seus interrogadores.
“Não.” A testa de Dimitri franziu enquanto ele ponderava as noticias.
Eu comi minha bomba em silencio, esperando que isso o forçasse a falar mais. E o fez.
“Isso é loucura,” ele disse. “Deixando de lado a moralidade, eles não estão prontos tão cedo. É suicídio.”
“Eu sei. Tasha deu um bom argumento contra. Eu também.”
Dimitri me olhou de forma suspeita naquela última parte, particularmente quando alguns dos guardiões dele sorriram. 27 mai ?Rafaela?
“Foi uma votação apertada?” Ele falava num estilo de interrogatório, de uma forma séria e focada que o definia como guardião. Era muito melhor do que uma depressão, eu decidi. Também era melhor do que ele me dizendo pra ir embora.
“Muito. Se Lissa pudesse votar, não teria passado.”
“Ah,” ele disse, brincando com a beira do seu copo de café. “O quorum.”
“Você sabe disso”? eu perguntei surpresa.
“É uma lei Moroi conhecida.”
“Foi o que ouvi.”
“O que a oposição está tentando fazer? Convencer o Conselho ou fazer Lissa a Dragomir votar?”
“Ambos. E outras coisas.”
Ele balançou sua cabeça, colocando cabelo por trás da orelha. “Eles não podem fazer isso. Eles precisam escolher uma causa e ir com tudo usando ela. Lissa é a escolha mais inteligente. O Conselho precisa dos Dragomir de volta, e eu vi a forma como as pessoas
olham pra ela quando eles me colocaram a mostra.” Um leve tom de amargura pairava em suas palavras, indicando como ele se sentia em relação a isso. Então ele voltou a ação. “Não seria dificil conseguir apoio pra isso – se eles não dividirem seus esforços.”
Eu comecei a beber meu segundo chá, esquecendo sobre minha resolução de ignorar ele. Eu não queria distrair ele do assunto. Ele era a primeira coisa que tinha trazido o velho fogo de volta a seus olhos, a única coisa que pareceu realmente interessa-lo – bem, fora jurar devoção para Lissa e dizendo para eu ficar longe da sua vida. Eu gostava desse Dimitri. 27 mai ?Rafaela?
Ele era o mesmo Dimitri de muito tempo atrás, o feroz que estava disposto a arriscar sua vida pelo que era certo. Eu quase desejei que ele voltasse a ser aquele Dimitri irritante e distante, o que tinha me dito pra ficar longe. Ver ele agora trouxe de volta lembranças demais – sem mencionar a atração que eu pensei ter esmagado. Ele tinha aquela mesma intensidade de quando lutamos juntos. Mesmo quando transamos. Essa era a forma como Dimitri supostamente deveria ser: poderoso e no comando. Eu estava feliz e ainda sim... ver ele do jeito que eu amava só fez meu coração se sentir muito pior. Ele estava perdido para mim.
Se Dimitri adivinhou meus sentimentos, ele não demonstrou. Ele olhou diretamente para mim e, como sempre, o poder daquele olhar me envolveu. “A próxima vez que você vir Tasha, pode dizer pra ela vir falar comigo? Precisamos conversar sobre isso.”
“Então,Tasha pode ser sua amiga, mas eu não?” A voz afiada tinha escapado antes deu poder impedir. Eu corei, envergonhada por ter tido um lapso na frente dos outros guardiões. Dimitri aparentemente também não queria uma platéia. Ele olhou para aquele que tinha, inicialmente, se dirigido a mim.
“Nós podemos ter um pouco de privacidade?”
A escolta dele trocou olhares, e então, quase como um ser, eles foram pra trás. Não era uma distancia consideravel, e eles ainda mantinham uma segurança ao redor de Dimitri. Mesmo assim, era o bostante para nossa conversa não ser ouvida. Dimitri virou de volta pra mim. Eu sentei.
“Você e Tasha são situação completamente diferentes. Ela pode seguramente ficar em minha vida. Você não.”
“E ainda sim,‟ eu disse jogando meu cabelo pra trás, com raiva, “aparentemente não tem problema eu ficar na sua vida quando for conveniente – digamos, tipo, para fazer tarefas, ou passar mensagens.” 27 mai ?Rafaela?
“Não parece que você precisa de mim em sua vida,” ele disse secamente, inclinando sua cabeça levemente em direção a meu ombro direito.
Eu levei um segundo para entender o que tinha acontecido. Ao jogar meu cabelo, eu expus meu pescoço – e a mordida. Eu tentei não corar de novo, sabendo que eu não tinha nada para me sentir envergonhada. Eu coloquei o cabelo de volta no lugar.
“Isso não é da sua conta,” eu assoviei, esperando que os outros guardiões não tivessem visto.
“Exatamente.” Ele soava triunfante. “Porque você precisa viver sua própria vida, bem longe de mim.”
“Oh, pelo amor de Deus,” eu exclamei. “Dá pra parar com o –“
Meus olhos se ergueram do rosto porque um exercito de repente veio até nós.
Ok, não era exatamente um exercito, mas podia muito bem ser. Num minuto era apenas Dimitri, eu, e a segurança dele, e de repente – o lugar estava cheio de guardiões. E não apenas quaisquer guardiões. Eles usavam as roupas preto-e-branco que eram utilizadas em ocasiões formais, mas um pequeno botton vermelho em seus colarinhos que marcavam eles como sendo especificamente guardas da rainha. Tinha que ter pelo menos 20 deles.
Eles eram letais e mortais, os melhores dos melhores. Ao longo da história, assassinos que atacaram os monarcas se encontraram rapidamente sendo derrubados pela guarda real. Eles eram os andarilhos da morte – e estavam todos ao nosso redor reunidos. Dimitri e eu levantamos, incertos do que estava acontecendo mas certos de que a ameaça era dirigida a nós. A mesa dele e a suas cadeiras estavam entre nós, mas nós ainda entramos no modo de batalha de quando ficávamos cercados por inimigos: ficar de costas um pro outro.
A segurança de Dimitri usava roupas normais e parecia um pouco surpresa com que viam, mas com a eficiência guardiã, a escolta prontamente se juntou a guarda da rainha. Não haviam mais sorrisos e piadas. Eu queria me jogar na frente de Dimitri, mas nessa situação, era meio difícil. 27 mai ?Rafaela?
“Você precisa vir conosco agora mesmo,” um dos guardas da rainha disse. “Se resistir, vamos te levar a forçar.”
“Deixem ele em paz!” eu gritei, olhando rosto por rosto. Aquela negra raiva explodiu dentro de mim. Como eles podiam ainda não acreditar? Porque eles ainda estavam indo atrás dele? “Ele não fez nada! Porque vocês não podem aceitar que ele é um dhampir agora?”
O homem que falou arqueou uma sobrancelha. “Eu não estava falando com ele.”
“Você ... você está aqui pra me pegar?” eu perguntei. Eu tentei pensar em algum espetáculo novo que eu pudesse ter feito recentemente. Eu considerei a ideia maluca que a rainha tinha descoberto que eu passei a noite com Adrian e estava irritada por causa disso. Isso dificilmente era o bastante para mandar a guarda do palácio atrás de mim... ou era? Eu realmente tinha ido longe demais?
“Porque?” exigiu Dimitri. O corpo alto e maravilhoso dele – o que podia ser tão sensual as vezes – estava cheio de tensão e ameaça agora.
O homem continuou a me olhar, ignorando Dimitri. “Não me obrigue a repetir: venha com nós quieta, ou vamos te obrigar.” O vislumbre de algemas apareceu em sua mão.
Meus olhos se alargaram. “Isso é loucura! Eu não vou a lugar nenhum até que me diga o que diabos isso – “
Esse foi o momento em que eles aparentemente decidiram que eu não iria quieta. Dois dos guardas reais foram pra cima de mim, e embora tecnicamente trabalhássemos pra mesmo lado, meus instintos tomaram conta. Eu não estava entendendo nada aqui, a não ser que eu não iria ser arrastada pra longe como algum tipo de criminosa. Eu empurrei a cadeira em que eu estive sentada antes num dos guardiões e mirei um soco no outro. Foi um lance desajeitado, pior porque ele era mais alto que eu. A diferença de
peso me permitiu esquivar da próxima vez que ele tentou me agarrar, e quando eu chutei a perna dele com força, um pequeno gemido me disse que eu acertei em cheio. 27 mai ?Rafaela?
Eu ouvi alguns gritos. As pessoas trabalhando no café se abaixaram atrás do balcão como se esperassem que armas automáticas fossem sacadas. Os outros que estavam comendo café saíram de suas mesas, derrubando comida e pratos. Eles correram para as saídas – saídas que estavam bloqueadas por mais guardiões. Isso trouxe mais gritos, embora as saídas estivessem fechadas por minha causa.
Enquanto isso, outros guardiões estavam se juntando ao grupo. Embora eu tenha dado alguns bons socos, eu sabia que os números eram demais. Um guardião agarrou meu braço, e começou a tentar colocar as algemas em mim. Ele parou quando outro par de mãos, me agarrou do outro lado e me afastou.
Dimitri.
“Não toque nela,” ele rosnou.
Havia um tom na voz dela que teria me assustado se fosse dirigida a mim. Ele me empurrou pra trás dele, colocando seu corpo protetoramente na frente do meu com minhas costas para a mesa. Guardiões nos atacaram de todas as direções, e Dimitri começou a se livrar deles com a mesma graça mortal que uma vez tinha feito as pessoas chamarem ele de Deus. Ele não matou nenhum dos que ele lutou, mas ele se certificou que eles ficassem incapacitados. Se alguem achava que virar um Strigoi ou ficar preso tinha diminuido a capacidade de luta dele, eles estavam terrivelmente enganados. Dimitri era uma força da natureza, conseguindo me impedir toda vez que eu tentava me juntar a luta. A guarda da rainha podia ser o melhor do melhor, mas Dimitri... bem, meu ex amante e instrutor tinha uma categoria própria. As habilidades de luta dele estavam além de qualquer pessoa, e ele as estava usando para me defender.
“Fique pra trás,” ele me ordenou. “Eles não vou encostar um dedo em você.”
A princípio, eu fiquei surpresa com a proteção dele – embora eu odiasse não ser parte da luta. Ver ele lutar de novo também era algo surpreendente. Ele tinha um ar lindo e gracioso ao mesmo tempo. Ele era um exercito de um homem, o tipo de guerreiro que protege seus amados e trás terror aos seus inimigos –
E foi então que uma terrivel revelação me atingiu.
“Pare!” Eu de repente gritei. “Eu vou! Eu vou com você!”
Nenhum deles me ouviu a principio. Eles estavam muito envolvidos na luta.
Os guardiões ficavam tentando chegar por trás de Dimitri, mas ele parecia sentir eles e empurrava cadeiras e qualquer outra coisa que pudesse usar para segurar eles – enquanto ainda conseguia chutar e socar aqueles que vinham em nossa direção. Quem sabia? Talvez ele realmente pudesse derrubar um exercito sozinho.
Mas eu não podia deixar.
Eu chacoalhei o braço de Dimitri. “Pare,” eu repeti. “Não lute mais.”
“Rose – “
“Pare!”
Eu estava certa que eu nunca gritei uma palavra tão alto em toda a minha vida. Ela ecoou pelo lugar. Até onde eu sabia, ela ecoou por toda a Corte.
Isso não fez, exatamente, todo mundo parar, mas muitos guardiões diminuiram a velocidade. Alguns dos trabalhadores do café nós observavam por cima dos balcões. Dimitri ainda estava em movimento, ainda pronto para derrubar todos, e eu tive que praticamente me jogar nele para fazer ele me notar.
“Pare.” Dessa vez, minha voz foi um sussurro. Um silencio agitado tinha caido em cima de todos. “Não lute mais com eles. Eu vou com eles.”
“Não. Eu não vou deixar eles te levarem.”
“Você precisa,” eu implorei.
Ele estava respirando com força, cada parte dele pronta para atacar. Nós nos encaramos, e centenas de mensagens pareceram passar entre nós enquanto a velha eletricidade estalava no ar. Eu só esperava que ele entendesse a mensagem certa. 27 mai ?Rafaela?
Um dos guardas tentou ir pra frente – tendo que passar pelo corpo incosciente do seu colega – e a tensão de Dimitri aumentou. Ele começou a bloquear o guardião e a me defender de novo, mas eu me coloquei entre eles, segurando a mão de Dimitri e ainda olhando nos olhos dele. A pele dele era quente e parecia tão, tão certo tocá-la.
“Por favor. Não mais.”
Eu vi então, que ele finalmente entendeu o que eu estava tentando dizer. As pessoas ainda tinham medo dele. Ninguém sabia o que ele era. Lissa tinha dito que ele se comportar calmamente e normalmente iria ajudar seus medos. Mas isso? Ele derrubar um exercito de guardiões? Isso não ia fazer ele ganhar pontos por bom comportamento.
Até onde eu sabia, já era tarde demais, depois disso, mas eu tinha que tentar controlar os danos. Eu não podai deixar eles o prenderem de novo – não por minha causa.
Enquanto ele me olhava, ele mandou uma mensagem própria: que ele ainda iria lutar por mim, que ele iria lutar até cair para manter eles longe de mim.
Eu balancei a cabeça e apertei, parcialmente, sua mão. Seus dedos eram exatamente como eu lembrava, longos e graciosos, com calosidades por causa dos anos de treinamento. Eu o soltei e virei para encarar o cara que tinha originalmente falado. Eu assumi que ele era um tipo de lider.
Eu ergui minhas mãos e lentamente fui pra frente. “Eu vou quieta. Mas, por favor... não o prendam. Ele só pensou... ele só pensou que eu estava com problemas.”
O negócio é, conforme as algemas eram colocadas nos meus pulsos, eu estava começando a achar que eu estava com problemas também. Conforme os guardiões se ajudavam, o líder deles respirou fundo e fez a proclamação que ele tentou fazer desde que chegou. Eu engoli, esperando ouvir o nome de Victor. 27 mai ?Rafaela?
“Rose Hathaway, você está presa por alta traição.”
Não era bem o que eu esperava. Esperando que a minha submissão tivesse me dado alguns pontos, eu perguntei, “Que tipo de alta traição?”
“O assassinato de Vossa Majestade Real, Rainha Tatiana.” 27 mai ?Rafaela?
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Capitulo 25
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às 22:56
Marcadores: Academia de Vampiros, Laços do Espírito
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